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RESUMO P1 GEOPOLÍTICA

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RESUMO GEOPOLÍTICA 2019.1 – HEITOR DE SOUZA DE PAULA E SILVA
“A virtú das classes ou das nações está submetida inexoravelmente à fortuna dos fatores econômicos ou dos fatos geográficos”
FASES DA GEOPOLÍTICA
1) Final do século XIX – 2a Guerra Mundial
Multipolaridade. Escolas nacionais de geografia (alemã, francesa e britânica).
Abordavam temas em comum: noção de potência mundial, relação espaço/território-poderio estatal, fronteiras, colonialismo etc.
2) 1945 – 1970
Bipolaridade. Rompimento com a geopolítica (virou pseudociência), maior rigor metodológico, identificação com o neopositivismo (einsteiniano) em detrimento do darwinismo. Substituição da busca pelo poderio para um Estado pelo funcionalismo ou materialismo histórico. Preocupações com a Guerra Fria, ideologias etc. Predomínio do pensamento estadunidense.
3) 1970 – Presente
Crise da bipolaridade. Crítica a velhos temas e invenção de novos. Surgimento de novas demandas (feminismo, movimento LGBT etc.). O poder deixou de ser exclusivo do Estado, percebe-se sua presença em diversos outros escopos da sociedade (corpo, sexualidade etc.).
RATZEL
Contexto: unificação tardia alemã, período bismarckiano, emerge como potência industrial na Europa, sem participar da partilha do mundo. Busca, mesmo que implicitamente, legitimar o expansionismo alemão → naturaliza a guerra e a competitividade e dá destaque ao Estado.
Seções do livro:
1) Relação entre o estado e o solo: soberania se exerce em um território delimitado por fronteiras. Conceito de política territorial
2) Movimento histórico e o crescimento do estado: grandes migrações, mobilidade espacial dos povos, guerra (disputa territorial, objetivo é penetrar no território inimigo) etc.
3) Crescimento espacial dos estados: influência das representações geográficas, do papel das ideias religiosas e nacionalistas sobre o desenvolvimento estatal, etnias e culturas.
4) Detalha o que significa posição geográfica do estado
5) Enfatiza a extensão geográfica dos estados: relaciona isso com o formato do território, com o “comércio” ou as relações exteriores, com o povoamento e com o poderio dos Estados. (Dá certa relevância ao poder naval quando afirma que a Rússia só vai conseguir ser uma potência mundial quando abrir uma rota até o oceano índico).
6) Fronteiras: naturais e artificiais.
→ Fundador da escola determinista alemã
→ Sistematização da geografia moderna, positivismo (método único a todas as ciências).
→ Ratzel buscava tratar:
1) da relação entre sociedade e condições ambientais, das condições que a natureza impõe na História (a diversidade da natureza explica a diversidade dos povos); 
2) da difusão dos povos sobre o espaço; 
3) da formação dos territórios.
Geografia do homem associada ao Determinismo geográfico → há aqueles que veem em Ratzel uma percepção de que o homem é apenas produto do meio físico e sua sobrevivência dependia fundamentalmente do processo de seleção e adaptação às condições naturais. Entretanto, outros o veem como crítico do determinismo simplista, sendo contra a ideia de que o homem é um produto do meio. O homem é influenciado, mas não totalmente passivo. A influência do meio se impõe pelos recursos disponíveis, pelos estímulos ou barreiras existentes etc. Não são as condições naturais o motor da história.
Espaço (raum) → extensão, forma, relevo e clima da área ocupada pelo Estado.
Posição (lage) → relações recíprocas entre o espaço do Estado e o meio circundante.
Território → uma porção da superfície apropriada por um grupo humano
Espaço vital → é a necessidade territorial de uma sociedade. A luta pela sobrevivência se manifesta na luta pela conquista de espaço. O combate pela conquista de espaço condiciona a seleção natural onde os povos mais fortes subjugam os mais fracos. 
Civilização → “a soma das conquistas cultas” que só é alcançada pelo domínio da natureza, que leva ao progresso intelectual pelo acúmulo de riquezas. Em seguida, é necessário que haja paz para ocorrer progresso. Esse processo se desenvolve importantemente por múltiplos caminhos (teoria difusionista). O contato com outros povos gera esse incremento das áreas técnicas. Caso o contato seja bélico, a conquista do menos avançado ainda é vantajosa pois o impele a um estágio superior de civilização. Quando a sociedade se organiza para defender o seu território, ela se transforma em Estado. Esse seria o ponto de inflexão na História (cujo palco é a Terra). 
Estado → aumenta a coesão social. Autonomiza-se da dinâmica social que lhe deu vida. Desse modo, torna-se o protagonista da História. Seu objetivo é garantir e aumentar o espaço vital. “Sua ideia do Estado como organismo está baseada antes de tudo nesse seu caráter de agente articulador entre o povo e o solo” COSTA.
Concepção organicista do Estado → deve lutar pela sua sobrevivência.
