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Tumores odontogenicos (1)

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TUMORES ODONTOGÊNICOS 
 
Classificação: 
Inúmeras são as classificações propostas para os tumores odontogênicos, mas nenhuma 
universalmente aceita, principalmente em decorrência das dúvidas ainda existentes 
quanto à histogênese dessas lesões. 
Contudo, consideramos a classificação proposta pelo Prof. Ney Soares de Araújo simples e 
prática. Nela, dois aspectos foram correlacionados para a sua formulação: as 
características histológicas e suas propriedades - ambas as condições dependentes diretas 
do tecido de origem e do comportamento biológico. 
 
Origem Benignos Malignos 
Epitelial 
Ameloblastoma Tumor 
odontogênico adenomatóide 
Tumor de Pindborg 
Ameloblastoma 
maligno 
Carcinoma intra-ósseo 
Mesenquimal 
Mixoma 
Fibroma odontogênico 
Cementoblastoma benigno 
Fibroma cementificante 
Displasia cementária periapical 
 
Misto 
Fibroma ameloblástico 
Fibro-odontoma ameloblástico 
Odontoma 
Odontoameloblastoma 
Fibrossarcoma 
ameloblástico 
Odontossarcoma 
 
 
 
 
 
AMELOBLASTOMA 
O ameloblastoma é uma neoplasia benigna, mas localmente invasiva, consistindo de 
epitélio ontogênico proliferativo, em meio a um estroma fibroso. Não tem potencial 
indutivo sobre o estroma. Usualmente os ameloblastomas são diagnosticados na 4ª e 5ª 
décadas. Em 80% dos casos, o tumor está na mandíbula e 20% na maxila. Na mandíbula, 
70% localizado na região molar e no ramo ascendente, 20% na região pré-molar e 10% na 
região anterior. 
Diversas são as hipóteses quanto à origem dos ameloblastomas. A mais aceita é aquela que 
aponta a lâmina dentária como provável tecido de origem dos ameloblastomas. As outras 
possibilidades são representadas por estruturas epiteliais originárias do epitélio de 
revestimento bucal do órgão de esmalte, restos de Malassez e lesões císticas. Ao epitélio de 
revestimento bucal, tem sido atribuída a origem do ameloblastoma extra-ósseo, que se 
desenvolveu no rebordo alveolar. 
O ameloblastoma é um tumor de crescimento lento, assimétrico, podendo provocar 
deformidade facial devido a distensão da cortical adjacente à lesão e, nos casos mais 
avançados, romper o limite ósseo e aflorar na boca. 
A imagem radiográfica dos Ameloblastomas é muito variável. Para fins de entendimento, 
o Ameloblastoma pode apresentar-se, basicamente, nos dois aspectos radiográficos : 
1 - Um aspecto unilocular ou unicavitário, formando no osso uma loja, cavidade, 
compartimento ou cripta única bem delimitada. 
2 - O aspecto multilocular ou pluricavitário, o mais comumente descrito, para identificar 
radiograficamente o Ameloblastoma, formado por várias lojas, cavidades, 
compartimentos ou criptas, ou seja, um conjunto de áreas radiolúcidas, de tamanho e 
formas variáveis, separadas entre si por septos ou linhas radiopacas. 
Alguns dados devem ser buscados como indício radiográfico de Ameloblastoma: 
a) Aspecto Unilocular 
a1) Interrupção da cortical; 
a2) Formação de imagens monocísticas pequenas; 
a3) Presença de septos ósseos ainda que incompletos, dentro da área radiolúcida; 
a4) Dentes adjacentes podem apresentar reabsorção radicular; 
a5) Associação com dentes inclusos no interior da lesão. 
 
b) Aspecto Multilocular 
 A imagem multilocular pode ser de dois tipos: multicística ou em “bolhas de sabão” e 
multimicrocística ou em “favos de abelha”. 
 
b1) Multicística 
 b1.1) Presença de inúmeras lojas de tamanho e formas diferentes, que variam de um até 
vários centímetros, com septos finos e bem marcados, arranjados anarquicamente, 
lembrando formas de bolhas. 
 b1.2.) Os septos divisórios podem parecer desde uma estreita e bem marcada linha 
radiopaca, idêntica à imagem da cortical cística, até uma faixa óssea de pequena espessura, 
radiopaca, lembrando a imagem do osso esclerosado. 
b1.3.) Associação com dentes inclusos no interior da lesão. 
 
