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MODULO 5 - LEGISLACAO PENAL EXTRAVAGANTE

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06/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/23
 
Organização Criminosa - Lei 12.850/13
 
Caro aluno, você poderá encontrar o texto da Lei 12850/13 no final deste módulo.
 
 
 Conforme dispões a Lei 12.850/13, no artigo 26, está revogada,
em todos os seus dispositivos a Lei 9.034/95, passando a nova lei a regular as
atividades relativas às organizações criminosas.
 
Até o advento da lei 12.694/12 não havia no ordenamento jurídico brasileiro a
definição legal do que pode ser entendido como "organização criminosa", muito
embora tal termo já aparecesse na legislação penal e processual penal.
Em 02 de agosto de 2013 foi publicada a lei 12.850 definindo organização
criminosa e dispondo sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da
prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.
A nova lei resolve uma questão legal e doutrinária muito debatida há anos ao
conceituar organização criminosa em seu art. 1º, §1º como sendo: (vide
comentários da Lei 9034/95, abaixo)
"a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de
obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro)
anos, ou que sejam de caráter transnacional".
Importante ressaltar que a lei 12.850/13 exige a associação de quatro ou
mais pessoas e a prática de infrações penais com pena máxima superior a quatro
anos. Tal mudança é significativa.
Deve ser ressaltando, ainda, que a lei 12.850/13, no artigo 2° tipifica as condutas
de promover, constituir, financiar ou integrar (pessoalmente ou por interposta
pessoa) organização criminosa, assim como os comportamentos de impedir ou de
qualquer forma embaraçar investigação penal que envolva organização criminosa,
punindo tais ações com a mesma pena, ou seja, reclusão, de 3 (três) a 8 (oito)
anos, e multa. Ressalta-se que o dispositivo típico prevê mais de um núcleo, razão
pela qual o crime é classificado como de ação múltipla, operando-se por meio de
ação penal pública incondicionada.
O artigo 2° prevê em seus parágrafos:
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma,
embaraça a investigação de infração penal que envolva organização
criminosa.
http://adm.online.unip.br/blank.htm
06/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/23
§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da
organização criminosa houver emprego de arma de fogo. A natureza
jurídica deste parágrafo é de causa de aumento de pena
§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou
coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique
pessoalmente atos de execução. A natureza jurídica deste parágrafo é
de circunstância agravante
§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): ( a
natureza jurídica deste parágrafo é de causa de aumento de pena)
I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a
organização criminosa dessa condição para a prática de infração
penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no
todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras
organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a
transnacionalidade da organização.
 
