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UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GNE 283 – CONSTRUÇÃO CIVIL REO 2 - AULA 6 REVESTIMENTOS 2 REVESTIMENTOS DE PAREDES Conjunto de camadas que recobre as vedações e a estrutura de um edifício com as funções de complementar a vedação, proteger o edifício contra intempéries e constituir o acabamento final (funções estéticas, de valorização econômica) • É um elemento funcional do edifício com funções bem definidas, Elemento do subsistema de vedação. No entanto, pela sua importância muitas vezes é também conceituado como um “subsistema” ou “sistema”’. 3 REVESTIMENTOS DE PAREDES 4 FUNÇÕES DO REVESTIMENTO • Auxiliar as vedações a cumprir suas funções: Estanqueidade ao ar e a água; Isolamento térmico e/ou acústico; Proteção contra a ação do fogo; • Estética; • Valorização econômica; • Sanidade, higiene, segurança na utilização... 5 • Aderência; FUNÇÕES DO REVESTIMENTO Propriedade do revestimento resistir às tensões normais e tangenciais atuantes nas interfaces com a base; Resistência à tração; Resistência de aderência ao cisalhamento; 6 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Relação das propriedades do conjunto argamassa de revestimento + base: 7 CLASSIFICAÇÃO • Quanto ao elemento / ambiente a revestir: Interno / Externo Áreas secas / Áreas molhadas Piso / Parede • Quanto ao mecanismo de fixação: Aderidos Fixados por dispositivos (pregos, rebites, etc) Não aderidos • Quanto ao material: Cerâmico Pedra Madeira Sintéticos (vinílicos; melamínicos, etc.) 8 REVESTIMENTOS Etapas de execução: 1 - Com argamassa (interno ou externo) • Chapisco; • Emboço; • Reboco; • Pintura. 2 - Com gesso (interno) • Chapisco rolado; (quando aplicado sobre concreto) • Gesso; • Chapisco; • Emboço; • Rev. cerâmico; 9 10 REVESTIMENTO VERTICAL Acabamento em massa e pintura 11 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Argamassa Definição: Mistura homogênea de aglomerantes, agregados miúdos e água, contendo ou não aditivos, dotada de capacidade de endurecimento e aderência cuja composição de materiais varia de acordo com a utilização. Pode ser dosada em obra ou produzida em instalação industrial. Tipos e funções de argamassas: • Assentamento de blocos e tijolos em alvenarias; • Revestimentos de elevações e tetos; • Regularização de pisos. 12 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Argamassas de assentamento: Usadas p/ unir blocos de concreto ou tijolos em alvenarias. Servem também p/ colocação de azulejos, tacos, ladrilhos, cerâmicas e pedras. Funções: • Unir solidamente as unidades de alvenaria • Ajuda alvenaria a resistir aos esforços; • Distribuir as cargas atuantes na parede por toda a alvenaria; • Absorver as deformações; • Selar as juntas contra a penetração de água de chuva. 13 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Argamassas de revestimento: Têm a função de cobrir as alvenarias, devem proporcionar um acabamento adequado às superfícies, protegendo-as de ações externas como as intempéries, e proporcionando conforto termo-acústico. Devem apresentar resistência mecânica aos impactos e resistência umidade e agentes agressivos, além de oferecer boa aderência e estar livres de fissuras, bolhas etc. 14 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Materiais constituintes Quantidades determinadas por processos de dosagem racional dos materiais para se atingir as propriedades adequadas. • Aglomerantes; • Agregados; • Água; • Aditivos; 15 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Materiais constituintes Aglomerantes: • Cimento Portland: Promove a resistência, aderência e retenção de água. Não há necessidade de elevadas resistências mecânicas; Carência prejudica resistência e aderência; Excesso gera retração, pequenas fissuras e reduz a capacidade de deformação; Baixos consumos reduzem a resistência à abrasão, tornando a argamassa pulverulenta 16 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Materiais constituintes Aglomerantes: • Cal - hidróxido de cálcio – Ca(OH)2: Ampla utilização no Brasil; Promove coesão; plasticidade; aderência; retenção de água; Minimiza a retração causada pelo cimento; 17 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Materiais constituintes Agregados: • Areia: 0,075 a 4,8 mm Agregados, aumentam o rendimento e minimizam retração; Areias grossas tendem a favorecer maior resistência; Areias finas favorecem a plasticidade; Agregado miúdo pode ser de: Areia Natural ou Artificial (britada); 18 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS Materiais constituintes Traços Tradicionais (cimento: cal : areia - em volumes) 19 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS A Influência dos aglomerantes 20 ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTOS A influência do cimento Portland Argamassas muito ricas em cimento: • Tem elevado módulo de elasticidade, deformando-se menos e acumulando tensões elevadas, 9 a 12 vezes mais que em argamassas de traço mais fraco, que são mais deformáveis. • Sofrem maior retração e conseqüentemente surgem maiores tensões de tração. A tração é causa de trincas e descolamentos do revestimento, aumentando na medida que a espessura da argamassa cresce. 21 REVESTIMENTOS Chapisco É uma preparação da base para melhorar a aderência. Um revestimento pode ser aplicado sem chapisco desde que atenda às exigências de aderência com o substrato. Chapisco tradicional: aplicação manual, traço 1: 3 (areia grossa) Chapisco através da peneira para acabamento mais uniforme 22 REVESTIMENTOS Emboço: Camadas de regularização Com espessura entre 1,5 cm e 2 cm (interno) e de 3 a 4 cm (fachada), o emboço corrige pequenas irregularidades, melhorando o acabamento da alvenaria e protegendo-a de intempéries. É produzido com argamassa mista (à base de areia, cal e cimento). 23 REVESTIMENTOS Execução do Emboço Colocação de taliscas e mestras Definição do plano vertical do emboço em parede interna 24 REVESTIMENTOS Execução do EmboçoF. H.;2001). Nivelamento do emboço Preparando a mestra a partir das taliscas. REVESTIMENTOS Execução do EmboçoF. H.;2001). Nivelamento do emboço 26 REVESTIMENTOS Execução do EmboçoF. H.;2001). Desempeno com a desempenadeira de madeira Acabamento final do emboço p/ minimizar o consumo de reboco. 27 REVESTIMENTOS Chapisco Os chapiscos industrializados possibilitam uma camada de revestimento menos espessa e tem melhor aderência sobre as estruturas de concreto. Chapisco industrializado com desempenadeira dentada Chapisco rolado industrializado 28 Revestimento +- 2,0 cm Revestimentos com argamassa Preparada na obra : 29 Revestimentos com argamassa Industrializada: Revestimento Interno: 0,5 a 1 cm 30 Revestimentos com argamassa Industrializada: Uma espessura mínima é fundamental para o revestimento poder cumprir as suas funções de isolamento térmico/acústico, estanqueidade e estética. Revestimento externo: + - 2 cm 31 REVESTIMENTOS Aplicação do reboco minimiza muito o consumo de massa corrida. Aplicação de cal fino * Argamassas industrializadas frequentemente são únicas, não necessitam de reboco. 32 Reboco com calfino 33 REVESTIMENTOS Aplicação de massa corrida Acrílica - ExterioresPVA – Interiores 34 Revestimentos internos Paredes com acabamento em pintura: • Exigência principal: não aparecimento de fissuras; A pintura pode ocultar por um tempo as fissuras, mas as mesmas voltarão a aparecer; • A argamassa deve absorver alguma deformação; • Acabamento superficial deve atender ao especificado; 35 Revestimentos internos Paredes com acabamento em pintura: • Para a aplicação de massa corrida (PVA ou acrílica) o revestimento deve apresentar superfície que proporcione: Boa aderência ; Economia no consumo de massa corrida; • Para pinturas direto sobre o reboco a superfície deverá ser homogênea e isenta de partículas soltas. (Freitas, J. A. Jr.)• Para a aplicação da tinta, a superfície deverá estar seca e ser quimicamente estável. 