Leis sobre espaços crescentes → 
o espaço dos Estados aumenta com o crescimento da cultura
a capacidade dos cidadãos deve aumentar antes do estado crescer
o Estado cresce pela fusão e absorção de unidades políticas menores
a prova do crescimento do Estado é a mudança de suas fronteiras
o Estado busca incorporar aos seus territórios mais valiosos
o impulso para a expansão territorial vem de uma civilização com maior grau de desenvolvimento
a tendência de expansão é contagiosa
Os Estados não podem ser dissociados do solo. Para ele, o Estado é como uma evolução biológica e civilizacional de um povo (não histórica). “Inúmeras diferenças históricas, inclusive dentro dos Estados, repousam sobre esses fundamentos geográficos [oposição entre periferia e centro, litoral e interior, etc.]”.
Teoria de Malthus → alega que quando um estado renuncia a expansão do solo deve estar ciente do crescimento populacional e necessidades de subsistência enquanto elemento conflituoso ao seu desenvolvimento. (força da densidade X força do meio) densidade populacional X condicionamento do ambiente
População cresce exponencialmente e meio de subsistência aritmeticamente 
Cenários que influenciaram seu pensamento:
1) Sistema de equilíbrio europeu
2) Paz de Vestefália
3) França pós revolução
4) Congresso de Viena
5) Colapso do Sistema Metternich
KJELLEN
→ criou, de fato, Geopolítica, que, para ele, “é o estudo do Estado como organismo geográfico, isto é, como fenômeno localizado em certo espaço da Terra, logo do estado como país, como território, como região, ou, mais caracteristicamente, como Reich”
→ caráter estreito, reducionista e expansionista de sua concepção de Estado
Características de sua construção científica:
1) Um sistema de política objetiva no qual se acham perfeitamente articulados os cinco ramos em que ele a divide;
2) Considerar o Estado como um organismo vivo;
3) A lei da harmonia, a qual leva o organismo estatal a tender, na sua autoconstrução para uma situação de sanidade política.
Território → é o corpo do Estado, não um bem deste. É vivo e perecível. O homem é a alma que pode valorizar esse corpo.
→ Organicista: analisado como ser vivo.
1) Topopolítica: os problemas de “lugar”. Maritimidade, continentalidade, centralidade, penínsulas, istmos, ilhas, nível do mar. Exame da posição relativa considerando seus vizinhos, periferia, centro...
2) Morfopolítico: consequências que a forma do país – e o seu tamanho – impõem às diretrizes políticas dos estadistas. (Equivale à Raum em Ratzel). É preciso analisar a forma do país (geometria), fronteira, capital, centro de gravidade da vida nacional, vias de comunicação etc. Situação do mar e outros estados, equilíbrios de poder e objetivos da posição na política externa. Como essas coisas têm mudado com o passar do tempo...
3) Fisiopolítica: o estudo daquilo que o território contém. (Distinção explicita entre espaço físico e espaço geométrico, diferente de Ratzel). Como empregar as riquezas naturais do país. Latitude, animais, vegetais, chuva, regime fluvial, transporte...:
"O Estado nasce, cresce, e morre em meio de lutas e conflitos biológicos, dominado por duas essências principais (o meio e a raça) e três secundárias(a economia, a sociedade e o governo)
Geopolítica Alemã:
É o estudo dos processos políticos que ocorrem no solo dos Estados;
Se apoia na geografia política e seu campo de trabalho é o exame dos organismos políticos territoriais;
Os estadistas devem desenvolver processos geopolíticos dentro de seu escopo geográfico;
A geopolítica visa fornecer conhecimento para que esta seja a orientadora da política geral;
Surge como doutrina de normas e preceitos;
Só assim se dará um completo conhecimento científico do assunto.
MAHAN
Contexto: Elaborada na época da expansão imperial norte-americana, os estados unidos preenchiam todas as condições para desenvolverem o poder marítimo. Doutrina do Destino manifesto, elite anglo saxão calvinista alegava que EUA tinha uma visão civilizatória de mundo. Justificava o direito e necessidade de expansão. O país tinha todos os fatores colaborando pra obter um controle naval efetivo: controle do triângulo estratégico (Panamá, Alasca e Havaí), fronteiras terrestres seguras (México, Canadá), Segunda Revolução Industrial.
Objetivo: estimar os efeitos do poder marítimo no curso da história e na prosperidade das nações; defesa nacional pelo comando do mar. Defendia a criação de uma Marinha no mínimo tão forte quanto a Britânica.
Teoria da supremacia do poder marítimo → definia a queda ou ascensão de um império: “Domínio do Mar traz a vitória na guerra e a riqueza na paz”.
Poder naval (poder militar) x poder marítimo (capacidade política, econômica e militar, capacidade de influir em acontecimentos e comportamentos).
Controle do mar era a chave para o domínio do mundo → Mahan defendia que a função da Marinha é o controle do comércio marítimo e que guerras são vencidas pelo estrangulamento econômico do inimigo pelo mar. Para ele, o poder dessa frota vinha de sua concentração, caso navios/fragatas fossem separados, se tornariam fracos. Depois ele vai afirmar que o papel da Marinha é a ofensiva, a perseguição aos navios mercantes inimigos, que só poderia ser conseguido pela imobilização da força naval inimiga. 
