Buscar

DA PRESCRIÇÃO PENAL NO VIGENTE CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

DA PRESCRIÇÃO PENAL NO VIGENTE CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
1. Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
	Dispõe o art. 109 do Código Penal Brasileiro:
“A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1° do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; 
III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
Parágrafo único. Aplicam-se às penas privativas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.” (BRASIL, 1941)
	Segundo Rogério Sanches Cunha, “a prescrição é a perda, em face do decurso do tempo, do direito de o Estado punir ou executar uma punição já imposta.” (CUNHA, 2016, p. 317). Fala-se, então, de um limite no tempo do poder punitivo estatal. A decadência, a prescrição e a perempção, mesmo que sejam causas extintivas da punibilidade, são institutos que não se confundem. 
	Tendo o Estado a tarefa de buscar a punição do delinquente, deve dizer até quando essa punição lhe interessa (não podendo eternizar o direito de punir). Eis a finalidade do artigo em discussão, que regulamenta a prescrição da pretensão punitiva em abstrato (ou propriamente dita). 
	Não sendo exato o quantum (ou tipo) da pena que será fixada pelo juiz na sentença, o prazo prescricional é resultado da combinação da pena máxima prevista abstratamente no tipo imputado ao agente e a escala do art. 109. 
	Na busca da pena máxima abstrata (norte do prazo prescricional em estudo), consideram-se as causas de aumento ou de diminuição da pena, com exceção do concurso formal e do crime continuado. Nessas duas hipóteses, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente (CPB, art. 109). Desprezam-se, em regra, as agravantes e atenuantes, levando-se em conta apenas a menoridade (art. 65, I) e a senilidade (art. 65, I), nos termos do disposto no artigo 115. 
	Reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, eis as suas consequências: 
a) Desaparece para o Estado seu direito de punir, tornando inviável qualquer análise do 	mérito;
b) Eventual sentença condenatória provisória é rescindida, não se operando qualquer efeito (penal ou extrapenal); 
c) O acusado não será responsabilizado pelas custas processuais. 
d) Terá direito a restituição integral da fiança, se a houver prestado. 
	Diante disso, quando começa a contagem do prazo prescricional?
	
	Dispõe o art. 111 que a prescrição em estudo começa a correr: 
	I – do dia em que o crime se consumou, lembrando que o prazo é penal (art. 10 do CP), computando-se o dia do início e excluindo-se o do fim; 
	II – no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa (do último ato da execução);
	III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
	IV – nos crimes de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assento de registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido;
	V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. Se, todavia, ocorrer a morte da vítima, a prescrição começa a correr da morte, não de quando se completariam os dezoito anos. 
	A prescrição pode ser suspensa (art. 116, I e II, do CP) e interrompida nas hipóteses do art. 117, incisos I a IV. 
2. Prescrição depois de transitar em julgado a sentença
	Ainda segundo o autor Rogério Sanches Cunha, podemos entender que a prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória vem tratada no art. 110, caput, do Código Penal. 
	Trata-se de prescrição de pena em concreto (pena efetivamente imposta), que pressupõe sentença condenatória com trânsito em julgado para ambas as partes (decisão definitiva, irrecorrível) e que se verifica dentro dos prazos estabelecidos pelo art. 109, os quais são aumentados de um terço, se o condenado é reincidente. 
	No entendimento de Guilherme de Souza Nucci (2017), este autor colabora para o esclarecimento do conceito de prescrição da pretensão executória ao afirmar que ela 
“é a perda do direito de punir do Estado, levando-se em consideração a pena aplicada na sentença condenatória (ou acórdão), mas ainda não executada, em virtude de determinado lapso temporal. Baseia-se, pois, na pena concreta para o Estado (art. 110, § 1°, CP).” (NUCCI, 2017, p. 572).
	Reconhecida a prescrição da pretensão executória (PPE), extingue-se a pena aplicada, sem, contudo, rescindir a sentença condenatória (que produz efeitos penais e extrapenais. Exemplo: reincidência). 
	Dispõe o artigo 112 que esta prescrição é contada: 
a) Do dia em que transita em julgado a sentença condenatória para a acusação;
b) Do dia em que foi revogado o sursis ou o livramento condicional;
c) Do dia em que o preso evadiu-se do cárcere, em caso de evasão (para este caso, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena, conforme art. 113 do CP.)
	Finalmente, a prescrição da pretensão executória pode ser suspensa (art. 116, parágrafo único) e interrompida nas hipóteses do art. 117, incisos V e VI. 
3. Prescrição superveniente ou intercorrente
	Dispõe o art. 110, § 1°: “A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido ser seu recurso, regula-se pela plena aplicada.” 
	
