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treinamentos de habilidades sociais

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Profa. Dra. Michela Ribeiro 
michelaribeiro@uol.com.br 
 
A competência social é considerada um indicador 
bastante preciso do ajustamento psicossocial e de 
perspectivas positivas para o desenvolvimento. 
Um repertório social empobrecido pode constituir 
um sintoma ou correlato de problemas psicológicos. 
Um repertório de habilidades sociais desenvolvido 
promove competência social. 
 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
2 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Habilidades de comunicação, expressividade e 
desenvoltura nas interações sociais podem se 
reverter em amizade, respeito, status no grupo ou 
em uma convivência cotidiana mais agradável. 
As habilidades sociais se referem a comportamentos 
emitidos na presença de outros indivíduos, que 
interferem nessa relação. Um repertório mais 
desenvolvido de habilidades sociais interferirá de 
forma mais positiva nessa relação. 
 Supõe um ajustamento a regras sociais. 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
3 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Comportamentos Comportamentos 
Fazer e responder perguntas Agradecer e gratificar 
Solicitar mudança de compto Fazer pedidos 
Lidar com críticas Recusar pedidos ou coisas 
Pedir e dar feedback Justificar-se 
Opinar/concordar/discordar Desculpar-se 
Elogiar/recompensar Demonstrar sentimentos 
Usar conteúdo de humor Autorrevelar-se 
Empatia Cumprimentar 
Simpatia Iniciar e manter conversas 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
4 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Característica herdada x Desempenho aprendido 
 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
5 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Empatia – habilidade natural de se colocar no lugar 
do outro – é observada em animais mas se 
desenvolve com a aprendizagem. 
Há ausência de empatia em crianças negligenciadas 
ou vítimas de maus tratos 
 Timidez – característica herdada, mas também sob 
influência ambiental. 
A base genética predispõe a tipos peculiares de 
interação com o ambiente, mas as experiências de 
aprendizagem influem decisivamente no repertório. 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
6 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Repertório 
de 
habilidades 
sociais 
Família 
Escola 
Herança 
genética 
Mídia 
Contextos 
profissionais 
Amizades, 
colegas, 
desconhecidos 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
7 
 
A aprendizagem se dá a partir de três formas: 
 Contato com experiências/Modelagem 
 Modelação 
 Regras 
 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
8 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
Agressivo Assertivo Submisso 
9 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Assertividade – “envolve a afirmação dos prórios 
direitos e expressão de pensamentos, sentimentos e 
crenças de maneira direta, honesta e apropriada que 
não viole o direito das outras pessoas” (Lange & 
Jakubowski, 1976, p. 7). 
 Submisso também é denominado de não assertivo. 
O agressivo, em geral, desrespeita os direitos do 
outro. 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
10 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Agressivo 
Emocionalmente honesto 
na expressão de 
sentimentos (forma) 
Atinge seu objetivos 
prejudicando a relação 
Valoriza-se ferindo o 
outro 
Assertivo 
Emocionalmente honesto 
na expressão de 
sentimentos 
Atinge seus objetivos 
preservando a relação 
Valoriza-se sem ferir o 
outro 
Submisso 
Emocionalmente inibido 
na expressão de 
sentimentos 
Raramente atinge seus 
objetivos se sacrificando 
para manter a relação 
Desvaloriza-se 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
11 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
Agressivo 
Defende seus direitos, 
desrespeitando o do 
outro 
Gera sentimentos de 
raiva e vingança 
Mantém contato visual 
intimidador, com fala 
fluente, voz alta, gestos 
ameaçadores e postura 
autoritária 
Assertivo 
Defende seus direitos 
respeitando o do outro 
Gera sentimentos de 
respeito 
Mantém contato visual, 
fala fluentemente, em 
tom audível, com gestos 
firmes e postura 
adequada 
Submisso 
Não defende seus direitos 
e respeita os do outro 
Gera sentimentos de 
pena, irritação ou 
desprezo 
Evita contato visual, com 
perturbações na fala e 
tom de “queixa”, gestos 
vacilantes e nervosos e 
postura submissa 
12 
 
