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AMINOGLICOSÍDEOS E QUINOLONAS CLASSE DE MEDICAMENTOS AMINOGLICOSÍDEOS • Os aminoglicosídeos pertencem a uma das classes de antibióticos mais antigos. A primeira molécula a ser obtida foi a estreptomicina, em 1944, por Waksman, e, nos anos que se seguiram, outras moléculas similares, produzidas quer por microrganismos quer por processos semissintéticos, foram surgindo. REPRESENTANTES DA CLASSE • Estreptomicina • Neomicina; • Nanamicina; • Amicacina; • Gentamicina; • Tobramicina; • Sisomicina; • Netilmicina; USOS CLÍNICOS Alguns exemplos são: • Endocardite Bacteriana; • Tuberculose (estreptomicina); • Infecções complicadas do Trato Urinário; • Sepse; • Otite Externa; • Infecções Hospitalares Graves por Gram- Negativos USOS CLÍNICOS • Tem grande atividade contra bacilos e cocos gram-negativos aeróbios. • Apresentam também atividade contra bactérias gram- positivas. FARMACOCINÉTICA • São administrados pelas vias intravenosa, intramuscular, inalatória, oftálmica e tópica²; • Mal absorvidos no trato gastrintestinal, e quase a totalidade da dose oral e excretada nas fezes após administração oral. No entanto, podem ser absolvidos quando há ulcerações³. • Geralmente são administrados por via intravenosa em infusão por 30 a 60 minutos. • Após injeção intramuscular, os aminoglicosídeos são bem absorvidos, proporcionando concentrações máximas no sangue em 30 a 90 minutos. • São removidos de modo parcial e irregular por hemodiálise – por exemplo, 40 a 60% para a gentamicina – e, de maneira ainda menos efetiva, pela dialiseperitonial. FARMACODINÂMICA • Os aminoglicosideos são inibidores irreversíveis da síntese proteica, mas não se conhece o mecanismo exato para a atividade bactericida. O evento inicial consiste na difusão passiva por meio dos canais de porina através da membrana externa. Em seguida, o fármaco e transportado de maneira ativa através da membrana celular para dentro do citoplasma por meio de um processo dependente de oxigênio. • O transporte pode ser estimulado por fármacos ativos na parede celular, como penicilina ou vancomicina; este aumento pode ser a base do sinergismo desses antibióticos com os aminoglicosídeos FARMACODINÂMICA • Dentro da célula, os aminoglicosideos se ligam a proteínas ribossomais especificas da subunidade 30S. • A síntese proteica é inibida por aminoglicosideos pelo menos de três maneiras interferência com o complexo de iniciação de formação do peptídeo; leitura errônea do mRNA, o que provoca a incorporação de aminoácidos incorretos no peptídeo e resulta em uma proteína a funcional ou toxica; clivagem dos polissomos em monossomos não funcionais. Essas atividades ocorrem de modo mais ou menos simultâneo, e o efeito global e irreversível e letal para a célula. MECANISMO DE AÇÃO REAÇÕES ADVERSAS • As reações adversas podem ser tanto Ototoxicidade, como Nefrotoxicidade. • E essas reações estão divididas em 3 partes, vestibular, coclear e renal reversível e irreversível. • A ototoxicidade pode ser tanto vestibular como coclear. REAÇÕES ADVERSAS VESTIBULAR – AS CÉLULAS CILIADAS TAMBÉM SÃO DESTRUÍDAS PELOS AMINOGLICOSÍDEOS, TANTO NAS CRISTAS AMPULARES QUANTO NAS MÁCULAS DO SÁCULO E UTRÍCULO. COCLEAR - O DANO CELULAR COMEÇA NO GIRO BASAL DA CÓCLEA. COM A CONTINUIDADE DA EXPOSIÇÃO, O DANO PROGRIDE PARA O ÁPICE DA CÓCLEA. REAÇÕES ADVERSAS Nefrotoxicidade • Acontece quando há um acúmulo do fármaco no plasma do paciente, esse acúmulo, acaba desenvolvendo um comprometimento renal leve, que quase sempre é reversível. E em casos mais graves ocorre a insuficiência renal. QUINOLONAS • As primeiras quinolonas foram utilizadas no início dos anos 60, com a introdução do ácido nalidíxico na prática clínica. No início dos anos 80, com o acréscimo de um átomo de flúor na posição 6 do anel quinolônico, surgiram as