Condições essenciais ao poder marítimo de um Estado: (relacionável com Ratzel)
1) posição geográfica; 
2) conformação física; 
3) extensão territorial; 
4) número populacional; 
5) caráter nacional;
6) política dos governantes. 
Além disso, a completa segurança das fronteiras terrestres era da maior relevância
Imperialismo: focado no Caribe, no Havaí, nas Filipinas, na construção de um canal no istmo da América Central, como passo para os mercados da Ásia e da América Latina. Porém, focando mais no aspecto estratégico e não tanto no comercial.
Estrutura:
· Princípio da concentração;
· Valor estratégico da posição central e linhas interiores;
· Proximidade entre logística e combate.
→ A característica física do território determinaria sua vocação marítima ou terrestre. As riquezas de um país poderiam ser um empecilho caso impedissem deste de olhar para fora e desenvolver um laço com o mar.
Crowl argumenta que o poder naval não tinha toda a relevância que Mahan defendia. Ressalta que Mahan foi culpado da “falácia redutiva que diminui a complexidade à simplicidade, ou diversidade à uniformidade”.
MACKINDER
Contexto: polarização político-militar que criou dois blocos antagônicos: a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente. Ascensão dos Estados Unidos e do Japão. Ruptura com uma visão de mundo centrado no Eurocentrismo e a Ideia do Poder Marítimo
Objetivo: correlacionar as realidades geográficas e os processos históricos globais, universalizados pela unificação do mundo pelo terceiro surto expansionista europeu.
Pilares:
· O mundo como unidade compacta;
· O primado da causalidade;
· Oposição terra-mar.
Concepção Histórico-geográfica: mundo como sistema político fechado (Interconexão física, militar, política e econômica da ordem internacional), era pós colombiana. Luta pela supremacia entre o poder marítimo e o poder terrestre. Também acredita que a coletividade humana está condicionada pelas características do meio ambiente, como espaço, relevo, clima etc. Assim como Mahan, vê nesse fator uma influência no caráter nacional, voltado mais pra uma vocação marítima (países insulares) ou continental (países mediterrâneos). Entre os dois, há os anfíbios, países equilibrados. 
→ Potências terrestres utilizam-se de sua posição central e de suas linhas interiores para se expandir em direção às regiões periféricas com acesso ao mar e as potências marítimas apoiavam-se na sua posição insular e nas linhas exteriores para manter o antagonista encurralado.
Aspectos
· Histórico: Evolução europeia deixa de ser vista como processo endógeno → subordinado à História asiática
· Geográfico: Europa deixa de ser enfocada como um continente à parte. Torna-se uma das penínsulas da Eurásia.
· Cartográfico: Europa foi deslocada da posição axial em que se encontrava na Escala Mercator, cede lugar a Área Pivô Região Basilar do Planeta
Supremacia do poder terrestre: Rivalidade secular entre dois poderes antagônicos. O autor crê que as inovações nos meios de transporte vão sedimentar de uma vez por todas a supremacia do poder terrestre sobre o naval. Mackinder vê que é bem mais fácil um poder terrestre desenvolver uma esquadra e se lançar ao mar do que um poder marítimo organizar um exército e se lançar à terra. 
Conceitos:
1) Ilha Mundial: Eurásia-África + América do Norte, América do Sul e Austrália.
2) Heartland: Área-pivô. É uma ideia estratégica sediada no coração da Eurásia. É o território intransponível ao poder marítimo, coincide com as fronteiras russas do início do século XX. 
3) Crescente Interno: áreas de disputa onde se chocavam os poderes. O controle destas assegurava o equilíbrio de poder na Eurásia. 
4) Crescente Externo: arco exterior ao crescente interno. Onde localizavam-se as grandes potências marítimas, mas a salvo da inconveniência do poder terrestre.
5) Grande Oceano: o oceano é único
6) Oceano Central: Atlântico Norte
→ O desenvolvimento da civilização europeia poderia ser concebido como o resultado de uma bem-sucedida reação de seus povos às frequentes invasões perpetradas por hordas nômade-pastoris a partir da região central da Eurásia. Causou a expansão territorial russa e a expansão oceânica ibérica. A dialética invasão vs. Reação é o nexo da correlação histórico- geográfica global que embasa a teoria de Mackinder.
→ Rússia e a parte oriental da Alemanha buscavam obter controle do Heartland. A Rússia também visava apoderar-se das regiões periféricas do Velho Mundo com o objetivo de obter saída para os Mares Quentes. A Inglaterra visava impedir que esse objetivo fosse realizado. Porém, quando a Alemanha começou sua corrida naval, Inglaterra se aliou com a Rússia e com a França para impedir que aquela alcançasse seu objetivo. Apesar da potência marítima ter vencido a potência terrestre, Mackinder não muda sua percepção.
Alerta: união da Rússia e Alemanha, duas grandes potências continentais. Para evitar isso ele propôs um Cordão sanitário entre os dois países, formado por países criados a partir da desmembração dos grandes impérios destruídos na guerra. 
