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(Exame Unificado 2010.3) No dia 17 de junho de 2010, uma criança recém-nascida é vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não possuía mais vida. Helena, a mãe da criança, foi localizada e negou que houvesse jogado a vítima no córrego. Sua filha teria sido, segundo ela, sequestrada por um desconhecido. Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame médico legal, o qual constatou que Helena, quando do fato, estava sob influência de estado puerperal. À míngua de provas que confirmassem a autoria, mas
desconfiado de que a mãe da criança pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretação da interceptação telefônica da linha de telefone móvel usado pela mãe, medida que foi decretada pelo juiz competente. A prova constatou que a mãe efetivamente praticara o fato, pois, em conversa telefônica com uma conhecida, de nome Lia, ela afirmara ter atirado a criança ao córrego, por desespero, mas que estava arrependida. O delegado intimou Lia para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, que Helena de fato havia atirado a criança, logo após o parto, no córrego. Em razão das aludidas provas, a mãe da criança foi denunciada pela prática do crime do art. 123, do CP, perante a 1ª Vara Criminal (Tribunal do Júri). Durante a ação penal, é juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criança. A prova técnica concluiu que a criança já nascera morta.
Na audiência de instrução, realizada no dia 12 de agosto de 2010, Lia é novamente inquirida, ocasião em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefônica, admitido ter jogado o corpo da criança no córrego. A mesma testemunha, no entanto, trouxe nova informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras conversas que tivera com a mãe da criança, Helena contara que tomara substância abortiva, pois não poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou todos os fatos. Finda a instrução, o Ministério Público manifestou-se pela pronúncia, nos termos da denúncia, e a defesa, pela impronúncia, com base no interrogatório da acusada, que negara todos os fatos.
O magistrado, na mesma audiência, prolatou sentença de pronúncia, não nos termos da denúncia, e sim pela prática do crime descrito no artigo 124 do Código Penal, punido menos
severamente do que aquele previsto no artigo 123 do mesmo código, intimando as partes no referido ato.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na condição de advogado(a) de Helena, redija a peça cabível à impugnação da mencionada decisão, acompanhada das razões pertinentes, as quais devem apontar os argumentos para o provimento do recurso, mesmo que em caráter sucessivo.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO JÚRI DA COMARCA DE ...
(Espaço de dez linhas)
Autos nº ...
(Espaço de uma linha)
 Helena, já qualificado nos autos em epígrafe a folhas ..., movido pela Justiça Pública, por intermédio de seu advogado, cujo instrumento de procuração segue anexo (documento 1), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão de folhas ..., que pronuncia o requerente, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento legal no artigo 581, inciso IV.
 Requer, assim, seja recebido e processado o presente recurso, juntando-se as inclusas razões, dignando-se Vossa Excelência a realizar o juízo de retratação.
					 Caso Vossa Excelência entenda por bem manter a respeitável decisão, requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal (indicar o Tribunal competente).
(Espaço de uma linha)
 Termos em que,
					 pede deferimento.
(Espaço de uma linha)
Local e Data.
(Espaço de uma linha)
Advogado ...
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: Helena
Recorrida: Justiça Pública 
Autos nº ...
(Espaço de cinco linhas)
					 Egrégio Tribunal ...
					 Colenda Câmara 
					 Douta Procuradoria de Justiça 
(espaço de duas linhas)
					A respeitável decisão prolatada pelo Ilustre Magistrado “a quo” deve ser reformada, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
(Espaço de duas linhas)
I – DOS FATOS
 