36 Aplicação de massa corrida sobre emboço 37 Lixamento mecânico da massa corrida antes de aplicar a tinta 38 Aplicação de tinta acrílica com pistola 39 Revestimentos de tetos: • A superfície é horizontal (negativa); • O peso da argamassa interfere na execução; • Maior aderência com a base; • Mais cuidado de preparação da argamassa e de execução; • Cuidado especial em lajes sob ação do sol no seu lado superior; • Argamassas com maior capacidade de deformação . 40 Revestimentos externos Acabamento em pintura: • Há uma maior solicitação de vedação e estanqueidade. A argamassa no estado fresco não deve sofrer fissuras de retração à secagem. • Importantíssimos a aderência e durabilidade do sistema. 41 Revestimentos externos Base para outros revestimentos Cargas externas maiores, maior necessidade de aderência. 42 REVESTIMENTO CERÂMICO 43 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Cerâmica; • Pastilhas de Porcelana; • Pastilhas de Vidro; • Porcelanato; 44 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Cerâmica • Materiais de construção obtidos pela secagem e cozimento de materiais argilosos; • Placas cerâmicas: Azulejos, pisos, porcelanatos, pastilhas, peças decorativas... • Para fixação de cerâmicas em fachadas, com segurança, é necessária uma argamassa flexível e com bastante aderência. 45 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Cerâmica • Tamanhos comuns p/ fachadas 10 x 10 cm e 10 x 20 cm; • Muitos modelos e cores; • Tamanhos maiores exigem mais cuidado com juntas; • Mais resistente às intempéries que os azulejos de uso interno. 46 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Cerâmica • Grande variação no coeficiente de dilatação, tanto quanto as cores (mais escuras absorvem mais calor); • Cuidado com as juntas 47 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Pastilhas de Porcelana Coladas em folhas de papel ou teladas, para otimizar a aplicação; Tamanhos comuns: 2x2, 3x3, 4x4 e 5x5 cm; Custo 50 a 100 % maior as cerâmicas comuns; 100% Impermeáveis e c/ resistência mecânica muito maior que os materiais de cerâmica comum. 48 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Pastilhas de Porcelana Largo emprego em fachadas e piscinas; Resistência mecânica muito maior que a dos materiais de cerâmica comum. 49 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Pastilhas de Vidro Custo mais elevado que as pastilhas de porcelana; Largo emprego em banheiros; Tamanho mais comum de 2,5 x 2,5 cm e placa de 29,5 x 29,5 cm. 50 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Porcenalato Peças grandes, geralmente de 45 x 45 cm, 60 x 60 cm, 60 x 120 cm, 100 x 100 cm e 100 x 200 cm; Fixação com argamassa colante AC lll aplicada na parede e na peça (dupla camada); Fixado por inserts em peças com mais de 400 cm². 51 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MATERIAIS • Porcenalato Possui alta resistência mecânica (ideal para locais de alto tráfego, como escolas, hospitais, shopping centers e aeroportos); Possibilidade de se utilizar juntas de assentamento mínimas; Existem os pisos de porcelanato retificado, estes, podem ser assentados sem juntas. 52 REVESTIMENTO CERÂMICO PRINCIPAIS PROPRIEDADES • Durabilidade Excepcional resistência à degradação das placas cerâmicas contra a ação de todos os agentes agressivos ambientais • Limpabilidade / Facilidade de higienização • Impermeabilidade Não-porosidade das placas cerâmicas Obs.: Cuidado com o sistema! • Inalterabilidade da aparência com o tempo • Deficiente conforto tátil 53 MATERIAIS CONSTITUINTES • Camada de acabamento: Placas cerâmicas Juntas de assentamento (entre placas) Material – argamassas e pastas para rejunte Juntas de controle Material – selantes elastoméricos • Camada de fixação: Argamassa colante Pasta adesiva (à base de polímeros) Cola de reação (usualmente epóxi) 54 PLACAS CERÂMICAS 55 CLASSIFICAÇÃO PEI • PEI (Porcelain Enamel Institute): Instituto que regulamenta as normas para a classificação da resistência à abrasão da superfície de cerâmicas. • O PEI indica uma classificação da superfície da cerâmica com relação à quantidade de trafego que ela pode receber. A classificação vai de 0 a 5. Quanto menor o número, menor é a resistência, e quanto maior, melhor será a capacidade do piso para suportar as intempéries do tempo e de tráfego. 