Pontos do argumento segundo WIGHT:
1) Não tem como existir poderio marítimo sem raiz territorial;
2) O poder marítimo sempre sucumbiu quando sua base territorial foi conquistada;
3) A era colombiana já havia terminado;
4) O fechamento das fronteiras do mundo trouxe uma nova perspectiva geográfica;
5) A revolução nos meios de comunicação e o crescimento da população fez a Ilha Mundial uma unidade estratégica; 
6) O Heartland é a área que o poderio marítimo tem mais dificuldade de acessar;
7) O triunfo do poder marítimo na Primeira Guerra foi ilusório;
8) A lição da 1ª guerra foi a respeito do aumento das vantagens do poderio terrestre;
9) A Heartland tem pouca região fronteiriça natural com a Europa a oeste.
HAUSHOFER
a) Comentar as passagens históricas
O general e geopolítico Karl Haushofer nasceu em 1869 na Alemanha, tendo escrito suas obras no período do entreguerras, em um sistema europeu marcadopor um clima de desconfiança e descontentamento: a Inglaterra estava perdendo poder por conta do crescimento estadunidense, a França mantinha uma posição de poder forte no continente, a URSS havia se isolado para restruturar-se após a Revolução socialista e a Alemanha destruída iniciava sua reconstrução em meio a graves crises econômicas e políticas. 
	
b) Explicar os problemas que formulava
	Um dos principais problemas sobre o qual formulava foi sobre a questão territorial alemã pós 1ª guerra mundial. Para o autor, o que foi definido através da “diktat de versalhes” foi a mutilação territorial da Alemanha, que era intolerável. Essa visão provêm da influência da ideia de “determinismo territorial” provinda de Friedrich Ratzel sobre o pensamento do general alemão. Segundo este, o homem é influenciado pelo território que habita, mas não é totalmente passivo. Haushofer, entretanto, leva a extremos essa noção, afirmando que, na verdade, “o espaço rege a história da humanidade”. Toma emprestado também o conceito de espaço vital (necessidade territorial de uma sociedade) e o associa com a situação da Alemanha “mutilada” no pós-guerra. Nessa nova ordem mundial, há países com grandes espaços, mas incapazes de dominá-los politicamente com eficácia e outros com tão pouco espaço que não conseguiriam nem mesmo abastecer suas necessidades básicas. Este era, para Haushofer, o motivo da crise econômica pela qual passa seu país.
	Além disso, Mackinder, geógrafo inglês, argumenta que a ascensão de um poder terrestre situado no Heartland (provavelmente a partir da aliança entre Alemanha e Rússia) é um perigo para o equilíbrio europeu e para a política de poder britânica, já que esta se tornaria apenas um satélite ao redor da Alemanha. Essa visão de contenção, adotada pela política britânica, obviamente é um empecilho para a prosperidade alemã.
c) Explicar a tese que defendia e os argumentos que sustentava para justificar o problema que se debruçava.
	Desse modo, Haushofer — prestando tributo (“corrompendo” para Weiger, “pervertendo a geopolítica” para Kaplan) a Mackinder, que escreveu sobre o quão perigoso seria uma aliança teuto-russa para as potências ocidentais — define que o principal objetivo da política alemã deve ser a busca por uma aliança com a URSS, antiga Rússia, visto que esta, situada em posição privilegiada no heartland, possui o espaço de que tanto carece a Alemanha e poderia servir de ponte entre a Alemanha e os povos da região indo-pacífica. Portanto, a política da Alemanha em relação à URSS deveria ser guiada pelo imperativo geopolítico de proximidade e não pela divergência ideológica — nazismo x bolchevismo —, ao passo que contava com a rivalidade ideológica do seu possível aliado com as potências marítimas EUA e Inglaterra como fator de aproximação com o seu país. Além disso, defendia a inclusão do Japão nessa aliança, considerando que esta auxiliaria a concretização do pangermanismo e movimento pan-asiático [PORQUE?????] 
	Essas alianças levariam à constituição de quatro grandes áreas supercontinentais, chamadas de pan-regiões — a Euráfrica (Europa, África e Oriente Médio), a Pan-Ásia (China, Coreia, Sudeste Asiático e Oceania), a Pan-Rússia (Rússia, Irã e Índia) e a Pan-América (todo o continente americano) — que criariam uma reserva de poder através do poder anfíbio que seria capaz de pôr em cheque a primazia naval britânica e obter para si o domínio do sistema internacional. 
	É importante frisar que nesse ponto as visões de Haushofer, que tanto associam a ponto de o chamarem de “Maquiavel nazista”, diferenciam-se bastante: o ditador nazista acreditava ser possível conciliar os interesses teuto-britânicos, aceitando a supremacia naval e colonial britânica, caso a Grã-Bretanha abandonasse sua posição de árbitro do equilíbrio europeu e aceitasse a hegemonia continental alemã. Para ele o inimigo mortal era a França, devendo ser aniquilado, para em seguida colocar em prática a Marcha para o Leste — que ia basicamente contra os pilares da teoria de Haushofer sobre a relação com a Rússia —, construindo um império territorial alemão em detrimento da URSS e coexistindo com o império marítimo britânico. 
