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Estagio supervisionado

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Curso de Graduação em Educação Física
Edenilson Kettl
Jessica Lima
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Chapecó – SC, Maio de 2018.
1. INTRODUÇÃO 
O estágio como componente curricular obrigatório do curso de Educação Física que proporciona para os acadêmicos uma vivência de como será seu campo de atuação, é a partir dessa vivência que o acadêmico adquire suas experiências profissionais que lhe ajudara nas suas atuações futuras, alguns autores “consideram que a finalidade do estágio é a de propiciar ao aluno uma aproximação à realidade na qual atuará”. Também trazem que o estágio é um processo de formação, pois oferece condições aos futuros educadores, em específico aos estudantes da graduação, uma relação próxima com o ambiente que envolve o cotidiano de um professor. (PIMENTA E GONÇALVES, 1990 apud PIMENTA e LIMA, 2005-2006, P.13).
De acordo com os autores Pimenta e Lima (2005-2006), podemos afirmar que, o estágio como campo de conhecimento se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas. Nesse sentido, o estágio poderá se constituir em atividade de pesquisa. Nos locais onde nós acadêmicos realizamos nossos estágios, são espaços que podemos adquirir mais conhecimentos e experiências profissionais, experiências essas, que são muito importantes para nossa carreira profissional.
Salientando assim a importância do estagio, falaremos a seguir sobre nossas observações realizadas em uma academia de musculação da cidade de Chapecó-SC, as observações foram realizas a partir do dia 30 de março até 26 de abril, pela parte da manhã. Depois de realizadas as observações, selecionamos duas categorias, que consideramos as mais importantes, que são elas: categoria 1: relação professor aluno, categoria 2: avaliação física e sua importância.
O espaço de estágio explorado pela dupla de alunos ofereceu uma ampla visão do cotidiano de uma academia de esportes, seu funcionamento, pontos positivos e negativos, além da dinâmica de ensino ali aplicada, dentro de cada necessidade. Tratando o aluno “cliente” de forma individualizada dentro de suas expectativas e desejos. Mostrando a importância do profissional Educador Físico em seu campo de atuação. 
2. A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O curso de educação física bacharelado da universidade comunitária da região de Chapecó- Unochapecó conta com vários estágios como componente curricular obrigatório, tendo como tema no seu primeiro estagio do quarto período a observação, sendo assim “Entendemos que o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental.” (PIMENTA, LIMA, 2005-2006, P. 6).
O estágio na formação inicial é considerado muito importante para a aprendizagem pedagógica, sendo que é através do dele que os acadêmicos do curso de educação física passam a aprimorar seus conhecimentos, e adquirir experiências, pois de acordo com o autor “os processo de intervenção desenvolvida nos estágios, entendendo-o como importante laboratório pedagógico para aprender e se constituir como um professor” (REZER, 2010 p.2).
Através dos processos de intervenção no estágio os acadêmicos adquirem a capacidade de desenvolver atividades que irão contribuir futuramente em sua carreira profissional, pois de acordo com as autoras Pimenta e lima (2005-2006) “os currículos de formação de profissionais, através dos estágios começaram a valorizar atividades para o desenvolvimento da capacidade de reflexão e da realização de pesquisas, tendo a prática existente de outros profissionais e dos próprios professores nos contextos institucionais.”
Na formação inicial em educação física, de acordo com Rezer, (sem ano), o estágio supervisionado trata-se um pressuposto de um espaço único no processo de formação, sendo que vários componentes curriculares, devem voltar-se na perspectiva de possibilitar um aprendizado no processo de “ser professor”. Salientando que quanto mais experiências e vivencias o acadêmico tiver em sua formação inicial, melhor será seu desempenho em atividades no campo de atuação depois de formado.
