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Psicologia, gestão e R.S.E

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SUMÁRIO
1- Introdução ............................................................................03
2- Origem e história da R.S.E ..................................................03
3- Origem da R.S.E no Brasil....................................................05
4- Conceito de R.S.E..................................................................05
5- R.S.E, Marketing Empresarial e Marketing Social..............06
6- Unilever, um exemplo de R.S.E............................................07
7- Conclusão..............................................................................08
8- Bibliografia.............................................................................09
Introdução
A presente pesquisa visa demonstrar como ocorreu o processo de instauração da Responsabilidade Social das empresas no mundo, inclusive no Brasil, sua evolução e seu conceito, por meio de exposição didática e fundamentada em dados históricos e literatura acerca do tema, passando desde as formas de R.S.E como atos filantrópicos baseada na racionalidade do indivíduo até as modernas concepções. Apresenta surgimento da R.S.E no brasil, bem como seu conceito diferenciando do marketing empresarial e por fim apresenta um caso de R.S.E de uma empresa conhecida mundialmente.
Desenvolvimento
1- Origem e história do Surgimento da R.S.E 
Atualmente muito se tem falado por parte das empresas sobre responsabilidade social. Entretanto, para poder entender o que é responsabilidade social empresarial precisamos entender como ela surgiu e em qual período histórico isso ocorreu. 
Durante o período da Revolução industrial que ocorreu no século XVIII, na Europa, o mundo passava por diversas mudanças, pois a maior parte da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia, o trabalho artesanal dominava todo o processo produtivo daquela época. Apesar da maior parte da produção de produtos dos países europeus ser artesanal, países como Inglaterra possuíam manufaturas, que eram grandes oficinas onde artesãos realizavam trabalhos manuais porém subordinados ao proprietário da manufatura. Com o avanço das tecnologias, o acumulo de capitais pela burguesia e fenômenos como o cercamento dos campos, que levaram os trabalhadores para as áreas urbanas foi se estabelecendo a economia de mercado, bem como o sistema capitalista. O marco da industrialização foi o surgimento da máquina de vapor onde a indústria passa a dominar a economia impulsionando a urbanização e o crescimento econômico. Esse processo modificou também as relações sociais e econômicas, havendo aumento da divisão de trabalho e aumento da produtividade. Longas jornadas de trabalho, ambientes insalubres, ausência da preocupação com aspectos físicos e psicológicos dos trabalhadores foram as primeiras contradições envolvendo a atuação empresarial, juntando a isso o fato das industrias usarem muitos recursos naturais não renováveis, devido a grande demanda de matéria prima daquela época. No Brasil o processo de industrialização começou no período imperial, porém foi na primeira república que ela começou a se expandir, chegando a produção de bens de consumo.
A partir dos resultados da Revolução industrial, com a degradação do meio ambiente e da vida humana pelo trabalho, foram surgindo novas reflexões sobre o papel da empresa frente as obrigações legais, ambientais e sociais de maneira geral.
Nesse contexto histórico foram difundidas as primeiras intervenções sociais, porém estas não estavam relacionadas diretamente as empresas e sim estavam ligadas as reflexões sociais dos empresários e gerentes sobre os valores considerados éticos pela sociedade, portanto a racionalidade da ação social partia da ponderação pessoal do gerente ou administrator a respeito da pertinência daquela intervenção para o negócio da empresa, ou seja o que identifica a passagem da responsabilidade social da era antiga para a moderna é a passagem da ética do indivíduo para a ética empresarial. 
Da revolução industrial até os dias atuais, a R.S.E percorreu um longo caminho, num primeiro momento a responsabilidade social é pautada em intervenções com caráter individual e involuntário, materializando em sua maioria, por meio de filantropia, onde empresários efetuavam doações ou criavam fundações. Nesse primeiro momento destaca-se Robert Owen (1771-1858), empresário do ramo da indústria têxtil, que se preocupou com questões sanitárias e de educação de seus funcionários e repudiou o trabalho infantil (DIAS, 2012). Diversos empresários americanos foram pelo mesmo caminho da responsabilidade social pautada em atos filantrópicos, como por exemplo o empreendedorismo social de Henry Ford, ao realizar investimentos que beneficiaram empregados da Ford Motor Company. 
Foi durante a década de 1950 e 1960 que a ideia de responsabilidade social como uma forma de atuação ampla pautada na ótica empresarial e não individual começou a se expandir, a lei da filantropia, surgida nos EUA é um marco conceitual da RS, pois após a sua aprovação um conceito mais complexo sobre responsabilidade social passou a ser estudado por suas novas aplicações na sociedade. 
2- Origem da R.S.E no Brasil
No Brasil, o surgimento da R.S.E não tem um início preciso, pois há uma escassez da literatura de registros dessa época, porém existem registros de ações sociais de empresários desde século XIX e foi considerado o marco da R.S no Brasil a “Carta de Princípios dos Dirigentes Cristãos de Empresas”, publicada em 1965 pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil- ADCE Brasil (ASHLEY, 2005; SOUSA, 2006), tendo maior significância pela utilização do termo responsabilidade social das empresas. 