Prevê a lei 12.850/13 a chamada "colaboração premiada", dispondo em seu artigo
4º que:
"O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em
até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de
direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a
investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um
ou mais dos seguintes resultados:
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e
das infrações penais por eles praticadas;
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização
criminosa;
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização
criminosa;
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa;
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada".
Tal hipótese de redução de pena ou perdão judicial não chega a ser novidade no
ordenamento jurídico brasileiro, todavia, o §2º do artigo em apreço traz inovação
que, a princípio, se afigura como inconstitucional, senão veja-se:
06/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/23
"§2º. Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a
qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a
manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela
concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha
sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do
Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal)"
De acordo com o referido parágrafo, o delegado de polícia pode, nos autos do
inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, representar ao juiz
pela concessão do perdão judicial ao colaborador.
Tal possibilidade resta clara ao se analisar o conteúdo do §6º que dispõe que:
"o juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia,
o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou,
conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu
defensor".
Assim, de acordo com o texto legal, pode o delegado de polícia formalizar o
acordo de colaboração com o investigado e seu defensor, exigindo-se para tal
apenas a "manifestação do Ministério Público".
A Lei 12.850/13 dispõe também sobre a "ação controlada", definindo-a em seu
art. 8º como o ato de:
"retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por
organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e
acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz
à formação de provas e obtenção de informações".
Para tanto, se faz necessário, nos termos da lei, prévio comunicado ao juiz
competente que, a seu juízo, estabelecerá seus limites e comunicará ao Ministério
Público.
Não se trata de novidade, haja vista que a Lei 9034/95 já se pronunciava neste
sentido, não necessitando, conforme menciona a nova lei, de autorização judicial,
mas apenas prévia comunicação ao juízo.
Esta comunicação deverá ser autuada em apartado, somente tendo acesso aos
autos o Juiz, o Ministério Público e o Delegado de Polícia, até que se efetivem as
diligências justificadamente retardadas pela autoridade policial, evitando-se,
assim, prejuízo para as investigações.
Com relação à infiltração de agentes, a Lei 12.850/13 busca "resolver" questões
debatidas ante a falta de previsão do procedimento a ser realizado para o ato
(tanto na lei 9.034/95, quanto na lei 11.343/06), dispondo, em seu artigo 10,
que:
"Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após
manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de
inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
http://adm.online.unip.br/blank.htm
http://adm.online.unip.br/blank.htm
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§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente,
antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2º Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o
art. 1o e se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis.
§ 3º A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo
de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade".
O texto legal parece levar à conclusão que a infiltração deve ser medida
excepcional, somente podendo ser levada à efeito quanto a prova do fato não
puder ser obtida por outros meios disponíveis. A autoridade judiciária deverá,
então, demonstrar em sua decisão a referida impossibilidade para só então deferir
a realização da medida.
Além disso, somente agentes públicos poderão ser infiltrados, não sendo possível
a utilização de membros da própria organização para a realização de atos
investigatórios.
O parágrafo único do artigo 13 da lei em comento que "não é punível, no âmbito
da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação,
quando inexigível conduta diversa". Assim, cria a lei causa de exclusão da
culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa do agente que, no
desempenho de seu mister venha a contribuir para a prática de crimes.
Por certo, não se fala do próprio crime de integrar organização criminosa, mas de
eventuais delitos que o agente venha a praticar quando "infiltrado", tanto para
obter provas acerca da organização, quanto também para proteger não
comprometer o seu “disfarce” perante os demais membros.
Cabe ressaltar que a inexigibilidade de conduta diversa diz respeito a um
comportamento ilícito que não poderia ser evitado pelo agente ante a situação
fática. Deve-se ressaltar, porém, que a lei impõe que a participação de delitos, por
parte do infiltrado, seja de forma proporcional aos fins da investigação.
Permite ainda a lei 12.850/13 o acesso a dados sem autorização judicial,
prevendo em seu artigo 15 que:
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso,
independentemente de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do
investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições
financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito.
Perceba-se que somente será permitido o acesso a dados cadastrais que digam
respeito à qualificação pessoal, filiação e endereço do investigado, sendo que, com
relação aos demais, necessário se faz prévia autorização judicial.
 
 
 
Comentários da Lei 9034/95, expressamente revogada pela Lei 12.850/13. Tais
comentários servem de suporte histórico interpretativo para futuras ações dos
operadores do direito.
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 Lei 9045/95
Crime Organizado.
 Dispõe sobre a utilização de meios operacionais para
a prevenção e repressão de ações praticadas por organi-
zações criminosas.
 
 Artigo 1º: dispõe que esta lei tem por finalidade regular os
meios investigatórios e procedimentais sobre os crimes resultantes das ações de
quadrilha ou bando.
 obs/ pelo que dispõe a lei, para que haja organização
criminosa, deveremos analisar os requisitos do quadrilha ou bando, previstos no
artigo 288, CP, ou seja, número mínimo de 4 pessoas, vínculo associativo e
finalidade de cometer crimes.
 
 A presente lei e artigo pecam por não apresentarem uma
definição de organização criminosa. Nesse sentido, deve ser mencionado que o
projeto de lei da presente lei 9034, apresentado pelo Deputado Michel Temer,
definia como sendo aquele que demonstrasse estrutura criminal, com uma
atuação sistematizada regional, nacional ou internacional.
 Depois de 5 anos de tramitação no Congresso Nacional, o
referido projeto foi transformado na Lei 9034, mas com inúmeras alterações,
dentre elas a definição apresentada.
 Luiz Flávio Gomes sugere que a organização criminosa fosse
definida em lei como toda associação ilícita que reunisse ao menos 3 das
seguintes características:
a) previsão de acumulação de riqueza indevida;
b) hierarquia funcional;
c) planejamento empresarial;
d) uso de meios tecnológicos sofisticados;
e) recrutamento de pessoas;
f) divisão funcional das atividades;
g) divisão territorial das atividades ilícitas;
h) alto poder de intimidação;
i) conexão local, regional, nacional ou internacional com
outra organização criminosa.
 
