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Guia da Residência SESAB UTI

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GUIA DA
SESAB
ENFERMAGEM 
UTI
RESIDÊNCIA
LETÍCIA SEARA GAMA
2020.2
 
 Conhecimentos Gerais em Saúde
1. Bioética
As provas costumam cobrar através de perguntas relacionadas aos princípios da bioética, no contexto da enfermagem. Então o ideal é ter isso bem estruturado para não se confundir, começando pela definição: É uma ética no âmbito da tecnologia e das ciências médicas, se preocupando com a conduta dos profissionais frente ao uso da tecnologia e a resolução de dilemas morais que podem surgir dessa relação.
>> Nas provas, a bioética vem com esse conceito: O estudo sistemático de caráter multidisciplinar, da conduta humana na área das ciências da vida e da saúde, na medida em que esta conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais.
Contudo, ela não se restringe a relação profissional da saúde e paciente, ela acaba abrangendo questões relativas à vida dos animais e plantas, no que tange às experimentos, isso algumas questões colocam como pegadinha também. Abrange a ética no controle de natalidade também, saúde ocupacional, internacional, comportamento das investigações biomédicas também fazem parte.
Dessa forma, ela é uma ramificação da filosofia moral, por isso ela possui 4 princípios os quais são baseados nos valores e princípios morais e são chamados de principialismo, que caem nas questões de bioética:
· Autonomia 
· Beneficência
· Justiça
· Não maleficência 
O principialismo surge para dar um eixo aos profissionais de saúde, de regras morais para que as ações deles sejam conduzidas baseadas nesse eixo.
Guia da Residência Enfermagem UTI - SESAB
Entendendo os princípios
	Princípio
	Significado
	Palavra-chave
	
Autonomia
	Garante que a pessoa defina a sua conduta e como ela será exercida tendo como base seus valores, contudo isso engloba a moral e a jurídica
	Liberdade individual e Autodeterminação
> Originou o consentimento livre e esclarecido.
	
Beneficência
	É obrigação moral de agir em prol do benefício do outro, prevenir e remover danos
	Fazer o bem sempre, minimizar risco e maximizar os benefícios, avaliando riscos e custos.
	
Não maleficência
	Obrigação de não causar danos, sendo prudente
	Avaliar risco x benefício, socorrer e acima de tudo não causar danos 
	
Justiça
	A base é a ciência de que todos têm direito a saúde, esse princípio protege esse direito
	Engloba igualdade, equidade, liberdade de expressão, respeito as diferenças.
Por conta do princípio da Autonomia os profissionais são obrigados a fornecer todas as informações (risco, benefício, custo), não esconder nada, ajudando-o a escolher o melhor para ele para que o paciente compreenda e tome sua decisão, exercendo assim seu direito, sua autonomia.
Exceção: emergências, ou quando a situação trás risco para saúde de outra pessoa, ou o paciente tem incapacidade cognitiva nos permite ultrapassar esse direito.
Quando adotamos uma postura negligente, ferimos o princípio da não maleficência cuja base é socorrer e não causar danos, portanto o que define a execução da intervenção é o risco x benefício, se remover o que faz mal for mais prejudicial ainda, não executamos a intervenção.
Para vida: Quanto maior for o risco de alguma intervenção, maior deve ser a justificativa para realização disso, para que essa atitude seja considerada correta no ponto de vista ético.
Isso nos leva a perceber que esses 4 princípios contribuem para que os cuidados de enfermagem sejam baseados sempre no que será melhor para o paciente, para promover saúde, prevenir doenças, recuperar e reabilitar a saúde do paciente. 
Sabendo disso, é bom lembrar de algumas infrações éticas que costumam cair em prova também.
 · Imperícia: Falta de conhecimento, preparo técnico, habilidade para executar algo.
· Imprudência: Agir com descuido, sem cautela e causar um dano que poderia ser previsto e evitado.
· Negligência: Deixar de fazer o que é necessário e prejudicar o paciente.
Além disso, outra coisa no ramo da bioética que costuma cair nas provas é o código de Deontologia, que se refere aos deveres da enfermagem. 
2. Legislação SUS
I. Lei 8.080/90
É a lei que mais cai na prova da SESAB e a forma que ela cobra é muito detalhada.
Como é cobrado: Pode aparecer trechos da lei e pedir a alternativa que complementa ela, ou perguntar sobre as condições para proteção, promoção da saúde e funcionamento dos serviços baseado nessa lei, ou vigilância sanitária.
O que ela aborda e regula? Condições para promover, proteger e recuperar a saúde, além disso aborda a organização e funcionamento dos serviços de saúde, dessa forma ela regula em âmbito nacional todas as ações desses serviços inclusive os de iniciativas privadas. 
Lembrar que o SUS atua em instituições privadas de forma complementar!
Atenção: Na constituição federal a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros é VEDADA, porém na lei 8.080/90 a participação direta ou indireta de empresas e capitais estrangeiros é PERMITIDA!
Embora a saúde seja dever do estado, não exclui o dever das pessoas, sociedade, empresas.
Destrinchando essa lei: 
- Disposição preliminar afirma que o SUS é constituído por esses elementos, os quais presta serviços e ações de saúde. 
>> Além disso cai na prova exatamente assim, perguntando qual afirmação é verdadeira e vai aparecer o trecho igual ao que tá na lei, então é decoreba: 
- Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
- § 2º É VEDADA a TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde.
- Dispõe sobre as condições para a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE, A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO dos serviços correspondentes e dá outras providências Não envolve tratamento da saúde!
- Na lei não fala absolutamente nada sobre apoio da atenção básica, e a prova costuma colocar isso como verdade.
- A lei NÃO ESTABELECE nenhuma norma permitindo a alteração, suspensão dos valores limites financeiros pelo DF, município ou estado.
- Notificação de saúde pode ser feita por cidadão também e não apenas por profissionais de saúde.
- Dos objetivos e atribuições fica definido como objetivo identificar e divulgar os fatores condicionante e determinantes de saúde, além de formular políticas que garantam o direito de saúde de todos e assim fornecer assistência à população por meio de ações de promoçãoqprevenção a saúde integrando tudo.
Além disso no campo de ação do SUS acaba englobando ações de: Vigilância sanitária, epidemiológica, de saúde do trabalhador, assistência terapêutica e farmacêutica integral
Por isso o SUS participa do plano de saneamento básico, ordenação de recursos humanos da saúde, colabora na proteção ambiental, do trabalho, formula políticas de medicamento à equipamentos, fiscaliza serviços/produtos (também psicoativo/tóxicos), alimento/água e atua na política de sangue/derivados.
A Lei também explica o que é cada coisa:
- Vigilância sanitária é um conjunto de ações voltadas para eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde através de intervenção nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens de consumo, mesmo que não esteja diretamente relacionado com a saúde, o SUS atua também.
- Vigilância epidemiológica, um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
Além disso a lei que fala que através de ações de vigilância epidemiológica e sanitária é possível promover e proteger a saúde dos trabalhadores, e recuperar e reabilitar a saúde dos trabalhadores submetido
a riscos.
A lei afirma que a direção do SUS envolve definir e coordenar os sistemas de vigilância epidemiológica e sanitária, além de participar na execução dessas ações.
Há uma parágrafo único que fala:
“ A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional.”
Alerta: Percebi que as provas costumam cobrar doenças erradicadas, ao abordar sobre vigilância epidemiológica, dessa forma é válido ficar atento que o Brasil corre o risco de perder o certificado de erradicação de sarampo, por conta dos surtos que andam surgindo.
Como pode cair na prova: Uma questão de verdadeiro ou falso, e uma das afirmações pode ser isso “As competências de cada nível do sistema de saúde (municipal, estadual e federal) abarcam todo o espectro das funções de vigilância epidemiológica, porém com graus de especificidades variáveis”. O que é verdade e eu não sabia, mas pela lógica consegue matar a questão, mesmo sem ter certeza.
3. Avaliação dos serviços de Saúde
Nas provas costuma cair o conceito do estudioso Avedis Donabedian, ele propôs 7 pilares da qualidade na área da saúde. Se cair isso na prova, vai cair exatamente assim!
	Pilar
	Significado
	
Eficácia
	É o resultado do cuidado obtido na melhor situação possível
	
Efetividade
	É o resultado do cuidado obtido na situação real;
	
Eficiência
	Inclui o conceito de custo. Se duas medidas são igualmente
eficazes e efetivas, a mais eficiente é a de menor custo;
	
Aceitabilidade
	É o quanto o cuidado se adapta aos desejos,
expectativas e valores dos pacientes;
	
Equidade
	É o que é justo ou razoável na distribuição dos cuidados e de seus benefícios.
	