Entende-se que, o estagio é um ambiente importante na formação inicial, no curso de EF, por que é através dessa vivência, tanto pratica como teórica, que os discentes do curso, experimentam a sensação de ser professor, é neste espaço que o estudante de EF, põe em pratica o seu aprendizado, e desenvolvem ainda mais os seus conhecimentos, pois “o estagio supervisionado permite ao estudante um mergulho importante na reciprocidade dialética entre teoria e prática”. (REZER, SEM ANO, p.4)
Sendo considerado muito importante, o estágio não apenas se encaixa como um componente curricular obrigatório, mas passa a assumir a responsabilidade de proporcionar para as acadêmicas experiências para vida profissional, o induz a reflexões sobre os campos de trabalho, e em sua formação inicial “O estágio, então, deixa de ser considerado apenas como um dos componentes e mesmo um apêndice do currículo, passando a integrar o corpo de conhecimentos do curso de formação de professores.” (PIMENTA e LIMA, 2005/2006, p. 20).
                     		O estagio na formação inicial em educação física é um processo de aprendizagem do acadêmico que é necessário para obtenção do diploma, como cita a autoras Medina e Prudente (2012), o estágio não é uma atividade facultativa, mas é necessário para a obtenção do respectivo diploma. Ele é imprescindível e compreendido como o tempo de aprendizagem que, por meio de um período de duração, alguém permanece em algum lugar ou ofício para aprender a prática e depois exercer a profissão.
                       		 Entre tantas afirmações sobre a importância do estagio na formação podemos afirmar também que ele,
                    	(...) traz momentos de investigação, e quando bem orientados, gera um processo dialético das práticas educativas, compreendendo que o aluno, a escola, seus profissionais e a comunidade vivem num ambiente histórico, cultural e social que sofre transformações com tempo. Assim, se os cursos de formação conceber o estágio dentro de uma postura reflexiva e dialética, possibilitarão a formação de profissional reflexivo e crítico que valoriza os saberes da prática docente, por meio da reflexão e análise do saber teórico e prático. (BORSSOI, 2008, p. 9).
	Podemos afirmar também que o estagio é uma grande oportunidade na vida do acadêmico, é a partir dele que se pode aprender e ensinar em varias dimensões de atuação, como diz Garcia (1999, apud Floreset al., 2009, p1.), que o estágio curricular supervisionado representa a oportunidade privilegiada para aprender a ensinar na medida em que se integrem as diferentes dimensões que envolvem a atuação docente, ou seja, o conhecimento psicopedagógico, o conhecimento do conteúdo e o conhecimento didático do conteúdo. 
	
3. ANÁLISE DE DADOS  
3.1. Relação professor-aluno
Durante o processo de estágio I salientou-se a relação do professor com seus alunos, sendo que essa se dava de forma amigável, ou seja, transmitindo confiança de ambas às partes no que se refere ensino/aprendizagem. Diante disso selecionamos como primeira categoria, à maneira como o professor se relaciona com seus alunos que nos chamou muito a atenção, o professor por sua vez tratava todos os alunos de forma afetiva, buscando ajudar quando necessário, podemos citar então a idéia do autor, Arroyo (2001, p.47), onde fala que, “para se ter uma boa relação e convivência entre professor e aluno têm necessidade de um pouco de humildade e um bom diálogo, e para que seja possível iniciar um processo de mudança, pois a confiança entre professor e aluno é primordial”. Percebemos nitidamente essa relação citada em nosso campo de estágio, onde se via a interação mútua professor/aluno.
A atuação do professor dentro da academia e diante de seus alunos é de extremaimportância, melhor ainda se o ambiente proporcionar de relações de amizade e de afetividade contribuindo assim para o andamento das aulas e o desenvolvimento dos alunos nos seus treinos, pois “A ação do professor é imprescindível. É ele quem deve assumir o papel de mediador, e não de condutor, como é comum no âmbito educacional”. (SILVA e SANTOS, 2002, p.21).
Pensando em uma relação saudável entre o professor com seus alunos é importante a troca de informações e conhecimentos possibilitando o alcance de resultados satisfatórios e mudanças nos hábitos pessoais, pois de acordo com Aquino (1996, apud Belloti e Faria p.1), “a relação professor-aluno é muito importante, a ponto de estabelecer posicionamentos pessoais em relação à metodologia, à avaliação e aos conteúdos. Se a relação entre ambos for positiva, a probabilidade de um maior aprendizado aumenta”. 
