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Relatório Juri Simulado UNIFTC


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No dia 8 e 9 de maio ocorreu o VI Júri Simulado promovido pelos alunos do 7º semestre da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Vitória da Conquista com a coordenação do professor João Xavier que deu a introdução a palestra, mostrando que o que aprendemos em sala de aula, é visto na prática. 
· 1º dia do Júri
No primeiro dia do Júri fomos privilegiados com três ilustres palestrantes, o professor constitucionalista Fábio Ramos, o delegado Rafael Oliveira e a defensora pública Jeane Meira.
O professor Fábio Ramos iniciou sai fala provocando os ouvintes sobre o combate as drogas e a dificuldade que é um professor de constitucional relatar sobre tal assunto e relata 4 momentos em que a constituição trás em seus artigo 5º, inciso 43, inciso 51, artigo 144º e 243º, nos quais relatam sobre direitos e garantias, sobre plantas psicotrópicas e o tráfico de entorpecentes, deixando um questionamento do que se pode definir como droga lícita e ilícita? O que é consumo de droga? O que é tráfico? logo respondendo que existe uma arbitrariedade nestes conceitos, pois tratam as drogas como um problema de saúde pública, no qual inserem os “ traficantes” em um presídio e não em um local que trataria dessa tal saúde, deixando de ser paciente para criminoso.
Para Fábio a determinação do artigo 28 é subjetivo, para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente”.
Outro dado que o professor trouxe é que em 100 anos não conseguiram fazer o controle de drogas, e que em seu posicionamento ele defende sua regulamentação, trouxe dados de outros países que regulamentaram e diminuiu o tráfico, o número de carcereiros. 
O que define que a bebida alcoolica, anabolizantes sejam considerados lícitos? Se regulamentasse deixaríamos de ter o usuário como criminoso.
Outra provocação é a forma que podemos relatar no núcleo familiar sobre o rivotril, a ritalina e outras drogas comparadas a maconha, crack e cocaína.
Já o delegado Rafael Oliveira iniciou sua fala reafirmando a dificuldade de tratar do tema drogas, pois esta existe desde a pré-história, apesar de ser recente sua discussão. Trouxe um pouco da sua história ao relatar que em 10 anos de plantão de delegacia e atendendo em sua maioria o tráfico de drogas e em sua maioria pobres, dificilmente um jovem de classe média foi trazido com alegação de tráfico, pois o Brasil possui de 28% a 30% de detentos pelo tráfico.
Existem 3 rotulacionismo dentro do sistema penal, quem define na prática o criminoso, a lei e a polícia pois possuímos uma política conservadora onde a seletividade dos policiais são a partir de negros, pobres e miseráveis.
Luís Eduardo Soares, o sistema de polícia, divide em militar e civil, e a formação de um policial é militarizada, colocados em uma viatura, para realizar rondas atrás de suspeita e consequentemente os levarem em flagrantes. 
Qual é realmente a função do Sistema Penal ? Pois o que mais encontramos são número de homicídios altos, uma sociedade em pânico e com medo mas permanecendo com o discurso da ressocialização e retribuição.
Em toda sua fala o delegado apresentou circunstâncias vividas e o quanto ele afirma que o sistema penal está cheio de lacunas, e criando uma sociedade cada vez mais receosa e com vontade de fazer justiça com as próprias mãos.
Ao relatar sobre a proibição ás drogas, afirmou que podem causar mal ou bem a saúde, questão que se deve colocar a partir do cotidiano. O uso da droga pode fazer mal a quem utiliza. O uso de uma droga mal utilizada faz mais mal ainda, principalmente, ao indivíduo que usa drogas, mas não possui acesso a assistência.
Já a defensora pública Jeane Meira, começou a relatar sobre a lei de drogas vigente no nosso país, comentou sobre a questão repreensiva onde separa o usuário do traficante, falou sobre o artigo 28 que trata o usuário de forma mais tranquila, e trata no artigo 33 de forma mais branda o traficante, relatou também sobre a despenalização do porte de drogas para consumo. Ao longo do seu discurso trouxe sua experiência de como funciona a lei de drogas na prática, sendo complexa a diferenciação do traficante para o usuário, e ai onde começam os embates; Suposto traficante X Policial, quem tem fé pública? 
Ao desenrolar da palestra a defensora trouxe diversas vivencias como defensora, onde tem a oportunidade de conhecer não só o traficante como sua família, e pode observar que em sua maioria traficam para sustentar o vício, e ao entrarem dentro do sistema carcerário acaba sendo uma “escola”, deixando de ser um usuário para traficante, prender não resolve a questão das drogas, pois no presídio fica ainda mais fácil essa movimentação. 
Outra observação em sua fala final sobre as drogas que é melhor a descriminalização pois a cada dia é mais difícil defender o indefensável. Por fim, ela cita a existência da delação premiada na lei de drogas. - O artigo 41: “O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.” - Mas é um artigo que seria ótimo na teoria, a questão é quem vai delatar um traficante? 
 
