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Sensação e percepção: Processos contínuos que tem seu início no momento em que um estímulo é recebido, até o momento em que se processa a interpretação da informação pelo cérebro, valendo-se de conteúdos nele armazenados. - Misturam-se nas experiências cotidianas em um processo contínuo. Sensação: Fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados dentro ou fora do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. - Ativação/excitação do nervo sensorial. (quadro slide 4) Percepção: Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. A Visão: - O órgão sensorial que controla as nossas sensações visuais é o olho. - Quando os olhos captam raios de luz a imagem que está no nosso horizonte (digamos assim) é nítida na retina, de seguida a lente (cristalino) está logo atrás da pupila, dobra e foca a imagem que é depois enviada para a parte de trás do olho! - A parte de trás do olho está formada por milhares de células. Esse forro chama-se retina, que registra a imagem e envia sinais ao cérebro via nervo óptico. Na retina há duas espécies de células sensíveis à luz, estas são os bastonetes e os cones. - Alguns cones são sensíveis à luz vermelha, outros à verde e outros à cor azul. Depois de enviada a imagem ao cérebro, este a põe na posição correta e identifica o que estamos a ver. Aí temos uma sensação visual. - A visão é uma das funções sensoriais mais importantes para os seres humanos; - Capacidade de percepção das informações a distância; - Os objetos são percebidos como um todo unificado (e não analiticamente). Busca Visual: Como encontrar um amigo no metrô? - Seleção de uma característica e busca a partir desta; - Quanto maior o número de dimensões, mais difícil encontrar o alvo; - Quanto maior o número de distratores, mais difícil encontrar o alvo. Percepção: - Transformações de estímulos puramente sensoriais, em fenômenos perceptivos conscientes. - A tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de fatos exteriores mais ou menos complexos. - Envolve o reconhecimento e a identificação das coisas. - Caráter subjetivo. - Toda informação sensorial é captada pelos sentidos e enviada ao cérebro onde é representada; - Não se produz o mundo como espelho, como fotografia porque o cérebro constrói uma representação mental ou imagem da realidade. - Percebemos grupos de objetos ou até partes de objetos para formar conjuntos integrais; - Tendemos a perceber qualquer arranjo visual dado em um modo que organiza, de forma mais simples, os elementos discretos numa forma estável e coerente, em vez de como uma miscelânea de sensações ininteligíveis e desorganizadas. - Se nós vemos uma figura incompleta, automaticamente completamos. Constâncias perceptivas: - Você está caminhando em direção a alguém... À medida que você caminha a imagem na pessoa na sua retina aumenta. Entretanto, você permanece convicto de que a pessoa permaneceu do mesmo tamanho. Por que isso acontece? Por que temos aquela informação no cérebro que ela está do mesmo tamanho. - Constância de tamanho e constância de forma - Ocorre quando nossa percepção de um objeto permanece a mesma, mesmo quando nossa sensação imediata do objeto modifica-se. A sensação imediata do objeto é o estímulo proximal interno, conforme registrado pelos receptores sensoriais da retina. O estímulo distal externo é o objeto como ele existe no mundo. - Sabemos, a partir da experiência, que as características físicas do estímulo distal externo provavelmente não mudam e essa crença afeta nossa interpretação do estímulo proximal interno. - Desse modo, a percepção continua constante, ainda que a sensação se altere. Constância de forma: - A existência de ilusões perceptivas sugere que o que percebemos (em nossos órgãos sensoriais) não é necessariamente o que compreendemos (percepção). - Nossas mentes devem estar captando a informação sensorial disponível e manipulando-a, de algum modo, para criar representações mentais de objetos, propriedades e relações espaciais de nossos ambientes. Ilusão: - Ilusão de Ponzo: Ocorre porque as linhas diagonais parecem desaparecer em profundidade. Enquanto as duas linhas horizontais produzem retinais de tamanho igual, as linhas diagonais fazem a linha superior parecer mais