Aceitabilidade
	É o quanto o cuidado se adapta aos desejos,
expectativas e valores dos pacientes;
	
Legitimidade
	É a aceitabilidade do ponto de vista da sociedade ou
comunidade;
	
Otimidade
	É o cuidado relativo quanto ao custo do ponto de vista
do paciente;
Sobre esse autor, cai também sobre a trilogia da qualidade em saúde, então esses conceitos precisam estar sólidos para responder:
	Componentes 
	Significado
	Traduzindo
	
Estrutura
	Condições físicas, humanas e organizacionais em que o cuidado se dá. 
	Relacionado às características estáveis, os recursos.
	
Processo
	Inter-relação entre prestador e receptor dos cuidados.
	Relacionado ao fazer dos profissionais de saúde.
	
Resultado
	Produto da assistência prestada, satisfação de padrões e expectativas. Exemplo: Indicadores da taxa de mortalidade.
	Relacionado ao estudo dos efeitos e consequências das intervenções através de parâmetros.
Conceito que pode ajudar a acertar questões
Deontologia: conjunto de deveres, princípios e normas adotadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao exercício da uma profissão
4. Política de Promoção à Saúde
Na prova costuma cair a Portaria nº687 de 30 de março de 2006:
Ela aprova a Política de Promoção a saúde a qual foi criada considerando o direito de saúde e o acesso universal e igualitário para todos, foi elaborado políticas sociais e econômicas que operassem na diminuição dos riscos de adoecer. Então o MS encara essa política como uma medida de esforço para driblar os desafios de produzir, garantir saúde a todos.
- Objetivo geral dessa política: Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.
- Objetivos específicos: 
* Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os trabalhadores em saúde, tanto das atividades-meio, como os da atividade-fim
* Favorecer a preservação do meio ambiente e a promoção de ambientes mais seguros e saudáveis
* Contribuir para elaboração e implementação de políticas públicas integradas que visem à melhoria da qualidade de vida no planejamento de espaços urbanos e rurais;
* Ampliar os processos de integração baseados na cooperação, solidariedade e gestão democrática;
* Prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenças e agravos à saúde;
* Estimular a adoção de modos de viver não-violentos e o desenvolvimento de uma cultura de paz no país;
* Valorizar e ampliar a cooperação do setor da saúde com outras áreas de governos, setores e atores sociais para a gestão de políticas públicas e a criação e/ou o fortalecimento de iniciativas que signifiquem redução das situações de desigualdade.
* Incorporar e implementar ações de promoção da saúde, com ênfase na atenção básica;
* Ampliar a autonomia e a corresponsabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde e minimizar e/ou extinguir as desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, de gênero, de orientação/opção sexual, dentre outras);
* Promover o entendimento da concepção ampliada de saúde, entre os trabalhadores em saúde, tanto das atividades-meio, como os da atividade-fim
* Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança das ações de promoção da saúde
* Estimular alternativas inovadoras e socialmente inclusivas/contributivas no âmbito das ações de promoção da saúde;
* Valorizar e otimizar o uso dos espaços públicos de convivência e de produção de saúde para o desenvolvimento das ações de Promoção da Saúde;
Se sobrar tempo, tentar decorar isso porque quando cobra essa política costuma cobrar esses detalhes.
Como caiu:
Pediu para assinalar a alternativa correta e parte de várias alternativas estavam corretas, exceto por uma palavra.
Essa política apresenta na sua diretriz um trecho que afirma que ela reconhece a promoção da saúde como uma parte fundamental para busca da equidade, melhoria da qualidade de vida e de saúde.
5. Constituição Federal de 1988
Está no edital que a seção II cairá na prova, que está relacionada a saúde, e nas provas eles gostam de cobrar com questões de verdadeiro ou falso.
	Artigo/Parágrafo
	O que fala
	
Artigo 196
	Saúde é direito de todos e deve ser garantido por meio de políticas sociais/econômicas para ↓risco de doença/agravos. Acesso é universal e igualitário para promoção, proteção e recuperação.
	
Artigo 197
	Ações e serviços de saúde são de relevância pública;
Poder público dispõe sobre regulamentação fiscalização e controle desses serviços;
Tal execução deve ser feita ou diretamente ou por meio de terceiros, pessoa física, ou jurídica de direito privado.
	
Artigo 198
	As ações e serviços públicos de saúde integram rede regionalizada e hierarquizada, constituindo um sistema único.
	
Diretrizes artigo 198
	Esse sistema é organizado assim: descentralização + direção única em cada esfera do governo;
Atendimento integral priorizando ações preventivas, mas sem danos a assistência;
Participação da comunidade;
	
Financiamento do SUS
	Recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do DF, dos municípios além de outras fontes.
	
Instituições Privadas
	- É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às instituições privadas;
- É vedada participação direta ou indireta de capital e empresas estrangeiras na assistência da saúde do país;
- As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
	
Artigo 200
	Compete ao SUS: Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para saúde, participar da produção de medicamentos, imunobiológicos, hemoderivados, insumos, equipamentos;
Executar ações de vigilância sanitária/epidemiológica, saúde do trabalhador;
Ordenar a formação de recursos humanos na área da saúde;
Participar da formulação de política e executar ações de saneamento básico;
Incrementar o desenvolvimento científico e tecnológico, na sua área de atuação;
Fiscalizar e inspecionar alimentos, quanto controle de teor nutricional de bebidas e águas para consumo humano;
Participar no controle e fiscalização de tudo relacionado a substâncias e produtos tóxicos, psicoativos e radioativos.
Colaborar na proteção ao meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
6. Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990
O que dispõe?
Sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e dispõe também sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
Decreta o quê?
- Que cada esfera do governo, contará com 2 instâncias colegiadas, e isso não irá trazer prejuízo das funções do poder legislativo, sendo elas:
Conferência de Saúde e Conselho de Saúde
	Item
	O que fala
	
Conferência de saúde
	Se reunirá a cada 4 anos com a representação de vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor diretrizes visando reformular a política de saúde, convocado pelo Poder Executivo.
	
Conselho de Saúde
	Composto por representantes do Governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários.
Atuação: formulação de estratégias e controle de execução da política de saúde, no âmbito econômico e financeiro também.
>Decisões são homologadas pelo chefe do Poder constituído em cada esfera do governo.
	
Conselho Nacional de Saúde
	Nesse conselho há representação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde.
	
Fundo Nacional de Saúde
Fundo Nacional de Saúde
	Os recursos do FNS são alocados como:
-Despesas de custeio e de capital do MS, seus órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
- Investimentos previstos em lei orçamentária de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo congresso Nacional.
- Investimentos previstos no plano quinquenal do MS.
- Cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos municípios, estados e DF, os quais são repassados de forma automática e regular.
*Os recursos destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
- 70% dos recursos são para municípios e o resto para Estado
	
Consórcios
	Municípios podem estabelecer consórcios para executar ações e serviços de saúde, remanejando as parcelas de recursos previstos.
	