Na época da criação da ADCE Brasil haviam altos desvios econômicos e atrasos em certas áreas do Brasil, sendo que a partir do século XX, as diversas crises instauradas deram início para a firmação de uma sociedade apta para negócios e com poder social. Ocorreu então uma mudança de paradigmas, onde as empresas em que um primeiro momento deviam se mostrar responsáveis para seus acionistas, passaram a ser responsáveis perante sua comunidade, empregados, natureza, governo, rede de consumidores e compradores e atuais e futuros stakeholders. Após a carta publicada pela ADCE Brasil, houve uma necessidade do empresariado em assumir suas responsabilidades, pois o dirigente da empresa tem a obrigação de participar ativamente e com plena responsabilidade da vida cívica e politica da comunidade. 
3- Conceito de R.S.E
Atualmente se tem um conceito de reponsabilidade social que vai além de seus primórdios de filantropia. A responsabilidade social é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos que ela se relaciona e pelo estabelecimento de ações desenvolvidas pela empresa e que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade preservando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdade sociais, buscando contribuir para uma sociedade mais justa e para a preservação do meio ambiente.
A R.S.E trata da relação ética, da relação socialmente responsável da empresa em todas suas ações, em todas suas politicas, em todas suas práticas, em todas suas relações, seja ela com seu público interno ou externo da organização (GRAJEW, 1999). 
Nos dias atuais, a prática socialmente responsável ainda é muito confundida com a prática filantrópica. Uma ação filantrópica é quando uma empresa faz doações financeiras a instituições, ONGS, fundações, dentre outras. Essa doação não é feita de forma habitual, ou seja não é feita sempre, de maneira contínua, porém quando a empresa age de forma planejada, mantendo os objetivos para atender as necessidades sociais, de uma maneira que o lucro não seja prejudicado, então trata-se de uma responsabilidade social. 
Os benefícios de ser uma empresa preocupada com R.S são inúmeros, tanto para a própria organização, quanto para a sociedade na qual está inserida, onde a empresa que se posiciona em caráter social crescede forma homogênea e particular junto com a sociedade que pertence, se consolidando no mercado empresarial. Esse tipo de posicionamento da empresa leva em consideração o contexto social da região onde a mesma está inserida, pois as demandas éticas e sociais e a forma de interagir entre os consumidores e as empresas estão em constante mudanças que dependem do período histórico, contexto social e região que está inserido, pois o mundo está em constante mudança e as empresas tem que acompanhar essas mudanças para estar sempre alinhada com as demandas sociais e empresarial atuais. 
4- R.S.E, Marketing Empresarial e Marketing Social
As empresas utilizam muito do marketing para poder impulsionar seu crescimento e se consolidar no mercado. O marketing empresarial, são todas as ações de marketing aplicadas no dia a dia, com o objetivo de impulsionar o seu crescimento, conquistando novos clientes e fidelizando os que já existem, construindo uma imagem forte e sólida da empresa junto aos seus clientes, colaboradores e a sociedade. Essas ações são uma ferramenta a fim de encontrar estratégias e soluções para a melhoria continua do desenvolvimento da empresa. Portanto enquanto a responsabilidade social é a relação socialmente responsável da empresa em todas suas ações, de forma ética e transparente, com o objetivo de uma sociedade mais justa e com menos impactos ambientais, o marketing empresarial está mais focado nas ações de marketing que impulsione a empresa, dê mais engajamento e capte novos clientes e fidelize os antigos. 
Um outro tipo de marketing é o marketing social que tem por objetivo atenuar situações de desigualdade ou até mesmo eliminar problemas de cunho social, é uma ferramenta para divulgar e difundir as praticas de responsabilidade social empresarial, esperando que venha aumentar a eficácia dos agentes sociais de mudança no sentido de proporcionarem as transformações sociais desejadas. A grande diferença entre marketing social e responsabilidade social é que o marketing social tem como objetivo a mudança de comportamento da sociedade para com o bem social utilizando ferramentas mercadológicas e técnicas de marketing e a responsabilidade social é a preocupação que as empresas tem pelo social. 
5- Unilever, Um exemplo de R.S.E
Como exemplo de R.S.E em uma empresa temos a Unilever, que é uma das maiores empresas de bens de consumo do mundo, fabrica itens de higiene pessoal e de limpeza, alimentos, sorvetes e está presente em mais de 100 países. Algumas de suas marcas são Omo, Dove, Kibon, Confort, entre muitas outras. Possui fábricas em São Paulo, Minas gerais, Pernambuco e Goiás e mais de 12 mil funcionários no Brasil. Estima-se que cerca de 2.5 bilhões de pessoas utilizem os produtos da Unilever por dia no mundo todo.
Desde que foi fundada a Unilever compartilha com a comunidade ao redor seus valores e princípios. Segundo o próprio site da empresa relata “desde o final do século XIX, Willian Hesketh Lever declarou que a missão da limpeza era difundir a limpeza, fomentar a saúde e nossos produtos, a vitalidade está no coração do nosso negócio”. O mundo desde o final do século XIX até os dias atuais mudou muito e a Unilever acompanhou essa mudança A Unilever tem muito clara e muito bem definida a forma que quer agir junto as comunidades: com projetos capazes de gerar transformação na sociedade e investimentos a longo prazo, com foco na educação e na capacitação de pessoas. 