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 Artigo 2º: durante a persecução criminal são permitidos os
seguintes procedimentos, além dos já previstos em lei:
 - retardar o flagrante delito para que se concretize no
momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de
informações;
1. Como é sabido, a autoridade policial quando estiver
diante de um flagrante delito tem o dever de efetuar a prisão,
sob pena de ser responsabilizada pela sua desídia. A presente
lei possibilitou à autoridade policial retardar a prisão em
flagrante, sem autorização judicial para tanto, com o objetivo
de aguardar a melhor oportunidade para agir e obter provas
- possibilidade de quebra do sigilo de bancário (mediante autorização judicial – lei
4595/64), fiscal (mediante autorização judicial – art. 198, CTN) – nos dois casos,
somente com aut. Judicial; devendo ser indispensável o meio de prova; devendo
ser individualizado o investigado e o objeto da investigação e as informações
obtidas só podem ser utilizadas na investigação que lhe deu causa, de dados,
além de acesso a informações eleitorais e de documentos (mediante autorização
judicial e só para fins criminais – art. 26, § 3º da Resolução 20132 – TSE).
 Obs/ o sigilo da correspondência do preso pode ser quebrado
inclusive a partir de uma ordem da autoridade administrativa.
 Quanto a quebra do sigilo telefônico temos que sopesar o
seguinte:
 Nenhuma liberdade pública é absoluta, mas relativas, razão
pela qual todo e qualquer sigilo pode ser quebrado.
 Para a quebra do sigilo telefônico a CR já estabelece os
requsitos (nos demais casos: dados e correspondências, legislação infra-
constitucional deverá se manifestar).
 Requisitos da interceptação telefônica:
2. ordem de autoridade judicial;
3. deve ser concedida para investigação criminal
4. somente para os crimes apenados com reclusão
5. a prova deve ser indispensável (não pode ser
substituída por outra)
6. individualização do fato e do investigado
7. detalhado o modo como serão efetuadas as diligências
 Diferença entre interceptação e gravação:
j) interceptação: terceira pessoa grava a conversa dos
interlocutores, que nada sabem disso. Só é admitida com o
preenchimento dos requisitos supra mencionados;
 
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b) gravação telefônica: pode ser feita por um dos
interlocutores ou por terceira pessoa com o conhecimento de
um dos interlocutores (a doutrina chama esse último caso de
escuta telefônica). São consideradas provas ilícitas, não por
ferir o inciso XII da CR, mas sim o X.
 Deferida a interceptação, ela vale pelo prazo de 15 dias,
admitindo a renovação, desde que sejaconsiderada indispensável.
 
 A prova será juntada aos autos ou ao inquérito em apartado e
sempre em caráter sigiloso, sendo o contraditório diferido.
 
 Deve ser salientado, que constitui crime a interceptação sem
autorização judicial ou, quando existir, sem observar os ditames da autorização
concedida.
 Artigo 3º: nos casos em que o sigilo seja preservado pelo CR,
a diligência será realizada pelo juiz pessoalmente. O juiz poderá requisitar auxílio
de pessoas que tenham, em razão da natureza da função, acesso aos objetos do
sigilo.
 Deve ser efetuada uma crítica a esse dispositivo, em função do
fato de subverter o modelo acusatório. Com efeito, se a Carta Política estabeleceu
que o MP e a defesa são funções essenciais da justiça, não há razão em querer
transformar o juiz em inquisidor.
 O juiz lavrará auto circunstanciado da diligência, anexando
cópias autênticas dos doc’s que tiverem relevância probatória.
 Os autos da diligência permanecerão em lugar seguro,
separado dos autos do processo, e só poderão ser compulsados, pelas pessoas
legitimadas na causa, na presença do juiz.
 Os argumentos das partes sobre a diligência serão
apresentados em separados e juntados aos autos da diligência.
 Em caso de recurso, os autos da diligência serão fechados e
lacrados e remetidos ao juízo competente para a revisão. Lá permanecerão com o
juiz relator, que dará vista às partes, na sua presença.
 