b2) Multimicrocística 
 b2.1.) Presença de um grande número de pequenas cavidades, de forma aparentemente 
idêntica e tamanho uniforme. 
 b2.2.) Paredes do tumor são indefinidas, e as margens podem aparecer lobuladas. 
 b2.3.) Têm o nome de “favos de abelha” ou “favos de mel”, por apresentarem um aspecto 
semelhante à da estrutura do favo de mel. 
 b2.4.) Dentes inclusos podem estar presentes. 
 O padrão histológico dos ameloblastomas varia bastante, e os seguintes tipos ou 
variantes são comumente descritos. 
1 - Folicular : 
 O epitélio tumoral está na forma de ilhas mais ou menos discretas, com uma camada 
periférica de células cuboidais ou colunares, imitando o epitélio interno do esmalte ou 
preameloblastos, envolvendo uma massa central de células poliédricas ou angulares, 
frouxamente unidos, imitando o retículo estrelado. Formações císticas são muito comuns 
dentro dessas massas. 
2 - Plexiforme : 
 O epitélio tumoral está arranjado em massas irregulares ou como uma rede de cordões. 
Cada massa ou cordão é limitado por uma camada de células colunares e inclui células, 
imitando o retículo estrelado, mas estas são muitas vezes menores em número, do que no 
tipo folicular. 
Formações císticas ocorrem, mas comumente isto é o resultado de degeneração do estroma, 
mais do que uma alteração cística dentro do epitélio. 
 
 
3 - Acantomatoso : 
 Este termo é aplicado quando há uma extensiva metaplasia escamosa, algumas vezes com 
formação de queratina, dentro das ilhas de células tumorais. Usualmente o padrão geral 
do tumor é semelhante àquele do tipo folicular. 
4 - Tipo de Células Basais : 
 Alguns tumores que aparecem dentro dos maxilares ou no epitélio superficial, em áreas 
associadas a dentes, são muito semelhantes em estruturas ao carcinoma da pele. Desde que 
o epitélio odontogênico é um anexo epitelial da boca, é razoável olhar este tipo de 
ameloblastoma como uma contraparte histológica do carcinoma de células basais, embora 
o ameloblastoma usualmente tenha aspectos estruturais distintos e, evidentemente, uma 
localização diferente. 
 Quando um crescimento de células basais ocorre dentro dos maxilares, é preciso um 
cuidado especial para distinguir entre o ameloblastoma de células basais e o carcinoma 
adenóide cístico intra-ósseo. 
 
5 - Tipo de Células Granulares : 
 Alguns ameloblastomas mostram uma transformação granular das células epiteliais e, 
ocasionalmente, um tumor é visto, no qual quase todo epitélio é deste tipo. As células são 
grandes, cuboidais, colunares ou redondas, e o citoplasma está preenchido com grânulos 
acidófilos. 
6 - Outras variações : 
 Em qualquer ameloblastoma, mas, especialmente no tipo folicular, pode haver marcada 
hialinização do tecido conjuntivo adjacente ao epitélio. 
 Um ameloblastoma pode mostrar um considerável número de grandes espaços cheios de 
sangue, e alguns exemplos com estes aspectos têm sido chamados 
hemangioameloblastomas. 
Entretanto, aceita-se que estes espaços com sangue resultam da dilatação dos vasos como 
resultado da degeneração do estroma. 
 Os Ameloblastomas são tratados por remoção cirúrgica. No entanto, ainda existe certa 
controvérsia quanto ao tipo de cirurgia. 
 A curetagem é o procedimento menos recomendado porque restringe-se apenas à área 
lesada, não sendo possível agir com margem de segurança diante de uma possível (e 
comum) infiltração, além da parte curetada, devido ao poder invasivo local do tumor. 
Dependendo do tamanho e da localização do Ameloblastoma, recomenda-se ressecção em 
bloco ou a ressecção radical. Nos casos em que a lesão já envolveu grande parte da 
mandíbula, a conduta cirúrgica seria a hemimandibulectomia. Quando o tumor ainda não 
atingiu grande proporção, a ressecção em bloco com margem e segurança é a opção 
cirúrgica recomendada. 
 
TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE – TOA 
(Adenoameloblastoma) 
 É um tumor do epitélio odontogênico com estruturas semelhantes a ductos (estruturas 
canaliculares), e com variados graus de alterações indutivasno tecido conjuntivo (é capaz 
de induzir modificações no tecido conjuntivo subjacente). O tumor pode ser parcialmente 
cístico, e em alguns casos, a lesão sólida pode estar presente somente como massas na 
parede de um grande cisto. Acredita-se que a lesão não é um neoplasma. 
 O T.O.A., ocorre tipicamente em pacientes jovens, usualmente na 2ª década, sem 
predileção por sexo. A maxila é envolvida mais freqüentemente que a mandíbula, na 
proporção de 2:1. A parte anterior da maxila é o lugar mais comum de incidência, 
especialmente a região de caninos. 
 O tumor está freqüentemente associado com um dente não erupcionado, e pode, muitas 
vezes, simular em cisto dentígero tanto radiograficamente como durante a cirurgia, mas 
algumas vezes, a presença de material calcificado dentro do tumor, pode ser muito útil no 
diagnóstico. 
 Alguns aspectos radiográficos mais significantes podem ser citados, tais como : 
• Radioluscência unilocular com expansão da cortical, semelhante a cisto; 
• Margem bem definida com halo esclerótico; 
• Dente impactado dentro da lesão; 
• Focos de calcificações radiopacas. 
 Este material hialino parece ser dentina displástica e, ocasionalmente, um padrão tubular 
são visto em algumas áreas. Muito raramente, formação de esmalte tem sido observada. 
 Calcificação pode ser encontrada algumas vezes, e pode ser extensiva. O T.O.A. tem 
comportamento benigno, não recidivando após enucleação simples. A terapêutica 
preconizada para o tumor, consiste na curetagem da lesão. 
 
 
 
 
 
 
TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE 
(Tumor de Pindborg) 
 Neoplasma epitelial localmente invasivo, caracterizado pelo desenvolvimento de 
estruturas, provavelmente de natureza amilóidea, que pode se tornar calcificado e liberada 
quando as células se rompem. 
 O T.O.E.C., também chamado tumor de Pindborg, tem sido encontrado 
aproximadamente com a mesma freqüência nas 4 décadas entre os 20 e 60 anos. Em 2/3 
dos casos, a mandíbula é afetada, e, 1/3 a maxila. A maioria das lesões está localizada na 
região pré-molar e muitas delas estão associadas com a coroa de um dente não erupcionado. 
O tumor pode também ocorrer fora do osso em áreas de inserção dos dentes. 
 A aparência radiográfica é de uma área radiolúcida irregular, contendo massas 
radiopacas de tamanhos variáveis. Essas massas tendem a estar localizadas junto à coroa 
de um dente não erupcionado. Na periferia da lesão há, muitas vezes, uma zona 
radiolúcida, que pode estar ou pode não estar claramente demarcada, do osso normal. 
Histologicamente o tumor de Pindborg é composto de células epiteliais poliédricas, 
algumas vezes com proeminentes pontes intercelulares (tonofibrilas), arranjadas em 
camadas ou cordões em um estroma fibroso que pode mostrar alterações degenerativas. 
 As células epiteliais são algumas vezes multinucleadas e podem também mostrar um 
acentuado pleomorfismo, mas, mitoses são vistas muito raramente. Dentro das massas de 
células tumorais, existem massas homogêneas, acidófilas e arredondadas; estas massas 
homogêneas comumente calcificam e mostram os anéis de Liesegang. 
 Técnicas especiais de coloração, tais como tioflavina T, Congo Red e Cristal violeta, 
mostram que este material homogêneo dá reações similares àquelas de amilóide. 
 As células epiteliais associadas podem degenerar, liberando as massas acidófilas e 
calcificadas. Além disso, o estroma pode conter corpos fortemente basófilos que são 
irregulares ou angulares, e estes, podem se fundir e formar complexas massas. Raramente, 
este tipo de tumor aparece fora do osso, em áreas associadas a dentes. Em tais casos, o 
epitélio neoplástico parece menos ativo, e, há menos focos de calcificação que no tipo intra-
ósseo. 
 Do ponto de vista do diagnóstico diferencial, o fibroma odontogênico com proliferação de 
epitélio odontogênico, pode mostrar aspectos similares. O tumor odontogênico epitelial 
calcificante (TOEC), que ocorre fora do osso, pode também apresentar dificuldades no 
diagnóstico. 
 A experiência advinda da literatura, mostra que esse tumor é menos infiltrativo que o 
ameloblastoma e, por esta razão, a terapêutica indicada é a remoção cirúrgica com 
pequena margem de segurança. 
Nota : 
 Lesões radiolucentes semelhantes a cisto com inclusões de objetos calcificados. 
 1 - Cisto odontogênico epitelial calcificante (Cisto de Gorlin). 
 2 - Tumor odontogênico epitelial calcificante (Tumor de Pindborg). 
 3 - Adenoameloblastoma (tumor adenomatóide odontogênico). 
 4 - Odontoma ameloblástico. 
 5 - Displasia cementária periapical. 
 