56 CLASSIFICAÇÃO PEI • A abrasão ocorre devido ao atrito de calçados, pneus, equipamentos de limpeza e outros utensílios residenciais, especialmente com partículas de sujeira, como areia, pequenas pedras, terra etc. Com o tempo, a superfície da cerâmica sofre um desgaste do esmalte. A vida útil de uma cerâmica vai depender, basicamente, de dois itens: se o modelo adquirido continha um PEI adequado ao local assentado e se há uma higienização com produtos adequados. 57 CLASSIFICAÇÃO PEI 58 CLASSIFICAÇÃO PELA ABSORÇÃO 59 RESISTÊNCIA A MANCHAS(NBR 13.818) 60 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA CAMADA DE FIXAÇÃO • Utiliza-se, em larga escala, as Argamassas Colantes (AC’s); Argamassas Colantes “Produto industrial, no estado seco, composto de cimento Portland, agregados minerais e aditivos químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de placas cerâmicas para revestimento.“ (NBR 14081:2012) 61 ARGAMASSA COLANTE • Funções: “Colar” a peça cerâmica ao substrato Absorver deformações naturais a que a o sistema de revestimento cerâmico estiver sujeito 62 ARGAMASSA COLANTE Características essenciais: • Resistência de aderência a tração Paredes internas > 0,5 MPa Paredes externas > 1,0 MPa • Tempo em aberto (de abertura) Mínimo de 15 minutos no local de aplicação e 50 minutos em laboratório (resfriado) • Deformação transversal (flexibilidade) Mínimo: 5 mm de “flecha” e 5N de carga de ruptura 63 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA CAMADA DE FIXAÇÃO • Importante considerar: Resistência mecânica; Movimentações higroscópicas; Porosidade e absorção; Textura superficial; Homogeneidade; Integridade; Proteção requerida. 64 ARGAMASSA COLANTE 65 ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO Funções: • Vedar as juntas entre as peças cerâmicas • Permitir a substituição de peças cerâmicas • Absorver deformações e evitar tensões excessivas • Melhorar a aderência da camada • Função estética (compensar variações dimensionais das peças) 66 ARGAMASSA DE REJUNTAMENTO Propriedades importantes: • Trabalhabilidade • Retração (deve ser baixa) • Aderência • Permeabilidade à água (devem ser estanques) • Capacidade de absorver deformações sem fissurar (flexibilidade) • Resistência ao manchamento e ao desenvolvimento de fungos/bolor • Resistência mecânica 67 REVESTIMENTO CERÂMICO PROCEDIMENTO EXECUTIVO 68 EXECUÇÃO Ferramentas: • Linha de nylon; • Régua; • Prumo; • Trena; • Nível de bolha; • Nível de mangueira; • Espaçadores e martelo de borracha; 69 EXECUÇÃO Ferramentas: • Colher de pedreiro; • Esquadro; • Espátula; • Pano e esponja; • Lápis de carpinteiro. 70 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA EXECUÇÃO Ferramentas: 71 PROCEDIMENTO EXECUTIVO Condições para início do assentamento: • Substrato homogêneo e limpo; • Alvenaria sem fissuras; • Emboço finalizado (sarrafeado ou desempenado com acabamento grosso); • 21 dias sobre emboço de argamassa com cal; • 14 dias sobre emboço com argamassa industrializada; • 3 dias para rejuntamento; 72 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO • 1 – Verificação do nível 73 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 2 – Materializar Referências: • Verificar os locais onde encontram-se janelas, portas, interruptores, instalações, etc., pois nestes pontos,as placas receberão cortes. • Evitar cortes em muito partes visíveis! 