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industrialização-Brasileira

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GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA
Características Espaciais, Sociais, Estratégicas e 
de Divisão Interna e Internacional do Trabalho
Mas, o que é industria? 
Representa a atividade econômica onde notamos dois 
fatores: 
1˚ - A inserção de tecnologia no processo produtivo 
possibilitando uma ampliação da produção e saindo da 
escala artesanal. 
2˚ - Apropriação destes tecnologias (meios de produção) por 
um pequeno grupo que passa a explorar a maior parte da 
força de trabalho, incapaz de se apropriar destes meios de 
produção (tecnologia, imóveis, capitais e infra-estrutura), 
obtendo assim o lucro. 
É neste contexto que surge o capitalismo, quando a 
exploração recai sobre a força de trabalho e não mais na 
propriedade.
Tipos de Indústrias
Indústrias de Base (ou bens de produção 
ou pesada) 
Indústrias de bens de capital (ou 
intermediários) 
Indústrias de bens de consumo (ou leves)
O Pensar a Indústria 
Os modos de Produção
A reflexão sobre a produção industrial, suas dificuldades e 
estratégias quanto a exploração da força de trabalho, ocupação do 
espaço urbano, quantidade a ser produzida e especialização da 
força de trabalho derivam do século XIX. 
As revoluções tecnológicas, em muitos dos casos foram tentativas 
da própria atividade de solucionar seu problemas e impasses. 
A atividade industrial sempre esteve vinculada as necessidades de 
amplificar a velocidade dos fluxos para facilitar a reprodução do 
capital, esbarrando sempre nos limites tecnológicos de sua época. 
Restou à industria a responsabilidade de transpor as limitações 
técnicas de seu período inserido tecnologia nos estágios 
produtivos e na fluidez dos elementos fundamentais à produção.
1˚ - Taylorismo
Também conhecido como 
administração cientifica, buscava 
amplificar a produção a partir da 
especialização da força de trabalho e 
setorização do processo produtivo. 
Taylor montou uma metodologia que 
bucava amplificar a produtividade e 
reduzir o tempo de produção. Frederick W. Taylor
1˚ - Taylorismo
Principais características e objetivos do Taylorismo: 
- Divisão das tarefas de trabalho dentro de uma empresa; 
- Especialização do trabalhador; 
- Treinamento e preparação dos trabalhadores de acordo com as aptidões apresentadas; 
- Análise dos processos produtivos dentro de uma empresa como objetivo de otimização do 
trabalho; 
- Adoção de métodos para diminuir a fadiga e os problemas de saúde dos trabalhadores; 
- Implantação de melhorias nas condições e ambientes de trabalho; 
- Uso de métodos padronizados para reduzir custos e aumentar a produtividade; 
- Criação de sistemas de incentivos e recompensas salariais para motivar os trabalhadores e 
aumentar a produtividade; 
- Uso de supervisão humana especializada para controlar o processo produtivo; 
- Disciplina na distribuição de atribuições e responsabilidades; 
- Uso apenas de métodos de trabalho que já foram testados e planejados para eliminar o improviso.
2˚ - Fordismo
O fordismo foi a aplicação do taylorismo dentro 
do processo produtivo associado a uma 
profunda inserção de tecnologia na fábrica. 
As esteiras de produção, a setorização da 
força de trabalho e a padronização da 
produção possibilitaram gastos monstruosos 
tanto em tecnologia quanto em salários, visto o 
grande número de operários. 
Contudo a produção foi ampliada a um nível 
monstruoso, possibilitando atender uma escala 
crescente de mercados.
Henry Ford
3˚ Toyotismo e Pós-Fordismo
O modelo toyotista está intimamente associado as 
dificuldades existentes e enfrentadas pela industria nipônica, 
quanto a obtenção de espaço, energia e matérias-primas. 
Trata-se da racionalização da utilização destes elementos a 
partir de um profundo planejamento associado a inserção de 
tecnologias provenientes da 3˚ revolução industrial, 
especialmente da revolução técnico-científico-informacional. 
A setorização da força de trabalho passa a não mais existir, 
absorvendo equipes de produção altamente qualificadas. 
Diversidade de produtos para atender o máximo de clientes. 
Fim dos estoque e produção acoplada as necessidades do 
mercado (just-in-time). 
Aplicação das experiências e opiniões dos funcionários no 
processo produtivo e nos produtos. 
Este modelo passa a ser aplicado em escala mundial, 
especialmente após o 1˚ choque do petróleo (1973)
Taiichi Ohno
4˚ - Volvismo
O volvismo caracteriza-se, dentro da fábrica, 
como um modelo de alta absorção de 
tecnologias (automação e informática), mão-de-
obra altamente qualifica e externamente por 
uma grande interferência dos sindicatos. 
As fábricas da Volvo, em função da qualificação 
da força de trabalho, possuem um alto grau de 
experimentalismo que podem alterar 
drasticamente o processo produtivo e as 
características do produto. 
no Volvismo o operário é quem dita o ritmo das 
máquinas, conhece todas as etapas da 
produção, é constantemente reciclado e 
participa, através do sindicatos, de decisões no 
processo de montagem da planta da fábrica (o 
que o compromete ainda mais com o sucesso 
de novos projetos).