Recebimento de recursos
	Os municípios, DF e estados contam com:
Fundo de Saúde, Conselho de Saúde, plano de saúde, relatório de gestão que permitem controle, contrapartida de recursos para saúde no respectivo orçamento, Comissão de Elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários(PCCS).
7. Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011
O que dispõe?
Regulamenta a Lei 8.080/90 para dispor sobre a organização do SUS, planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação Inter federativas e dá outras providências.
> Nas provas costumam cair: A parte que fala da Organização do SUS, planejamento de saúde, correlacionar conceitos sobre comissões intergestoras, portas de entrada, rede de atenção à saúde, serviços especiais, região de saúde, mapa da saúde, diretrizes e princípios considerados por esse decreto e sobre o contrato organizativo da Ação pública da Saúde.
Considerações desse decreto:
- Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde;
- Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde;
- Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde do usuário no SUS;
- Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consensual entre os entes federativos para definição das regras da gestão compartilhada do SUS;
- Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do sistema;
- Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde;
- Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; 
- Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.
Síntese do Decreto
	Item
	O que fala
	
Organização do SUS: Regiões de Saúde
Organização do SUS: Regiões de Saúde
	“O SUS é constituído pela conjugação das ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde executados pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado de forma regionalizada e hierarquizada”
As regiões de saúde serão instituídas pelo ESTADO em articulação com os MUNICÍPIOS respeitando as diretrizes pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite.
Região de saúde deve conter: atenção primária, urgência/emergência, atenção psicossocial, ambulatorial especializada, hospitalar e vigilância em saúde; Pois elas serão referências para transferência de recursos entre os entes federativos!
Esses entes federativos definem os seguintes elementos das regiões de saúde: Limites geográficos, população que vai usar os serviços e as ações, rol de ações e serviços oferecidos, responsabilidades, critérios de acessibilidade e escala para conformação dos serviços.
	
Organização do SUS: Hieraquização
Organização do SUS: Hieraquização
	O acesso universal/igualitário/ordenado às ações de saúde se inicia pelas PORTAS DE ENTRADA DO SUS e se complementa na REDE REGIONALIZADA E HIREARQUIZADA com base na complexidade do serviço.
Os serviços de portas de entrada nas redes de atenção à Saúde: Atenção primária, urgência/emergência, atenção psicossocial e especiais de caso aberto.
Um parágrafo único diz que: Entes federativos podem criar novas portas de entrada aos serviços e ações, desde que tenham justificativa técnica que esteja de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores, considerando também as características das regiões de Saúde.
Indígenas: A população indígena contará com regramentos diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo com disposições do Ministério da Saúde.
As Comissões Intergestores pactuarão as regras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva área de atuação.
Para assegurar o acesso universal/igualitário cabe aos entes federativos: transparência, integralidade, equidade no acesso, orientar ordenar o fluxo das ações/serviços de saúde; monitorar o acesso às ações/serviços; ofertar regionalmente as ações/serviços;
	
Planejamento da Saúde
	“O
processo de planejamento da saúde será ascendente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.” CAIU EXATAMENTE ISSO
O Planejamento da Saúde é obrigatório aos entes públicos e será indutor de políticas para iniciativa privada.
A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento integrado dos entes federativos, e deverão conter metas de saúde.
O conselho nacional de saúde que vai estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaboração desses planos de saúde, considerando as características epidemiológicas e a organização de sérvios nos entes federativos.
Nesse planejamento é levado em consideração: os serviços prestados pela iniciativa privada de forma complementar, ou não, ao SUS, os quais devem compor os Mapas da Saúde regional, estadual e nacional
	
Relação Nacional de Ações/Serviços de Saúde - RENASES
	RENASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde.
A cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da RENASES.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios pactuarão nas respectivas Comissões Intergestores as suas responsabilidades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RENASES.
O s Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão adotar relações específicas e complementares de ações e serviços de saúde, em consonância com a RENASES, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
	
Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – RENAME
RENAME
	RENAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS.
A RENAME será acompanhada do Formulário Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus medicamentos.
MS é o órgão que dispões sobre RENAME e os Protocolos Clínicos e diretrizes Terapêuticas em âmbito Nacional, publicando atualizações sobre eles e o FTN a cada 2 anos.
O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar relações específicas e complementares de medicamentos, em consonância com a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores.
O medicamento precisa ser prescrito por médico do SUS, deve estar em conformidade com o RENAME, Protocolos Clínicas ou com relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos.
Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o justifiquem.
Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter especializado.
A RENAME e a relação específica complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos somente poderão conter produtos com registro na ANVISA
	Articulação Interfederativa
Articulação Interfederativa
Articulação Interfederativa
	Comissões Intergestoras: pactuam a organização e funcionamento das ações/serviços de saúde em redes de atenção, sendo
- CTI, no âmbito da União, vinculada ao MS para efeitos administrativos e operacionais;
- CIB, no âmbito do estado, vinculada à secretaria Estadual de Saúde para efeitos administrativos e operacionais.
- CIR (Comissão Intergestora Regional), no âmbito regional, vinculada à secretaria Estadual de Saúde para efeitos adm. E operacionais, observando diretrizes do CIB.
CONASS, CONASEMS, COSEMS podem representar os gestores públicos de Saúde nas Comissões Intergestoras.
O que as comissões Intergestoras pactuam:
- Aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do SUS, de acordo com a definição da política de saúde dos entes federativos, consubstanciada nos seus planos de saúde, aprovados pelos respectivos conselhos de saúde;
- Diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites geográficos, referência e contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os entes federativos;
- Diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadual, a respeito da organização das redes de atenção à saúde, principalmente no tocante à gestão institucional e à integração das ações e serviços dos entes federativos;
- Responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e seu desenvolvimento econômico-financeiro, estabelecendo as responsabilidades individuais e as solidárias
- referências das regiões intraestaduais e interestaduais de atenção à saúde para o atendimento da integralidade da assistência.
É de competência EXCLUSIVA da CIT a pactuação:
I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES; 
II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento da gestão; 
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões operacionais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, respeitadas, em todos os casos, as normas que regem as relações internacionais. 
	
