Relação Coordenador Aluno Um olhar mais atento quanto á sua importância projeto integrador (2)

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
 PEDAGOGIA 5º SEMESTRE
 
GENTILEZA GERA GENTILEZA 
Relação Coordenador – Aluno: Um olhar mais atento quanto á sua importância 
 
Nome do aluno 
Jeferson Rodrigues da Silva 20426187
Orientadora Prof.ª Patricia Ricardo de Souza Globo
 
São Paulo, SP
2020
RESUMO
A partir de observações realizadas no ambiente escolar durante, percebeu que há uma enorme lacuna entre a relação coordenador e alunos, pensando nisso, o projeto proposto visa viabilizar de maneira eficaz e segura a comunicação entre ambos. O intuito do projeto é, além de fortificar estes vínculos, dar voz ao aluno, proporcionando meios em que seu olhar transformador dentro do ambiente escolar seja valorizado. Feito isto, entendemos que a melhoria destas relações pode evitar problemas e/ou propor possíveis soluções, visando melhorar de forma integral o ambiente escolar.
SUMÁRIO
MATERIAIS	4
JUSTIFICATIVA	5
PLANO DE ATUAÇÃO	7
A importância da relação coordenador - aluno no âmbito escolar	7
OBJETIVOS	8
Objetivos Gerais	8
Objetivos Específicos	8
CONTEÚDO/METODOLOGIA	9
Primeiro momento – Explicação e Participação dos alunos	9
Segundo momento – Assembleia (devolutiva do coordenador)	9
Fechamento do Projeto	10
PROPOSTA DE CONTINUIDADE	12
RESULTADOS	13
AVALIAÇÃO	14
CONSIDERAÇÕES FINAIS	15
REFERÊNCIAS	16
MATERIAIS
Foi realizada a proposta de intervenção na escola EMEF Amadeu Amaral com a professora Simone e Coordenadora Marta com os alunos do 5º ano, utilizamos as salas de aula para realizar os trabalhos. As datas de aplicação e devolutivas foram 30 de outubro e 5 de novembro, respectivamente. 
Os materiais utilizados foram para realizar a confecção das duas caixas previamente, foram: 
· Caixa de sapato;
· Cola branca;
· Papel de presente;
· Impressões com as frases “Eu aplaudo” e “Quero conversar sobre”. 
A caixa foi encapada totalmente com papel de presente, na parte de cima foi feito um furo de tamanho suficiente para que os papeis passassem.
JUSTIFICATIVA
Este projeto tem como principal objetivo estreitar as relações entre coordenação e aluno de forma que tenham um meio de comunicação seguro, saudável e funcional que atuem como forma de melhoria tanto em questões individuais (pedagógicas, emocionais, comportamentais), quando em relação a estrutura funcional da escola. 
Visando a importância de um aluno participativo, segundo Silva (2004, p. 30 – 31), o ambiente escolar e a educação devem proporcionar aos alunos uma formação que desenvolva a atuação do mesmo como sujeito ativo que gerem ações de modo significativo, pois “[...] o objetivo-chave da educação e do ensino é provocar nele o desenvolvimento de capacidades, conhecimentos e atitudes que lhe permitam se desempenhar por si mesmo no meio em que vive”. (PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 72-73). 
Segundo a reportagem do site educação integral, algumas escolas partiram dessa política de integras seus alunos nas decisões da escola com o objetivo de deixar o núcleo escolar mais democrático e interativo. Entre as histórias mais emblemáticas está a da Ana Elisa Siqueira, diretora da EMEF Amorim Lima, situada no bairro do Butantã, que ao assumir a gestão da instituição mandou derrubar as paredes e muros da escola, inspirada pela experiência portuguesa da Escola da Ponte.
Desde 2016, o projeto Gestão Democrática da Educação, conduzido pela Secretaria da Educação do Estado, tem o objetivo de ampliar a participação de estudantes dos ensinos Fundamental e Médio nas decisões da comunidade escolar. Uma das formas para ampliar o debate, o trabalho em grupo e as novas ideias é por meio de Grêmios Estudantis.