74 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 3 – Preparo da Argamassa Colante: 75 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 4 – Aplicação da Argamassa Colante: 76 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 4 – Aplicação da Argamassa Colante: 77 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 5 – Assentar as Placas Cerâmicas: • Verificar o tempo em aberto na prática • Assentar de preferência de baixo para cima, pressionando com as mãos e depois batendo levemente com o martelo de borracha 78 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 5.1 – Fiada mestra e guias de prumo 79 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 5.2 – Fiadas superiores 80 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 5.3 – Fiada abaixo da fiada mestra 81 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO Detalhe do arremate dos azulejos com o piso: 82 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 6 – Rejuntamento: • Após o assentamento, aguardar 3 dias para começar o rejuntamento. • Utilizar rejuntes industrializados. 83 SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO 7 – Limpeza: • Após o término do rejuntamento, esperar um momento (varia de acordo com o tipo de rejunte), para a limpeza do excesso de rejunte da superfície das placas cerâmicas; • Limpar primeiramente com uma esponja úmida e depois com pano seco. 84 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Agentes de deterioração Geram movimento, tensões e deformações! 85 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Agentes de deterioração As agressões climáticas fazem com que as peças dilatem diferentemente entre elas! 86 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Agentes de deterioração Deformação da base submete as peças a tensões! 87 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Agentes de deterioração Quanto maiores as peças cerâmicas, menor o número de juntas e menos deformações são absorvidas, logo terão maior risco de falhas. 88 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Agentes de deterioração Para fixação é necessário uma argamassa com elevada aderência. Importante utilizar rejunte capaz de absorver as tensões acumuladas nas peças cerâmicas. 89 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Variações térmicas Causam deformações nos sentidos do plano principal das peças cerâmicas e o aquecimento de peças individuais. 90 JUNTAS DE CONTROLE • Necessária a previsão em projeto de diferentes tipos de juntas: 91 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS • Juntas de assentamento: Preenchidas com rejunte rígido. • Juntas de movimentação, e de dessolidarização: Preenchidas com material flexível. • Junta estrutural: Preenchidas com enchimentos e material flexível ou dispositivos que suportem grande deformação. 92 JUNTAS DE CONTROLE Juntas de assentamento: Funções: • Compensar a variação de bitola das placas; • Atender a estética, harmonizando o tamanho das placas e as dimensões do pano; • Oferecer poder de acomodação às movimentações; • Facilitar o perfeito preenchimento; • Facilitar a troca de placas cerâmicas em caso de necessidade de manutenção. 93 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA Juntas de assentamento • Principais materiais utilizados: A base de cimento; Resina epóxi; A base de resina. Em geral preenchidas com rejuntes cimentícios. 94 JUNTAS DE CONTROLE Juntas de movimentação: • São juntas intermediárias, normalmente mais largas que as de assentamento, projetadas para aliviar tensões geradas por movimentações da parede e do próprio revestimento devido às variações de temperatura e umidade ou por deformação lenta do concreto da estrutura revestida. • Devem ser aprofundadas até a superfície da parede, preenchidas com materiais deformáveis e vedadas com selantes flexíveis. 95 JUNTAS DE CONTROLE Juntas de movimentação – Normatização: • NBR 13755 – Paredes externas e fachadas: * Juntas horizontais a cada 3m ou a cada pé direito; * Juntas verticais a cada 6m. • NBR 13754 – Paredes internas: * Juntas horizontais e verticais em paredes com áreas >= 32 m² ou sempre que as dimensões do revestimento >= 8m; * Locais expostos ao sol e/ou umidade: áreas >= 24 m2 ou dimensões >= 6m 96 Juntas de movimentação • “Espaço regular cuja função é subdividir o revestimento, para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento.” (NBR 13755/1997) 97 Juntas de movimentação • Interrompem o emboço subdividindo o revestimento; • Projetadas para permitir o movimento e prevenir fissuras no revestimento; • Preenchidas com selante elastomérico. 