· 2º dia do Júri
No segundo dia foi a peça no qual ocorreu a simulação do julgamento do réu Zenildo Francisco Santana Flores, denunciado pelo delito previsto no art. 121, parágrafo 2º, inciso I, última figura, (motivo torpe – vingança) e inciso IV (mediante recurso que tornou impossível a defesa), homicídio duplamente qualificado, do Código Penal.
Nesta audiência podemos contar com o Juiz de Direito dr. Aleson, e para compor o papel de réu, ministério público, promotores da justiça, advogados da defesa e testemunhas foram encenados pelos alunos do 7º semestre, sendo o Júri os alunos do 1º semestre. 
Ao ser composto o tribunal, foi lido a sentença e deu início a audiência, ouvindo-se as testemunhas de acusação e depois da defesa conforme o rito processual. 
Denúncia : 
Consta nos autos que Zenildo Francisco Santana, deflagrou um golpe de faca tipo peixeira, contra a vítima Ronildo Silva de Jesus, atingindo-o no peito direito, na altura do pulmão, fato este ocorrido no quintal da casa própria vítima. Que a referida lesão, por sua natureza e sede, foi a causa da morte da vítima, consoante consta no laudo de exame cadavérico. Que segundo restou apurado o denunciado assim agiu para se vingar da vítima, que horas antes tivera um desentendimento com seu irmão Josenilton Santana, para tanto, armou-se com a faca mencionada, saiu em busca da aludida vítima e encontrando-a na rua onde reside, perseguiu-a até os fundos de sua própria casa, onde, deixando-a acuada, sem qualquer chance de defender-se, esfaqueou.
 Dessa forma, incorreu o denunciado na prática do delito previsto no art. 121, parágrafo 2º, inciso I, última figura (motivo torpe – vingança) e inciso IV (mediante recurso que tornou impossível a defesa) do Código Penal brasileiro. Das qualificadoras, consoante narrado na denúncia, o réu agiu: a) por vingança, pois achava que a vítima teria brigado com o irmão do réu. A vingança é considerada como motivo torpe. E, assim sendo, é qualificadora do crime de homicídio, B) de modo que impossibilite a defesa da vítima, pois a perseguiu até o quintal da casa onde esta morava, não lhe deixando qualquer possibilidade de defesa.
Sentença : 
Os jurados decidiram por condenar o réu pelos artigos nos quais este foi denunciado, art. 121, parágrafo 2º, inciso I, última figura (motivo torpe – vingança) e inciso IV (mediante recurso que tornou impossível a defesa), sendo este condenado a 13 anos de reclusão em regime fechado.
FTC - FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
VIRGILIO RIBEIRO MARTINS NETO
RELATÓRIO SOBRE VI JÚRI SIMULADO
VITÓRIA DA CONQUISTA– BA
2018
FTC - FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
VIRGILIO RIBEIRO MARTINS NETO
RELATÓRIO SOBRE VI JÚRI SIMULADO
Relatório do VI JÚRI SIMULADO da
Faculdade de Tecnologia e Ciências,
Pelo docente João Xavier dos Santos, 
Penal 4 noturno.
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
2018

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