Os espaços oferecem aos alunos a oportunidade de incentivar colegas a participar da vida escolar, atrás de projetos em diversas áreas. Na capital paulista, o Grêmio em atividade em 2017 na Escola Estadual Alfredo Paulino organizou clubes de leitura e rodas de conversa. “Eu aprendi muito com tudo isso, aprendi a ser democrático e a trabalhar melhor em grupo”, destaca o vice-presidente da chapa no ano passado, Luiz Fernando Alves Barreto.
Em Atibaia, no interior Paulista, a Escola Gabriel da Silva promove um investimento significativo no protagonismo juvenil. Além do Grêmio Estudantil, os alunos são organizados em outros colegiados pequenos. “Nós temos também o Conselho Representante de Turma, a Comissão de Acolhimento Estudantil e a Comissão Eleitoral, com representantes de todas as salas”, avalia a professora Elizabete Oliveira.
 	Partindo desta concepção, se faz mais clara a compreensão do quanto este tema pode ser transformador dentro da vida dos alunos e profissionais da educação. As crianças sendo vistas como participantes dos processos de transformação dentro do ambiente escolar, podem gerar soluções à problemas até então pouco mencionados e que antes competiam apenas aos profissionais. Ele passaria a ser visto realmente como protagonista, e não como coadjuvante, participando efetivamente do seu processo de desenvolvimento.
PLANO DE ATUAÇÃO
Relação Coordenador – Aluno: Um olhar mais atento quanto á sua importância
A importância da relação coordenador - aluno no âmbito escolar
	A escola que o projeto foi realizado, localizada na Penha, zona leste de São Paulo. A intervenção aconteceu dentro do próprio ambiente escolar (sala de aula), com crianças entre 10 e 11 anos (5º ano, fundamental I). Utilizamos dois momentos para que o objetivo do projeto fosse atingido, foram eles, primeiro, aula introdutória e participação dos alunos; e segundo, a devolutiva da coordenadora referente aos pedidos e questionamentos dos alunos.
OBJETIVOS
Objetivos Gerais
Propor um meio de interação entre coordenador e aluno, onde a autonomia, dinamismo e posicionamento (opinião) das crianças sejam ouvidas e respeitadas, fazendo com que ambos se comuniquem de forma segura, saudável e funcional atuando em resoluções de problemas ou novas propostas pertinentes ao âmbito escolar.
Objetivos Específicos
· Estimular e propiciar oportunidades em que os alunos sejam objeto transformador no meio em que estão inseridos;
· Identificar as problemáticas dentro da instituição, voltadas para a sala de aula e o cotidiano no ambiente escolar;
· Propiciar momentos e meios diversos em que o aluno tenha a oportunidade de se expressar, levando – o a compreender que ele o pode fazer, sempre que sentir necessidade;
· Desenvolver e melhorar a relação coordenação-aluno, no cotidiano, em busca de um melhor aprendizado e ferramentas de aprendizagem.
CONTEÚDO/METODOLOGIA
Foi confeccionou duas caixas, com os dizeres “Eu aplaudo” e “Quero conversar sobre”.
Desenvolvimento do Projeto
Primeiro momento – Explicação e Participação dos alunos
1º Etapa: O coordenador escolheu uma classe para aplicar o projeto. Relatando a importância sobre os alunos expressarem suas opiniões e o quão elas podem ajudar a transformar o meio em que estão inseridos.
2º Etapa: O coordenador informou aos alunos que as caixas seriam deixadas na sala de aula à disposição da turma, durante o período do dia. Explicando que eles deveriam inserir opiniões que eles “aplaudissem”, e outra onde deveriam inserir opiniões sobre as quais eles gostariam de conversar.
3º Etapa: Após o fim do período, as caixas foram recolhidas pelo coordenador, que elaborou uma planilha com as opiniões, fazendo uma síntese dos assuntos mais mencionados pelos alunos, tanto em aspectos positivos, quanto em aspectos negativos.
4º Etapa: Após a síntese, o coordenador conversou com a direção da escola, para que o entendimento e as possíveis soluções fossem de comum acordo, para mais tarde, passar aos alunos as decisões tomadas.
5º Etapa: Após a reunião entre a equipe de gestão, o coordenador escolheu um dia aleatório para entrar em sala e ver de perto a rotina das crianças, e consequentemente, observar os aspectos mencionados por eles e que precisavam de uma mudança efetiva.
