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Preparo Químico em Endodontia

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PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO EM ENDODONTIA
O preparo endodôntico vai se dividir em químico e mecânico, sendo o químico representado pelas soluções químicas... a padrão ouro e a que vamos utilizar na clínica da FOUFAL é o gluconato de clorexidina em gel a 2%, e a o preparo mecânico é baseado na utilização das limas endodônticas. 
A técnica endodôntica para o preparo químico-mecânico que utilizaremos na FOUFAL é uma modificação/adaptação da técnica de Oregon, que se baseia na divisão do canal radicular em terços cervical, médio e apical. Esta técnica tem como principio o preparo do canal cervical e médio anteriormente ao preparo do terço apical, ou seja, prepararemos os 2/3 mais coronais e deixaremos 1/3 apical para depois, isto é feito com o objetivo de evitar a impulsão de MO para o ápice do canal (evita contaminações), além de proporcionar uma melhor visualização e melhor penetração da agulha. 
As etapas (FASES OPERATÓRIAS): são 5.
TODAS AS ETAPAS SERÃO FEITAS COM A CÂMARA PULPAR INUNDADA POR CLOREXIDINA 2%, NUNCA FAREMOS NADA COM ELA SECA.
1- EXPLORAÇÃO DOS CANAIS
É feito um conhecimento prévio dos canais e adquire informações quanto ao número de canais, a direção, diâmetro, possíveis corpos estranhos. 
1- realizar uma radiografia inicial/diagnóstico (intuito de diagnóstico) e utiliza-se posicionador. 
2- A partir desta radiografia estabeleceremos o CAD (comprimento aparente do dente), para isto utilizaremos um compasso de pontas secas e uma régua milimetrada endodôntica. Utilizaremos um ponto de referência no dente e o ápice do dente para poder fazer essa medição -os pontos de referências de incisivos são sempre na borda incisal e para molares serão as pontas de cúspide – é importante que se decore onde se estabeleceu este ponto de referência para que posteriormente seja conferido e não haja diferenças no valor do CAD. 
3- estabelecer o CTex (comprimento do trabalho de exploração), para o CTex utilizamos o valor de 5mm para um recuo de segurança, ou seja, se seu CAD é 20mm, seu CTex será de 15mm. O valor de 5mm é um valor fixo. Com o auxilio de uma lima de pequeno calibre (menor que 20mm) e com o cursor da lima se marca os 15mm do CTex na lima. 
4- A exploração dos canais é feita a partir de uma lima de pequeno calibre é chamada de IAI(instrumento apical inicial), para realizar a exploração do canal pela medida do CTex. Para realizar a exploração dos canais previamente, deveremos sempre ter a câmara pulpar inundada com clorexidina 2% e utilizar os movimentos de cateterismo (1/4 de volta para esquerda e ¼ de volta para a direita – sentido horário e anti-horário).
2- PRÉ-ALARGAMENTO
Consiste no preparo dos 2/3 (cervical e médio), é o preparo para facilitar a entrada da Glidden-Gates. Para esta etapa temos que determinas o CPT (comprimento provisório de trabalho), que será calculado através do CAD subtraído do valor fixo de 6mm, já que o nosso CAD é 20mm, nosso CPT é 14mm. 
1- inunda com clorexidina 2% 
2- com a lima pro design M cabo vermelho e anel preto(25.06), adentraremos até o CPT( no nosso caso, 14mm) -movimento de rotação e tração 
3- lavamos com soro fisiológico. 