 Críticas devem ser efetuadas a esse artigo, pois atribuiu ao
juiz o papel de investigador, quando em verdade deveria ser do Ministério Público,
pois é ele o dominus litis e aquele que supervisionada a atividade policial
 Artigo 4º: a polícia judiciária estruturará equipes
especializadas para o combate à ação de organizações criminosas.
 Artigo 5º: independentemente da identificação civil, os
envolvidos em organizações criminosas serão identificados criminalmente, ou seja,
datiloscopicamente.
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 Obedecendo ao mandamento constitucional que prevê a
vedação da identificação criminal do civilmente identificado, salvo nas hipóteses
excepcionais previstas em lei, veio o presente diploma a possibilitar tal
identificação mesmo quando o acusado venha a se identificar civilmente.
 Artigo 6º: havendo colaboração espontânea (ou seja, deve
partir do agente, não pode ser sugerida) do agente de forma que leve ao
esclarecimento de infrações penais e sua autoria, a pena será reduzida de 1 a2/3.
 É o que denomina delação premiada.
 Havendo delação de um crime hediondo praticado por
organização criminosa teremos uma dupla diminuição de pena – uma decorrente
da Lei 8072 e outra da presente lei.
 Artigo 7º: não será concedida liberdade provisória aos
agentes envolvidos em organizações criminosas.
 Tal qual nos crimes hediondos
 Artigo 8º: prazo para encerramento da instrução processual
para estes crimes é de 81 dias, quando o réu estiver preso, e 120, quando estiver
solto.
 Artigo 9º: o réu não poderá apelar em liberdade.
 Artigo 10: os condenados iniciarão no regime fechado.
 Artigo 11: aplica-se subsidiariamente o CPP, no que não for
incompatível com esta lei.
 
Observação:
 Deve ser observado, paralelamente a essa Lei, que as provas
ilícitas em nosso ordenamento jurídico são inadmissíveis no processo. Isso não
significa que as provas são ordinariamente proibidas, mas se tornam inócuas se
obtidas ilicitamente. Por isso, para a produção de toda e qualquer prova devem
ser observados os ditames legais. As provas ilícitas violam regras de direito
material, enquanto que as ilegítimas as regras de direito processual.
 O STF entende que as provas ilícitas só podem ser admitidas
para beneficiar o réu – ou seja, para provar a sua inocência.
 Provas derivadas das ilícitas – ex/ confissão por meio de
tortura – a partir da confissão a autoridade obtém ordem para apreender doc’s
etc; invasão de domicílio sem mandado – computadores são apreendidos e, a
partir de informações nele constantes, provas começam a ser produzidas
regularmente.
 Isso pode acontecer ?
 Duas são as teorias:
1. teoria dos frutos da árvore envenenada. Segunda a qual
se uma árvore está envenenada, todos os frutos dela
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/23
também estarão. Conseqüentemente, todas as provas
produzidas a partir de uma ilícita também serão consideradas
ilícitas;
2. teoria dos tribunais da Alemanha. A ilicitude de uma
prova não contamina as demais que dela derivam, sendo
considerada ilícita somente a primeira. Haveria
incomunicabilidade da ilicitude
 Atualmente o STF se posiciona na teoria norte-americana,
muito embora já tenha adotado no passado a teoria alemã.
 
Observação II – Infiltração Policial
 Quando a atual lei era ainda um projeto, constava no seu bojo
a possibilidade de policiais se infiltrarem na organização criminosa (sem a
necessidade de autorização judicial, e sendo excluída a ilicitude dos crimes que o
policial viesse a cometer no exercício de tais funções).
 Esse dispositivo foi vetado exatamente por não exigir a
autorização judicial e por barrar a responsabilização do policial
 
Observação III – Proteção à Testemunha
 A Lei 9807/99 instituiu a proteção especial à vítima e à
testemunha que estejam sendo coagidas ou expostas a grave ameaça em razão
de colaborarem com o investigação.
 O programa é levado a cabo no âmbito das respectivas
competências jurisdicionais. Assim, matéria de competência federal, cabe à União
– do Estado, cabe ao Estado-membro.
 A proteção pode ser estendida a familiares, sempre com a
manifestação do MP.
 O programe prevê:
a) segurança na residência;
b) transferência de residência;
c) preservação da identidade;
d) ajuda financeira mensal, quando houver impedimento de
trabalhar;
e) suspensão da atividade, quando func. públ., sem
prejuízo dos vencimentos;
f) apoio e assistência médica etc
g) sigilo dos atos praticados
 
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 O diploma em questão limitou a proteção pelo prazo de 2
anos, mas pode ser estendido esse prazo.
 Em São Paulo, esse programa recebeu o nome de Provita/SP
(Programa Estadual de Proteção às Testemunhas).
 