 
MIXOMA 
 É um neoplasma localmente invasivo, originário, provavelmente do mesênquima 
relacionado à odontogênese, consistindo de células redondas e angulares, espalhadas num 
estroma mucóide abundante. 
 Os mixomas podem ocorrer no tecido mole e no tecido ósseo. Aqueles que ocorrem no 
tecido mole não têm relação nenhuma com a odontogênese, e são de ocorrência muito rara 
na boca. 
Os mixomas de tecido ósseo são, segundo consenso geral, exclusivos dos maxilares e de 
origem dentária. 
 A ocorrência restrita aos maxilares e a semelhança de seus elementos componentes com 
a papila dentária, são fatos concretos a apontar para a origem odontogênica do tumor. 
 Radiograficamente, o mixoma, comumente mostra múltiplas áreas radiolúcidas de 
variável tamanho, separadas por septos ósseos retos ou curvos, dando uma aparência de 
bolhas de sabão ou de “favos de abelhas”. Esta aparência pode ser indistinguível daquela, 
de um ameloblastoma. 
 O mixoma odontogênico é um tumor que não se apresenta muito encapsulado, 
extendendo, muitas vezes, através do osso, ou no tecido mole, sem qualquer definição de 
suas margens, de tal forma que a sua erradicação é difícil, e, por isso, no tumor, as 
recorrências são muito comuns. 
Clinicamente o mixoma ocorre mais comumente entre a segunda e terceira décadas, sem 
predileção por sexo, e na mandíbula. O tumor apresenta-se como lesão intra-óssea 
expansiva, de crescimento lento, usualmente indolor, e comumente associado a dentes 
inclusos. Ocasionalmente, núcleos atípicos têm sido relatados, mas estes tumores não 
produzem metásteses. 
 A maioria dos mixomas odontogênicos contém pouco colágeno, entretanto, em alguns 
casos, uma quantidade moderada pode ser encontrada na forma de espessas bandas 
hialinizadas. Alguns desses tumores podem conter esparsos cordões de células similares e 
epitélio odontogênico inativo, os quais podem estar circundados por uma zona de 
hialinização. 
 O tratamento do mixoma é a excisão cirúrgica com margem de segurança. Deve-se evitar 
a curetagem como terapêutica desses tumores, devido ao alto índice recidivante (25%). 
 
 
CEMENTOMAS 
 As lesões, contendo tecido semelhante a cemento, formam um grupo complexo, com 
características mal-definidas. 
 Quatro tipos de cementoma podem ser identificaCementom 
a) Cementoblastoma Benigno (Verdadeiro Cementoma). 
b) Fibroma CementificaCementom 
c) Displasia cementária periapical. 
 (*)d) Cementoma Gigantiforme (Cementomas familiares múltiplos). 
 
A - Cementoblastoma Benigno ( verdadeiro Cementoma) 
 Neoplasma caracterizado pela formação de camadas de tecido igual a cemento, que pode 
conter um elevado número de linhas justapostas e não ocorrer a mineralização na periferia 
desta massa tecidual, ou nas áreas de mais ativo crescimento. 
 A histogênese do tumor, parece estar relacionada aos elementos do ligamento 
periodontal. Estes, durante a odontogênese, respondem pela formação de cemento, e na 
condição patológica, são capazes de originar as massas mineralizadas que lembram o 
tecido normal. 
 Clinicamente, a lesão ocorre mais na mandíbula, na região de molares e pré-molares, mais 
no sexo masculino e abaixo de 25 anos de idade. O tumor é de crescimento lento e contínuo, 
determinando na sua evolução, expansão ósseadas corticais. 
 Radiograficamente, o tumor é bem definido, e a parte radiopaca principal é comumente 
circundada por uma zona radiolúcida de uniforme espessura, representando o tecido 
periférico não mineralizado, e as camadas celulares formativas. Este tipo de tumor é 
distinto, e quase sempre encontrado ao redor do ápice de um pré-molar ou molar, 
usualmente na mandíbula, e o tecido tumoral duro pode estar fundido à raiz. 
 Nas partes mais maduras do crescimento, o tecido duro contém um pequeno número de 
células encravadas, e as numerosas linhas, justapostas basófilas, dão uma aparência 
semelhante àquela da doença de Paget. 
 O componente tecidual mole, consiste um tecido vascular, de textura fibrosa frouxa, 
contendo tanto osteoclastos como células grandes mononucleares, fortemente coradas. Na 
periferia e em outras áreas de crescimento ativo, extensivas camadas não exibem sinais de 
remodelação. 
 A lesão parece ser um neoplasma benigno, e é facilmente enucleado. Histologicamente, 
entretanto, ela pode se assemelhar a um osteosarcoma atípico. 
O cementoblastoma pode também ser indistinguível de um osteoma osteóide ou 
osteoblastoma. Entretanto, o cementoblastoma não mostra tendência para recorrer, 
enquanto o osteoblastoma é recorrente. 
 