Dessa forma a força da relação professor-aluno é significativa e acaba produzindo resultados variados nos indivíduos. Podemos citar então que “ao passar um exercício novo para um aluno o professor conversa com ele, explicando a forma de executar o movimento, demonstra para melhor entendimento do aluno e se necessário corrige se houver algum erro”. (DC, observação 1). Com isso percebemos que, se a relação entre o professor e o aluno for boa, o aluno terá mais facilidade em entender o exercício e se tiver alguma dúvida não terá nenhum problema em perguntar novamente ao professor.
Podemos observar que além do professor ensinar o aluno a fazer o exercício de forma correta dentro da academia, ele também assume um papel de mediador entre a teoria e a prática e suas atitudes vão refletir nos resultados do aluno, por que, a sua maneira de ensinar e se relacionar deve ser de forma humilde e com bastante diálogo, e que ele não use seu conhecimento e sua formação acadêmica para se sentir superior de forma constrangedora para com o aluno, pois de acordo com Silva e Santos (2002), “é muito importante que o professor, por maior que seja sua capacidade, o seu conhecimento, sua formação, tenha consciência de que ele e seus alunos estão em um local de ângulos opostos, mas nem por isso ele deve se vangloriar desta hierarquia e muito menos de seu conhecimento”.
O professor deve pensar no aluno como um todo, pois alem de lhe ensinar, ele deve lhe incentivar, fazer elogios, e entender que o aluno tem uma vida fora da academia de musculação, que vai haver dias em que o aluno está estressado, cansado, ou até mesmo desmotivado, cabe ao professor saber lidar com essas situações para ter um bom relacionamento com o aluno, pois como cita o autor Rittner (2005), ”em uma pesquisa, que o aluno precisa de um professor, que alem de lhe ensinar a parte técnica seja um amigo”. Pois observamos que ao chegar à academia o professor sempre conversa com seus alunos, os cumprimenta e lhes pergunta se esta tudo bem tudo isso de forma amigável e com afetividade diante do aluno, como citamos em uma de nossa observações, que o professor chegou e “cumprimentou todos os alunos já presentes com um aperto de mãos, buscando sempre conversar com o aluno sobre o treino e as atividades  com o intuito de chegar a um acordo, percebendo-se que ele tem uma atenção maior com os alunos novos.”(DC, observação 2).
Em nossas observações percebemos que há bastante dialogo entre professor-aluno, considerado pelos autores Belotti e Faria (2010), que “o diálogo é fundamental para qualquer tipo de relacionamento e no ensino e aprendizagem é fundamental que o educador se volte ao educando, de forma que o enxergue como um sujeito que vem já com muitos saberes, mas no seu contexto de vida”. Relacionamos isso com uma conversa com professor, onde ele comentou que o “diálogo para o aluno aprender é bom, mas a demonstração é o melhor método do aluno aprender “(DC observação 5). De acordo com a idéia do autor citado e a fala do professor em uma das nossas observações, o diálogo é considerado importante no relacionamento com o aluno e também no desenvolvimento de seu treino na academia.
Podemos relacionar isso com uma de nossas observações onde o professor estava auxiliando alguns alunos a fazerem abdominal na barra suspensa, deste modo o professor conta para seus alunos um acidente que aconteceu com ele, “onde estava fazendo abdominal e seu aluno que estava lhe auxiliando se distraiu e o deixou cair, pedindo para seus alunos tomarem cuidados”. (DC, observação 5 ).