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde
	Esse contrato firma o acordo de colaboração entre os entes federativos para organização da rede interfederativa de atenção à saúde.
Objeto do contrato: organização, integração das ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma região de Saúde, visando garantir a integralidade da assistência.
Esse contrato resulta da integração dos planos de saúde dos entes federativos na Rede de Atenção à Saúde, fundamentado nas pactuações do CIT.
O que define: responsabilidade individuais, solidárias dos entes federativos em relação as serviços de saúde, , indicadores, metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, a forma de controle e a fiscalização da sua execução e outros elementos necessários para implementação integrada das ações/serviços.
O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de garantia de acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito do SUS, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
>Os resultados desses indicadores servem como parâmetro para avaliar o desempenho da prestação das ações/serviços definidos nesse contrato, em todas as regiões de saúde, considerando as especificidades municipais, regionais e estaduais.
Disposições essenciais do contrato:
V - indicadores e metas de saúde; 
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde; 
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramento permanente; 
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos em relação às atualizações realizadas na RENASES; 
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas responsabilidades; e 
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um dos partícipes para sua execução. 
O Ms pode instituir formas de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e melhorias dos serviços.
Diretrizes básicas do contrato:
I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhoria; 
II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuário; e 
III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em todas as unidades
de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas que dele participem de forma complementar. 
Fator determinante para estabelecimento das metas: humanização do atendimento
CIT pactua as normas de elaboração e fluxos do contrato, e a Secretaria de Saúde Estadual coordena a implementação.
O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, por meio de serviço especializado, fará o controle e a fiscalização desse Contrato 
Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução do Contrato em relação ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos recursos disponibilizados.
Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato no sistema de informações em saúde organizado pelo Ministério da Saúde e os encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde para monitoramento.
Sem prejuízo das outras providências legais, o Ministério da Saúde informará aos órgãos de controle interno e externo: 
I - o descumprimento injustificado de responsabilidades na prestação de ações e serviços de saúde e de outras obrigações previstas neste Decreto; 
II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142, de 1990 ; 
III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos financeiros; e 
IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver conhecimento. 
A primeira RENASES é a somatória de todas as ações e serviços de saúde que na data da publicação deste Decreto são ofertados pelo SUS à população, por meio dos entes federados, de forma direta ou indireta.
Tudo isso cai nas questões, podendo pedir a alternativa correta e ele pegar exatamente como está escrito, mas adicionando um “não precisa” ou “precisa”, então é necessário focar em tudo isso, se atentando a esses detalhes.
8. Planejamento SUS
- Na prova cai: Instrumentos de gestão preconizados no planeja SUS, conceitos para preencher lacunas
* Planejamento: Planejar consiste, basicamente, em decidir com antecedência o que será feito para mudar condições insatisfatórias no presente ou evitar que condições adequadas venham a deteriorar-se no futuro”. (CHORNY)
* Planeja SUS: É a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS.
- Objetivo: coordenar o processo de planejamento no âmbito do SUS, tendo em conta as diversidades existentes nas três esferas de governo, de modo a contribuir – oportuna e efetivamente – para a sua consolidação e, consequentemente, para a resolubilidade e qualidade da gestão e da atenção à saúde.
* Instrumentos básicos do PlanejaSUS: 
I - Plano de Saúde e as suas respectivas Programações Anuais de Saúde
II - Relatório Anual de Gestão
Os quais são compatíveis com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, atentando-se para os períodos estabelecidos para a sua formulação em cada esfera de gestão.
- Plano Estadual de Saúde:
Apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas, servindo como instrumento referencial no qual devem estar refletidas as necessidades e peculiaridades próprias de cada esfera, configura-se a base para a execução, acompanhamento, a avaliação e a gestão do sistema de saúde.
Contém todas as medidas necessárias à execução e cumprimento dos prazos acordados nos Termos de Compromissos de Gestão.
Para que ele seja elaborado é preciso:
- Identificar problemas e situações que requerem a implementação de soluções;
- Identificar os fatores que, direta ou indiretamente, determinam a situação considerada insatisfatória;
- Estabelecer as linhas que poderão ser seguidas para solucionar os problemas;
- Definir os procedimentos de monitoramento e avaliação que permitirão saber se as linhas seguidas são adequadas para os fins perseguidos e se os resultados obtidos estão dentro do esperado;
- Utilizar instrumentos pactuados anteriormente, tais como Plano de Saúde, Planos Diretores, Relatórios Anuais de Gestão, relatórios de Conferências, Termo de Compromisso de Gestão, entre outros.
* Condicionantes para elaboração do Plano de Saúde:
· Análise Situacional
· Formulação dos objetivos, diretrizes e metas
- Análise situacional: consiste no processo de identificação, formulação e priorização de problemas em uma determinada realidade
- Objetivo: permitir a identificação dos problemas e orientar a definição das medidas a serem adotadas. No âmbito do planejamento em saúde, entende-se como problema uma situação que se afasta, negativamente, de um estado desejado.
* Relatório Anual de Gestão: é o instrumento que apresenta os resultados alcançados e orienta eventuais redirecionamentos que se fizerem necessários.
- Deve conter:
I - o resultado da apuração dos indicadores;
II - a análise da execução da programação (física e orçamentária/financeira); e
III - as recomendações julgadas necessárias (como revisão de indicadores, reprogramação etc.)
Serve para auditoria também e controle, devendo ser submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde até o final do primeiro trimestre do ano subsequente. Então serve como subsídio para elaboração de novo plano.
9. Vigilâncias 
Como costuma cair? 
Cai um texto retirado de alguma portaria, com lacunas em branco, pedindo para você preencher com as palavras certas, ou seja, tem que “decorar” o que o Ministério da Saúde fala dessas vigilâncias, também cai questões sobre as ações de cada área da vigilância.
Contexto das vigilâncias: Com a institucionalização do SUS, em 1990 foi criado o Centro Nacional de Epidemiologia (CENEPI) e em 2003 criou a Secretaria de Vigilância em saúde (SVS) que coordena o Sistema Nacional de Vigilância em saúde no Brasil.
Fatores determinante e condicionantes da Saúde: alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer, acesso aos bens e serviços essenciais.
Responsabilidades vigilância em saúde: todas as ações de vigilância, prevenção, controle de agravo, ações de promoção à saúde, monitoramento epidemiológico das doenças, atividades sanitárias.
A vigilância em saúde possui algumas áreas que as provas da SESAB costumam cobrar muito.
I. Ambiental
Conceito: “A Vigilância Ambiental em Saúde é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde.”
“A Vigilância Ambiental em Saúde constitui-se no conjunto de ações e serviços que proporcionam o conhecimento e a detecção de fatores de risco do meio ambiente que interferem na saúde humana. O sistema integra informações e ações de diferentes setores com o objetivo de prevenir e controlar os fatores de risco de doenças e de outros agravos à saúde, decorrentes do ambiente e das atividades produtivas. Tais ações e serviços são prestados por órgãos e entidades públicas e privadas.”
Objetivos: 
- Produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando disponibilizar ao SUS instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de promoção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente
- Estabelecer os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de competência;
- Identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes das doenças e outros agravos à saúde;
- Intervir com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando para outros setores, com vistas a eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde humana;
- Promover, junto aos órgãos afins ações de proteção da saúde humana relacionadas ao controle e recuperação do meio ambiente;
- Conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento, visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da
saúde e qualidade de vida.
* O Sistema de Informação de Vigilância Ambiental em saúde é uma das ferramentas da Vigilância ambiental pois através dele ela consegue obter informações específicas de vários sistemas:
· Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Fatores Biológicos
· Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Contaminantes Ambientais
· Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade da Água de Consumo Humano (Siságua)
· Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado à Qualidade do Ar e do Solo
· Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a Desastres Naturais
· Sistema de Informação de Vigilância em Saúde Relacionado a Acidentes com Produtos Perigosos
* Áreas de Atuação:
- Vigilância da qualidade da água para consumo humano – VIGIAGUA; 
- Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos – VIGIPEQ; 
- Vigilância em saúde ambiental relacionada aos riscos decorrentes de desastres – VIGIDESASTRES.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 25 DE SETEMBRO DE 2001
Fala sobre: Competências da União, Estado, Município e DF na área de Vigilância Ambiental em Saúde.
Sobre o Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde (SINVAS):
- Compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas relativos a vigilância ambiental em saúde, visando o conhecimento e a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde, em especial:
I-vetores;
II-reservatórios e hospedeiros;
III-animais peçonhentos;
IV-água para consumo humano;
V- Ar;
VI-solo;
VII-contaminantes ambientais;
VIII-desastres naturais; e
IX-acidentes com produtos perigosos.
- Gestão do SINVAS: Compete à FUNASA, às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos equivalentes nos estados e municípios, a gestão do componente federal, estadual e municipal do SINVAS
- Meta e atividades: São expressas na Programação Pactuada Integrada de Epidemiologia e Controle de Doenças PPI/ECD, as quais são elaboradas pelo SNVAS e custeada pelos recursos que vem do Teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenças (TFECD).
- Tabela de Competências com a Vigilância Ambiental:Tabela contendo todas as competências de cada entidade em relação à Vigilância Ambiental
	Entidade
	Competência
	
FUNASA
	I. participar na formulação e na implementação das políticas de controle dos fatores de risco no meio ambiente que interfiram na saúde humana;
II. coordenar as ações de monitoramento dos fatores biológicos e não biológicos que ocasionem riscos à saúde humana;
III. elaborar normas relativas às ações de prevenção e controle de fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
IV. normatizar os procedimentos de vigilância ambiental em saúde nos pontos de entrada no território nacional de pessoas, meios de transporte e outros que possam ocasionar riscos à saúde da população;
V. propor normas e mecanismos de controle a outras instituições, com atuação no meio ambiente, saneamento e saúde, em aspectos de interesse da saúde pública;
VI. coordenar e supervisionar as ações de vigilância ambiental em saúde, com ênfase naquelas que exigem simultaneidade em mais de uma unidade da federação;
VII. executar ações de vigilância ambiental em saúde, em caráter excepcional, de forma complementar à atuação dos estados, em algumas circunstâncias.
VIII. estabelecer os padrões máximos aceitáveis ou permitidos e os níveis de concentração no ar, água e solo, dos fatores e características que possam ocasionar danos à saúde humana;
IX. realizar avaliações de impacto e de risco à saúde da população, relacionadas ao emprego de novas tecnologias;
X. definir, normatizar, coordenar e implantar os sistemas de informação relativos à vigilância de vetores, hospedeiros e reservatórios de doenças transmissíveis e animais peçonhentos e à vigilância de contaminantes ambientais na água, ar e solo, de importância e repercussão na saúde pública, bem como à vigilância e prevenção dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos;
XI. definir indicadores nacionais para o monitoramento de vetores, hospedeiros e reservatórios de doenças transmissíveis e animais peçonhentos e de contaminantes ambientais na água, ar e solo de importância e repercussão na saúde pública, bem como para a vigilância e prevenção dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos e coordenar e supervisionar as ações de vigilância de tudo isso 
XII. coordenar e executar as atividades relativas a informação e comunicação de risco à saúde decorrente de contaminação ambiental; participar do financiamento das ações de vigilância ambiental em saúde. Fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos humanos em vigilância ambiental em saúde;
	