 
Lei12850/13
 
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Art. 1o Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação
criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o
procedimento criminal a ser aplicado.
§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda
que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximassejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
§ 2o Esta Lei se aplica também:
I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no
estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas internacionais, reconhecidas segundo as normas
de direito internacional, por foro do qual o Brasil faça parte, cujos atos de suporte
ao terrorismo, bem como os atos preparatórios ou de execução de atos
terroristas, ocorram ou possam ocorrer em território nacional.
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta
pessoa, organização criminosa:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas
correspondentes às demais infrações penais praticadas.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a
investigação de infração penal que envolva organização criminosa.
§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização
criminosa houver emprego de arma de fogo.
§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da
organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
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I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa
dessa condição para a prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte,
ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações
criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da
organização.
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra
organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se
fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a
perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o
exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao
cumprimento da pena.
§ 7o Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta
Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao
Ministério Público, que designará membro para acompanhar o feito até a sua
conclusão.
CAPÍTULO II
DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS DE OBTENÇÃO DA PROVA
Art. 3o Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de
outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:
I - colaboração premiada;
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
III - ação controlada;
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais
constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou
comerciais;
V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da
legislação específica;
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação
específica;
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e
municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da
instrução criminal.
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§ 1o Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade
investigatória, poderá ser dispensada licitação para contratação de serviços
técnicos especializados, aquisição ou locação de equipamentos destinados à
polícia judiciária para o rastreamento e obtenção de provas previstas nos incisos II
e V. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 2o No caso do § 1o, fica dispensada a publicação de que trata o parágrafo único
do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, devendo ser comunicado o
órgão de controle interno da realização da contratação. (Incluído pela Lei nº
13.097, de 2015)
Seção I
Da Colaboração Premiada
Art. 4o O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial,
reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por
restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com
a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha
um ou mais dos seguintes resultados:
I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e
das infrações penais por eles praticadas;
II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização
criminosa;
III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização
criminosa;
IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa;
V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
§ 1o Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade
do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social
do fato criminoso e a eficácia da colaboração.
§ 2o Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a
qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a
manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela
concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha
sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do
Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).
§ 3o O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao
colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual
período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o
respectivo prazo prescricional.
§ 4o Nas mesmas hipóteses do caput, o Ministério Público poderá deixar de
oferecer denúncia se o colaborador:
I - não for o líder da organização criminosa;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art158
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art61
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm#art158
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm#art28
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II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.
§ 5o Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a
metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos
objetivos.
§ 6o O juiz não participará das negociações realizadas entre as partes para a
formalização do acordo de colaboração, que ocorrerá entre o delegado de polícia,
o investigado e o defensor, com a manifestação do Ministério Público, ou,
conforme o caso, entre o Ministério Público e o investigado ou acusado e seu
defensor.
§ 7o Realizado o acordo na forma do § 6o, o respectivo termo, acompanhado das
declarações do colaborador e de cópia da investigação, será remetido ao juiz para
homologação, o qual deverá verificar sua regularidade, legalidade e
voluntariedade, podendo para este fim, sigilosamente, ouvir o colaborador, na
presença de seu defensor.
§ 8o O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos
requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto.
§ 9o Depois de homologado o acordo, o colaborador poderá, sempre
acompanhado pelo seu defensor, ser ouvidopelo membro do Ministério Público ou
pelo delegado de polícia responsável pelas investigações.
§ 10. As partes podem retratar-se da proposta, caso em que as provas
autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser utilizadas
exclusivamente em seu desfavor.
§ 11. A sentença apreciará os termos do acordo homologado e sua eficácia.
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão judicial ou não denunciado, o colaborador
poderá ser ouvido em juízo a requerimento das partes ou por iniciativa da
autoridade judicial.
§ 13. Sempre que possível, o registro dos atos de colaboração será feito pelos
meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar,
inclusive audiovisual, destinados a obter maior fidelidade das informações.
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu
defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a
verdade.
§ 15. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o
colaborador deverá estar assistido por defensor.
§ 16. Nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas
declarações de agente colaborador.
Art. 5o São direitos do colaborador:
I - usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica;
II - ter nome, qualificação, imagem e demais informações pessoais preservados;
III - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e partícipes;
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IV - participar das audiências sem contato visual com os outros acusados;
V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser
fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito;
VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou
condenados.
Art. 6o O termo de acordo da colaboração premiada deverá ser feito por escrito e
conter:
I - o relato da colaboração e seus possíveis resultados;
II - as condições da proposta do Ministério Público ou do delegado de polícia;
III - a declaração de aceitação do colaborador e de seu defensor;
IV - as assinaturas do representante do Ministério Público ou do delegado de
polícia, do colaborador e de seu defensor;
V - a especificação das medidas de proteção ao colaborador e à sua família,