	Para um melhor desenvolvimento de suas aulas o professor deve considerar a fala das autoras Silva e Navarro (2012), onde afirmam que a relação entre ensino e aprendizagem não se da de forma mecânica, que não é uma simples transmissão de conhecimento, esse processo não se configura apenas no fato de que se ter um professor que ensina para o aluno que aprende. Ao contrário, é uma relação recíproca na qual se destacam o papel do dirigente, do professor e da atividade dos alunos. Assim,
A relação professor-aluno passa pelo trato do conteúdo de ensino. A forma como o professor se relaciona com sua própria área de conhecimento são fundamentais, assim como sua percepção de ciência e de produção do conhecimento. E isto interfere na relação professor-aluno, e parte desta relação. (VEIGA, 1993, apud SILVA, 2012, p.96).
O professor não deve se preocupar somente em transmitir seu conhecimento para o aluno, mas deve levar em consideração as relações sociais entre professor aluno, por que de acordo com Silva (2012), 
As relações humanas são complexas, mas elas são peças fundamentais na realização de mudanças em nível educacional e comportamental, portanto o professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento por meio de informações, mas também com o processo de construção da cidadania do aluno através do relacionamento entre os sujeitos aprendentes (SILVA, 2012, p.97).
Acreditando que é importante o professor ter uma boa relação com seu aluno e aluno também deve relacionar-se de forma agradável com o professor, citamos uma fala do autor que deixa uma mensagem muita importante para nos futuros professores: 
O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca” (FREIRE, 1996, apud, BELOTTI e FARIA 2010, p.5).
Diante disso é imprescindível perceber a importância da interação entre professores e alunos, pois nós, futuros professores devemos nos preocupar com a imagem que deixamos em nossos alunos, refletir a forma que atuamos e de que forma os alunos nos vêem, pois acreditamos que a satisfação do aluno ao aprender com nossos ensinamentos e da forma que ele interage conosco é o feedback da nossa atuação profissional. 
 
3.2Avaliações físicas e sua importância 
      
	Como segunda categoria foi selecionada a avaliação física e sua importância, e para podermos discutir sobre esse assunto, e presente em quase todas as academias, tendo como exemplo a academia de musculação onde realizamos o presente estagio, é importante salientar que:
(...) avaliação física é compreendida como uma importante ferramenta no Processo de desenvolvimento e de treinamento esportivo, na prescrição de Exercícios físicos ou de atividades físicas para a saúde, e também para garantir o Acompanhamento do crescimento, do desenvolvimento, da maturação e da Aprendizagem de crianças e adolescentes. (CADERNO DE REFERENCIA, ESPORTE, 2013, p. 12)
	
	Sabemos que para alguém iniciar um programa de atividades físicas, e que venham a ter resultados significativos, é importante a realização de exames e avaliações, permitindo ao professor elaborar o planejamento e acompanhar a evolução de acordo com cada objetivo. Desta forma é importante lembrar que,
O método mais indicado para obter informações acerca de aptidão física de uma pessoa em uma academia de ginástica é por intermédio de uma avaliação física. Anamnese física e clínica, medidas de composição corporal, análisepostural, dentre outros, são procedimentos que possibilitam aos profissionais da área prescrever programas mais adequados e personalizados de exercícios físicos. (SILVA, 2009, P. 8) 
Para que o professor consiga elaborar exercícios adequados e que venha a dar resultados esperados pelo aluno, dessa forma em concordância com Silva (2009), o professor precisa conhecer os objetivos do aluno, nada mais adequado para isso do que uma avaliação física:
é necessário uma avaliação, até mesmo para saber seus objetivos. Conhecer o histórico clínico do cliente permite a prevenção de possíveis problemas físicos e de saúde como, por exemplo, a possibilidade de um ataque cardíaco durante o esforço físico. Da mesma forma, identificar desvios posturais possibilita ao profissional prescrever exercícios que vão ajudar a corrigir a postura do aluno, evitando, sobre tudo, movimentos que possam causar lesões articulares irreversíveis quando tais desvios são ignorados (SILVA, 2009. P. 95).