Estados
Estados
	I- coordenar as ações de monitoramento dos fatores biológicos e não biológicos que ocasionem riscos à saúde humana;
II- propor normas relativas as ações de prevenção e controle de fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
III- propor normas e mecanismos de controle a outras instituições, com atuação no meio ambiente, saneamento e saúde, em aspectos de interesse da saúde pública;
IV- coordenar e supervisionar as ações de vigilância ambiental em saúde, com ênfase naquelas que exigem simultaneidade em mais de um município;
V- executar ações de vigilância ambiental em saúde, em caráter excepcional, e complementar à atuação dos municípios, nas seguintes situações:
a) em circunstâncias especiais de risco à saúde decorrentes de fatores ambientais, que superem a capacidade de resposta do nível municipal; ou
b) que representem risco de disseminação estadual.
X- monitorar, de forma complementar ou suplementar aos municípios, os fatores não biológicos, que ocasionem riscos à saúde da população, observados os padrões máximos de exposição aceitáveis ou permitidos;
XI- coordenar e executar as atividades relativas a informação e comunicação de risco à saúde decorrente de contaminação ambiental de abrangência estadual e intermunicipal;
XVI- participar do financiamento das ações de vigilância ambiental em saúde, na forma estabelecida na Portaria 1.399/99
	
Municípios
	I- coordenar e executar as ações de monitoramento dos fatores dos fatores biológicos e não biológicos que ocasionem riscos à saúde humana;
II- propor normas relativas às ações de prevenção e controle de fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
III- propor normas e mecanismos de controle a outras instituições, com atuação no meio ambiente, saneamento e saúde, em aspectos de interesse de saúde pública;
IV- coordenar a Rede Municipal de Laboratórios de Vigilância Ambiental em Saúde;
V - gerenciar os sistemas de informação relativos à vigilância de vetores, hospedeiros e reservatórios de doenças transmissíveis e animais peçonhentos e à vigilância de contaminantes ambientais na água, ar e solo, de importância e repercussão na saúde pública, bem como à vigilância e prevenção dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos, incluindo:
a)coleta e consolidação dos dados provenientes de unidades notificantes do sistema de vigilância ambiental em saúde;
b)envio dos dados ao nível estadual, regularmente, dentro dos prazos estabelecidos pelas normas
de cada sistema;
c)análise dos dados; e
d)retroalimentação dos dados.
VI- monitorar as atividades de vigilância de vetores, hospedeiros e reservatórios de doenças transmissíveis e animais peçonhentos e à vigilância de contaminantes ambientais na água, no ar e no solo, de importância e repercussão na saúde pública, bem como dos riscos decorrentes dos desastres naturais e acidentes com produtos perigosos;
VII- executar as atividades
de informação e comunicação de risco à saúde decorrente de contaminação ambiental de abrangência municipal;
VIII- promover, coordenar e executar estudos e pesquisas aplicadas na área de vigilância ambiental em saúde;
IX- analisar e divulgar informações epidemiológicas sobre fatores ambientais de risco à saúde;
X- fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos humanos em vigilância ambiental em saúde;
XI- participar do financiamento das ações de vigilância ambiental em saúde, na forma estabelecida na Portaria 1.399/99.
	Distrito Federal
	A coordenação e execução das ações de vigilância ambiental em saúde no Distrito Federal compreenderá, no que couber, simultaneamente, as competências referentes a estados e municípios.
II. Vigilância Sanitária
Definição: Compreende o conjunto de ações executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária.
O que é? Conjunto de intervenções que atuam sobre os riscos, com base nos conhecimentos biomédicos, saber jurídico e epidemiologia, contudo, seu nicho de atuação é voltado para proteção da saúde, mas anda se projetando para o âmbito da promoção à saúde.
Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo;
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde."
Competências:
- União
I - definir a política nacional de vigilância sanitária;
II - definir o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
III - normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde;
IV - exercer a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuição ser supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios;
V - acompanhar e coordenar as ações estaduais, distrital e municipais de vigilância sanitária;
VI - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
VII - atuar em circunstâncias especiais de risco à saúde; e
VIII - manter sistema de informações em vigilância sanitária, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os     Municípios.
> A qual será exercida: Pelo MS no que tange à formulação, acompanhamento e avaliação da política nacional de vigilância sanitária
> A intervenção do Estado nas relações entre produtores e consumidores expressa-se de duas formas: uma, através do controle das práticas de produção, determinando as normas técnicas e padrões de produção e exercendo a fiscalização para o cumprimento dessas normas, para prevenir e evitar o dano no ato do consumo; outra, através do estabelecimento do direito básico do consumidor e da disponibilização do Estado a seu serviço, seja na elucidação dos procedimentos que motivaram um dano, seja no aparato legal necessário à reparação do dano ao consumidor.
Controle interno: o prestador/fornecedor é responsável pelo que produz e deve manter controle sobre sua produção, respondendo pelos seus desvios, imperfeições ou nocividades
Controle externo: exercido pelo Estado ou pelas sociedades organizadas na vigilância do processo e na defesa do consumidor. 
* Dimensões inerentes à prática de vigilância sanitária:
- A dimensão política: Como uma prática de saúde coletiva, de vigilância da saúde, instrumento de defesa do cidadão, no bojo do Estado e voltada para responder por problemas, situa-se em campo de conflito de interesses, pois prevenir ou eliminar riscos significa interferir no modo de produção econômico-social. Essa é sua dimensão política, relacionada ao propósito de transformação ou mudança desses processos em benefício, a priori, da população. Contudo, os entraves serão maiores ou menores dependendo, de um lado, do grau de desenvolvimento tecnológico dos setores produtores e prestadores, de suas consciências sanitárias ou mercantilistas, e, de outro, da concreta atuação e consciência dos consumidores.
- A dimensão ideológica: que significa que a vigilância deverá responder às necessidades determinadas pela população, mas enfrenta os atores sociais com diferentes projetos e interesses.
- Dimensão tecnológica: referente à necessidade de suporte de várias áreas do conhecimento científico, métodos, técnicas, que requerem uma clara fundamentação epidemiológica para seu exercício. Nessa dimensão está incluída sua função de avaliadora de processos, de situações, de eventos ou agravos, expressa através de julgamentos a partir da observação ou cumprimento de normas e padrões técnicos e de uma consequente tomada de decisão.
- Dimensão jurídica: que a distingue das demais práticas coletivas de saúde, conferindo-lhe importantes prerrogativas expressas pelo seu papel de polícia e pela sua função normatizadora. A atuação da Vigilância Sanitária tem implicações legais na proteção à saúde da população, desde sua ação educativa e normativa, estabelecendo obrigatoriedades ou recomendações, até seu papel de polícia, na aplicação de medidas que podem representar algum tipo de punição. Assentada no Direito Sanitário, sua atuação se faz no plano do jurídico, o que significa que qualquer tomada de decisão afeta esse plano. Para isso suas ações devem estar corretamente embasadas em leis. Torna-se imprescindível para aquele que exerce a ação o conhecimento dos instrumentos processuais, das atribuições legais e responsabilidades.
*Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA: autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde
- Característica ANVISA: independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira.
- Finalidade: A Agência terá por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras. 
- Competências:
I - coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária;
II - fomentar e realizar estudos e pesquisas no âmbito de suas atribuições;
III - estabelecer normas, propor, acompanhar e executar as políticas, as diretrizes e as ações de vigilância sanitária;
IV - estabelecer normas e padrões sobre limites de contaminantes, resíduos tóxicos, desinfetantes, metais pesados e outros que envolvam risco à saúde;
V - intervir, temporariamente, na administração de entidades produtoras, que sejam financiadas, subsidiadas ou mantidas com recursos públicos, assim como nos prestadores de serviços e ou produtores exclusivos ou estratégicos para o abastecimento do mercado nacional
VI - administrar e arrecadar a taxa de fiscalização de vigilância sanitária
VII - autorizar o funcionamento de empresas de fabricação, distribuição e importação dos produtos
VIII - anuir com a importação e exportação dos produtos mencionados no art. 8º desta Lei;
IX - conceder registros de produtos, segundo as normas de sua área de atuação;
X - conceder e cancelar o certificado de cumprimento de boas práticas de fabricação;
XIV - interditar, como medida de vigilância sanitária, os locais de fabricação, controle, importação, armazenamento, distribuição e venda de produtos e de prestação de serviços relativos à saúde, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde;
XV - proibir a fabricação, a importação, o armazenamento, a distribuição e a comercialização de produtos e insumos, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde;   
XVI - cancelar a autorização de funcionamento
e a autorização especial de funcionamento de empresas, em caso de violação da legislação pertinente ou de risco iminente à saúde;
XVII - coordenar as ações de vigilância sanitária realizadas por todos os laboratórios que compõem a rede oficial de laboratórios de controle de qualidade em saúde;
XVIII - estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas de vigilância toxicológica e farmacológica;
XIX - promover a revisão e atualização periódica da farmacopéia;
XX - manter sistema de informação contínuo e permanente para integrar suas atividades com as demais ações de saúde, com prioridade às ações de vigilância epidemiológica e assistência ambulatorial e hospitalar;
XXI - monitorar e auditar os órgãos e entidades estaduais, distrital e municipais que integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, incluindo-se os laboratórios oficiais de controle de qualidade em saúde;
XXII - coordenar e executar o controle da qualidade de bens e produtos relacionados no art. 8º desta Lei, por meio de análises previstas na legislação sanitária, ou de programas especiais de monitoramento da qualidade em saúde;
XXIII - fomentar o desenvolvimento de recursos humanos para o sistema e a cooperação técnico-científica nacional e internacional;
XXIV - autuar e aplicar as penalidades previstas em lei.
XXV - monitorar a evolução dos preços de medicamentos, equipamentos, componentes, insumos e serviços de saúde
Bens e produtos submetidos ao controle e fiscalização sanitária pela ANVISA:
I - medicamentos de uso humano, suas substâncias ativas e demais insumos, processos e tecnologias;
II - alimentos, inclusive bebidas, águas envasadas, seus insumos, suas embalagens, aditivos alimentares, limites de contaminantes orgânicos, resíduos de agrotóxicos e de medicamentos veterinários;
III - cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes;
IV - saneantes destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação em ambientes domiciliares, hospitalares e coletivos;
V - conjuntos, reagentes e insumos destinados a diagnóstico;
VI - equipamentos e materiais médico-hospitalares, odontológicos e hemoterápicos e de diagnóstico laboratorial e por      imagem;
VII - imunobiológicos e suas substâncias ativas, sangue e hemoderivados;
VIII - órgãos, tecidos humanos e veterinários para uso em transplantes ou reconstituições;
IX - radioisótopos para uso diagnóstico in vivo e radiofármacos e produtos radioativos utilizados em diagnóstico e terapia;
X - cigarros, cigarrilhas, charutos e qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco; 
XI - quaisquer produtos que envolvam a possibilidade de risco à saúde, obtidos por engenharia genética, por outro procedimento ou ainda submetidos a fontes de radiação.
Campo de Abrangência da Vigilância Sanitária: 
- Tecnovigilância
O que é? 
É o sistema de vigilância de eventos adversos e queixas técnicas de produtos para saúde na fase de pós-comercialização (Equipamentos, Materiais, Artigos Médico-Hospitalares, Implantes e Produtos para Diagnóstico de Uso "in-vitro"), visando recomendar a adoção de medidas que garantam a proteção e a promoção da saúde da população.
II. Epidemiológica
O que é? Conjunto de atividade que permitem reunir informações indispensáveis para conhecer a história natural da doença, detectar e prever qualquer mudança, para em cima disso recomendar as medidas de prevenção e controle da doença.
IV. Saúde do Trabalhador
# Portaria nº 1.378/2013
- O que dispõe: Sobre regulamentação das responsabilidades e define diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
Princípios GeraisAs ações são coordenadas com as ações/serviços ofertados no SUS p/ garantir a integralidade
 Vigilância em Saúde
constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de
dados sobre eventos relacionados à saúde, cujo objetivo é o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde.
 