	Embora essa disposição esteja no art.110, que trata da prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória, essa prescrição, às vezes denominada intercorrente, refere-se à pretensão punitiva. Chega-se a essa conclusão não só pelo histórico de modificações legislativas e jurisprudenciais, como também pelo que está exposto no art. 109. Este artigo fixa o máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime com base para o cálculo da prescrição antes de transitar em julgado a sentença, salvo o disposto nos §§ 1° e 2° do art. 110. Infere-se que a prescrição da pretensão punitiva (antes de transitar em julgado a sentença), na hipótese de sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu recurso, tem por base para o cálculo a pena aplicada na sentença. 
	Assim, aplicada a pena na sentença e não havendo recurso da acusação e não havendo recurso da acusação, a partir da data da publicação da sentença começa a correr o prazo da prescrição intercorrente, com prazo calculado sobre essa pena concretizada. Executa-se a prescrição da pretensão punitiva, ou prescrição intercorrente, ao escoar-se esse período antes do trânsito em julgado para a defesa ou do julgamento de eventual recurso interposto pelo réu. Portanto, pode ocorrer a prescrição intercorrente durante a tramitação do recurso especial e do recurso extraordinário. 
	Além disso, com base na falta de interesse de agir e para evitar desgaste do prestígio da Justiça Pública, também se tem afirmado que a prescrição referida no art. 110, § 1°, do Código Penal, poder ser reconhecida antecipadamente, considerada a pena em perspectiva, tendo em vista as circunstâncias do caso concreto em que se antevê uma pena que certamente levaria à prescrição. Porém, nossos tribunais, entendendo que não é possível falar-se em prescrição com fundamento em pena aplicada, por simples presunção, quando ainda não há sentença, não tem admitido tal interpretação. 
4. Prescrição retroativa
	Segundo a definição dada por Guilherme de Souza Nucci (2017, p. 575), a prescrição retroativa “é a prescrição da pretensão punitiva com base na pena aplicada, sem recurso da acusação, ou improvido deste, levando-se em conta prazo anteriorà própria sentença.”
	Diante da força da Lei 7.209/84, deu-se a essa espécie de prescrição maior amplitude, determinando-se expressamente que a prescrição, com base na pena em concreto e atingindo a pretensão punitiva, “pode ter por termo inicial data anterior à do recebimento da denúncia ou da queixa” (art. 110, § 2°, do Código Penal). Assim, não havendo recurso da acusação, ocorre a prescrição da pretensão punitiva, com fundamento no prazo calculado sobre a pena aplicada, se decorreu esse prazo entre a data do fato e do recebimento da denúncia, ou entre esta e a data da sentença condenatória. Como o aumento de um terço no prazo da prescrição está previsto no art. 110, incide ele no caso da prescrição intercorrente ou retroativa quando o acusado foi considerado reincidente. É o que decidiu o STJ. Pendente apelo da acusação objetivando a majoração da pena, influente no prazo prescricional, é impossível cogitar-se da prescrição pela pena concretizada antes do julgamento do recurso. 
	A prescrição pode operar-se: entre a data do fato e a do recebimento da denúncia, entre a data do recebimento da denúncia e a da sentença condenatória; entre a data da sentença condenatória e a do julgamento da apelação ou do eventual recurso extraordinário (já que a confirmação da sentença condenatória não é interruptiva da prescrição). 
	Não obriga a lei, para o reconhecimento da prescrição retroativa, que o réu recorra da decisão, podendo ser declarada a extinção da punibilidade em revisão ou pedido de habeas corpus. 
	Anulada a sentença em recurso exclusivo da defesa, a prescrição continua a ser contada com base na pena em concreto de decisão anulada, uma vez que, vigindo o princípio que proíbe a reformatio in pejus, não poder ser ela aumentada. 
	O recurso da acusação deve ser sempre apreciado ao mérito, mas, se improvido, a Superior Instância declarará a prescrição da pretensão punitiva sem o exame do mérito do recurso da defesa, pois a extinção da punibilidade, na espécie, é a mais ampla possível. 
5. Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível
	Sobre este instituto, Rogério Sanches Cunha (2016, p. 329) afirma que “o termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível vem regulado nos incisos I e II do art. 112 do Código Penal.”
	Dessa forma, estabelece o inciso I que a prescrição da condenação começa a correr do dia em que passa em julgado a sentença condenatória, ou a que revoga a suspensão condicional da pena, ou o livramento condicional. 
	Nos termos do art. 593 do Código de Processo Penal, a apelação deve ser interposta no prazo de cinco dias, a partir da intimação da sentença condenatória. Se a parte intimada não recorreu, passa em julgado, para essa parte, a sentença. Contudo, se o Ministério Público não recorreu no prazo de 5 dias, consoante o que estabelece o art. 598 do Código de Processo Penal, a parte ofendida pode recorrer dentro do prazo de 15 dias após o término do prazo para recurso do MP. Neste caso, a sentença passa em julgado, tornando-se irrecorrível, vinte dias após a intimação daquele órgão. 
	No entanto, havendo recurso, passa em julgado a sentença na mesma data em que o acórdão confirmando a condenação se tornou irrecorrível, isto é, dois dias após sua publicação, prazo em que poderão ser opostos embargos. Em caso de oposição de embargos, a sentença torna-se irrecorrível após o julgamento desses. 