Forma 
da fala 
Latência 
Duração 
Regulação – 
volume, 
velocidade 
Transtornos 
– gagueira, 
tiques 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
13 
 
Comporta
mentos 
não 
verbais 
Olhar e 
contato 
visual Sorriso 
Gestos 
Expressão 
facial 
Postura 
corporal 
Movimentos 
com a cabeça 
Contato 
físico 
Distância e 
proximidade 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
14 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Olhar e contato visual 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
15 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Sorriso 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
16 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Expressão facial 
(alegria, medo, 
tristeza, raiva, 
surpresa e nojo) 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
17 
 
Gestos 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 18 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
 
 Postura corporal 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 19 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
 
Movimentos com a cabeça 
Contato físico 
Distância e proximidade 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 20 
Habilidades Sociais 
Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 
 
Modelação 
 Instruções 
Reforçamento diferencial 
 Ensaio comportamental 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 21 
Técnicas 
 
 Proposta por Lazarus (1966) 
 Técnica frequente no treinamento de HS que 
permite: 
 Desenvolvimento de novos comportamentos, com o 
reforçamento dos mesmos 
 Ampliação do controle do comportamento 
 Treinamento em auto-observação 
 Experienciar sentimentos relacionados à situação 
ensaiada e experimentar formas mais adequadas de 
agir 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 22 
Ensaio comportamental 
 
 Etapas: 
 Apresentação da situação-problema pelo cliente 
 Busca de alternativas para solucioná-la 
 Arranjo de situação análoga – pode envolver arranjo 
do ambiente físico para tornar mais próximo do real 
 Desempenho do cliente na situação 
 Feedback do terapeuta 
 Troca de papéis com feedback 
 Preparação para a generalização – pensar em outras 
pos 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 23 
Ensaio comportamental 
 
Instrumentos 
24 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Instrumento de autorrelato para avaliação de 
habilidades sociais em indivíduos a partir de 18 
anos. 
Avalia 38 itens em frases que indicam contextos nos 
quais o comportamento ocorre. 
O avaliado responde se aquele comportamento 
ocorre em 5 categorias (sempre, com muita 
frequência, cerca de metade das vezes, com pouca 
frequência e raramente) 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 25 
IHS 
(Del Prette & Del Prette, 2001) 
 
 São avaliadas as HS agrupadas em cinco fatores: 
 F1 - habilidades de enfrentamento e auto-afirmação 
com risco 
 F2 - habilidades de auto-afirmação na expressão de 
sentimentos positivos 
 F3 - habilidades de conversação e desenvoltura social 
 F4 - habilidades de auto-exposição a desconhecidos e a 
situações novas 
 F5 - habilidades de autocontrole da agressividade em 
situações aversivas 
 
 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 26 
IHS 
(Del Prette & Del Prette, 2001) 
 
 Instrumento de autorrelato em CD-Rom composto de arquivos 
multimídia com 21 situações filmadas de interações sociais, cada 
uma delas com três alternativas de reação apresentadas pela 
personagem principal: 
 habilidosa (que demonstra assertividade, empatia, expressão de 
sentimentospositivos ou negativos de forma apropriada, civilidade, 
etc.), 
 não habilidosa passiva (que demonstra esquiva ou fuga ao invés de 
enfrentamento da situação) e 
 não habilidosa ativa (que demonstra agressividade, negativismo, 
ironia, autoritarismo) 
 Para indicar sua resposta, a criança é provida de uma ficha onde 
pode ser solicitada a avaliar a adequação que atribui a cada uma 
das reações, a freqüência com que costuma apresentá-las e a 
dificuldade de emitir a reação socialmente habilidosa. 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 27 
IMHSC 
(Del Prette & Del Prette, 2002) 
 
Demandas das situações Interlocutor Contexto 
1.Juntar-se a um grupo em brincadeiras Grupo Recreio 
2.Recusar pedido de colega Colega Sala de aula 
3.Expressar desagrado Colega Sala de aula 
4.Pedir ajuda ao colega em classe Colega Sala de aula 
5.Pedir mudança comportamento Colega Sala de aula 
6.Pedir desculpas Colega Recreio 
28 
IMHSC 
(Del Prette & Del Prette, 2002) 
 