fluorquinolonas (principal representante: ciprofloxacina), com aumento do espectro, para os bacilos gram- negativos e boa atividade contra alguns cocos gram-positivos. REPRESENTANTES DA CLASSE • 1ª Geração • Ácido Nalidíxico, Ácido pipemídico, Cinoxacino • 2ª Geração: • Norfloxacino, Lomefloxacino • Pefloxacino, Ofloxacino, Ciprofloxacino, • 3ª Geração: • Levofloxacino, Sparfloxacino, Moxifloxacino, Gatifloxacino • 4ª Geração: • Gemifloxacino, Trovafloxacino, Clinafloxacino, Sitafloxacino, Garenoxacina¹ USOS CLÍNICOS • Para tratar infecções não bacterianas, e. prostatite não bacteriana (crônica); para prevenir a diarreia do viajante ou infecções recorrentes do trato urinário inferior baixo; para tratar infecções bacterianas leves ou moderadas, pielonefrites complicadas. De modo geral, as quinolonas podem ser utilizadas em infecções urinárias não complicadas, e contra bactérias que afetam o trato genital. FARMACOCINÉTICA • Boa absorção por via oral, e ela não é afetada pelos alimentos • Depuração Renal: Não é totalmente eliminada, e fica mais tempo no organismo. • Insuficiência Renal: Deve eliminar a dose, pois esse paciente tem dificuldade de excreção, e o acúmulo dessa droga no organismo causa efeitos tóxicos FARMACOCINÉTICA • As novas quinolonas como a levofloxacina, atingem altas concentrações séricas, concentração máxima de 4 mg/l , após 500 mg por via oral. FARMACODINÂMICA • Bloqueiam a síntese do DNA bacteriano inibindo a topoisomerase II (DNA-girase) bacteriana e a topoisomeraseIV; • Atividade bactericida contra bactérias sencíveis³. MECANISMO DE AÇÃO • Ao inibir essa enzima, a molécula de DNA passa a ocupar grande espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de proteínas, determinando a morte das bactérias. REAÇÕES ADVERSAS • Podem ocorrer náuseas, diarreia, alergias e reações cutâneas, artralgia e tendinite. • Ações no SNC incluem cefaleia, tontura, insônia e alterações do humor. Confusão mental e tontura podem ocorrer quando em associação a teofilina e anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs). • São contraindicadas em crianças que estão em fase de crescimento, por provocar o fechamento das placas epifisárias. Entretanto, o uso desta classe de drogas em situações especiais em crianças como na fibrose cística tem aumentado. Nestes casos, somente artralgia reversível em 2% dos casos foi observada. https://www.infoescola.com/medicina/tendinite/ https://www.infoescola.com/doencas/insonia/ REFERÊNCIAS 1-Antimicrobianos – Bases teóricas e Uso Clínico. Anvisa, RMcontrole. 2007. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/aminoglicosideos5.htm . Acesso em: 22 out. de 202 2.aminoglicosídeosos | Tudo em um só lugar. Sanar, 25 mar. 2019. Saúde. Disponível em:https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos- noticias/farmacia-farmaceutico-aminoglicosideos-artigo. Acesso em: 22 out. de 2020 3.Katzung, B. G. Farmacologia Básica e Clinica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. 4.Bollela. V. R. Antibioticoterapia Quinolonas. Programa de Educação Médica Continuada. [S.I.] [2013?]. Disponível em: <http://www.cremesp.org.br/pdfs/eventos/Quinolonas.pdf>. Acesso em: 29 out. 2020. 5.Katzung, B. G. Farmacologia Básica e Clinica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. 6.Antimicrobianos – Bases teóricas e Uso Clínico. Anvisa, RMcontrole. 2007. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/quinolonas2.htm>. Acesso em: 29 out. 2020. http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/aminoglicosideos5.htm https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/farmacia-farmaceutico-aminoglicosideos-artigo http://www.cremesp.org.br/pdfs/eventos/Quinolonas.pdf http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/modulo1/quinolonas2.htm
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