- Ações de Vigilância em saúde são voltadas para:
I -Vigiar a saúde da população, analisando para planejar e estabelecer medidas e ações de saúde pública em cima disso
II – Detectar e adotar medidas para emergências de saúde pública. 
III – Vigiar, prevenir e controlar doenças transmissíveis. 
IV - Vigilância doenças crônicas não transmissíveis, acidentes e violências;
V – vigiar populações expostas a riscos ambientais em saúde;
VI – Vigiar a saúde do trabalhador;
VII - Vigilância sanitária dos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos, serviços e tecnologias de interesse a saúde; 
VIII - outras ações de vigilância que, de maneira rotineira e sistemática, podem ser desenvolvidas em serviços de saúde públicos e privados nos vários níveis de atenção, laboratórios, ambientes de estudo e trabalho e na própria comunidade.
CompetênciasSistema Nacional de Vigilância em Saúde
 CoordenaSecretaria de Vigilância em Saúde
Sistema Nacional de vigilância Sanitária
 CoordenaANVISA
 
A secretaria de Vigilância em Saúde atua junto com o MS, portanto possuem a mesma competência nesse aspecto.
Várias competências nessa portaria são comuns à SVS/MS, ANVISA, Estado e Município, ver anexo I com as competências de cada um. Em relação aos Estados e Municípios a portaria mostra que:
 Sistemas Nacionais de Vigilância em Saúde e Vigilância Sanitária
Secretarias Estaduais de Saúde
 