Demandas das situações Interlocutor Contexto 
7.Demonstrar espírito esportivo Grupo Recreio 
8.Mediar conflitos entre colegas Grupo Recreio 
9.Negociar, convencer Colega Recreio 
10.Oferecer ajuda Colega Recreio 
11.Propor nova brincadeira Grupo Recreio 
12.Perguntar porquê (questionar) Colega Recreio 
13.Responder à pergunta da professora Professor Sala de aula 
14.Fazer perguntas à professora Professor Sala de aula 
29 
IMHSC 
(Del Prette & Del Prette, 2002) 
 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 30 
IMHSC 
(Del Prette & Del Prette, 2002) 
Demandas das situações Interlocutor Contexto 
15.Aceitar gozações Grupo Recreio 
16.Agradecer um elogio Professor Sala de aula 
17.Resistir à pressão do grupo Grupo Recreio 
18.Consolar o colega Colega Recreio 
19.Elogiar o objeto do colega Colega Recreio 
20.Defender-se de acusações injustas Grupo Recreio 
21.Defender o colega Grupo Sala de aula 
 
 
 Fator 1: Comunicação e expressividade - avalia itens de comunicação entre 
os cônjuges em situações cotidianas e livres de conflitos, bem como a 
expressão de sentimentos/opiniões positivas (elogios, agradecimentos, 
bem-estar). 
 Exemplo, item 24: Se estou sentindo-me bem, expresso isto para meu cônjuge. 
 Fator 2: Asserção de autodefesa - refere-se a itens de comportamentos 
assertivos em que um cônjuge busca defender-se e garantir a auto-estima 
(por exemplo, reagir à avaliação injusta, discordar, evitar sobrecarga de 
tarefas para si pedindo ajuda e tomar iniciativa). Este fator é bastante útil 
para avaliar a habilidade do respondente em defender o respeito à sua 
individualidade quanto a opiniões e direitos no contexto 
conjugal/familiar. 
 Exemplo, item 21: Mesmo quando estou sobrecarregado(a) com várias tarefas, prefiro 
não pedir ajuda a meu cônjuge. 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 31 
Fatores componentes do Inventário de Habilidades 
Sociais Conjugais (IHSC, Villa, 2005) 
 
 Fator 3: Expressão de intimidade - refere-se a itens que avaliam o 
comportamento dos respondentes de revelar/expressar ao cônjuge, 
sem constrangimentos, sentimentos/opiniões que revelam 
intimidade a respeito de si próprio ou do outro. Entram neste fator 
itens relacionados a preferências sexuais e expressão de 
sentimentos positivos. 
 Exemplo, item 31: Durante a relação sexual, consigo dizer a meu cônjuge 
quais carícias mais me agradam. 
 Fator 4: Autocontrole empático - refere-se a comportamentos dos 
cônjuges em situações delicadas como discussões (conflito) ou 
crises pessoais. As demandas dessas situações requerem o exercício 
do autocontrole e a expressão de compreensão a 
sentimentos/opiniões do cônjuge (empatia). 
 Exemplo, item 9: Durante uma discussão, ao perceber que estou 
descontrolado(a) emocionalmente, consigo me acalmar antes de continuar. 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 32 
Fatores componentes do Inventário de Habilidades 
Sociais Conjugais (IHSC, Villa, 2005) 
 
 Fator 5: Asserção pró-ativa - inclui itens em que um dos cônjuges 
pede comportamentos específicos ao outro (cumprimento de 
acordos, mudança de comportamento, esclarecimento) ou reage 
assertivamente a comportamentos do outro (por exemplo, negar 
pedido, discordar) no sentido de garantir a reciprocidade de trocas 
no relacionamento do casal. 
 Exemplo, item 6: Quando meu cônjuge deixa de cumprir algum de nossos 
acordos, dou um jeito de lembrá-lo(a). 
 Fator 6: Evitação de conflitos - reúne itens que avaliam a 
habilidade do respondente em comunicar-se bem com o cônjuge, 
compreendê-lo (perceber se estão abalados emocionalmente, 
entender brincadeiras), a ponto de conseguir resolver de forma 
adequada problemas em comum, evitando conflitos 
desnecessários. 
 Exemplo, item 25: Consigo levar na esportiva as brincadeiras do meu 
cônjuge a meu respeito. 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 33 
Fatores componentes do Inventário de Habilidades 
Sociais Conjugais (IHSC, Villa, 2005) 
 