98 Juntas de movimentação 99 JUNTAS DE CONTROLE Juntas de dessolidação: • Espaço regular cuja função é separar o revestimento para aliviar as tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento. • Recomendação: * Cantos verticais; * Mudanças de direção do plano do revestimento; * Encontro da área revestida com pisos, forros, colunas, vigas ou outros tipos de revestimento; * Mudança de material da estrutura suporte. 100 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS Juntas de dessolidarização • “Espaço regular cuja função é separar o revestimento para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base ou do próprio revestimento.” (NBR 13755/1997) 101 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA JUNTAS Juntas de dessolidarização • Divide o revestimento; • Preenchidas com rejuntes flexíveis a base de silicone ou poliuretano. 102 JUNTAS 103 JUNTAS 104 JUNTAS DE CONTROLE Juntas estruturais • “Espaço regular cuja função é aliviar tensões provocadas pela movimentação da estrutura de concreto.” (NBR 13755/1997) 105 JUNTAS DE CONTROLE Juntas estruturais • Principais materiais utilizados: Dispositivos; Mastiques. Suportem grande deformação! 106 JUNTAS DE CONTROLE Juntas estruturais 107 DESCOLAMENTO • Perda de aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante, quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico ultrapassam a capacidade de aderência das ligações entre a placa e a argamassa colante e/ou emboço. * Primeiro sinal: Som cavo (oco) nas placas ou estufamento da camada de acabamento. * Ocorrem primeiro geralmente nos primeiros e últimos andares do edifício, devido ao maior nível de tensões observados nestes locais. 108 DESCOLAMENTO Causas mais comuns: • Ineficiência ou deficiência de projeto, como inexistência de juntas; • Utilização da argamassa colante com um tempo em aberto vencido; • Variações higrotérmicas e de temperatura; • Assentamento sobre superfície contaminada; • Imperícia ou negligência da mão-de-obra na execução e/ou controle dos serviços. 109 DESCOLAMENTO • Expansão por umidade (EPU) ou Dilatação Higroscópica: Fenômeno provocado pela adsorção de água, na forma liquida ou de vapor que, ao contrario da simples absorção de água retida apenas nos poros do material, provoca modificações na sua própria estrutura, com aumento de volume. • NBR 13.818: Recomenda um limite de expansão de 0,6mm/m ou 0,06% 110 REVESTIMENTOS VERTICAIS MATERIAIS • Pedras As rochas, em geral, são permeáveis, podendo absorver água até 20% de sua massa (porosidade); Fixação: duas maneiras básicas: 111 REVESTIMENTOS VERTICAIS MATERIAIS • Pedras 112 REVESTIMENTOS VERTICAIS MATERIAIS • Pedras Grande variedade nas cores e nos padrões estéticos, por serem naturais; Permite vários tipos de acabamentos superficiais; Alguns tipos, em contato com água, apresentam alteração de cor que provocam manchas não removíveis. 113 FIXAÇÃO DE PEDRAS 1. Sistema convencional • A pedra é colada na alvenaria ou na estrutura do Edifício Aderente. 2. Inserts metálicos: • Peças de aço inoxidável, ancoradas na estrutura do edifício, suportam o peso da placa de pedra Não aderente. REVESTIMENTOS VERTICAIS 114 REVESTIMENTOS VERTICAIS FIXAÇÃO DE PEDRAS 1. Sistema convencional com argamassa grossa • Argamassa preparada na obra; • Ligação rígida entre a placa de pedra e a elevação;• Grande diferença de movimentação, devido a dilatação térmica; • Sob a ação da água da chuva, absorve a umidade, podendo resultar em eflorescências; • Reforços com grampos de arame colados à pedra com poliéster. 115 REVESTIMENTOS VERTICAIS FIXAÇÃO DE PEDRAS 1. Sistema convencional com argamassa fina • Argamassa industrializada colante ACIII; • Ligação semi-rígida entre a placa de pedra e a elevação; • Reforços com grampos de arame colados à pedra com poliéster; • Restrição a alturas superiores a 15 m em ambientes externos (NBR 13707). 