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Fisiologia renal (sistema urinário, função dos rins e anatomia) - Fisiologia Humana

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1 
fisiologia renal 
NO NÉFRON, O PLASMA SOFRE MODIFICAÇÕES, DANDO ORIGEM À URINA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A função mais importante dos rins é a 
regulação homeostática do conteúdo de água e íons 
no sangue, também chamada de balanço do sal e da 
água, ou equilíbrio hidroeletrolítico. 
Os rins mantêm concentrações normais de íons e 
água no sangue através do balanço da ingestão 
substâncias com a sua excreção na urina, 
obedecendo ao princípio do balanço de massas. 
✓ REGULAÇÃO DO VOLUME DO LEC E DA 
PRESSÃO ARTERIAL - 
Quando o volume do líquido extracelular 
diminui, a pressão arterial também diminui. Os rins 
trabalham de uma maneira integrada com o sistema 
circulatório para assegura que tanto a pressão 
arterial quanto a perfusão tecidual permaneçam em 
uma faixa aceitável. 
✓ REGULAÇÃO DA OSMOLALIDADE - 
O corpo integra a função renal com o 
comportamento, como a sede, para manter a 
osmolalidade do corpo em um valor próximo de 
290 mOsM. 
 
 
✓ MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO IÔNICO- 
Os rins mantêm a concentração de íons-chave 
dentro de uma faixa normal pelo balanço entre a 
sua ingestão e a sua perda urinária. O Na+ é o 
principal íon envolvido na regulação do volume do 
líquido extracelular e da osmolalidade. As 
concentrações dos íons K+ e Ca2+ também são 
estritamente reguladas. 
✓ REGULAÇÃO HOMEOSTÁTICA DO PH - 
O pH plasmático é normalmente mantido 
dentro de uma faixa muito estreita de variação. Se 
o líquido extracelular se torna muito ácido, os rins 
atuam como tampão excretando H+ e conservando 
íons bicarbonato (HCO3
-). Inversamente, quando o 
líquido extracelular se torna muito alcalino, os rins 
secretam HCO3
- e conservam H+. Os rins exercem 
um papel importante na regulação do pH, mas não 
são capazes de corrigir desequilíbrios no pH tão 
rapidamente quanto os pulmões. 
✓ ESCREÇÃO DE RESÍDUOS - 
Os rins removem produtos do metabolismo e 
xenobióticos, ou substâncias estranhas, como 
fármacos e toxinas ambientais. Os produtos do 
metabolismo incluem a creatinina do metabolismo 
muscular e resíduos nitrogenados, como a ureia e o 
ácido úrico. Um metabólito da hemoglobina, 
chamado de urobiolinogênio, dá a ela sua cor 
amarela características. Os hormônios são outras 
substâncias endógenas retiradas do sangue pelos 
rins. 
✓ PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS - 
Os rins não são glândulas endócrinas, mas 
desempenham um importante papel em três vias 
endócrinas. As células renais sintetizam 
eritropoetina, a citocina/hormônio que regula a 
produção dos eritrócitos. Os rins também liberam 
renina, uma enzima que regula a produção de 
hormônios envolvidos no equilíbrio do sódio e na 
homeostasia da pressão sanguínea. Por fim, as 
enzimas renais auxiliam na conversão da vitamina 
D3 em um hormônio ativo que regula o equilíbrio 
do Ca2+. 
 
— EXAME DE UROANÁLISE — 
O primeiro passo no exame de uma amostra de 
urina é determinar a sua cor. A cor é amarelo-
escuro (concentrada), clara (diluída), vermelha 
(indicando a presença de sangue) ou preta 
(indicando a presença de metabólitos da 
hemoglobina). 
Observar nas amostras de urina a limpidez, a 
presença de espuma (indicando presença anormal 
de proteínas), o cheiro e até mesmo o gosto. 
 