 Traduzido por Zilda Del Prette (2008) 
 Para estudantes 
 Para pais 
 Para professores 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 34 
Sistema de avaliação de Habilidades 
Sociais – Gresham & Elliott 
 
Autocontrole 0-10 
1. Eu controlo a ansiedade ao falar 
2. Eu lido bem com meus sentimentos 
3. Eu controlo meu estado de humor 
4. Eu expresso minhas emoções 
Civilidade 0-10 
1. Eu cumprimento e despeço-me das pessoas 
2. Eu uso: por favor, obrigado, desculpas, com licença 
3. Eu faço e aceito elogios 
4. Eu faço e respondo perguntas 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 35 
Avaliação de desempenho 
(adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) 
 
Empatia 0-10 
1. Eu demonstro interesse pelo outro 
2. Eu compreendo a situação do outros 
3. Eu demonstro respeito às diferenças 
4. Eu ofereço ajuda 
Assertividade 0-10 
1. Eu concordo ou discordo de opiniões 
2. Eu faço e recuso pedidos 
3. Eu resisto à pressão dos colegas 
4. Eu negocio interesses conflitantes 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 36 
Avaliação de desempenho 
(adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) 
 
Fazer amizades 0-10 
1. Eu inicio e mantenho conversação 
2. Eu faço perguntas pessoais 
3. Eu ofereço informações pessoais 
4. Eu faço convites 
Solução de problemas interpessoais 0-10 
1. Eu me acalmo diante de uma situação problema 
2. Eu penso em alternativas 
3. Eu penso nas consequências 
4. Eu não evito enfrentar situações problemáticas 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 37 
Avaliação de desempenho 
(adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) 
 
Habilidades sociais escolares 0-10 
1. Eu sigo as normas da escola 
2. Eu presto atenção nas aulas 
3. Eu imito comportamentos competentes 
4. Eu aguardo a vez para falar 
5. Eu solicito e agradeço ajuda 
6. Eu busco aprovação ao meu desempenho escolar 
7. Eu reconheço a qualidade de meu desempenho 
8. Eu atendo pedidos e coopero 
9. Eu participo das decisões da turma 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 38 
Avaliação de desempenho 
(adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) 
 
Avaliação do impacto imediato da sessão 
(adaptado de Murta, 2008a) 
Sentimentos em relação à sessão de hoje 0-10 
1. Me senti motivado a cuidar de meu bem-estar 
2. Fiquei tenso 
3. Percebi que cuido mais dos outros do que de mim 
4. Aprendi maneiras de resolver alguns problemas 
5. Me senti aliviado 
6. Me senti distraído e “voando” em alguns momentos 
7. Senti confiança no grupo 
8. Senti que o grupo me rejeitou 
9. Pensamentos desagradáveis invadiram minha cabeça 
10. Compreendi melhor algumas pessoas e situações 
39 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Avaliação do impacto imediato da sessão 
Nome do sentimento: 
 