Coordena os componentes Estaduais
Coordena os componentes MunicipaisSecretarias Estaduais de Saúde
Em relação ao Financiamento das Ações:Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde e da Transferência de Recursos
 Organiza os recursos federais transferidos para os Estados, DF e Municípios para financiamento das ações em vigilância em Saúde
Componente de Vigilância em Saúde e Componente da Vigilância Sanitária.
A portaria também fala que os recursos de um componente podem ser utilizados em ações de outro componente desse bloco! Desde que as finalidades pactuadas previamente.
Esses recursos desse bloco são repassados mensalmente de forma regular e automática o FNS para os Fundos de Saúde dos Estados, DF e Municípios.Financiamento do Componente da Vigilância em Saúde
- Refere-se aos Recursos federais destinados às ações dePrevenção e Controle de doenças e agravos e dos seus fatores de risco
Vigilância e Promoção
- A aplicação dos recursos desse componente é constituída em: Piso Fixo de Vigilância em Saúde (PFVS), Piso variável de Vigilância em Saúde (PVVS) e Assistência Financeira aos Agentes de Combate às Endemias.Cujo incentivo é a Assist. Financeira Complementar da União
Onde as ações de Vigilância em Saúde são desenvolvidas
file:///C:/Users/gamsl/Downloads/curso-33123-aula-00-v1.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1378_09_07_2013.html
10. NR32
Objetivo: Estabelecer diretrizes para implementar medidas de proteção à segurança e a saúde do trabalhador dos serviços em saúde.
- Riscos biológicos: por definição é a probabilidade de exposição ocupacional a agentes biológicos, os quais podem ser microorganismos geneticamente modificados ou não, cultura de células, parasitas, toxinas e os príons.
- Virulência: Capacidade de um agente biológico se multiplicar dentro de um organismo
- Patogenicidade: capacidade de um agente biológico causar doença a um hospedeiro
- Transmissibilidade: é a capacidade de transmissão de um agente a um hospedeiro, cujo período equivale ao intervalo de tempo durante o qual o um organismo pode transmitir um agente biológico.
Acidente com material biológico:
- O uso de antisséptico no corte com material biológico não
reduz a transmissibilidade, não há estudos que confirmem isso ainda.
Ver manual de condutas
11. Modelos de Atenção à Saúde
Um sistema de saúde é formado por infraestrutura, organização, gestão, financiamento e prestação dos serviços, cuja prestação envolve o modelo de atenção, que segundo Paim, podemos definir esses modelos como combinações tecnológicas voltadas para resolução de problemas e para o atendimento de necessidades de saúde, individuais e coletivas. Ou seja como organiza os serviços de saúde.
Tipos de abordagem à Saúde:
I. Modelo ecológico: As medidas de controle das doenças intervêm sobre o agente, o hospedeiro e o ambiente também, seja físico, biológico ou sociocultural.
II. Medicina Preventiva: Engloba a prevenção primária para evitar o desequilíbrio entre o agente, hospedeiro e ambiente, além disso envolve a prevenção secundária que atua no período patogênico para diagnosticas e tratar e ainda nesse período entra a prevenção terciária para reabilitar, ou seja, a base das intervenções na história natural da doença são a epidemiologia e a clínica.
III. Medicina comunitária: propõe a regionalização, integração das ações e serviços que visa o cuidado progressivo através da hierarquia de níveis do sistema de saúde. Isso se vincula ao modelo piramidal com os níveis de atenção 1ª, 2ª e 3ª dispondo de tecnologias variadas. Mas essa combinação de tecnológicas centralizada nos hospitais rotulou isso como modelo hospitalocêntrico.
IV. Modelo de atenção primária: Enfatiza uso de tecnologias simples e de baixo custo, sendo contraposta ao modelo hospitalocêntrico.
Modelos de atenção à saúde:
Seguridade social: Todos têm acesso de acordo com suas necessidades, pagando impostos, trazendo também a idade que é um direito de cidadania, porque todo cidadão precisa de saúde e o Estado precisa prover isso. 
Conceito importante: Quando falamos de seguro social envolvemos o modelo biomédico, tecnicista, hospitalocêntrico, mas quando falamos de seguridade social engloba o modelo sanitarista, saúde da família, alternativos.
Não existe modelo errado, ou certo, e sim o que está de acordo com o perfil do ambiente.
Modelo médico hegemônico:
1. (Flexiniano / tecnicista / hospitalocêntrico / biomédico/ medico hegemônico): Não contempla o princípio da integralidade, pois está voltado a atender por demanda espontânea, por conta da influência política e cultural exercida por esse modelo. Ou seja esse modelo está visando a medicina curativa ao invés da preventiva, visa a assistência privada e a fragmentação da atuação dos profissionais de saúde, então seu enfoque é em tecnologias duras, assistência vertical e paternalista tradicional, demanda espontânea para que o indivíduo sozinho procure as especialidades, apoiado no biologismo e mecanicismo, só foca na dor e em como resolver a dor e pronto (medicina curativa), tratando a saúde como mercadoria, ignorando o social e psicológico, apresentando assim os seguintes traços fundamentais:
1) Individualismo, a atenção é fora do contexto social que o indivíduo está inserido, então ele secundariza a promoção à saúde e prevenção. Visa só o individual!
2) Saúde e doença como mercadoria, para que ele só procure o hospital e gaste mais
3) Ênfase no biologismo, esquece o psicológico e social
4) Historicidade da prática médica, não tem a ideia de multiprofissionalidade
5) Medicalização dos problemas, tem medicamento para tudo
6) Privilégio da medicina curativa, só quer curar 
7) Estímulo ao consumismo médico, de querer que a sociedade busque o médico
8) Participação passiva e subordinada dos consumidores. 
Além disso sua organização está pautada nas especialidades, valorizando mais o profissional médico especialista e não o da saúde da família. Também valoriza mais o ambiente hospitalar do que a assistência ambulatorial, visando muito lucro do sistema, porque sem prevenção, quando o paciente vai precisar estará agravado então precisará do hospital, gerando mais lucro.
2. Modelo sanitarista/ Campanhista: Também é um hegemônico remete a ideia de campanha sanitárias, cuja característica eram ser pontuais, para resolver problemas pontuais como por exemplo chegou uma pandemia, surto, ai começa as campanhas para resolver a pandemia. Tem também programas especiais como esquistossomose, TB, puericultura, saúde materna, e então fragmentava muito a assistência, fica muito vertical visando apenas interromper a transmissão, tem também vigilância sanitária (visa mais os riscos à saúde, quais atividades, produtos e afins que podem ser deletérios à saúde) e epidemiológica (que visa entender o que está afetando a população, fica monitorando casos, novas doenças) para atender às necessidades de saúde da população.
- Qual o problema de modelo vertical? É que não considera as especificidades de cada população, as características regionais, sociais, econômicas. Dessa forma enfrenta dificuldade em prestar um serviço com qualidade, efetividade e equidade
Ainda sobre o modelo hegemônico, Paim fala do:
* Modelo médico assistencial privatista, que é centrado na clínica, atendimento da demanda espontânea e procedimentos e serviços especializados, sendo prestigiado pela política, mídia, é o mais conhecido. Objeto desse modelo é a doença ou o doente (que procura o médico por livre vontade), seu agente é o médico, sobretudo o especialista, seus meios de trabalho são as tecnologias médicas. Não é exclusivo do setor público, está no privado também, prejudica o atendimento integral e tampouco se preocupa com o nível de saúde da população.
* Modelo de atenção gerenciada, surge com o crescimento de cooperativas médicas, operadoras de plano de saúde, ele passa a coexistir como privatista, mas ele é fundado na economia analisando custo-efetividade e na medicina baseada em evidências construindo um modo de produção do cuidado centrado em distintos atores sociais: financiadores, provedores, consumidores, administradores. Aqui os protocolos assistenciais são relevantes que acabam atuando como camisa de força pois sujeitam os médicos e pacientes a eles. Estimula consumismo médico, medicina curativa, preservando o modelo hegemônico. Esse modelo ele tende a apostar na subprodução e no controle do trabalho médico, ou seja, concentra a demanda e racionaliza procedimentos e serviços especializados.
3. Modelo Alternativo: São modelos mais recentes, surgiram na década de 70 junto com a reforma sanitária com a ideia de atenção primária, prevenção, sendo direcionado para atenção do indivíduo na sua singularidade e o contexto, família e comunidade que ele está inserido, considerando os aspectos econômicos sociais, culturais e econômicos. Então ele é centrado nas ações programáticas de saúde, acolhimento, vigilâncias de saúde, trabalha também a ideia de que se a cidade como infraestrutura é saudável a população também é saudável, a promoção e prevenção., a promoção e prevenção.
ResumindoAlternativo
Hegêmonico