B – Fibroma Cementificante 
No estágio mais facilmente reconhecível, esta lesão consiste de tecido fibroblástico celular, 
contendo massas redondas ou lobuladas de tecido semelhante a cemento, fortemente 
calcificadas e bastante basófilas. A histogênese, a partir das células do ligamento 
periodontal, enquadra a lesão no grupo dos tumores odontogênicos. Clinicamente, o 
tumor é mais comum em adolescentes ou adultos jovens, e na mandíbula. É de crescimento 
lento, normalmente assintomático, causando deformidade óssea e, nos casos de longa 
evolução, assimétria facial. Inicialmente, há uma destruição óssea com o desenvolvimento 
de uma área radiolúcida e, gradualmente, esta área se torna radiopaca, conforme o “tecido 
similar a cemento” é depositado. Finalmente, uma massa densa é formada, e, 
provavelmente, o crescimento pára, ou então é muito lento. O padrão histológico também 
varia com o estágio do desenvolvimento, sendo predominantemente fibroblástico nos 
estágios iniciais, tornando-se progressivamente mais similar a cemento, conforme as 
massas arredondadas crescem e se fundem. Radiograficamente, a lesão apresenta 
variações diretamente relacionadas à formação de substância mineralizada no seu interior. 
É fácil entender-se, portanto, a apresentação do tumor desde a lesão radiolúcida a 
radiopaca. De importância é a observação de que o tumor é sempre bem delimitado e 
separado do osso circundante. O tratamento preconizado é o cirúrgico conservador. 
C – Displasia Cementária Periapical (Disp. Fibrosa Periapical) 
É uma lesão similar em estrutura ao fibroma cementificante e principalmente, 
fibroblástica nos seus estágios iniciais, e com crescentes quantidades de tecido, semelhante 
a cemento, ocasionalmente misturado com trabéculas de osso fibroso. Esta lesão ocorre 
mais comumente na região dos incisivos inferiores em mulheres de meia idade, e, muitas 
vezes, envolvem vários dentes. A patogenia da lesão pode ser entendida como uma 
proliferação de fibroblastos de região próxima ao periápice, que determina a reabsorção 
do tecido ósseo, e na sua evolução posterior, vai se mineralizando na forma de glóbulos, 
que posteriormente coalescem e formam as massas maiores cementiformes. Após atingir 
um certo tamanho, estaciona o seu crescimento, não apresentando usualmente, nenhuma 
relação com o dente próximo. A lesão é assintomática, e, na maioria das vezes, passa 
despercebida por toda a vida do paciente. Em alguns pacientes, o que chama atenção sobre 
a lesão, é a infecção secundária por exposição da massa tumoral. Pacientes portadores de 
prótese total ou parcial que tenham a lesão, são mais aptos a apresentar o quadro descrito. 
O exame radiográfico guarda relação direta com o estágio evolutivo da lesão. Nas fases 
iniciais é radiolúcida, vão aparecendo pontos de radiopacidade, e no final, a lesão passa a 
ser radiopaca. 
O paciente portador da lesão, descoberta em exame radiográfico de rotina, deve ser seguido 
e radiografado periodicamente. Os dentes porventura presentes e localizados próximos à 
lesão não devem sofrer tratamento endodôntico por essa razão. Nos casos de 
sintomatologia associada à exposição da lesão ao meio bucal , e conseqüente infecção 
secundária, a terapêutica recomendada é a remoção da massa, diretamente relacionada ao 
problema. Nos casos de massas maiores, por vezes, só a curetagem local associada à 
cobertura por antibiótico é suficiente. As lesões em outros locais, não diretamente 
associadas ao quadro de infecção, não necessitam ser removidas. 
D – Cementoma Gigantiforme (Cementoma Familiar Múltiplo) 
 (*)Embora este tumor não conste da classificação apresentada (Ney Soares de Araújo), 
incluímos agora como conteúdo para o diagnóstico diferencial. É uma massa lobulada, 
densa, altamente calcificada, de cemento quase acelular, tipicamente ocorrendo em várias 
partes dos maxilares. Nas radiografias são observadas densas massas, algumas vezes 
distribuídas mais ou menos simetricamente nos maxilares, suportando a idéia de que elas 
representam alguma forma de displasia ou de anomalia do desenvolvimento. Entretanto, 
o cementoma gigantiforme pode atingir um tamanho considerável, e causar expansão dos 
maxilares. O cementoma gigantiforme é diferente da hipercementose, na qual, 
quantidades anormais de cemento secundário são depositadas de maneira ordenada nas 
razões dos dentes. É preciso também notar que massas similares ao cementoma 
gigantiforme podem ser formadas nos maxilares, em alguns casos da doença de Paget. 
 