	O pacto de não-agressão Molotov-Ribbentrop de 1939 pareceu atender as expectativas de Haushofer, formando o embrião de uma aliança entre as duas potências continentais e definindo a proteção do Báltico, do mar Negro e do Mediterrâneo Oriental. Porém, a vontade de Hitler prevaleceu e o pacto foi quebrado menos de dois anos depois quando ordenou o ataque à URSS, acabando com qualquer possibilidade da realização dos projetos de Haushofer. Porém, é possível obter mais uma lição desse episódio: com a derrota da Alemanha nazista na URSS foi demonstrada mais uma vez, como afirmava Mackinder, a dificuldade que é vencer um país com uma enorme área territorial.
SPYKMAN
a) Comentar as passagens históricas
Nicholas Spykman (1893-1943), geógrafo e político estadunidense, de origem holandesa, formulou sua teoria principalmente no período do entreguerras, quando os Estados Unidos era palco de um debate no campo da sua teoria política externa em duas frentes diferentes: 1) idealistas (partidários de um sistema de segurança coletiva, materializado na Liga das Nações) vs. realistas (argumentavam que a paz só poderia ser mantida por uma política norteada pelos critérios da segurança nacional) e 2) isolacionistas (segundo quais, o país não deveria se envolver nas questões fora de seu território) vs. intervencionistas (defendiam a necessidade de uma ação direta para garantir sua segurança). O autor é partidário da visão realista e intervencionista, como será demonstrado. Para ele, os Estados se assemelham a bolas de bilhar e a estrutura internacional é uma anárquica e oligopolista, o que garante certa estabilidade 
b) Explicar os problemas que formulava
O principal problema que formulava concernia à preservação da paz americana e a manutenção e obtenção de poder relativo no sistema internacional. Visto que, para ele, o Estado deve sempre buscar alcançar uma margem de poder excedente pra ser utilizado na política internacional com o fim de obter a supremacia mundial. 
No contexto da 2ª Guerra Mundial, no qual o alinhamento da Alemanha com a URSS não era mais uma possibilidade, a partilha da Eurásia pela aliança nipo-germânica formava o temor de Spykman, já que esse controle das planícies eurasianas concederiam a estas a tal margem de poder, as deixando livre para voltar-se contra seus inimigos tanto pelo Atlântico quanto pelo Pacífico. 
c) Explicar a tese que defendia e os argumentos que sustentava para justificar o problema que se debruçava.
	O conceito de rimland é o pilar da teoria de Spykman e merece mais crédito. O rimland são as regiões costeiras que contornavam a grande planície central da Eurásia, é a periferia euroasiática, correspondente geograficamente ao inner crescent de Mackinder. Porém, diferencia-se deste pois, segundo Spykman, é do rimland que surgem as pressões para o Heartland e não o contrário. O perigo da unificação da Eurásia não advinha do Heartland, mas, partiu sempre do rimland, como comprovado pela pressão exercida pela aliança nipo-germânica sobre a URSS. A estrutura de distribuição de poder mundial era rimland mais a América do Norte. Também argumentava que nunca houve rivalidade entre poder terrestre e poder marítimo, como afirmava Mackinder, na verdade ocorria um alinhamento rimland + Grã-Bretanha vs outros membros do rimland + Rússia ou Grã-Bretanha + Rússia vs um poder dominante no rimland. A influência de Mackinder se estende à sua visão de unicidade da superfície líquida, que significa que vê o mundo como um sistema político fechado e, então, dividido em grandes blocos insulares.
	Para Spykman, o isolacionismo — que defendia a fixação da primeira linha de defesa dos Estados Unidos no próprio continente por conta do seu distanciamento das problemáticas euroasiáticas pela sua posição geográfica entre dois grandes oceanos — era uma política falha, visto que o surgimento de poderesaéreos tornava essa segurança apenas um sentimento, sendo adepto do intervencionismo como estratégia de defesa. Essa fragilidade da sensação de distância é demonstrada pela proximidade geográfica da América do Norte e da Eurásia, que foi observada por Spykman graças à utilização do mapa de projeção azimutal com o centro no Polo Norte.
	Desse modo, seguindo seu axioma, “quem controla o rimland domina a eurásia, quem domina a eurásia controla os destinos do mundo”, defendia que a primeira linha de defesa dos Estados Unidos não deveria estar no próprio continente, mas, sim, nas pontas do continente euroasiático (no rimland), montando, em seguida, uma segunda linha de defesa nas Américas (pela integração do continente americano como uma economia continental autárquica e centralmente coordenada sendo a única possibilidade de defesa nesse cenário; assemelha-se às pan-regiões de Haushofer).