Assistência integral (da vacina ao transplante), humanizada com vínculo entre trabalhadores e usuários
Articula ações de demanda espontânea e programadas
Demanda espontânea
Trabalha a assistência fragmentada, sem planejamento e com poucas ações de promoção e prevenção.
Atenção – Conceitos importantes:
- Tecnologias leves, são as relações, vínculo, autonomia, gestão como uma forma de governar o processo de trabalho.
- Tecnologias leve-duras, são as teorias e os recursos materiais, ou seja, saberes bem estruturados que operam no processo de trabalho como o fordismo/taylorismo. 
- Tecnologias duras, envolvem o uso de equipamentos tecnológicos, maquinarias, normas e estruturas organizacionais.
12. Política Nacional de Promoção à Saúde ( portaria 2.446/2014)
13. Educação em Saúde
14. Epidemiologia
15. Lideranças no Trabalho
16. Avaliação e monitoramento da qualidade em serviços de saúde
17. Organização da assistência à Saúde
18. Política Nacional de Avaliação dos Serviços em Saúde
19. Economia da Saúde
20. Planejamento, Gestão e Avaliação de Serviços e Programas de Saúde
21. Políticas públicas em Saúde e sua Evolução
história
22. Processo de trabalho em Saúde
23.Programas de Saúde
24. Qualidade em serviços de Saúde: Conceitos e aspectos Gerais
25. Trabalho em equipe multidisciplinar
26. Controle Social e Educação em saúde
27. Humanização da atenção e da gestão na Saúde
__________Conhecimentos básicos da Graduação
1. Ética e Bioética em Enfermagem: Aspectos éticos e legais do exercício profissional do enfermeiro 
I. Resolução Cofen 564/2017
O que é? Foi feita para aprovar o novo código de ética da enfermagem para observância (cumprimento rigoroso).
A quem se aplica? Enfermeiras, técnicos, auxiliares, obstetrizes e parteiras, atendentes de enfermagem
O que ele fala? Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem e que esse código pode ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por proposta de 2/3 dos Conselheiros Efetivos do conselho Federal, ou mediante proposta de 2/3 dos conselhos regionais
Parágrafo único: A alteração deve ser precedida de ampla discussão com a categoria, coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação do Conselho Federal de Enfermagem em formato de Conferência Nacional, precedida de conferências Regionais.
Princípios fundamentais: Comprometimento com a produção e gestão dos cuidados em diferentes contextos. Assiste, gerencia, ensina, educa e pesquisa. Participa na defesa hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde
Ver no livro Romulo Passos que comprei <3 
2. Fundamentos de Enfermagem
I. Cuidados de Enfermagem aos clientes com úlceras por pressão e/ou feridas
- Escala de estadiamento da lesão
É usada para mensurar a extensão, localizar a lesão, inclusive caiu na prova perguntando isso, essa escala é a European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP), que estabelece os estágios do estadiamento. Ou seja, quando ela já está instalada, usamos para classificar a lesão.
Na prova da residência, o estágio não classificável foi considerado como estágio 4!!!
E temos a escala de risco de desenvolver LPP, que é a de braden, para prevenção:
- Processo de cicatrização:
São 3 fases, seguindo ao ordem ilustrada
Fase 1 – Começa quando a lesão inicia e dura 3 dias, pois o dano que dá o start no processo de reconstrução, contraindo vasos próximos a lesão para fazer a hemóstase, somados a agregação plaquetária, ativação da cascata de coagulação e formação de fibrina, a qual vai agir como barreira.
Fase 2 – Envolve a repitelização, síntese da matriz e neovascularização, no 3º dia pós lesão e dura por algumas semanas. É aqui que o tecido de granulação é formado, sendo o marco inicial da cicatriz.
Fase 3 – ocorre uma deposição organizada de colágeno, começa 21 dias após a lesão, podendo perdurar por 1 ano.
III. Calendário Vacinal
IV. Cuidados e manuseio de tubos, drenos, sondas e cateteres
- Pacientes intubados com tubo orotraqueal
Realizar higiene oral, pois esse é um dos cuidados mais importantes para evitar infecção do trato respiratório inferior, como pneumonias associadas ao VM.
V. Administração de Medicamento
- Cálculos para dosagem de drogas e soluções
Penicilina, lembrar que na apresentação de 5.000.000 UI o volume do pó é 2ml, mas na apresentação de 10.000.000 UI é de 4ml. 
Dica: Geralmente a forma que a prova cobra, o ideal é responder testando as alternativas. Ex: A alternativa fala que fraco com 1.000.000 UI formando 10 ml do composto, o volume administrado por dose será x. Então você faz o cálculo com 1.000.000 UI ---- 10 ml e procura o X, pra ver se bate com o que a alternativa fala.
3. Saúde Coletiva
I. Programa de prevenção, controle e tratamento da hanseníase
- Fisiopatologia: Doença infecciosa e transmissível causada pelo Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch), afetando pulmões, outros órgãos e sistemas. Cerca de 1/3 da população mundial é infectada, mas a maioria fica na forma latente, somente os infectados na forma ativa que transmitem se tornando bacilíferos, sendo os multibacilíferos aqueles que desenvolvem a forma pulmonar cavitária, identificando na baciloscopia, responsáveis pela transmissão. Já os paucibacilíferos, estão doentes, apresentam a forma pulmonar, mas não a cavitária ( a cavitária torna propício a proliferação, como não tem a carga é menor), baciloscopia negativa, transmitem mas em baixa proporção, e os não bacilíferos possuam a forma extrapulmonar da doença, não transmitindo para ninguém pois a transmissão se dá pela inalação de gotículas contaminadas, geralmente são crianças e imunossuprimidos.
Transmissão: pela fala, tosse, espirro, não tem problema compartilhar utensílios, copos, talheres, além disso o contato tem que ser frequente, não basta ser pontual
> Atenção: Podemos ter TB por ingestão de leite não pasteurizado oriundo de gado contaminado M. bovis
Mecanismo: o BK chega nos alvéolos pela primeira vez, então ele é fagocitado por macrófagos locais, gerando uma intensa reação inflamatória. Esse macrófagos não conseguem inativar o BK, então o bacilo começa a usar ele para se proliferar e logo em seguida destroem ele, ficando livre no espaço alveolar novamente, e ai outro macrófago faz o mesmo, isso acaba gerando um foco pneumônico, no rx nem sempre conseguimos ver. Aos poucos os bacilos acabam sendo drenados para os linfonodos hilares e mediastinais, caindo na corrente sanguínea. Depois de 8 semanas em média, o corpo reage com uma resposta imunológica eficaz para combater o bacilo contendo as proliferações bacilares nos focos. Mas em quem não tomou bcg, isso não acontece ai acaba disseminando a infecção levando a forma extrapulmonar. Mas se for um adulto saudável, a imunidade controla o bacilo, formando o granuloma, deixando a infecção na forma latente que pode ficar assim a vida toda, mas uma reinfecção pode reativar, ou queda da imunidade sendo essas TB pós primária, que é a maioria dos casos de TB no adulto. Além disso, se ele for multibacilífero, é porque a imunidade dele não estava boa e então o corpo não conseguiu conter, então evolui e acaba formando focos caseosos, que viram cavitações (TB primária progressiva), similar a pós primária, a apresentação.
O programa: Surgiu em 96, com a ideia do tratamento supervisionado, o qual precisou ser estendido para todo os serviços do SUS, como atenção básica, PACS, PSF, para garantir ampliação do acesso ao diagnóstico e tratamento. Além disso o programa enfatiza a necessidade de parcerias com ONGs e universidades/organismos nacionais e internacionais.
Objetivo: Diminuir a morbidade, mortalidade e transmissão da TB. Detectar novos casos, aumentar a cura e diminuir abandono por meio do aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica, expandir o tratamento supervisionado na atenção básica pelo PSf, PACS e nas unidades de saúde nos centros urbanos. Capacitar profissionais do programa em todas as esferas de gestão, formar multiplicadores e gerentes que atuem no programa em todas as suas áreas de atuação.
A vigilância se dá por meio dos registros no SINAN.
O programa capacita PACS e PSF nas ações de vigilância, prevenção, controle e ações assistenciais para diagnóstico e tratamento. O ACS é capaz de identificar na comunidade, por meio das visitas domiciliares, os sintomáticos respiratórios, encaminhá-los a unidade, além de orientar a família e comunidade para que eles acompanhem a tomada de medicamento pelo paciente.
Competências
	Esfera
	Competência
	
Federal
Federal 
	Elaborar normas, subsídios, assim como orientação para programas de treinamento de RH que deverão ser executados pelos estados e municípios; 
Prover os estados com abastecimento de medicamentos, material de laboratório e insumos imunobiológicos necessários para atividade de controle;
Coordenar, assessorar e apoiar a Rede Nacional de Laboratórios para Tuberculose seguindo os níveis hierárquicos nacional, regional, estadual, municipal e local (Portaria nº 15 de 03/01/2002);
Promover campanhas de informação à sociedade nas esferas nacional, estadual e municipal;
Assessorar tecnicamente os Estados e excepcionalmente os municípios

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