 
2 
 Os rins, assim como muitos órgãos no 
corpo, possuem uma enorme capacidade de 
reserva. 
 
O sistema urinário é composto pelos rins e 
por outras estruturas acessórias: ureteres, bexiga 
urinária e uretra. 
A produção da urina inicia quando a água e os 
solutos se deslocam do plasma para o interior de 
tubos ocos (néfrons), que compõem a maior parte 
dos dois rins. Esses túbulos modificam a 
composição do líquido à medida que ele passa ao 
longo dessas estruturas. O fluido já alterado, agora 
chamado de urina, deixa os rins e passa por um 
tubo, chamado de ureter. Existem dois ureteres, 
cada uma partindo de um rim e se dirigindo para a 
bexiga urinária. A bexiga se expande e é 
preenchida com a urina até que, em um reflexo, 
chamado de micção, ela se contrai e elimina a urina 
através de um único tubo, a uretra. 
• nos homens: a uretra sai do corpo através do 
corpo do pênis. 
• nas mulheres: a abertura uretral é 
encontrada anterior às aberturas da vagina e 
do ânus. Devido à extensão mais curta da 
uretra feminina, as mulheres são mais 
propensas a desenvolverem infecções 
bacterianas na bexiga urinária e nos rins, ou 
infecções do trato urinário (ITUs). 
O sintoma mais comum de uma ITU é dor 
ou ardência durante a micção e aumento na 
frequência de micção. Uma amostra de urina de 
um paciente com uma ITU muitas vezes 
contém muitos eritrócitos e leucócitos, nenhum 
dos quais é encontrado normalmente na urina. 
✓ OS RINS - 
Os rins são o local de produção da urina. 
Cada rim situa-se em um lado da coluna vertebral 
ao nível da décima primeira e décima segunda 
costelas, logo acima da cintura. Embora eles 
estejam abaixo do diafragma, eles são tecnicamente 
fora da cavidade abdominal, entre o peritônio 
membranoso, que reveste o abdome, e os ossos e os 
músculos do dorso. Algumas vezes, os rins são 
descritos como órgãos retroperitoneais. 
Os vasos sanguíneos renais, os nervos, os vasos 
linfáticos e os ureteres emergem a partir dessa 
superfície. As artérias renais, as quais são ramos da 
parte abdominal da aorta, fornecem sangue para os 
rins. As veias renais levam sangue dos rins para a 
veia cava inferior. 
 
 
3 
 
O NÉFRON É A UNIDADE FUNCIONAL 
DO RIM 
 Uma secção transversal através de um rim 
mostra que o interior é dividido em das camadas: 
um córtex externo e uma medula interna. As 
camadas são formadas pelo arranjo organizado de 
túbulos microscópicos, chamados de néfrons. 
Cerca de 80% dos néfrons de um rim estão 
presentes no interior do córtex (néfrons corticais) e 
os outros 20% (néfrons justamedulares) penetram 
no interior da medula. 
 O néfron é a unidade funcional do rim. 
(Uma unidade funcional é a menor estrutura que 
pode efetuar todas as funções de um órgão). 
✓ ELEMENTOS VASCULARES DO RIM - 
 O sangue entra no rim pela artéria renal, 
antes de seguir para as artérias menores, e, depois, 
para as arteríolas no córtex (figura d, e). Nesse 
ponto, o arranjo dos vasos sanguíneos forma um 
sistema porta, um dos três presentes no corpo. 
Lembre-se que um sistema porta é formado pela 
presença de duas redes de capilares em série (um 
após a outra). 
 No sistema porta renal, o sangue flui das 
artérias renais para uma arteríola aferente. Das 
arteríolas aferentes, o sangue passa para uma 
primeira rede de capilares, uma rede em forma de 
novelo, chamada de glomérulo (figura g,j). O 
sangue que deixa os glomérulos passa para uma 
arteríola eferente, e, então, para uma segunda rede 
de capilares, os capilares peritubulares, que 
cercam o túbulo renal (figura g). Nos néfrons 
justamedulares, os longos capilares peritubulares 
que penetram na medula são chamados de vasos 
retos (figura h). Por fim, os capilares peritubulares 
convergem para a formação de vênulas e pequenas 
veias, enviando o sangue para fora dos rins através 
da veia renal. 
A função do sistema porta renal é filtrar o fluido 
sanguíneo para o interior do lúmen do néfron, nos 
capilares glomerulares, e, então, reabsorver o 
fluido do lúmen tubular de volta para o s angue, nos 
capilares peritubulares. 
✓ ELEMENTOS TUBULARES DO RIM - 
 O túbulo renal é formado por uma camada 
única de células epiteliais conectadas entre si, 
próximas à sua superfície apical. 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
5 
O néfron inicia em uma estrutura oca globular, 
chamada de cápsula de Bowman, a qual envolve o 
glomérulo (figura i). O endotélio do glomérulo é 
unido ao epitélio da cápsula de Bowman, de modo 
que o líquido filtrado dos capilares passa 
diretamente para dentro do lúmen tubular. O 
conjuntoformado pelo glomérulo e pela cápsula de 
Bowman é chamado de corpúsculo renal. 
 A partir da cápsula de Bowman, o filtrado 
flui para o interior do túbulo proximal e, após, 
para a alça de Henle, um segmento em forma de 
grampo que desce até a medula e, posteriormente, 
retorna para o córtex. A alça de Henle é dividida 
em dois ramos, um ramo descendente fino e um 
ramo ascendente com segmentos fino e grosso. O 
fluido, então, chega até o túbulo distal. Os túbulos 
distais de até oito néfrons drenam para um único 
tubo maior, chamado de ducto coletor. (O túbulo 
distal e seu ducto coletor formam o néfron distal). 
Os ductos coletores passam do córtex para a 
medula e drenam na pele renal. Da pelve renal, o 
líquido filtrado e modificado, agora chamado de 
urina, flui para o ureter no seu trajeto rumo à 
excreção. 
 