 Percebemos que, todo aluno que inicia um treinamento na academia o professor realiza a avaliação física com ele, como citamos em nosso diário de campo que, “chegou um aluno novo, então o professores foi fazer uma avaliação e o espaço da musculação ficou sozinho, pois hoje só tinha dois professores, quando o aluno é novo na academia o professor demonstra o exercício e fica olhando as primeiras repetições para ver se este certo e depois vai ajudar outros alunos”. (DC, observação 3).
       A avaliação física pode ser considerada motivadora, se realizada periodicamente, pois segundo a autora Silva (2009) “outra vantagem que a avaliação física apresenta, principalmente quando realizada periodicamente, é a motivação que o aluno tem para continuar seu programa de exercícios devido ao acompanhamento da evolução dos resultados que a mesma permite”. A mesma autora ainda relata que “além de possibilitar a ocorrência de acidentes vasculares e ortopédicos, a falta da realização de avaliações físicas periódicas em academias de ginástica pode causar a baixa motivação na continuidade dos programas de exercícios físicos, levando a desistência dos alunos naqueles programas”.  
Pensando no objetivo que a avaliação física tem dentro da academia podemos dividi-la em três tipos, de acordo com o autor Pitanga (2008),
A primeira delas é a avaliação diagnóstica que é usada antes de começar qualquer trabalho, seja treinamento, período letivo, etc. Seu objetivo é conhecer as condições iniciais do avaliado para, a partir desse momento, ser traçados os objetivos finais do cliente, aluno ou atleta, ou seja, uma analise das características e possíveis pontos a serem trabalhados de acordo com suas necessidades. O segundo tipo é a avaliação formativa, que é usada durante o período de aulas ou treinamento, por meio da qual é possível verificar o andamento do seu trabalho ou como está o desempenho do aluno e para realizar possíveis modificações ou ajustes; o terceiro e ultimo tipo é a avaliação somativa, que nos fornece o quadro geral da evolução do individuo; é a soma de todas as avaliações realizadas no fim de cada unidade do planejamento (PITANGA, 2008. P.8).
Em uma de nossas observações acompanhamos o professor realizando uma avaliação física em uma aluna, percebemos então que ele faz medidas de peso, altura, dobras cutâneo, entre outras, mas fazer uma avaliação física levando em conta somente essas características do aluno não é suficiente para poder elaborar um treino adequado para ele, como cita o autor que,
Muitos profissionais de Educação Física se traem e acreditam estar realizando uma avaliação adequada, medindo somente parâmetros antropométricos (peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas, etc.). No entanto, sem a investigação e o conhecimento dos parâmetros funcionais, jamais será possível inferir sobre o que o indivíduo é capaz de fazer, o que ele precisa efetivamente melhorar, quanto algo deve ser melhorado e qual o tempo estimado para que essas melhoras aconteçam; ou seja, é impossível respeitar o indivíduo na sua individualidade (PIRES, 2010, sem pagina, grifo do autor).
Podemos observar que, para um professor de academia de musculação elaborar um treino para um determinado aluno, pensando em suas características físicas, em sua saúde, seu condicionamento, seus parâmetros funcionais, é necessário mais que uma simples avaliação de anamnese, e é necessário também sempre respeitar o aluno e sua individualidade, como citou o autor acima. Então ao realizar a avaliação física com o aluno o professor explica a ele como é o sistema de organização da academia (cada aluno tem sua ficha de treino) levando em conta que sua avaliação física se da forma que citamos acima, com medidas antropométricas, (altura, peso, circunferências, etc.), podendo citar uma de nossas observações, aonde “chegou outro aluno novo o professor foi fazer uma avaliação e novamente o espaço da musculação ficou sozinho, então o professor explicou aonde guarda as fixas, como passa pela catraca e passou aquecimento na esteira.” (DC, observação 6). 