Segundo momento – Assembleia (devolutiva do coordenador)
*Os encontros, serão chamadosde assembleias.
1º Etapa: Após a análise feita entre a equipe de gestão. O coordenador informou a sala sobre a data da devolutiva, e pediu para que a professora reforçasse a informação oralmente e também que colasse na classe um informativo referente, enfatizando a importância de todos estarem presentes, pois seriam lidas as opiniões das caixas “Eu aplaudo” e “Quero conversar sobre”, e as soluções tomadas.
2ºEtapa: O coordenador, reuniu-se com a turma em sala de aula dando o início a assembleia, em primeiro momento, realizou a leitura das opiniões da caixa "eu aplaudo", comentando previamente sobre os assuntos com os alunos, reforçando a importância dos pontos positivos mencionados, e solicitou que os mesmos finalizassem com aplausos.
4º Etapa: No segundo momento as opiniões da caixa "quero conversar sobre", foram lidas, e dentro das decisões tomadas, o coordenador explicou quais soluções foram/seriam realizadas, quais não e o porquê, e quais seriam os procedimentos para as soluções cabíveis.
5º Etapa: A assembleia foi finalizada com o compromisso por parte dos alunos e equipe de gestão que colocassem em prática as decisões tomadas, finalizando com aplausos.
Fechamento do Projeto
Primeiro a diretora começou falando dos motivos que eles disseram que aplaudiam, relatando que gostou dos assuntos abordados e que gostaria que mantivessem.
Depois, deu início ao diálogo sobre as melhorias e soluções que foram levantadas pelos alunos. Ela começou falando sobre a lousa, ambos concordavam que ela deveria ser trocada, pois estava em condições precárias, a coordenadora informou aos alunos que as providências seriam tomadas para o próximo ano; em relação as lâmpadas e ventiladores que estão quebrados e as tomadas que não funcionam, a mesma disse que já está incluso na manutenção para a próxima verba; o pedido feito pelas crianças relacionado aos brinquedos na escola foi atendido com êxito, além disso, brinquedos para construir um parque na escola também já foram comprados. A coordenadora ainda reforçou que se as crianças souberem zelar por eles, que parte da próxima verba seria destinado a compra de outros brinquedos; outro assunto levanto foi a pintura das paredes da escola, ela explicou que isso também será atendido e que entra nos pedidos de manutenção do prédio, mas que naquele momento seria feita a reforma da sala dos professores e da secretaria da escola, que também era um pedido deles, relatando que estes espaços tinham maior prioridade.
As crianças ficaram tão felizes, de perceber que suas ideias foram ouvidas, cada vez que a diretora dizia a solução dos problemas, eles vibravam, sorriam, comemoravam e agradeciam
Além dos problemas físicos, outros apontamentos que os alunos fizeram demonstraram alguma melhora, como, o comportamento de alguns alunos indisciplinados, professores autoritários, o excesso de bagunças, agressões entre os alunos, a falta de higiene na sala de aula em relação aos lixos deixados no chão, e a falta de respeito dos alunos em relação aos professores. 
Portanto, por ter sido aceito pelas responsáveis, o projeto de fato aconteceu, trouxe melhoria para a escola, as crianças tiveram seus pedidos atendidos, pois através de um projeto e de pessoas gentis que acreditam e lutam pelo direito dos alunos é possível fazer uma educação melhor.
PROPOSTA DE CONTINUIDADE
Será importante dar continuidade ao projeto ao longo do ano, pois há sempre algo para melhorar e as sugestões apresentadas podem gerar boas soluções. 
Pensando nisso, sugerimos que o projeto com as crianças seja amadurecido e que além de expandido para outras classes da escola, aconteça também no âmbito docente. Propomos, então, que depois de realizado nas series seguintes, o projeto fosse invertido, aplicando-se aos professores e a equipe de gestão. As caixas ficariam na sala dos professores durante todo o ano, e durante as reuniões pedagógicas, em um período determinado para a assembleia, a equipe docente, dentro das opiniões expostas na caixa, escolheria uma para debater e propor possíveis soluções. Agora, com mais profissionais envolvidos, é importante tratar não somente de questões comportamentais ou físicas do espaço escolar, mas também sobre formações continuadas, projetos e eventos, relacionamento com os pais, etc. Mais tarde, estas assembleias podem também acontecer durante as reuniões de pais, criando assim, um vinculo maior entre a comunidade escolar.