3- PREPARO CERVICAL E MÉDIO
É nesta etapa que faremos a aplicação do canal através do auxilio das brocas GG (glidden-gates), e devemos seguir a ordem de utilização 4,3,2 – SEMPRE DA MENOR PARA A MAIOR 
1- Inserimos a broca GG 4 no canal com a mão mesmo até ela travar dentro do canal e com o cursor marcaremos na medida do nosso ponto de referência (ex. borda incisal), dada esta medida, adicionaremos mais 2mm (valor fixo) neste comprimento para poder trabalhar e então penetraremos até esta medida, utilizando a caneta de BAIXA ROTAÇÃO. – importante lembrar que sempre deveremos entrar e sair com a GG rotacionando, caso não entre rotacionando ela pode se quebrar. – outra observação importante é que posteriormente a utilização da GG 4mm, iremos fazer isso com a GG 3mm e GG 2mm, porém nos intervalos de troca deveremos fazer a RECAPITULAÇÃO (como a GG raspa mt dentina, esta etapa é importante para que haja a remoção da smear layer que se forma e se prenda na clorexidina em gel), ou seja, deveremos irrigar com soro fisiológico, aspirar, inundar com uma clorexidina ‘nova’, adentrar com a pro design m na medida do CPT para só então poder utilizar a próxima GG. – SEMPRE TRABALHAREMOS AO LONGO DO EIXO DO DENTE. 
4- ODONTOMETRIA
* baseia-se na técnica de Ingle (1989)
A odontometria consiste no estabelecimento do CRD (comprimento real do dente) - nesta técnica de Oregon modificada, o nosso CRD é igual ao CT – e a definição do CT (comprimento de trabalho)
1- Inserimos a lima IAI na medida do CAD 
2- Com a lima inserida, faremos uma radiografia periapical 
3- medimos a distância entre a ponta da lima e o ápice do dente. 
- Para determinar o CT, utilizaremos o CAD (20mm) subtraído do valor medido da distância apical para a ponta da lima (ex. 2mm). Então nosso CT é 22mm. 
5- PREPARO APICAL
Objetiva a limpeza do 1/3 apical do dente. 
1- Inundaremos a câmara pulpar com clorexidina em gel 
2- usaremos a lima pro-design M (25.01) no CT (no nosso caso é 22mm) 
3- usa a lima pro-design M (25.06) no CT
4- determina a lima M1 (sempre determinaremos a lima M1 a partir das limas #30 – a Lima M1 sempre será aquela que entra no canal, porém ainda há uma certa resistência.. Pois para que o canal seja limpo, deverá raspar um pouco da dentina circundante). – se a primeira lima a partir do #30 que você utilizar não oferece uma resistência, você vai aumento o calibre até determinar a lima que entra no canal mas oferece resistência ( lima M1). 
5- Determinar a M2. Para realizar tal feito, deveremos utilizar o valor da M1 somada a 2 calibres posteriores ao valor. Por exemplo, nossa M1 é 35mm, então nossa M2 será 45mm. – nesta situação utilizaremos nossa M1 (35mm), a lima entre (40mm) e a Lima M2 (45mm), ou seja, sempre utilizaremos os calibres intermediários entre a M1 e M2. – 
IMPORTANTE: nesta etapa, sempre que formos trocar de lima, deveremos observar o aspecto desta solução inundante (clorexidina), caso já tenha uma coloração diferente, já trocaremos e sempre utilizar a lima IAI até a região mais apical para evitar que este canal entupa. 
IMPORTANTE – Caso a ProDesignM 25.01 (aquela primeira lima) não consiga atingir o forame, deveremos ampliar esta passagem antes com limas menos calibrosas ex. #10 #15 ou #20 – outra coisa que pode acontecer é a gente utilizar a 25.01 e ela alcançar o forame, mas quando formos trocar para a 25.06 ela ofereça uma resistência e não consiga alcançar o ápice, utilizaremos a ProDesignM coringa 15.05 ( lima intermediária e de cor prata)
Obs: as limas PDM serão utilizadas em movimentando em rotação e posteriormente se puxa, já as limas K são utilizadas em movimentos rotatórios de ¼ para esquerda e ¼ para direita. 
ETAPA FINAL DO PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO
1-Inunda-se o canal com EDTA (material com intuito de remover toda a smear layer)
2-Utiliza-se a easy clean para realizar um agitação mecânica – ela vai adentrar cada canal por 20s em baixa rotação
3- Aspira
4- Irriga com soro
5- Seca
- após a secagem, irei avaliar se eu obturo ou se utilizo medicação intra-canal

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