Dessa forma é imprescindível a necessidade de profissionais bem preparados para atuarem nos mais diversos campos de trabalho do educador físico, principalmente dentro das academias, pois cabe a estes profissionais incentivar e fiscalizar para que o aluno atinja suas metas e alcance seus objetivos dentro das suas possibilidades, sendo acompanhados e orientados, durante a prática de atividade física, por profissional devidamente capacitado e qualificado.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Concluímos que, o estágio como componente curricular obrigatório é de extrema importância para a formação inicial em Educação Física, isso se deve ao fato de que, é a partir dos estágios que adquirimos experiências para atuar em determinadas áreas, é através do estágio que mergulhamos na realidade do que um dia iremos praticar. É a partir dos conhecimentos adquiridos nessas vivências que nos tornamos professores críticos, que buscam atuar da melhor maneira possível.
Diante da primeira categoria selecionada (relação professor-aluno), podemos concluir que o relacionamento que o professor tem com seus alunos na academia de musculação é de forma amigável e com afetividade, pois isso faz toda diferença no andamento das aulas, no entendimento dos alunos e o seu desenvolvimento no treino, bem como relacionar-se com o aluno de forma que ele não apenas o considere um professor, mas sim um amigo.
Na segunda categoria sobre a avaliação física e sua importância percebemos que, ela é necessária, e é através dela que o professor conhece um pouco do seu aluno, mas a avaliação física não é considerada suficiente para se obter informações necessárias para que o professor consiga montar um treino levando em consideração as características fisiológicas e as condições físicas que o aluno tem.
É relevante destacar a importância das necessidades da Universidade selecionar espaços de estágio que contemplem a presença de profissionais bem preparados para que esses possam exemplificar ao aluno estagiário seu desempenho e que durante a prática dos estágios possa estimular o aluno a tirar o máximo de proveito de forma qualitativa para dar aos mesmos uma amostra de como será seu futuro profissional.
5. REFERÊNCIAS:
ARROYO, Miguel. A educação de jovens e adultos em tempos de exclusão. Alfabetização e Cidadania, São Paulo: RAAB, n.11, p.9-20, abr. 2001.
BELOTTI, Helena Abdalla. FARIA Moacir Alves de. Relação professor/aluno. 2010.
BORSSOI, Berenice Lurdes. O estágio na formação docente da teoria a prática, ação-reflexão. Paraná, 2008.
CADERNO DE REFERÊNCIA ESPORTE. Avaliação física. Fundação Vale Brasília, 2013.
FLORES, Patric Paludett et al. A importância do estágio curricular supervisionado para a formação profissional em educação física. 2005.
MEDINA, Aládia Cristina Rodrigues et. al. Estágio supervisionado do curso de educação física licenciatura, modalidade a distancia da universidade fumec: um relato de experiência. Belo Horizonte, junho de 2012.
PIMENTA, SelmaGarrido. LIMA, Maria Socorro Lucina. Estágios e docência: diferentes concepções. São Paulo, 2005/2006.
PITANGA, Francisco José Gondim. Testes, Medidas e Avaliação em Educação Física e Esportes. 5. Ed. São Paulo: Editora Phorte; 2008.
PIRES, Cássio Mascarenhas Robert. A importância da avaliação física. Livresportes:
Revista Digital Especializada, 2010. Disponível em: <http://www.livresportes.com.br/cronica/a-importancia-da-avaliacao-fisica>. Acesso em: 15/04/2018, às 20h26min hrs
REZER, Ricardo. O estágio supervisionado como cenário para trabalho docente na formação inicial em educação física. 2010.
RITTNER, Mário Celso. Estratégias de relacionamento: um estudo sobre o papel da confiança na relação entre uma academia de ginástica e seus clientes. São Paulo, 2005.
SILVA, Andréa Catarina. SANTOS, Rosane Moreira dos. Relação professor aluno, uma reflexão dos problemas educacionais. Belém, Pará. 2002.
SILVA, Anabel de Sales. Um estudo sobre a importância da avaliação física na academia swimex enquanto instrumento de credibilidade e suporte para prescrição de programas de exercícios físicos sob a luz da psicologia corporal. Curitiba, 2009.
SILVA, Ormenzina Garcia et. al. A relação professor-aluno no processo ensino-aprendizagem. Revista eletrônica da univar, 2012.

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