RESULTADOS 
Após a primeira assembleia, a coordenação da escola pediu um tempo para que pudesse verificar as possibilidades e dar andamentos ao que foi solicitado dentro das possibilidades disponíveis à gestão em questão de verba.
Na assembleia devolutiva obtivemos resultados bastante expressivos no que diz respeito ao atendimento das solicitações dos alunos, a gestão tinha realmente abraçado a causa e se esforçado ao máximo para atender aos pedidos das crianças. Uma das solicitações foi que fosse construído um parque na escola, na data da devolutiva a gestão já havia feito a compra de vários brinquedos de pneu que serão distribuídos em alguns pontos da escola. Além disso, as crianças haviam reclamado das lâmpadas e ventiladores que estão queimados e estes também serão trocados nos próximos dias.
A coordenadora também deu um parecer sobre a utilização das verbas que são disponibilizadas para a escola, explicou que muitas vezes elas chegam com um uso pré-estabelecido e que, mesmo que não seja a necessidade mais urgente da escola, o destino desta verba não pode ser alterado.
Por fim, a coordenadora fez um apelo aos alunos sobre o cuidado e a conservação das coisas novas que irão chegar, pois cabe a eles garantir o bom uso das mesmas, deixou claro que, dentro de como eles cuidarem dessas novas conquistas, a gestão poderá lutar para conseguir mais coisas para a escola.
AVALIAÇÃO 
Aplicar o projeto para sala de 5 ano foi um desafio, pois muitos desses alunos são dispersos, e outros já são super aplicados. Porém, quando iniciamos a proposta, eles se empenharam e foram muito participativos, fizeram muitos pedidos e indagações, e durante a devolutiva ficaram atentos para ouvir as decisões que a coordenadora iria trazer. O que mais impressionou foram as crianças todas ansiosas e prontas para contestar e opinar novamente em todas as questões, notou-se também que até a gestão estava satisfeita. 
Todos os objetivos, gerais e específicos traçados foram alcançado com êxito. A participação dos alunos, professora e coordenação de forma efetiva foram essenciais para que o projeto fosse tão benéfico à comunidade escolar.
Entretanto, por vezes temos uma visão limitada e que acabam não notando os problemas ao redor, e neste momento que se faz importante a presença das crianças, pois, dentro delas há uma visão de mundo totalmente diferente da nossa, muitas vezes, bem amadurecida, mas quando surgem oportunidades em que elas são estimuladas a transparecer seus conhecimentos e visões, nos surpreendemos com o tanto que elas nos têm a ensinar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O intuito do projeto era a aplicação entre professores e gestão, uma vez que, por sermos professoras e passarmos por situações que acreditamos serem comuns para profissionais desta área, eu gostaria que um projeto como este pudesse ocorrer em nosso ambiente de trabalho.
Na prática em si fizemos duas caixas para que os alunos pudessem anotar, e expor suas opiniões a favor na caixa “Eu aplaudo”, ou contra na caixa “Quero falar sobre”, situações que ocorrem cotidianamente dentro da escola, gerando assim, um debate sincero e necessário entre os envolvidos.
Ao finalizar o projeto um sentimento de satisfação e orgulho, de dever cumprido.
REFERÊNCIAS
(São Paulo. Gestão Democrática: estudantes participam de decisões das escolas em SP, Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/gestao-democratica-estudantes-participam-de-decisoes-das-escolas-em-sp/ Acesso em 10/06/2020).
(PAIVA, Thais. Quatro Escola de São Paulo mostram que uma educação democrática é possível, Disponível em: https://educacaointegral.org.br/reportagens/quatro-escolas-mostram-que-educacao-democratica-possivel/Acesso em 05/06/2020).
PÉREZ GÓMEZ, A. I. As Funções Sociais da Escola: da reprodução à reconstrução crítica do conhecimento e da experiência. In GIMENO SACRISTÁN, J.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e Transformar o Ensino. 4 ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
 	
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