	Os objetivos basilares da estratégia americana, então, devem ser pautados por uma política de equilíbrio de poder e organização de poderes divididos e equilibrados na Eurásia para que nenhum dos Estados da região acumulasse poder suficiente para sonhar com qualquer projeção ultramarina, que prejudicaria o sistema internacional sob a égide dos Estados Unidos. Sendo assim, em livro post mortem publicado em 1944, o autor afirmou que, para isso, deveria buscar uma aliança com a Rússia, já que esta era a mais capaz de equilibrar a Alemanha e a China, mas, em 1947, com a eclosão da Guerra Fria, a possibilidade de tal aliança foi arruinada, ainda mais com a revolução socialista na China, que a agregou à esfera soviética. O conflito que surge é uma oposição entre dois sistemas de alianças: EUA + parte do rimland vs URSS + outra parte do rimland.
	Já durante a Guerra Fria, a estratégia de segurança adotada pelos Estados Unidos é uma de antagonismo entre expansão (do heartland russo em direção ao rimland) e contenção (pela presença estadunidense no rimland). Essa estratégia foi institucionalizada na Doutrina Truman, cujas bases geopolíticas e estratégicas já estavam presentes na bibliografia de Spykman. É importante frisar que a execução dessa doutrina ia contra o que Spykman defendia, a aproximação com a URSS.
	A herança de Spykman se manteve presente na formulação dessa política, principalmente em relação ao avanço da primeira linha de defesa estadunidense para as fímbrias eurasianas e a criação de alianças militares com diversos países anfíbios e insulares do chamado Velho Mundo, como a Otan, a Otase e a Cento, que, em suma, vedada o acesso soviético a qualquer mar navegável.
	
BRZEZINSKI
a) Comentar as passagens históricas
	Zbigniew Brzezinski, cientista político e estadista, nascido em 1928 de origem polonesa, chegou a servir como Conselheiro Nacional de Segurança dos Estados Unidos de 1977 a 1981. Como geopolítico seus escritos foram influenciados pela ocorrência da crise da détente, o “descongelamento” da Guerra Fria por conta da intervenção soviética no afeganistão, triunfo da revolução islâmica no Irã e vitória da revolução sandinista na Nicarágua. Tendo vivido até 2017, também acompanhou todo o colapso do bloco comunista que se seguiu ao esfacelamento da URSS e o fim do sistema bipolar que alçou os Estados Unidos à posição de hegemon no sistema internacional.
b) Explicar os problemas que formulava
	O período histórico no qual escreveu era um problema por si só. Com a crise da détente e a sensação de que a Détente só beneficiava a URSS que teria chance de se reconstruir e crescer em poder, fica evidente a necessidade de uma teoria que formulasse sobre a conquista da supremacia mundial e é sobre isso, por uma perspectiva geopolítica, que Brzezinski escreve.
	Além disso, a existência do conflito entre duas potências armadas nuclearmente faz com que seja impossível ter um confronto militar tradicional, já que a utilização destas resultaria não em vencedores, mas sim em vencidos. Desse modo, a única possibilidade dos EUA vencer o conflito é através de um “prevalecimento histórico” sobre a URSS, que é resumido no axioma “vencer é prevalecer”. Essa é a contribuição teórica mais relevante do autor e que será confirmada em 1991.
c) Explicar a tese que defendia e os argumentos que sustentava para justificar o problema que se debruçava.
	Em 1986 lançou sua principal obra, o livro Game Plan, um guia prático para a ação, com enfoque normativo e prescritivo, pois o autor não buscava criar uma teoria política, mas sim uma nova doutrina de contenção, como será explicado. Este livro pretendia fazer uma analise geopolítica e estratégica do conflito americano-soviético, um balanço global da confrontação leste-oeste, sugerir linhas de ação para a política de segurança nacional norte-americana, esboçar cenários sobre os possíveis desdobramentos da rivalidade entre as duas superpotências.
	Também era tributário da concepção histórico-geográfica da luta poder terrestre versus poder marítimo de Mackinder e da tese de Spykman da supremacia no continente basilar através do controle do rimland. A perspectiva dos mapas é um tema relevante para o autor: o de Mackinder demonstra a centralidade da eurásia, tendência da URSS em buscar saída para os mares; de Spykman demonstra a importância de manter presença no rimland, e consolidar um controle na periferia da eurásia para deter a URSS. Brzezinski basicamente incorpora, combina e reelabora os principais aspectos dessas teorias de tal forma que afirma que controle da Eurásia é condição para a conquista da supremacia mundial, tendo a primeira linha de defesa dos EUA que estar posicionada lá: este é o grande continente basilar do planeta “a potência que dominar a Eurásia terá a seu dispor um poderio excedente único que, sem um contrapeso equivalente no exterior, acabará por conferir-lhe a preeminência mundial.”