Emti Chavanmco
5˚ - Consórcio Modular 
Volkswagen/MAN
Tipos de Corporações e a 
Atuação no Mercado
Cartel 
Quando empresas do mesmo ramo de produção 
no mercado se organizam para articular preço e 
definir áreas de atuação, mantendo valores 
elevados, evitando a livre concorrência e o 
surgimento de concorrentes.
Tipos de Corporações e a 
Atuação no Mercado
Monopólio 
Quando a competitividade não existe e uma única 
empresa controla um setor de mercado. 
Neste caso notamos uma maximização dos lucros, 
visto que os preços passam a ser definidos pelo único 
produtor. 
A qualidade do produto (ou serviço) também é 
discutível, visto que não existe a necessidade de 
melhora-lo pela inexistência da concorrência.
Tipos de Corporações e a 
Atuação no Mercado
Oligopólio 
é uma forma evoluída de monopólio, no qual um 
grupo de empresas ou governos promove o 
domínio de determinada oferta de produtos e/ou 
serviços.
Tipos de Corporações e a 
Atuação no Mercado
Truste 
Quando notamos a fusão de várias empresas do 
mesmo setor industrial (ou serviços), potencializando o 
monopólio. 
Neste caso notamos, na maioria dos países, a criação 
de leis anti-truste com a finalidade de proteger o 
mercado e os consumidores.
Tipos de Corporações e a 
Atuação no Mercado
Holding 
Quando uma empresa 
controla diversos ramos 
do setor industrial. 
Este tipo de empresa são 
comuns no Japão, 
conhecidas também com 
Zaibatsus.
Industrialização 
Brasileira
Características Espaciais, Sociais, 
Políticas e Econômicas
Urbanização e Industrialização do Brasil
O processo de urbanização do Brasil é recente, marcado por uma forte 
interferência do Estado sobre a economia. 
A partir da década de 1930, notamos uma maior ação do Estado sobre a 
economia, sua interferência na fixação de infraestrutura, qualificação da mão-de-
obra e criação das indústrias de base. 
Neste momento notamos uma acentuação dos fluxos populacionais campo-
cidade, principalmente pelo colapso da economia cafeeira e a manutenção da 
estrutura fundiária concentrada. 
Grande parte dos produtores de café foram incentivados a atuarem no processo 
industrial a partir de financiamentos e vantagens estatais. 
Estes elementos caracterizam a 1˚ fase do modelo de substituição de 
importações implementado durante o governo de Getúlio Vargas. 
Este período foi marcado por uma forte concentração industrial (economia de 
aglomeração).
Dos Militares ao Neoliberalismo
Durante a ditadura militar notamos uma ampla abertura da economia 
brasileira para os capitais produtivos e especulativos internacionais que 
se beneficiaram de diversas vantagens oferecidas no período. 
Dentre as vantagens notamos a isenção de impostos, controle dos 
movimentos sociais/sindicais e grandes investimentos em obras de 
infraestrutura. 
Estes fatores possibilitaram o milagre econômico brasileiro (1968-1973), 
onde a economia brasileira crescia 9% ao ano. 
O grandefator responsável pela interrupção deste ciclo foi o 1˚ choque 
do petróleo, onde o Brasil encontrava-se fortemente dependente da 
importação da matriz. 
A partir da década de 1970, notamos uma ação maior do Estado no 
setor, a partir de investimentos maiores em pesquisa e no setor 
industrial bélico.
Dos Militares ao Neoliberalismo
A Adoção do Consenso de Washington pelo Brasil e demais países sul-
americano inaugura a fase pós-Guerra Fria. 
Dentre as determinações implementadas no período notamos a 
desregulamentação da economia e a menor interferência do Estado 
sobre esta. 
O processo de desconcentrarão industrial marca a década de 1990, 
onde notamos Estados e municípios passando a perecer vantagens 
para as industrias em seus respectivos territórios. 
Associado a este fato notamos a “deseconomia de Escala” das grandes 
aglomerações industriais, visto
Urbanização e 
Industrialização do Brasil
A 2˚ fase foi marcada pela entrada dos capitais internacionais, principalmente 
após a 2˚ guerra mundial. 
A entrada das corporações estrangeiras, especialmente as do setor 
automotivo, possibilitaram uma polarização dos investimento públicos no 
sistema de transporte rodoviário (rodoviarismo). 
Este fato possibilitou uma grave dependência neste modo de transporte que 
mostra-se como o pior para as características espaciais do Brasil. 
A grave dependência tecnológica agravou-se com a falência das empresas 
nacionais e com a transferência de capitais/ganhos das empresas para as 
sedes em seus países de origem. 
 Além destes elementos notamos uma baixa evolução tecnológica em função 
do processo de fixação das transacionais que introduzem seus pacotes 
tecnológicos dificultando o surgimento de empresas com tecnologia e capital 
nacional.

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