________________________ 
Nome: _______________________________Data:_______ 
Como me senti na sessão hoje? 
 
Habilidade Pai Mãe Irmãos Amigos Outros 
Expressar carinho sim não não sim +/- 
Fazer elogios 
Contar algo de sua vida 
Puxar conversa 
Dar opiniões 
Discordar 
Pedir desculpas 
Fazer perguntas 
Pedir ajuda 
Demonstrar interesse 
Roteiro de auto-observação nas relações 
interpessoais (adaptado de Murta, 2008b)41 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 
 1. Mantenho contato visual com meu cliente? 
 2. Sou afetivo(a) com meu cliente? 
 3. Consigo fazer questionamentos relevantes com meu cliente? 
 4. Uso de paráfrases para reforçar os relatos verbais do meu cliente? 
 5. Consigo abraçar e/ou beijar meu cliente quando este chora e indica estar 
precisando de afeto? 
 6. Tenho pleno controle da sessão, tratando de assuntos importantes e 
estando atento(a) a possíveis comportamentos de esquiva do cliente? 
 7. Consigo ser informal com meu cliente sem me relacionar com ele como 
se fosse seu(sua) amigo(a)? 
 8. Tento ser honesto(a) com meu cliente, admitindo minhas limitações, falta 
de determinadas habilidades e impossibilidade de manter o tratamento? 
 
 
Checklist para verificação de habilidades 
terapêuticas 
42 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 9. Valorizo a opinião de meu cliente acerca de suas auto-avaliações, tendo 
em vista que ele possui mais informações do que eu sobre si mesmo? 
 10. Estou atento(a) a assuntos ou situações propostos por mim e que o 
cliente ainda não está preparado para discuti-los ou executá-los? 
 11. Sou assertivo(a) diante de tentativas de manipulação do meu cliente? 
 12. Estou ciente que a relação terapêutica é condição para mudança do 
cliente e que, os comportamentos inadequados deverão ser 
consequenciados de forma diferente que em seu “ambiente natural”? 
 13. Respeito meu cliente não tentando impor minhas opiniões, valores 
morais, éticos e/ou religiosos? 
 14. Sinto-me preparado(a) para lidar com as “transferências” do cliente, 
como por exemplo, sua agressividade? 
 15. Sou criativo(a) e consigo estar atento(a) às necessidades individuais de 
cada cliente? 
 16. Estou preparado(a) para lidar com a falta de motivação do cliente? 
Checklist para verificação de habilidades 
terapêuticas 
43 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Direito de ser tratado com respeito e dignidade. 
 Direito de negar pedidos sem ter que se sentir culpado ou 
egoísta. 
 Direito de experimentar e expressar seus próprios 
sentimentos. 
 Direito de mudar de opinião. 
 Direito de parar e pensar antes de agir. 
 Direito de ser independente. 
 Direito de cometer erros. 
 Direito de sentir-se bem consigo mesmo. 
 Direito de obter aquilo pelo que paga. 
Direitos Humanos Básicos 
44 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Vivências 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 45 
 
Objetivos: 
 Conversar com pessoas de autoridade 
 Fazer pedidos 
 Avaliar, aceitar ou recusar justificativas e pedidos 
 Desenvolver a persistência 
 Aceitar recusa, lidar com frustração 
 Lidar com críticas (aceitar/rejeitar) 
 Elogiar 
Entrada no paraíso 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
46 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Demarcar o chão (com giz, linha, objeto) separando dois 
espaços: PARAÍSO e JULGAMENTO. 
 Duas pessoas serão os guardiões do paraíso. 
 Grupos de duas pessoas irão para a área do julgamento e 
deverão convencer os guardiões de que eles merecem 
entrar no paraíso. 
 Os guardiões serão instruídos a não aceitarem 
comportamentos agressivos (solicitação feita de forma 
arrogante, voz alta, com desprezo ou coerção) ou 
submissos (solicitações feitas com subserviência ou com 
bajulações). 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 47 
Entrada no paraíso 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
 
