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HELENA MAGALHÃES PINTO - QUESTÕES DIREITO DAS COISAS I - 1º BIMESTRE - POSSE

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QUESTÃO 1: Assinale verdadeiro ou falso apresentando o respectivo fundamento: 
 
( F ) A reintegração de posse não pode ser concedida contra o titular do domínio. 
 
Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a 
coisa, entre as partes, na linha do que consta do art. 1.210, §2º, do CC/02. O novo dispositivo processual 
confirma, portanto, que a alegação de exceção de domínio não basta para a improcedência da ação 
possessória. 
 
(F) A posse é um direito real, considerando-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício de algum 
dos poderes inerentes à propriedade. 
 
Posse não é direito real, já que não se encontra no rol do art. 1225 do CC, que elenca os direitos reais. por 
outro lado, não se pode confundir com propriedade, porque esta é direito real. Posse é um instituto do direito 
das coisas 
 
(F) O direito civil brasileiro não admite o desdobramento da posse como forma de atribuir a alguém a posse 
direta e a outro a posse indireta sobre determinado bem. 
 
O Código Civil admite desdobramento, ao que prevê o art. 1.197, veja-se: A posse direta, de pessoa que tem 
a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem 
aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto. 
 
( V) Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes 
inerentes à propriedade. (UFPR - 2015 - COPEL - Advogado Júnior) 
 
Art. 1.196 do Código Civil: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, 
de algum dos poderes inerentes à propriedade. 
 
(V) Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a 
posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. (UFPR - 2015 - COPEL - Advogado 
Júnior) 
 
Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse 
em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas, Art. 1.197 do CC. 
Aquele que começou a comportar-se do modo especificado, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se 
detentor, até que prove o contrário. 
 
 
DIREITO CIVIL - COISAS - I 
 
 
 
Bacharelado em Direito Docente: Wilian R. Borges 
Período: 7º DATA 30/09/2020 Turma: Noite 
Aluno: Helena Magalhães Pinto R.A: 819706 
Instruções: 
 Esta atividade deverá ser inserida na pasta “Atividade Avaliativa 1º Bimestre” dentro da Equipe do 
Teams até o dia 30/09/2020. 
 O aluno deve salvar o arquivo obrigatoriamente com o seu respectivo nome, por exemplo: 
nomedoalunoesobrenome.doc; nomedoalunoesobrenome.pdf 
 Todas as assertivas deverão ser fundamentadas (em lei, doutrina ou jurisprudência). 
 Não será pontuada a simples indicação de "sim" ou "não", "X", "verdadeiro" ou "falso" sem a 
respectiva fundamentação. 
 É permitida a consulta a qualquer material de apoio. 
 Boa atividade. 
 
(V) Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, 
contanto que não excluam os dos outros compossuidores. (UFPR - 2015 - COPEL - Advogado Júnior) 
 
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos 
possessórios, contanto que não excluam os dos outros copossuidores. 
 
(F) O ordenamento jurídico brasileiro vigente, embora admita o exercício da posse, não permite a sua 
transmissão por ato inter vivos nem por causa mortis, já que a posse é considerada estado de fato, e não de 
direito. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Jurídica) 
 
A posse pode ser transmitida tanto por ato inter vivos (art. 1.205, I, CC: possuidor anterior e sucessor estão 
vivos: compra e venda) como causa mortis (art. 1.206, CC: sucessão hereditária ou testamentária, quando o 
possuidor anterior faleceu). 
 
(F) Tanto na teoria subjetiva quanto na objetiva, a posse é caracterizada como a conjugação do elemento 
corpus com o elemento animus, caracterizando-se o animus, na primeira, como a vontade de ser dono, o 
animus domini, e, na segunda, referindo-se à própria coisa, o animus rem sibi habendi. (CESPE - 2013 - 
DPE - TO - Defensor Público) 
 
Teoria subjetiva - posse = corpus (detenção física da coisa) + animus domini (vontade de ter a coisa como 
sua); Teoria objetiva - posse = corpus (conduta de dono) 
 
(F) Em se tratando de composse, apenas o possuidor majoritário pode utilizar os interditos possessórios 
contra terceiros que venham a perturbar a composse. (UEG - 2013 - PC-GO - Delegado de Polícia) 
 
Pois estabelece o art. 1.199, CC: Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer 
sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. 
 
(F) Os atos de mera permissão ou tolerância induzem posse. (FUNCAB - 2013 - IPEM-RO - Assistente 
Jurídico 
 
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua 
aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. 
 
QUESTÃO 2: Analise a situação hipotética abaixo, e responda apresentando a fundamentação correta 
ao caso. Não será pontuada a simples indicação de "sim" ou "não" 
 
"Por meio de esbulho, Ronaldo obteve a posse de lote urbano pertencente ao Estado do Amazonas. 
Nesse lote, ele construiu sua residência, na qual edificou uma série de benfeitorias, tais como piscina e 
churrasqueira. O Estado do Amazonas, por intermédio de sua procuradoria, ingressou em juízo para 
reaver o imóvel. Nessa situação, Ronaldo poderá exigir indenização por todas as benfeitorias 
realizadas e exercer o direito de retenção enquanto não for pago o valor da indenização?". (Aplicada 
em: 2016, Banca: CESPE, Órgão: PGE-AM) 
* Considere que Ronaldo conhecida dos vícios e obstáculos que impediam a aquisição da coisa * 
 
Conforme o art. 102, “os bens públicos não estão sujeitos a usucapião”. Por isso, Ronaldo não é 
possuidor, mas mero detentor, nos termos do art. 1.208 do CC/2002. Se não é possuidor, não tem 
direito de indenização nem de retenção. Esse entendimento, inclusive, é pelo STJ. 
Súmula 619 STJ: A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, 
insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias. 
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o 
direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias. 
 
 
QUESTÃO 3: Ano: 2011 Banca: TJ-DFT Órgão: TJ-DFT Prova: TJ-DFT - 2011 - Juiz. 
Nos termos da lei civil, “considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade”. Ao possuidor de boa-fé a lei civil confere certas prerrogativas. 
Dentro desse esquadro, considere as proposições abaixo e assinale a incorreta: 
a ( ) É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa; 
b ( ) O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa; 
c (X) O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias, úteis e voluptuárias. 
Consequentemente, pelo valor das mesmas poderá exercer o direito de retenção; 
d ( ) A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam 
presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente. 
 
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, 
quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e 
poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

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