Buscar

principios gerais dos preparos cavitarios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Maria Gabriella Thorpe - Odontologia UFPE 
Princípios Gerais dos Preparos Cavitários
Dentística 
TRATAMENTOS 
o Não invasivo: não perde ou desgasta a estrutura dentaria 
o Invasivo: tratamentos restauradores propriamente ditos 
- Restaurações diretas: é preciso que o dente tenha sido preparado para receber o material 
restaurador, ou seja, o dente tem que ser submetido à remoção de tecido cariado ou desgaste da 
estrutura. As cavidades precisam apresentar uma geometria interna para receber o material 
restaurador, para que ele não frature. 
- Restaurações indiretas 
 
Nomenclatura: conjunto de termos peculiares à uma ciência, pelos quais os individuos de uma mesma 
profissão são capazes de entender-se mutuamente. 
 
Classificação 
Cavidade é o termo empregado para definir a lesão ou a condição do dente causada pela destruição de 
tecido duro. Pode ser patológica ou terapêutica. 
- Cavidade patológica: oriunda da ação da cárie dentária sobre o dente, que acarreta a perda estrutural 
Tem contorno irregular. 
- Cavidade terapêutica: tem a configuração determinada de acordo com o material aplicado. Tem 
contornos mais definidos. 
 
Evolução: o preparo cavitário existe para receber o material restaurador. Antes, tinhamos o amálgama 
e hoje temos materiais resinosos estéticos e adesivos que não favorerem a retenção mecânica. Hoje 
temos a possibilidade de ter preparos que viabilizem maior integridade da estrutura dental. 
 
PREPARO CAVITÁRIO 
O preparo cavitário é a cavidade com forma geométrica e dimensões definidas, resultante de um 
proceso cirúrgico. Tem a finalidade de remover tecido cariado; obter formas precisas; impedir fratura 
do dente e do material restaurador; impedir a instalação de lesão de cárie. Do ponto de vista 
terapêutico, consiste na remoção biomecânica do tecido cariado da estrutura dentária, conferindo 
forma adequada para receber o material restaurador, mantendo a vitalidade pulpar e respeitando a 
relação biológica com os tecidos periodontais. 
O preparo cavitário é uma cavidade terapêutica, confeccionado a partir de um cavidadade patológica 
(originada por atividade microbiana). 
Devemos considerar durante a realização de um preparo cavitário: 
A - Preservar as áreas de suporte do remanescente dental (cúspides e cristas marginais). 
B - emover totalmente o tecido infectado e deixar paredes suportadas por dentina sadia ou 
materiais restauradores de igual função. 
 
Partes constituintes 
o Paredes – limites internos 
- Paredes Circundantes: são as paredes laterais da cavidade. Recebem o nome da face do dente a que 
correspondem ou estão mais proximas. Ex: se está proxima da face distal, é chamada de parede distal. 
Quando envolvem faces proximais (mesiais ou distais)... 
 
- Parede de Fundo: correspondem ao assoalho da cavidade. Pode ser definida como pulpar (sobre a 
polpa, apresenta-se perpendicular ao longo eixo longitudinal - do dente) ou axial (voltada para a area da 
polpa lateralmente, paralelas ao eixo longitudinal – do dente). 
 . 
o Ângulos: linha ou ponto resultante da união de duas ou mais paredes 
- Ângulos Diedros: união entre duas paredes de uma cavidade 
Primeiro grupo: resultam da união de duas paredes circundantes 
 
Segundo grupo: resultam da união da parede cirdundante + parede de fundo 
Terceiro grupo: resultam da união das paredes de fundo da cavidade (axial + pulpar - AP) 
 
- Ângulos Triedros: resultam da união de três paredes e denominados pela combinação de seus 
respectivos nomes. 
 ........... 
- Cavo-Superficial: ângulo formado pela junção das paredes da cavidade com a superfície externa do 
dente. 
....... 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES 
o De acordo com o número de faces que ocorre 
- Simples: quando atinge só uma face do dente 
- Composta: quando atinge duas faces do dente 
- Complexa: quando atinge três ou mais faces do dente 
 
 .. 
 
 
 
o De acordo com as faces envolvidas 
 
 
- Cavidade Oclusal (O): cavidade na face oclusal 
- Cavidade Mésio- Oclusal (MO): cavidade se estende da face oclusal à face mesial 
- Cavidade Disto- Oclusal (DO): cavidade se estende às faces mesial, oclusal e distal 
- Cavidade Mésio-Ocluso-Distal (MOD): cavidade se estende às faces mesial, oclusal e lingual. 
 . 
o Forma e extensão das cavidades (o prof não falou, mas tem no ebook) 
- Intracoronárias (Inlay): confinadas no interior da estrutura dentária, como uma caixa pura. Ex.: Classe I 
oclusal, Classe V. 
- Extracoronárias parciais (Onlay): apresentam cobertura de cúspides e/ou outras faces dos dentes. 
- Extracoronárias totais (Overlay e coroa total): todas as faces, axial e oclusal/incisal do dente são 
recobertas por material restaurador. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES POR G.V.BLACK (mundialmente utilizada): primeiro autor a se preocupar 
com a classificação dos preparos cavitários, para que pudesse ter prevenção, se adaptar à tecnologia 
e se adapta aos materiais adesivos. 
o Etiológica: baseada nas áreas do dente que apresentam susceptibilidade à cárie 
- Cavidades em cicatrículas e fissuras 
- Cavidades em superfícies lisas 
Maria Gabriella Thorpe - Odontologia UFPE 
o Artificial: baseada na técnica de instrumentação da cavidade 
 
- Classe I: regiões de má coalescência de esmalte, cicatrículas e fissuras na face oclusal de pré 
molares e molares; 2/3 oclusais da face vestibular dos molares, na face lingual dos incisivos superiores 
e ocasionalmente na face palatina dos molares superiores. 
 
