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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC 
Campus de Videira 
 
Componente Curricular: Ciência Política 
Professor: João Rudinei Belotto 
Acadêmico (a): Krislen de Fatima Pagliarini 
Turma: 14 – Direito (2020/2) 
 
 
SHORT PAPER 
SISTEMAS ECONÔMICOS 
 Capitalismo, Socialismo e Estado Social Democrático de Direito. 
 
O seguinte trabalho busca por meio de pesquisas e análises, a síntese de 
conceitos e a compreensão quanto aos Sistemas Econômicos presentes no mundo. 
Diante desta perspectiva, serão apresentados os sistemas bases, juntamente com 
suas formulações, características, vantagens e desvantagens. 
Ao longo das décadas, a sociedade seguiu um curso de evolução que 
engloba diversas áreas, paralelo às instituições sociais, como família, escola, 
religião e comunidade, que obtiveram seu desenvolvimento elencando uma série de 
mudanças décadas após décadas, os sistemas também evoluíram. 
Haja vista, que tudo é relacionado com as transformações advindas da 
superação e evolução do homem, as formas de organização econômica surgem, 
ganham força, adeptos e se transformam. No entanto, nenhum país é estritamente 
igual ao outro, sendo assim, as formas de manifestação econômica são divergentes 
em todo o globo. 
Atualmente, os principais Sistemas Econômicos são o Capitalismo, o 
Socialismo e o Estado Social Democrático de Direito. Cada sistema se adequa às 
linhas de princípios e direções que guiam a economia e funcionamento dos Estados. 
Presentes desde muito tempos são alvos de adaptações, portanto, não apresentam 
todas as características originárias. 
O Sistema Capitalista apresenta como principal característica a economia de 
mercado, neste viés é perceptível a grande influência do poder de capital. Aquele 
que possui empresas, matérias primas e/ou meios empregatícios é visto como 
principal responsável por garantir o funcionamento desta organização. Haja vista, 
que é esta classe que oferta emprego aos trabalhadores assalariados, assim o 
capitalismo gira em torno do lucro para o capitalista e do salário ao empregado. 
Neste sentido, o estado é mínimo, sua interferência econômica é nula, e o 
que pregam é a livre iniciativa e a concorrência exacerbada. Para compreender seu 
funcionamento, devemos voltar à atenção para a disputa por melhores colocações 
mercantis e principalmente na oferta e na demanda – quanto mais um produto é 
procurado, sua demanda aumenta e a oferta diminui com o objetivo da elevação 
valorativa, ou a demanda decresce, desvalorizando o produto – ao entendermos 
esta cadeia, fica inerte que o capitalismo põe todas as fichas nas relações 
econômicas de mercado, sendo alvo de crises severas. 
Em contrapartida, o Sistema Socialista tem como principal objetivo a 
igualdade econômica e, para isso o Estado intervêm significativamente na economia, 
se opondo a função liberal presente no Capitalismo, Adriana Maurano (2006), em 
sua explicação a cerca desta organização, declara que “[...] o mercado livre é 
considerado como a origem da desigualdade. Este sistema propõe não somente a 
intervenção do Estado, mas a supressão da liberdade da iniciativa privada e o 
comando do Estado na esfera econômica’’. Assim, a livre iniciativa não é permitida e 
as disputas praticamente inexistentes, favorecendo a unificação econômica, para 
então garantir o controle estatal. 
Esta forma de centralização apresenta desvantagens, como a estrita 
movimentação comercial, a falta de liberdade na criação de empresas, a pouca 
variação em relação a produtos e a comodidade, travando poucas evoluções sociais. 
Podemos elencar, também, que em detrimento de todas estas restrições, o 
Socialismo visa enriquecer o país para posteriormente dividir em igual para a 
população, no entanto muitos indivíduos enriquecem de maneiras corruptas, 
prejudicando os demais. 
Em razão de alguns países, como o Brasil, partirem de pressupostos tanto 
capitalistas como socialistas, se deu o surgimento de um novo sistema, denominado 
de Estado Social Democrático de Direito. As máximas desta estruturação são 
avaliadas como um equilíbrio entre o liberalismo e a unificação econômica, portanto, 
o Estado confere autonomia de mercado, ao mesmo passo que apresenta funções 
controladoras. 
Assim como nos países socialistas, nesta formação, o Estado visa a garantia 
de sistemas básicos de saúde, educação e lazer, porém fornece liberdade para que 
estas funções também sejam desempenhadas por instituições privadas. Por fim, 
este sistema alavancou a fim de sanar as dificuldades advindas dos sistemas bases, 
demonstrando isso, em seu artigo no site JusBrasil, Maurano (2006) usa as falas de 
Rosseti, o qual afirma que o surgimento se deu "exatamente para superar os 
problemas gerados pelos extremos do liberalismo sem planejamento e 
da planificação sem liberdade". 
Por fim, a partir da análise dos sistemas, ficam evidentes as vantagens e 
desvantagens presentes em cada organização. Portanto, em minha concepção, o 
Estado Social Democrático de Direito, apesar de possuir dificuldades de 
condicionamento, apresenta-se como uma alternativa menos invasiva, com 
oportunidades que visam à boa economia tanto para empregadores quanto para 
empregados. Diante disso, o equilíbrio fundado em sua estrutura reflete em uma boa 
gestão, menos suspensa a quebra por crise econômica, buscando não uma 
igualdade utópica, mas meios que possibilitem a ascensão da população como um 
todo. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
MAURANO, Adriana. Sistema e modelo econômico na Constituição de 
1988. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 11, n. 
918, 7 jan. 2006. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/7797. Acesso em: 25 abr. 
2020. 
Sistemas Econômicos/Capitalismo vs Socialismo. Ciências Contábeis, 25 
set. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BcwW5mnXntg. 
Acesso em: 25 abr. 2020. 
https://jus.com.br/artigos/7797/sistema-e-modelo-economico-na-constituicao-de-1988
https://jus.com.br/artigos/7797/sistema-e-modelo-economico-na-constituicao-de-1988
https://jus.com.br/revista/edicoes/2006/1/7
https://jus.com.br/revista/edicoes/2006/1/7
https://jus.com.br/revista/edicoes/2006/1/7
https://jus.com.br/revista/edicoes/2006/1
https://jus.com.br/revista/edicoes/2006
https://www.youtube.com/watch?v=BcwW5mnXntg

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