distante, o que nos leva a percebê-la como sendo muito mais comprida que a linha inferior. - Ilusão de Muller-Lyer: - Ilusão do tamanho relativo: Os traços/ círculos são do mesmo tamanho, mas a gente tem a sensação de que não porque o que está entorno influencia. Abordagens gestálticas à percepção da forma: - Figura-fundo – quando se percebe um campo visual, alguns objetos parecem proeminentes e outros aspectos do campo recuam para o plano- de-fundo; Abordagens gestálticas à percepção da forma: Proximidade – Quando percebemos um arranjo de objetos, tendemos a ver os objetos que estão mutuamente próximos como formando um grupo; Similaridade – Tendemos a agrupar objetos com base em sua similaridade; Continuidade – Tendemos a perceber formas suavemente harmoniosas ou contínuas, em vez de formas rompidas ou desarticuladas; Acabamento – Tendemos a acabar ou completar perceptivamente os objetos que não estão, de fato, completos; Simetria – Tendemos a perceber os objetos como formadores de imagens especulares em torno do seu centro. Reconhecimento facial: - Temos uma extraordinária capacidade de lembrar das fisionomias das pessoas, mesmo após muitos anos; - Lembramos da face das pessoas, mas muitas vezes não conseguimos nos lembrar o nome da pessoa, de onde ela é ou quando a vimos pela última vez. Prosopagnosia: - Déficit na capacidade de reconhecer fisionomias, que não pode ser atribuída diretamente a uma deterioração da função intelectual; - Os pacientes com esse distúrbio podem reconhecer uma pessoa ao ouvir sua voz; - Podem ser incapazes de reconhecerem a si próprios; - A prosopagnosia raramente ocorre em lesões simples, bem circunscritas. Está frequentemente associada a lesões bilaterais, causadas por AVCs duplos, trauma encefálico, encefalite ou envenenamento. Alteração: Analgesia: Diminuição ou suspensão da sensação de dor. - Pode ocorrer em pacientes histéricos, somatizadores ou em situações de medo e pânico. Hiperestesia: Aumento na sensibilidade sensorial, hipersensibilidade. Estímulos mínimos são capazes de causar sensações. (Mania) - Ocorre em quadros maníacos, esquizofrenia, enxaquecas. Hipoestesia: Diminuição da sensibilidade sensorial, os pacientes precisam de estímulos fortes para ter a sensação. (Depressão) - Ocorre em pacientes depressivos. Anestesia: Diminuição ou supressão de toda a sensibilidade. A- Falta Hiper- Aumento Hipo- Diminuição Déficit da percepção: - Tricromáticos: Normal - Dicromáticos: Preto e branco - Acromatopsia: Sem alteração de cor - Acinetopsia: Não vê o objeto como um todo - Cegueira, surdez, anestesia (problemas no órgão receptor) - Agnosia visual do objeto – A pessoa tem sensações normais do que está diante delas, mas não podem reconhecer o que vêem. - Simultagnosia – Incapacidade de prestar atenção a mais de um objeto ao mesmo tempo. Ilusão: - Percepção deformada, alterada de um objeto real e presente. - Há sempre um objeto real presente, gerador do processo de percepção, porém tal percepção está deformada, adulterada. - Ocorre nos estados de rebaixamento do nível de consciência, em estado de fadiga grave ou falta de atenção, ou em determinados estados emocionais intensos. “A emoção tem o poder de transformar ilusoriamente nossas percepções”.Representação: - Re-apresentação de uma imagem na consciência, sem a presença real, externa, do objeto que num primeiro momento gerou uma imagem sensorial” (Dalgalarrondo, p. 82). - Re-ativação de uma imagem, sem a presença real do objeto correspondente. - Constituídas pelas imagens dos objetos e fenômenos percebidos anteriormente que são evocados voluntária ou involuntariamente. Alteração da representação: A única alteração da representação é a alucinação: - Percepção de algo no mundo externo que não existe. - Fenômeno de perceber objetos, com todas as características da sensação, na ausência do estímulo sensorial. - “Alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real” (Dalgalarrondo, p. 84). Alucinose: - O paciente vê a imagem, ouve a voz ou o ruído, mas tem a consciência de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico. - Preservação da consciência e capacidade de crítica. - Ocorre com os alcoolistas, e em intoxicações por substâncias alucinógenas.
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