- Classe II: preparadas nas faces proximais de pré-molares e molares. 
 
- Classe III: preparadas nas faces proximais de incisivos e caninos, sem remoção do ângulo incisal. 
 
- Classe IV: faces proximais de incisivos e caninos, com remoção do ângulo incisal.
 
- Classe V: cavidade no terço gengival das faces vestibular e lingual de todos os dentes. 
 
Obs.: Classe VI: bordas incisais e pontais de cúspides 
 
 
 
Obs.: Classificações complementares a de Black (o prof não falou, mas tem no ebook) 
- Na Classe I: 
Tipo ponto: apenas um ponto no sulco principal foi atingido pela cárie 
Tipo risco: quando apenas o sulco principal foi atingido pela cárie 
Tipo olho de cobra: lesão não atinge as estruturas de reforço do esmalte, ponte de esmalte e cristas 
marginais 
Tipo shotgun: mini cavidades nas superfícies oclusais dos molares 
- Na Classe II 
Slot vertical: confecção de uma caixa na face proximal cariada 
Tipo túnel: quando apenas a face proximal é envolvida, preservando a crista 
 
TEMPOS OPERATÓRIOS (Princípios que devem ser seguidos na confecção dos preparos cavitários) 
1. Forma de abertura da cavidade: objetiva a remoção do esmalte sem apoio dentinário, com a 
finalidade de expor a lesão de cárie, facilitando sua visualização e, desta forma, permitir a 
instrumentação das fases subsequentes do preparo cavitário. 
2. Forma de contorno: visa delimitar a área da superfície do dente que deverá ser incluida no 
preparo cavitário. Deve limitar-se a remoção do tecido cariado, mas pode englobar desgastes 
que viabilizem uma melhor forma de conveniência e/ou potencializem a resistência do 
conjunto dente/restauração. Assim, podemos destacar que todo esmalte sem suporte 
dentinário deve ser removido ou apoiado sobre material adesivo (resina composta ou cimento 
ionomérico) (fig.1.2); e ângulo cavossuperficial deve estar em áreas que possibilite o 
acabamento das bordas da restauração. 
 
3. Remoção da dentina cariada: Consiste na remoção do tecido dentinário cariado. Pode 
promover depressões irregularidades nas paredes de fundo da cavidade, que devem ser 
preenchidas com uma base protetora adequada para nivelamento. 
4. Forma de resistência: É baseada em princípios mecânicos par evitar fratura do 
remanescente dentário e da restauração mediante às forças mastigatórias. 
Conceitos de Black para restaurações convencionais de amálgama:		
- Paredes circundantes da caixa oclusal, paralelas entre si e perpendiculares a parede pulpar. 
- Paredes pulpar e gengival planas, paralelas entre si e perpendiculares ao eixo longitudinaldo 
dente. 
- Dentes com grau de inclinação das vertentes e cúspides acentuado: confeccionam-se 
paredes circundantes convergentes para a oclusal. (fig 1.3) 
- Ângulo cavossuperficial para preparos em amalgama: 90°.
 
5. Forma de retenção: é o termo operatório que consiste em se dar forma à cavidade com a 
finalidade de evitar o deslocamento da restauração por forças mastigatórias, tração por 
alimentos e diferenças de coeficiente térmico. 
Tipos: 
- Retenção por atrito 
- Mecânicas adicionais: sulcos, canaletas e pinos 
 
Obs.: Algumas cavidades são autorretentivas quando apresentam profundidade igual ou maior que 
a largura vestíbulo-lingual. (caso não cumpra os requisitos, faz-se retenção mecânica adicional): 
 
6. Forma de conveniência: Compreende todo e qualquer procedimento que permita a perfeita 
inserção do material restaurador e finalização da restauração. Depende das propriedades do 
material restaurador, dos métodos empregados na confecção da restauração e da 
localização e extensão da lesão. Artifícios e técnica podem ser utilizados para facilitar o 
procedimento (isolamento do campo operatório, afastadores, sistemas de matrizes). 
7. Forma de acabamento das paredes de esmalte: Permite a remoção das irregularidades e 
prismas de esmalte sem suporte; melhora adaptação do material restaurador e diminui a 
chance de infiltração. Pode ser feito com uso de recortadores, brocas multilaminadas, discos 
e pontas diamantadas. 
8. Forma de limpeza da cavidade: Antes de ser restaurada, a cavidade precisa estar limpa e 
seca. Para isso, é necessária descontaminação da cavidade.
Maria Gabriella Thorpe - Odontologia UFPE

Continue navegando