Em 2010 a Unilever criou o Plano de Sustentabilidade da Unilever (USLP), que foi estabelecido para gerar crescimento para empresa desassociando seu crescimento do impacto ambiental ao mesmo tempo aumentar o impacto social positivo. Suas três grandes metas são: Ajudar mais de 1 bilhão de pessoas a melhorar sua saúde e bem estar; reduzir pela metade o impacto ambiental; obter 100% da matéria prima agrícola de forma sustentável e melhorar as condições de vida das pessoas envolvidas em sua cadeia de valor.
Segundo relato no site da Unilever, a política de investimento social privado segue as diretrizes da Unilever global e apoia ações que estejam alinhadas a estratégia da companhia e permitam a melhoria do padrão de vida das comunidades, a redução do impacto ambiental e a promoção da saúde e bem estar. No brasil alguns programas que a Unilever desenvolve são: Vôlei social Unilever, Kibon no alemão; Programa AlfaSol; Praça vai a escola; Vem para a Unicef; entre outras. Além de sua fundação a Unilever foundation que direciona investimentos sociais para uma rede de parceiros, que inclui o Save the Children, UNICEF, entre outros.
Uma das ações da Unilever de R.S.E aqui no brasil é o projeto Kibon no alemão, realizado numa comunidade do Rio de Janeiro. Esse projeto visa o desenvolvimento da comunidade, apoiando a construção de instalações para a ONG EduCap (Espaço Democrático de União, Desenvolvimento, Aprendizagem e Prevenção), oferecendo diversos cursos com temáticas sugeridos pelos próprios moradores como Inglês com foco em turismo, Informática, vida financeira e empreendedorismo. São ações que ajudam moradores dessa comunidade a se profissionalizar, ter diferenciais que possam incluir em seu currículo para terem oportunidades melhores no mercado de trabalho e contribuindo para uma sociedade mais justa. 
Juntamente com esse projeto a Kibon instalou nos teleféricos do morro do alemão pontos de vendas de seu sorvete, contratando apenas moradores da comunidade criando oportunidade de trabalho para as pessoas entorno dessa empresa que passaram a ser funcionários da organização, dando ainda mais visibilidade e acessibilidade para a marca e aumentando positivamente as vendas da empresa. 
Conclusão
Nos dias atuais há uma grande preocupação pela sociedade e pelas empresas por temas relacionados a ações sociais e ambientais, valorizando empresas que se preocupam com o meio ambiente e com a sociedade. Cada vez mais clientes e consumidores levam em consideração fatores que vão além de aspectos técnicos e econômicos na hora de escolher empresas para se relacionar. 
Como vimos os benefícios em uma empresa investir em ações de responsabilidade social são diversos, tanto para a população em si, quanto para a própria empresa, pois aumenta a reputação e visibilidade da sua marca e a consolida no mercado empresarial gerando ganhos econômicos e proporcionando melhor qualidade de vida para a sociedade por meios de projeto sociais.
Investir em R.S.E é se preocupar com a atual e as futuras gerações, pois a sociedade no geral está mais ativa na cobrança com causas sociais e com meio ambiente. As pesquisas empreendidas nos temas de responsabilidade social são uma prova contundente que não se trata de um modismo ou uma eventualidade de práticas operacionais e, sim, de uma transformação no conceito das organizações empresariais. 
Bibliografia
ASHLEY, Patrícia Almeida (coordenação). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2005.
DIAS, Reinaldo. Responsabilidade Social: fundamentos e gestão. São Paulo: Atlas, 2012
SOUSA, Ana Carolina Cardoso. Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável: a incorporação de conceitos à estratégia empresarial. Dissertação de mestrado em Ciências e Planejamento Energético - COPPE/UFRJ: Rio de Janeiro, 2006.
CARMO, L.O.; Evolução da Responsabilidade Social Empresarial e a Introdução ao Caso Brasileiro. Revista de Administração Geral. v.1, n.2, p.118-137. 2015.
WERNERKER, Heloisa Mendes Guimarães; Responsabilidade social da empresa. Rev. Adm. Empres. Vol. 24, no 04, São Paulo Oct./Dec.
GRAJEW, Oded. Responsabilidade Social Empresarial: apesar da importância, muitas empresas ainda a desconhecem. Jornal do Economista. São Paulo. No . 58. Maio/junho de 2002. p. 4 e 5.
RIBEIRO, Maria de Souza. IX Congresso Brasileiro de Custos – São Paulo, SP, Brasil, 13 a 15 de outubro de 2002.
MATTAR, F. N. Pesquisa de Marketing. São Paulo: Atlas, 1995.
IDALBERTO, Chiavenato. Administração dos novos tempos. Rio de janeiro: Campos, 1999. Pag. 226.
INSTITUTO ETHOS. Ferramenta de gestão 2002: Responsabilidade SocialEmpresarial. São Paulo-SP, 2002.
UNILEVER, investimento sociais, quem somos e projetos incentivados. https://www.unilever.com.br/

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