116 REVESTIMENTOS VERTICAIS FIXAÇÃO DE PEDRAS 1. Sistema convencional: Fixação de grampos e chapisco na pedra para melhorar aderência 117 REVESTIMENTOS VERTICAIS FIXAÇÃO DE PEDRAS • Peça de aço inoxidável suporta o peso da placa de pedra superior e trava a placa inferior; • Estrutura e as placas trabalham de forma independente. 118 REVESTIMENTOS VERTICAIS FIXAÇÃO DE PEDRAS • Os inserts metálicos afastam o revestimento da estrutura, criando um espaço que evita o contato direto entre ambos; • Melhor isolamento à umidade e termo-acústico. 119 REVESTIMENTOS VERTICAIS FIXAÇÃO DE PEDRAS Trata-se de um revestimento externo composto por painéis ou placas modulares, fixado à fachada principal da edificação com aço inoxidável ou alumínio. O afastamento entre as duas estruturas cria uma cavidade de ar, com largura média de 10 a 15 centímetros, por onde ocorre a ventilação contínua no sentido vertical. Isso é possível graças ao sistema de juntas abertas das placas do revestimento. Ou seja, o espaço entre elas não é totalmente vedado nas partes inferiores e superiores. Assim, o ar frio entra pela abertura inferior e o ar quente sai pela abertura superior, criando o efeito chaminé. REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA Fachadas Ventiladas REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA Fachadas Ventiladas Sistema da fachada ventilada Basicamente, o sistema de fachadas ventiladas é formado por: • Base suporte de fixação; • camada de material isolante; • câmara de ar; • subestrutura auxiliar de fixação; • material de revestimento; • juntas entre os painéis ou placas; • outros materiais necessários para seu completo funcionamento. Base suporte Elemento fixo da edificação, composto por sua estrutura e os elementos de vedação. Estes últimos devem ser capazes de sustentar todo o peso do sistema de fachada ventilada. A base suporte deve ser protegida para evitar problemas relacionados à umidade. Ela também pode ser pintada com aditivos hidrófugos. Camada de isolamento Atenua a transferência de calor ao longo dos elementos nos quais é aplicada. Sua utilização é recomendada para evitar a transferência de calor para a edificação, visto que há uma grande ascensão de ar quente na câmara de ar. Subestrutura auxiliar de fixação Tem por objetivo fixar o revestimento externo da fachada em sua estrutura de base. Essa subestrutura pode ficar visível ou oculta, de acordo com os sistemas de fixação utilizados nos revestimentos e os dispositivos de ancoragem na fachada da edificação. Câmara de ar A câmara de ar localiza-se entre a base de suporte e as placas da fachada ventilada, permitindo a ventilação natural. Graças ao efeito chaminé, cerca de 20% do calor é removido por meio da circulação de ar na câmara. Ela deve possuir uma espessura mínima de dois centímetros, mas quanto maior for essa medida, melhor será o efeito chaminé. Revestimento externo Protege o sistema das intempéries exteriores, proporcionando maior durabilidade. Os painéis de revestimento são fixos à estrutura de apoio por intermédio de encaixes metálicos e podem ser feitos de diversos tipos de materiais. Juntas É o espaço regular entre duas peças de materiais idênticos ou distintos. Nas fachadas ventiladas, elas podem ser horizontais e verticais. A definição do tipo de junta a ser utilizada depende da estrutura de fixação e do espaçamento entre as placas ou painéis. Neste caso, existem três tipos de juntas: Junta aberta – neste caso, o ideal é que a altura mínima entre painéis seja de 10mm. Para evitar a entrada de água na parte posterior do painel, pode- se introduzir uma lâmina impermeável à água na região da junta. Junta sobreposta – É preciso certificar-se de as juntas sobrepostas sejam capazes de impedir o acesso de insetos, pássaros e outros seres vivos no sistema. Perfil de junta – o ideal é que o espaço entre os painéis seja de pelo menos 5mm. Vantagens das fachadas ventiladas • Economia energética (de 30% a 50%) e conforto interno, com menos absorção de calor nos meses quentes e menos dispersão nos meses frios; • Proteção contra ruídos do ambiente exterior; • Possibilidade de reabilitação sobre a fachada sem necessidade de