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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC Bruno Carvalho de Oliveira Produção e Interpretação de Textos Criciúma, 12 de abril de 2020 Dois caminhos para uma história O texto de Rodrigo da Cunha Pereira, doutor em Direito Penal, intitulado “A tragédia de Brumadinho e o calvário jurídico pelos corpos não encontrados” aborda as dificuldades por parte dos familiares das vítimas dessa tragédia em documentar, ou seja, provar o óbito. No lado do Direito, temos a morte como um causador de vários efeitos jurídicos. Sem uma certidão de óbito as famílias das vítimas da tragédia têm que além de lidar com a dor da perda, e de possivelmente não encontrar o corpo da vítima para dar as últimas condolências, lidar também com o lado jurídico, fazendo com que a família dependa do tribunal averiguar o óbito para ter acesso aos direitos referentes aquela morte. A situação da família fica no aguardo sentença da declaração de ausência ou morte presumida. Sem a sentença a família não pode receber pensões ou heranças por exemplo, gerando um desconforto muito maior além da perda. A Lei 6.015/73, artigo 88, facilita o processo judicial de morte presumida, a lei destaca o fato de não encontrar o cadáver em uma situação de catástrofe, mediante a comprovação da vítima no local. O governo pode aliviar um pouco a dor das famílias buscando medidas que já foram usadas anteriormente em outras ocasiões, como uma medida provisória que declare a morte em situações de desaparecimento por tragédias.
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