quando necessário.
Art. 7o O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído,
contendo apenas informações que não possam identificar o colaborador e o seu
objeto.
§ 1o As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente
ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas.
§ 2o O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado
de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao
defensor, no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que
digam respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de
autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento.
§ 3o O acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a
denúncia, observado o disposto no art. 5o.
Seção II
Da Ação Controlada
Art. 8o Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou
administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e
obtenção de informações.
§ 1o O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente
comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e
comunicará ao Ministério Público.
§ 2o A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter
informações que possam indicar a operação a ser efetuada.
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§ 3o Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao
Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das
investigações.
§ 4o Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação
controlada.
Art. 9o Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento
da intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a
cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou
destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto,
objeto, instrumento ou proveito do crime.
Seção III
Da Infiltração de Agentes
Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação,
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após
manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de
inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.
§ 1o Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente,
antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 2o Será admitida a infiltração se houver indícios de infração penal de que trata o
art. 1o e se a prova não puder ser produzida por outros meios disponíveis.
§ 3o A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo
de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade.
§ 4o Findo o prazo previsto no § 3o, o relatório circunstanciado será apresentado
ao juiz competente, que imediatamente cientificará o Ministério Público.
§ 5o No curso do inquérito policial, o delegado de polícia poderá determinar aos
seus agentes, e o Ministério Público poderá requisitar, a qualquer tempo, relatório
da atividade de infiltração.
Art. 11. O requerimento do Ministério Público ou a representação do delegado de
polícia para a infiltração de agentes conterão a demonstração da necessidade da
medida, o alcance das tarefas dos agentes e, quando possível, os nomes ou
apelidos das pessoas investigadas e o local da infiltração.
Art. 12. O pedido de infiltração será sigilosamente distribuído, de forma a não
conter informações que possam indicar a operação a ser efetivada ou identificar o
agente que será infiltrado.
§ 1o As informações quanto à necessidade da operação de infiltração serão
dirigidas diretamente ao juiz competente, que decidirá no prazo de 24 (vinte e
quatro) horas, após manifestação do Ministério Público na hipótese de
representação do delegado de polícia, devendo-se adotar as medidas necessárias
para o êxito das investigações e a segurança do agente infiltrado.
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§ 2o Os autos contendo as informações da operação de infiltração acompanharão
a denúncia do Ministério Público, quando serão disponibilizados à defesa,
assegurando-se a preservação da identidade do agente.
§ 3o Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre risco iminente, a
operação será sustada mediante requisição do Ministério Público ou pelo delegado
de polícia, dando-se imediata ciência ao Ministério Público e à autoridade judicial.
Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade
com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados.
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo
agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.
Art. 14. São direitos do agente:
I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada;
II - ter sua identidade alterada, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 9o
da Lei no 9.807, de 13 de julho de 1999, bem como usufruir das medidas de
proteção a testemunhas;
III - ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informaçõespessoais preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se
houver decisão judicial em contrário;
IV - não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios
de comunicação, sem sua prévia autorização por escrito.
Seção IV
Do Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos e Informações
Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Público terão acesso,
independentemente de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do
investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o
endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições
financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito.
Art. 16. As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 5 (cinco) anos,
acesso direto e permanente do juiz, do Ministério Público ou do delegado de
polícia aos bancos de dados de reservas e registro de viagens.
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5
(cinco) anos, à disposição das autoridades mencionadas no art. 15, registros de
identificação dos números dos terminais de origem e de destino das ligações
telefônicas internacionais, interurbanas e locais.
Seção V
Dos Crimes Ocorridos na Investigação e na Obtenção da Prova
Art. 18. Revelar a identidade, fotografar ou filmar o colaborador, sem sua prévia
autorização por escrito:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9807.htm#art9
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Art. 19. Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração com a Justiça, a prática
de infração penal a pessoa que sabe ser inocente, ou revelar informações sobre a
estrutura de organização criminosa que sabe inverídicas:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam a
ação controlada e a infiltração de agentes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, registros, documentos e informações
requisitadas pelo juiz, Ministério Público ou delegado de polícia, no curso de
investigação ou do processo:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, de forma indevida, se apossa,
propala, divulga ou faz uso dos dados cadastrais de que trata esta Lei.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais conexas serão
apurados mediante procedimento ordinário previsto no Decreto-Lei nº 3.689, de 3
de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), observado o disposto no
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada em prazo razoável, o
qual não poderá exceder a 120 (cento e vinte) dias quando o réu estiver preso,
prorrogáveis em até igual período, por decisão fundamentada, devidamente
motivada pela complexidade da causa ou por fato procrastinatório atribuível ao
réu.
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial
competente, para garantia da celeridade e da eficácia das diligências
investigatórias, assegurando-se ao defensor, no interesse do representado, amplo
acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de
defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes
às diligências em andamento.
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor terá
assegurada a prévia vista dos autos, ainda que classificados como sigilosos, no
prazo mínimo de 3 (três) dias que antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a
critério da autoridade responsável pela investigação.
Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:
“Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de
cometer crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art288.
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Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se
houver a participação de criança ou adolescente.” (NR)
Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 342. ...................................................................................
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
..................................................................................................” (NR)
 