remover o revestimento antigo; • Renovação estética do edifício (retrofit); • Simplicidade na montagem e desmontagem; • Mínimo custo de manutenção, com possibilidade de substituir placas sem desmontar o restante; • Resistência mecânica das placas; Vantagens das fachadas ventiladas • Possibilidade de combinar diferentes medidas de placa, cores e texturas; • Solução para encontros arquitetônicos com outros materiais e arremates perimetrais de janelas; • Economia com andaimes e balancins devido à rapidez na instalação; • Maior longevidade da edificação; • Dispersão da umidade; • Eliminação do risco de destacamento de revestimento; • Diminuição dos efeitos de dilatação térmica da estrutura do edifício; • Possibilidade de correção da planimetria do acabamento final da fachada; • Valorização estética do imóvel. Desvantagens das fachadas ventiladas: • Custo econômico elevado; • Maior controle de execução; • Substituição trabalhosa de peças, dependendo do sistema de fixação utilizado; • Pouca especialização para instalação desses sistemas no Brasil. • Ausência de normas brasileiras e de requisitos de desempenho que agreguem valor comercial ao produto; • Necessidade de mão de obra qualificada e com experiência; • Dependendo dos materiais utilizados, baixa segurança contra incêndio; • Exigência de projetos específicos e detalhados que definam o processo de execução. 136 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA NORMAS PERTINENTES • NBR 8.214:1983 Assentamento de azulejos - Procedimento; • NBR 13754:1996 Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento • NBR 13.755:1997 Revestimento de paredes externas e fachadas com placas de cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento; • NBR 15.846:2010 Rochas para revestimento – Projeto, execução e inspeção de revestimento de fachadas de edificações com placas fixadas por insertos metálicos; • NBR 14081 - 1 a 5:2012 Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas. 137 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Fonte: Prof. Elton Bauer (Materials and Materiais), 2014. 138 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS A falta de colocação ou desgaste de juntas podem gerar manifestações patológicas no revestimento cerâmico • tensões existentes no sistema não foram devidamente aliviadas. Ausência de juntas de dessolidarização 139 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Causas de manifestações patológicas nas juntas: • Revestimentos porosos; • Rejuntamento de elevada permeabilidade; • Rigidez do material de rejunte; • Inexistência de juntas; • Expulsão do rejunte pelas variações térmicas; • Qualidade dos selantes. 140 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Destacamento: • Resultantes da perda de aderência das placas cerâmicas, substrato ou argamassa colante; • É uma manifestação patológica séria por conta do alto custo de reparação e alto risco de causar acidentes. 141 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕESPATOLÓGICAS Eflorescência: • Depósito de sais solúveis na superfície das placas cerâmicas transportados pelo fluxo de água Infiltrações. 142 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Trincas e fissuras: • Ocorrem pela perda da integridade da superfície da placa cerâmica. 143 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Deterioração das juntas: • Afeta o revestimento cerâmico como um todo juntas são elementos responsáveis pela estanqueidade e capacidade de absorver deformações. 144 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Deterioração das juntas: Falhas em juntas flexíveis 145 REVESTIMENTOS VERTICAIS EM CERÂMICA MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS Deterioração das juntas: Ausência de juntas de dessolidarização Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108 Slide 109 Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134 Slide 135 Slide 136 Slide 137 Slide 138 Slide 139 Slide 140 Slide 141 Slide 142 Slide 143 Slide 144 Slide 145
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