	Decidiu o STF que o recurso extraordinário inadmissível, isto é, que teve o seguimento negado na origem, não obsta a formação da coisa julgada: “Ademais, não procede a alegada ocorrência da extinção da punibilidade pela prescrição, tendo em vista que o recurso extraordinário manifestamente inadmissível não obsta a formação da coisa julgada. Nessa linha, confira-se o HC 86.125, julgado sob relatoria da Ministra Ellen Gracie, assim ementado: ‘HABEAS CORPUS. PRESCRIÇÃO PENAL. PRETENSÃO PUNITIVA. RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO INDEFERIDOS. AGRAVOS IMPROVIDOS. 1. Não tendo fluído o prazo de dois anos (CP, art. 109, VI) entre os vários marcos interruptivos (data do crime, recebimento da denúncia e sentença condenatória recorrível) e sobrevindo acórdão confirmatório da condenação, antes do decurso do período fixado em lei, está exaurida a chamada prescrição da pretensão punitiva. 2. Recursos especial e extraordinário indeferidos na origem, porque inadmissíveis, em decisões mantidas pelo STF e pelo STJ, não tendo o condão de empecer a formação da coisa julgada. 3. HC indeferido.’” (ARE 86261/SP, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, DJe 14/09/2005). 
	A suspensão condicional da pena e o livramento condicional são incidentes da execução penal e, durante estes incidentes, não corre a prescrição. Porém, revogado um desses benefícios, conforme o estabelecido no art. 112, inciso I, segunda parte, a prescrição começa a correr a partir do dia em que passa em julgado a sentença revocatória. 
	Por fim, o inciso II do art. 112 estatui que a prescrição da condenação começa a correr do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo de interrupção deva computar-se na pena. Por exemplo, fugindo o réu, a prescrição começa a correr a partir do dia de sua fuga, considerando o restante da pena a cumprir. 
6. Redução dos prazos prescricionais
	Dispõe o artigo 115 do Código Penal: “São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos.” (BRASIL, 1941). 
	Ratificando a literalidade do supracitado dispositivo da legislação penal, Rogério Sanches Cunha (2016, p. 333), afirma que 
“o art. 115 do Código Penal cuida da chamada prescrição reduzida, estabelecendo que os prazos da prescrição são reduzidos de metade caso o criminoso seja, ao tampo do crime, menor de vinte e um anos, ou, na data da sentença, maior de setenta anos.” (CUNHA, 2016, p. 333)
	Nesse sentido, com caráter explicitamente humanista, baseia-se este dispositivo na possibilidade de modificação da personalidade do agente que, no caso de menor de 21 (vinte e um) anos, ainda não atingiu a maturidade mental (e, por esse motivo, talvez tenha se tornado infrator), e, no caso de maior de 70 (setenta anos), aproxima-se da caducidade. 
	Ambos os benefícios permanecem vigentes, sem alteração, mesmo com o advento do Código Civil de 2002 (este diploma legal alterou a maioridade civil para 18 anos) e do Estatuto do Idoso (assim considerado todo indivíduo que tenha idade igual ou superior a 60 anos). 
	O presente artigo aplica-se a todos os prazos prescricionais (inclusive aqueles previstos em legislação especial). 
	Prevalecendo-se o agente das mesmas circunstâncias de tempo, local e modo de execução (art. 71 do Código Penal), praticando vários crimes da mesma espécie, sendo alguns antes dos vinte e um anos do criminoso e outros depois, a redução só incidirá nos crimes cometidos antes da maioridade (art. 119 do CP). Já no caso de crime permanente, iniciado na menoridade e terminado na maioridade, não se reduz o prazo prescricional. 
	Por seu turno, Júlio Fabbrini Mirabete (2002, p. 406) dá outras importantes informações sobre a redução do prazo prescricional ao afirmar que
“Já se decidiu, por interpretação mais favorável ao acusado, que deve ser reconhecida a prescrição, pela redução de prazo, no julgamento da apelação, quando o réu completou 70 anos enquanto pendente de julgamento seu recurso. O STF também entendeu que a idade deve ser considerada até o último provimento judicial, ocorrendo a prescrição se foi alcançado o limite previsto em lei antes da decisão de segunda instância, porque esta substitui a sentença, quer a confirme, quer a reforme.” (MIRABETE, 2002, p. 406)
	Nesse contexto, no tocante à prova da menoridade para os efeitos da redução do prazo prescricional é predominante o entendimento, principalmente o do Supremo Tribunal Federal, que deve ser apresentada certidão de nascimento ou documento de mesma espécie. 
	Decidiu-se, porém, que é suficiente qualquer provaidônea, e mesmo que é dispensável prova documental quando a idade declarada pelo réu foi aceita sem contestação, no curso processual. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, todavia, “para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil.” (Súmula 74)
	
REFERÊNCIAS:
CUNHA, Rogério Sanches. Código Penal Para Concursos. Salvador: Editora Juspodivm, 2016, 9ª edição.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal Parte Geral – Arts. 1° a 120 do CP, 18ª edição revista e atualizada até 31 de dezembro de 2001. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2002.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 18° edição revista, atualizada e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2017.

Outros materiais