 
Exercício 1:
Com fulcro na Lei 12850/13, considera-se organização criminosa a associação de:
A)
a) 3 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
B)
b) 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
C)
c) 5 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
D)
d) 6 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente, vantagem de qualquer natureza,
E)
e) várias pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art342pena
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indiretamente, vantagem de qualquer natureza.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) A RESPOSTA B é a correta, conforme previsto na Lei 12.850/ 1 3, no artigo 26,
está revogada, em todos os seus dispositivos a Lei 9. 034/95, passando a nova lei
a regularas atividades relativas às organizações criminosas. Até o advento da lei
12.694/ 12 não havia no ordenamento jurídico brasileiro a definição legal do que
pode ser entendi do como "organização criminosa", muito embora tal termo já
apare cesse na legislação penal e processual penal . Em 02 de agosto de 2013 foi
publicada a lei 12.850 definindo organização criminosa e dispondo sobre a
investigação criminal , os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas
e o procedimento criminal a ser aplicado. A nova lei resolve uma questão legal e
doutrinária muito de bati da há anos ao conceituar organização criminosa em se u
art. 1º, §1º como sendo: "a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
informalmente , com objetivo de obter, direta ou indiretamente , vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas
sejam superiores a 4 ( quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional ".
Importante ressaltar que a lei 12.850/13 exige a associação de quatro ou mais
pessoas e a prática de infrações penai s com pena máxi ma superior a quatro
anos . Tal mudança é significativa.
Exercício 2:
O conceito de organização criminosa, previsto na Lei ‘1850/13, estabelece que
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a _______
anos, ou que sejam de caráter transnacional.
A)
2
B)
3
C)
4
D)
8
E)
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12
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) A RESPOSTA C é correta, vem previsto no art. 1º, §1º da Lei 12. 850 a
seguinte definição: §1º Considera-se organização criminosa a associação de 4
(quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou
indiretamente , vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações
penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 ( quatro) anos, ou que sejam
de caráter transnacional.
Exercício 3:
Considere as afirmações com relação a Lei 12850/13:
I – Esta Lei não se aplica às infrações penais previstas em tratado ou convenção
internacional quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse
ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II – incide nas penas do artigo 2o quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação
de infração penal que envolva organização criminosa
III – conforme dispõe o § 4o , do artigo 2o , a pena é aumentada de 1/6 (um
sexto) a 2/3 (dois terços) se há participação de idosos
 