 
 
 O volume médio de urina que deixa o rim é 
de apenas 1,5 L por dia, mais de 99% do líquido 
que 
entra nos néfrons precisa voltar para o sangue, caso 
contrário, o corpo desidrataria rapidamente. 
OS RINS FILTRAM, REABSORVEM E 
SECRETAM 
 Três processos básicos ocorrem nos 
néfrons: filtração, reabsorção e secreção. 
• filtração é o movimento de líquido do sangue 
para o lúmen do néfron. 
A filtração ocorre apenas no corpúsculo renal, onde 
as paredes dos capilares glomerulares e da cápsula 
de Bowman são modificadas para permitir o fluxo 
do líquido. 
Uma vez que o fluido filtrado, chamado de filtrado, 
chega ao lúmen do néfron, ele se torna parte do 
meio externo ao corpo, da mesma forma que as 
substâncias no lúmen intestinal fazem parte do 
meio externo. 
• tudo que é filtrado nos néfrons é destinado à 
excreção na urina, a não ser que seja 
reabsorvido para o corpo. 
 
 
6 
Após o filtrado deixar a cápsula de Bowman, ele é 
modificado pelos processos de reabsorção e 
secreção. 
• reabsorção é um processo de transporte de 
substâncias presentes no filtrado, do lúmen 
tubular de volta para o sangue através dos 
capilares peritubulares. 
• secreção remove seletivamente moléculas do 
sangue a as adiciona ao filtrado no lúmen 
tubular. 
 Embora a secreção e a filtração glomerular 
movam substâncias do sangue para dentro do 
túbulo, a secreção é um processo mais seletivo que, 
em geral, usa proteínas de membrana para 
transportar as moléculas através do epitélio tubular. 
O NÉFRON MODIFICA O VOLUME E A 
OSMOLALIDADE DO LÍQUIDO 
 A reabsorção ocorre quando as células do 
túbulo proximal transportam solutos para fora do 
lúmen, determinando a reabsorção de água por 
osmose. O filtrado que deixa o túbulo proximal tem 
a mesma osmolalidade do que o filtrado que entrou. 
• a função primária do túbulo proximal é a 
reabsorção isosmótica de solutos e água. 
• o filtrado que deixa o túbulo proximal passa 
para a alça de Henle, o local principal para a 
produção de urina diluída. 
 À medida que o filtrado passa pela alça de 
Henle, proporcionalmente é reabsorvido mais 
soluto do que água, e o filtrado torna-se 
hiposmótico com relação ao plasma. 
 A partir da alça de Henle, o filtrado passa 
para o túbulo distal e para o ducto coletor. Nesses 
dois segmentos, ocorre uma regulação fina do 
balanço de sal e de água sob o controle de vários 
hormônios. A reabsorção e a secreção (em um 
menor grau) determinam a composição final do 
filtrado. No final do ducto coletor, o filtrado tem 
um volume de 1,5 L/dia e uma osmolalidade que 
pode variar de 50 a 1.200 mOsM. O volume e a 
osmolalidade finais da urina dependem das 
necessidades do corpo de conservar ou excretar 
água e soluto. 
 A filtração ocorre no corpúsculo renal à 
medida que o líquido passa dos capilares do 
glomérulo para dentro da cápsula de Bowman. A 
reabsorção e a secreção ocorrem ao longo do 
restante do túbulo, transferindo material entre o 
lúmen e os capilares peritubulares. A quantidade e 
a composição das substâncias que são reabsorvidas 
e secretadas variam nos diferentes segmentos do 
néfron. O filtrado que permanece no lúmen no final 
do néfron é excretado como urina. 
 A quantidade de qualquer substância 
excretada na urina reflete o resultado do seu manejo 
durante a sua passagem através do néfron. A 
quantidade excretada é igual à quantidade filtrada 
para o túbulo, menos a quantidade reabsorvida para 
o sangue, mais a quantidade secretada no lúmen 
tubular: 
 
 
 
Quantidade excretada = quantidade filtrada – 
quantidade reabsorvida + quantidade secretada.

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