 No dia 17 de junho de 2010, uma criança recém-nascida foi vista boiando em um córrego e, ao ser resgatada, não possuía mais vida. A Ré, mãe da vítima. Sua filha, a vítima tinha sido sequestrada por um desconhecido. Durante a fase de inquérito, testemunhas afirmaram que a mãe apresentava quadro de profunda depressão no momento e logo após o parto. Além disso, foi realizado exame médico legal, o qual constatou que a ré, quando do fato, estava sob influência de estado puerperal. À míngua de provas que confirmassem a autoria, mas desconfiado de que a mãe da criança pudesse estar envolvida no fato, a autoridade policial representou pela decretação da interceptação telefônica da linha de telefone, móvel usado pela mãe, medida que foi decretada pelo juiz competente. 
 A prova, colhida de forma contraria a determinação legal, constatou que a mãe efetivamente praticara o fato, pois, em conversa telefônica com uma conhecida, de nome Lia, ela afirmara ter atirado a criança ao córrego, por desespero, mas que estava arrependida. O delegado intimou Lia para ser ouvida, tendo ela confirmado, em sede policial, que a ré de fato havia atirado a criança, logo após o parto, no córrego. Em razão das aludidas provas, a mãe da criança foi denunciada pela prática do crime do art. 123, do Código Penal, perante a 1ª Vara Criminal do Júri. Durante a ação penal, é juntado aos autos o laudo de necropsia realizada no corpo da criança. A prova técnica concluiu que a criança já nascera morta.
 Na audiência de instrução, realizada no dia 12 de agosto de 2010, Lia é novamente inquirida, ocasião em que confirmou ter a denunciada, em conversa telefônica, admitido ter jogado o corpo da criança no córrego. A mesma testemunha, no entanto, trouxe nova informação, que não mencionara quando ouvida na fase inquisitorial. Disse que, em outras conversas que tivera com a mãe da criança, Helena contara que tomara substância abortiva, pois não poderia, de jeito nenhum, criar o filho. Interrogada, a denunciada negou todos os fatos. 
 Finda a instrução, o Ministério Público manifestou-se pela pronúncia, nos termos da denúncia, e a defesa, pela impronúncia, com base no interrogatório da acusada, que negara todos os fatos. O magistrado, na mesma audiência, prolatou sentença de pronúncia, não nos termos da denúncia, e sim pela prática do crime descrito no artigo 124 do Código Penal.
					 Em que pese o indiscutível saber jurídico do Ilustre Magistrado a quo, a respeitável decisão prolatada merece reforma, conforme será demonstrado a seguir.
(Espaço de duas linhas)
II – DO DIREITO
(Espaço de duas linhas)
(Neste tópico podem ser desenvolvidos três blocos de teses: a) preliminarmente; b) quanto ao mérito e c) subsidiariamente. Retire do enunciado as teses e faça a inserção de cada uma delas nos respectivos blocos, seguindo as regras mencionadas abaixo. Não é obrigatório o desenvolvimento de todos os blocos. Pode existir, por exemplo, somente matéria preliminar e de mérito. Neste caso não redige o tópico “subsidiariamente”. Tudo dependerá do enunciado).
(Espaço de duas linhas)
A) PRELIMINARMENTE(Espaço de uma linha)
 Observando o fato narrado acima, não havia indício suficiente, ou prova que justificasse a interceptação das ligações telefônicas da ré, por este motivo, segundo Os artigos 2° e 5º da lei 9296 de 1996, é nulo o ato, e conseguintemente as provas provenientes deste ato.
 O magistrado alterou a tipificação do crime, em inobservância ao artigo 129, inciso I, do Código Processo Penal, não havendo aditamento por parte do Ministério Público, o magistrado modificou de forma desconexa a natureza do crime, à que a ré foi citada, podendo tal decisão ser nula, logo todo o processo seria considerado nulo.
 Levando em consideração a pericia criminal, que constatou e a criança encontrava-se morta ao momento que foi atirada na água, torneia um crime impossível, logo não encontraria adequação ao tipo penal descrito na denúncia do Ministério Público. Como transcrito a seguir:
 Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
(Espaço de duas linhas)
B) DO MÉRITO
(Espaço de uma linha)
					 Caso Vossas Excelências não acolham as preliminares arguidas, o que admitimos aqui apelas pelo dever de argumentar, se requer a apreciação da matéria de mérito, aqui exposta.
 Não foi provado por perícia, que o antiabortivo causou a morte da criança devendo o magistrado absolver a ré, com a imperatividade do artigo 415, inciso III do Código de Processo Penal. 
C) SUBSIDIARIAMENTE
(Espaço de uma linha)
					 Na remota hipótese de Vossas Excelências rejeitarem o pedido formulado no mérito, pede-se o exame das seguintes questões subsidiárias.
 Segundo o artigo 414 do Código de Processo Penal, o juiz devera declarar a impronúncia da ré, pela existência insuficiente de prova. Como determina o artigo transcrito abaixo:
Art. 414.  Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
 
(Espaço de duas linhas)
III – DO PEDIDO
(Espaço de uma linha)						
					 Ante o exposto, são as presentes razões para requerer que seja conhecido e provido o recurso em sentido estrito interposto, com a finalidade de:
a) Preliminarmente: 
 Requer-se a nulidade, por ausência de observância do artigo 564, Inciso IV do Código de Processo Penal e dos artigos 384 e 411, parágrafo 3° do Código de Processo Penal, quando da alteração da tipificação;
					 b) Mérito:
 Na hipótese de rejeição da preliminar, quanto ao mérito se requer a absolvição sumária, com fundamento legal no artigo 415, inciso III, do Código de Processo Penal;
b) Subsidiariamente:
 Se Vossa Excelência entender por bem não acolher o que foi pedido no mérito, se pleiteia, subsidiariamente a impronuncia, por ausência de indícios suficientes com base no 414 do Código de Processo Penal.
(Espaço de uma linha)
Local e Data.
(Espaço de uma linha)
					 Advogado ...

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