Diante das as assertivas, é certo afirmar:
A)
somente a I é correta
B)
somente a II é correta
C)
somente a III é correta
D)
todas são corretas
E)
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todas são incorretas
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) A RES POS TA B é corre ta. A afi rmativ a I está in corre ta, poi s o Art. 1° da
Lei 12. 850/13 e m se u § 2° pre v ê que se apl i ca també m: I - às infraçõe s pe
nai s pre vi stas e m tratado ou conve nção i nte rnaci onal quando, ini ciada a e
xe cução no País, o res ul tado tenha ou de ve sse te r o corrido no estrangei ro,
ou reci procame nte ; A afi rmati v a II e s tá corre ta, poi s o Art. 2° d a Le i
12.85 0/13 e m se u § 1° pre v ê: § 1° Nas me smas pe nas i ncorre qu em
impede ou, de qual qu e r f orma, e mb araça a i nve sti gação de inf ração pe nal
qu e en volva organi zação cri minos a, e ; A afi rmati va III es tá i ncorre ta, poi
s o Art. 2° da Lei 12.850/13 e m seu § 4° pre vê : § 4° A pe na é aume n tada d
e 1/ 6 ( um sex to) a 2/3 (doi s te rços) : I - se há parti cip ação de cri ança ou
adoles ce nte ; II - se há co ncurso de fun cionári o públi co, val endo- se a organi
zação criminosa de ssa condi ção para a prática de inf ração pe nal; II I - se o
produto ou provei to da i nf ração pe nal de s ti nar- se , no todo ou em parte, ao
ex te ri or; IV - se a o rgani z ação crimi nos a manté m co nex ão com outras
organi zaçõe s cri mi n osas ind epen de n te s; V - se as ci rcunstânci as do f ato
e vi de nciare m a transnaci onali d ade da organi zação.
Exercício 4:
Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz
determinar:
A)
sua demissão sumária a bem do serviço público
B)
sua remoção
C)
sua transferência
D)
sua moção
E)
seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
D) A RES POS TA D é corre ta. Ve m prev isto no Art. 2° da Lei 12.850/ 1 3 e m
se u § 6° que : “Se houv e r i ndícios sufi ci entes de que o A condenação com
trânsi to em jul gado acarretará ao f uncionário públ i co a pe rda do cargo,
função, e mpre go ou mand ato e leti vo e a i nte rdi ção para o e xe rcício de fu
nção ou cargo públ i co pel o prazo de 8 (oi to) anos subse que nte s ao cump ri
me nto da pena”.
E) A RES POS TA E é co rre ta. V em previsto no Art. 2° da Lei 12.85 0/13 e m se
u § 5° que : “Se houv e r i ndícios sufi ci entes de que o fu ncion ário públi co i n
te gra organi zação cri minos a, po de rá o j uiz de te rmi nar se u af astamento
caute l ar do cargo, emp rego ou f u nção, se m pre juízo da re mun e ração,
quando a me di da se fi ze r nece ssári a à i nve sti gação ou i nstrução
Exercício 5:
A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público (organização criminosa):
 
A)
a interdição temporária de direitos
 
B)
a suspensão para o exercício do cargo, função, emprego ou mandato eletivo
C)
a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo, somente
D)
a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo
público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena
E)
nenhuma das anteriores
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
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Comentários:
D) A RES POS TA D é corre ta. Ve m prev isto no Art. 2° da Lei 12.850/ 1 3 e m
se u § 6° que : “Se houv e r i ndícios sufi ci entes de que o A condenação com
trânsi to em jul gado acarretará ao f uncionário públ i co a pe rda do cargo,
função, e mpre go ou mand ato e leti vo e a i nte rdi ção para o e xe rcício de fu
nção ou cargo públ i co pel o prazo de 8 (oi to) anos subse que nte s ao cump ri
me nto da pena”.

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