ODONTOMA COMPOSTO 
É uma malformação na qual todos os tecidos dentais estão representados de maneira 
muito mais ordenada que no odontoma complexo, de tal forma que a lesão consiste de 
muitas estruturas semelhantes a dentes. Muitos deles assemelham morfologicamente aos 
dentes da dentição normal. A distinção dentre odontoma composto e odontoma 
complexo é arbitrária, sendo baseada mais na preponderância de dentículos bem 
organizados ou de tecidos dentais desorganizados, do que em qualquer diferença absoluta. 
 
ODONTOMA COMPLEXO 
É uma malformação na qual todos os tecidos dentais estão representados, num padrão 
mais ou menos desordenado, mas no qual os tecidos individuais são, principalmente, bem 
formados. A lesão ocorre mais comumente nas regiões de pré ou de molares. A fase de 
crescimento ativo é durante a formação da dentição, e, aqueles casos que causam expansão 
do osso, são usualmente diagnosticados durante as primeiras duas décadas. 
Radiograficamente, a lesão começa como uma área radiolúcida bem definida, na qual há 
progressiva deposição de material radiopaco, de natureza modular. Embora o odontoma 
complexo consista de uma desordenada mistura de tecidos dentais, alguns casos incluem 
estruturas semelhantes a dentes, melhor ordenadas. Já foi dito que é difícil diferenciar o 
odontoma complexo, de um fibroma ameloblástico ou de um fibro-odontoma. O 
odontoma representa um distúrbio de desenvolvimento que se apresenta sob a forma de 
dentículos ou massas, sem formas constituídas de todos os tecidos dentários. Em razão 
dessa apresentação, duas denominações são utilizadas : Odontoma Composto e Odontoma 
CPode haver recorrência do crescimento se o O. Complexo for removido incompletamente, 
durante os estágios iniciais , principalmente no estágio dos tecidos moles, mas nos últimos 
estágios, o crescimento cessa. A obtenção experimental de odontomas em animais por 
traumatismo durante a odontogênese, nos faz admitir que embora o resultado final seja 
sempre uma malformação, no odontoma complexo, o agente deve atuar sobre um dente 
emformação, e no odontoma composto, diretamente sobre a lâmina dentária, resultando 
por essa razão, em múltiplos dentículos. A manifestação clínica mais comum é a de falta 
de um dente que permanece incluso. Aumento de volume local e deslocamento de dentes 
também podem ocorrer. Os Odontomas Compostos ocorrem mais na porção anterior da 
maxila; os Odontomas Complexos ocorrem mais na região posterior dos maxilares. 
Radiograficamente, o Odontoma pode aparecer como lesão radiopaca densa (Odontoma 
Complexo), ou densa não uniforme, revelando múltiplos corpos “semelhantes a dentes”, 
mas, em ambos os casos, a lesão tem um halo ósseo esclerótico ao seu redor. O tratamento 
recomendado para os Odontomas (Composto e Complexo) é a remoção cirúrgica, sendo 
usualmente excelente o prognóstico. 
 
 
 
 
 
	TUMORES ODONTOGÊNICOS

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