Objetivos: 
 Compreender que cada pessoa é única 
 Melhorar a aceitação de si e do outro 
 Colocar-se no lugar do outro 
 Aumentar a tolerância às brincadeiras dos colegas 
 Desenvolver o respeito aos colegas 
 Melhorar a auto-estima e auto-imagem 
 Prestar atenção e observar 
 Reconhecer a existência de leis contra a discriminação 
Toda pessoa é diferente 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
48 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Ninguém é igual a ninguém (Otero & Rennó): 
Moro em uma rua que não é grande nem pequena e 
tem gente de todo jeito. Paulinho, meu vizinho da 
esquerda, é gorducho. Alguns meninos vivem 
gritando pra ele: Paulinho, baleia, saco de areia! Ele 
chora e chora. 
Joana, a vizinha da direita, é negra e sempre diz que 
queria ser branca. Davi, que mora em frente, é ruivo 
e fica furioso quando o chamam de cabeça de fogo. É 
fogo mesmo. É que em toda casa tem sempre alguém 
que quer ser diferente do que é. 
Toda pessoa é diferente 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
49 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Eu sou magrelo porque é assim que sou. Antes não 
gostava que ninguém mexesse comigo. Já tive 
apelido de vareta, palito, lingüiça. Agora nem dou 
bola mais para os apelidos, pois não sou lingüiça, 
nem palito, nem vareta. Sou um menino chamado 
Danilo que não é gordo, nem médio, sou magro e 
bom das pernas. Não perco uma corrida. 
Tenho outro amigo que queria ser o mais inteligente de 
todos. Ficava nervoso quando alguém aparecia com 
notas maiores do que as dele. Ora, cada um tem a 
nota que tem, a casa que tem, a cor que tem. 
 
Toda pessoa é diferente 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
50 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Já pensou se todos fossem iguais? Acho que as pessoas 
teriam que andar com o nome escrito na testa para 
não serem confundidas com as outras. 
Toda pessoa é diferente 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
51 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Procedimento: 
 Ler a história 
 Falar sobre as diferenças e sentimentos 
 Constituição Federal: Todos são iguais perante a Lei, 
sem distinção de qualquer natureza. 
 Dividir em duplas e cada um identificar uma 
qualidade positiva no outro 
 Apresentar as duplas para o resto do grupo 
Toda pessoa é diferente 
(Del Prette & Del Prette, 2005) 
52 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Objetivos: 
 Perguntar 
 Iniciar uma conversa 
 Ouvir o outro 
 Demonstrar interesse 
 Fazer ou recusar-se a fazer autorrevelações 
Conversa 
53 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Adultos: Puxa conversa 
Crianças: A caixa mágica de perguntas para crianças 
Conversa 
54 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
 Procedimento: 
 Cada participante tira uma ficha de perguntas e lê. O 
próximo participante responde ou recusa-se de forma 
assertiva. 
 Pode ser feito também em forma de “jogo da verdade” 
em que um bastão é girado e um pergunta e outro 
responde. 
Conversa 
55 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Estudo de caso 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 56 
 
 Participante 
Participou deste estudo uma pessoa do sexo feminino (nome 
fictício Ana), 21 anos, solteira, ensino médio completo, 
estudante de um curso técnico de farmácia, 
desempregada, participante da religião Testemunha de 
Jeová. Ana era a primogênita de três irmãos. 
Veio ao CEPSI trazida pela mãe apresentando as seguintes 
queixas: timidez, irritação, ansiedade, pessimismo, baixa 
auto-estima, brigas constantes em casa, dificuldades de 
estabelecer vínculos interpessoais, baixa freqüência de 
habilidades sociais. 
 
Estudo de caso 
(Batista & Ribeiro, 2007) 
57 Profa. Dra. Michela Ribeiro 
 
Estudo de caso 
(Batista & Ribeiro, 2007) 
58 
5 
10 
3 
1 
3 
50 
0 
10 
20 
30 
40 
50 
60 
70 
80 
90 
100 
Escore Total F1 F2 F3 F4 F5 
fatores 
p
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d
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n
te
 
Fig. 1. Resultados do IHS de Ana na linha de base. 
 
Estudo de caso 
(Batista & Ribeiro, 2007) 
59 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Lidar com críticas justas
Participar de conversação
Manter conversação
Cumprimentar desconhecidos
Pedir favores a desconhecidos
Apresentar-se a outra pessoa
Manter conversa com
desconhecidos
Abordar autoridade
Lidar com críticas dos pais
Falar ao público conhecido
Falar ao público desconhecido
Expressar sentimento positivo
Declarar sentimento amoroso
Grau de ansiedade
Linha de base
Intervenção
Fig. 2. Grau de ansiedade relatado por Ana. 
 
Exercício 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 60 
Profa. Dra. Michela Ribeiro 61 
michelaribeiro@uol.com.br

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