	Para o autor, havia três aspectos relevantes do conflito eua-urss: 1) rivalidade histórica: por ter quase meio século desse conflito de tipo clássico (potência oceânica x terrestre), porém, a real natureza do confronto era geopolítica e estratégica. Ele vê os EUA como herdeiro das potências navais e a URSS como sucessora das potências terrestres; 2) caráter imperial: não é apenas uma luta geopolítica, mas sim de impérios com resultados que impactam uma miríade de outros Estados. Isso é marcado pela criação do Pacto de Varsóvia e Comecon (órbita soviética) e da Otan, Otase e Cento (órbita estadunidense); 3) dimensão global: resultado de um processo de interconexões que fez fatos isolados se repercutirem (como no sistema fechado de mackinder). O grande prêmio da disputa é a preponderância em escala mundial, o que implica uma concorrência multidimensional; 
	Há três frentes estratégicas pelas quais a dialética expansão russa-contenção americana se desenrola, contendo as 3 prioridades das geopolíticas americanas: 1) Europa Ocidental: criada a partir da Crise de Berlim e da ameaça comunista na Grécia e Turquia. Os EUA visava impedir o acesso russo ao oceano atlântico e a URSS, neutralizar a europa ocidental; 2) Ásia Oriental: criada a partir da vitória comunista na China. O objetivo dos EUA era vedar o acesso soviético ao oceano pacífico e o da URSS era acabar com a aliança nipo-americana e sino-japonesa; 3) Sudoeste Asiático: desenvolvido a partir da vitória da revolução islâmica no Irã e invasão soviética no afeganistão. EUA queria proteger rotas energéticas que abasteciam EUA, Europa Ocidental e Japão, vedando o domínio do Golfo Pérsico pela URSS e seu acesso ao oceano índico. A URSS buscava conquistar o Afeganistão de fato, aumentando, por conseguinte, a pressão no Paquistão e Irã; 4) os EUA devem apoiar as manifestações de inconformismo político nos países da europa oriental, debilitando seu elo com a URSS, a fragmentando pela sua composição étnica diversificada, apelando para as identidades nacionais.
	Nessa lógica, há estados amortizadores entre o poder terrestre e marítimo que, obtido o controle por qualquer um dos antagonista, podem alterar enormemente a distribuição de poder nas frentesestratégicas, esses são os estados-pinos (polônia, alemanha federal, coreia do sul, filipinas, irã, afeganistão-paquistão). Para mackinder esses formam o inner crescent. Para spykman são os países anfíbios, fímbrias eurasianas. estado geoestratégico: tem vontade e capacidade de alterar o equilíbrio do sistema.
Entretanto, o que mais pesava para a União Soviética era sua unidimensionalidade do poder, baseado no militarismo, frente a um desafio multidimensional (como eram os Estados Unidos). Sua sociedade era uma marcada pelo déficit econômico, científico e tecnológico. Isso aliado à questão das nacionalidades, do militarismo como fator de estagnação — dobro dos gastos dos EUA enquanto o PIB era metade —, defasagem entre objetivo e capacidade e evidente incapacidade de enfrentar a concorrência americana fez com que Brzezinski formulasse a tese declinista: o expansionismo (da postura imperialista; a defasagem entre objetivo e capacidade) gera o militarismo, esgotando a economia e debilitando o poder estatal. Desse modo, o confronto entre as duas potências acabaria por exaustão, não por nocaute.
	Além disso, para os EUA não ser derrotado era o mesmo que vencer, já que seu objetivo era a transformação da conduta externa de Moscou; porém, para a URSS, não vencer era o mesmo que a derrota, pois seu objetivo era mais ambicioso: o fim da primazia americana e alteração do sistema internacional. Isso ocorre porque a URSS só conseguiria demonstrar a vitória do socialismo através da evidente confirmação de uma superioridade militar
	O fim da união soviética confirmou as previsões feitas no Game Plan: a presença dos EUA nas fímbrias eurasianas foi permitida pela multidimensionalidade de seu poder, o que, aliado aos fatores mencionados, levou à exaustão a urss. Quando o império oceânico prevaleceu sobre o império continental, este último ascendendo à preeminência do poder mundial. Desse modo, é observado o valor analítico da teoria de Brzezinski, a relevância da geopolítica para o estudo das relações de poder no sistema internacional e a validade das teorias de Mackinder e Spykman para o estudo da política de poder.
1) BRZEZINSKI
a) análise da política internacional no mundo pós GF
Nova ordem mundial: a queda da URSS e a vitória da guerra do golfo gera um novo caráter da hegemonia marcada pelo unipolar moment, a supremacia global dos EUA: 
novo caráter da hegemonia (George H W Bush)
impedir o surgimento de algum poder rival na Europa, na Ásia e na extinta União Soviética, ser um unrivaled power, resolvendo os problemas do terrorismo, das “rogue nations”, das armas de destruição em massa etc...
a única no mundo a ter como principal missão, não a defensiva, mas a ofensiva, não a de guardar as fronteiras nacionais, mas a de projetar seu poder sobre todos os continentes. tinham 100 mil soldados na Europa, 725 bases pelo mundo em 38 países
to maintain only such military capabilities as are necessary for self-defense and alliance commitments counter-narcotrafic efforts, disaster relief, international peacekeeping forces and consistent with their laws and constitutions and other missions, with the principles of the Organization of American States and United Nations Charters
pentágono: 
defense planning guidance [objetivo político] — o documento mais importante da estratégia do início dos anos 90; novo plano de ação de como os EUA devem estabelecer a pax americana.
krauthammer — pnac
as 3 proposições erradas 1) daria lugar a um ambiente multipolar (Japão, Alemanha/Europa, China, URSS/Rússia); 2) O consenso interno para uma política externa internacionalista seria restaurado; 3) No ambiente pós-soviético a ameaça de guerra seria substancialmente diminuída.
unipolar moment é a característica marcante dos anos 90 primazia única dos EUA, sem concorrentes (alemanha e japão: economia dinâmicas; Grã Bretanha e França: capacidade militar) unipolaridade (EUA e aliados ocidentais) + isolacionismo conservador + aumento da ameaça de guerra (weapon states)
qual é o papel dos eua no mundo; política mundial definida pelos EUA
EUA: ator decisivo
huntington — indo contra a tese de fukuyama de fim da história, afirma que o que existe na verdade é um choque de civilizações (sua anomalia é que não existe civilização africana nem latino-americana)
choque de civilizações ocorre pelas diferenças entre civilizações (língua cultura tradição religião, são mais importantes que qualquer ideologia; mundo cada vez menor: maior consciência civilizacional) e por processos de modernização econômica (separaram pessoas por identidades locais; enfraquecimento do Estado; religião ocupa espaço vazio: fundamentalismo)
ocidente e o resto: visão da supremacia americana como policial do SI
think tank: 
principais posições políticas: neo-conservadores, conhecidos como neocons, a “hard right ” do Partido Conservador; 
[projeto para o novo século americano] objetivava aumentar os gastos com defesa, fortalecer os vínculos democráticos e desafiar os “regimes hostis aos interesses e valores” americanos, promover a “liberdade política” em todo o mundo, e aceitar para os Estados Unidos o papel exclusivo de “preservar e estender uma ordem internacional amigável (friendly) à nossa segurança, nossa prosperidade e nossos princípios”
george W. Bush 
redução dos estoques de petróleo e de gás natural, nos Estados Unidos, evidenciada pelos blackouts ocorridos na Califórnia, enquanto as importações de petróleo estavam a ultrapassar 50% do consumo interno. perspectiva de que a sociedade americana estaria a enfrentar a maior crise de suprimentos de energia, nas duas próximas décadas.
11 de setembro: permitiram que o governo de Washington, sob a consigna da “war on terrorism”, intensificasse a militarização da política externa e empreendesse a campanha para assegurar as fontes de energia; 
a guerra contra o terrorismo constituiu mera figura de retórica, um eufemismo, para disfarçar os reais os objetivos do presidente George W. Bush
national security strategy 2002 substituiu a doutrina de contenção e dissuasão pela de preempção; estimativa de que havia reservas de 160 bilhões de barris na bacia do Mar Cáspio, reservas que desempenhariam importante papel na crescente demanda mundial de energia
doutrina de contenção
doutrina da preempção: ataques preventivos, contra grupos terroristas ou países percebidos como ameaça; visava assegurar a superioridade militar, política e estratégica dos Estados Unidos, mediante o controle, sobretudo, das fontes de energia existentes na Ásia Central e no Oriente Médio
Geopolítica do petróleo: para manter o controle e a segurança dessas fontes de energia e dos dutos que transportam gás e petróleo, os Estados Unidos começaram então a implementar a militarização do corredor da Eurásia, desde o leste do Mediterrâneo, à margem da fronteira ocidental da China, para vencer o "Great Game" no heartland da Eurásia.
b) análise geopolítica da Eurásia no mundo pós GF.
EURÁSIA: prêmio a ser conquistado pela vitória na guerra fria, aproveitar o momento da unipolaridade. [preponderância, permanência e segurança]; 
desmobilização tropas; cria um problema de vácuo de poder, onde algum outro estado com tendência expansionista poderia ocupar
(discurso de Bush afirmando que 60 mil membros das forças armadas retornariam pros EUA — vindo principalmente da Coreia do Sul e Alemanha)
vácuo de poder: fracos, débeis, saindo do escombro do fim da URSS, que perdeu domínio sobre o Leste Europeu e as repúblicas que a integrava, as do Báltico e da Ásia Central. Como proposto por Spykman, os EUA se aproveitaram disso e ocuparam a região, acirrando a disputa ao redor das fontes energéticas. A OTAN chegou a fronteira com a Rússia (1999: países dominados pela URSS; 2004: ex-membros da URSS), estimulando uma resposta desta.
rogue states: estados irresponsáveis, indisciplinados e acusados de patrocinar o terrorismo (state-sponsored terrorism). Irã, Iraque e Coreia do Norte
duas áreas vitais
estados geoestratégico: tem vontade e capacidade de alterar o equilíbrio do sistema
estados pivôsheartland (comente a importância de Ucrânia, Irã, Coreia do Sul, Azerbaijão)
Balcãs da Eurásia - qual é o problema?
 2) ANÁLISE
Em sua obra “the geography of the peace”, nicholas spykman substituiu o planisfério de mercator pela projeção azimutal equidistante centrada no polo norte
a) analise o mapa explicando detalhadamente o que o autor demonstrou
b) finalize explicando detalhadamente as conclusões que ele alcançou

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