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Profa. Dra. Michela Ribeiro michelaribeiro@uol.com.br A competência social é considerada um indicador bastante preciso do ajustamento psicossocial e de perspectivas positivas para o desenvolvimento. Um repertório social empobrecido pode constituir um sintoma ou correlato de problemas psicológicos. Um repertório de habilidades sociais desenvolvido promove competência social. Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 2 Profa. Dra. Michela Ribeiro Habilidades de comunicação, expressividade e desenvoltura nas interações sociais podem se reverter em amizade, respeito, status no grupo ou em uma convivência cotidiana mais agradável. As habilidades sociais se referem a comportamentos emitidos na presença de outros indivíduos, que interferem nessa relação. Um repertório mais desenvolvido de habilidades sociais interferirá de forma mais positiva nessa relação. Supõe um ajustamento a regras sociais. Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 3 Profa. Dra. Michela Ribeiro Comportamentos Comportamentos Fazer e responder perguntas Agradecer e gratificar Solicitar mudança de compto Fazer pedidos Lidar com críticas Recusar pedidos ou coisas Pedir e dar feedback Justificar-se Opinar/concordar/discordar Desculpar-se Elogiar/recompensar Demonstrar sentimentos Usar conteúdo de humor Autorrevelar-se Empatia Cumprimentar Simpatia Iniciar e manter conversas Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 4 Profa. Dra. Michela Ribeiro Característica herdada x Desempenho aprendido Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 5 Profa. Dra. Michela Ribeiro Empatia – habilidade natural de se colocar no lugar do outro – é observada em animais mas se desenvolve com a aprendizagem. Há ausência de empatia em crianças negligenciadas ou vítimas de maus tratos Timidez – característica herdada, mas também sob influência ambiental. A base genética predispõe a tipos peculiares de interação com o ambiente, mas as experiências de aprendizagem influem decisivamente no repertório. Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 6 Profa. Dra. Michela Ribeiro Repertório de habilidades sociais Família Escola Herança genética Mídia Contextos profissionais Amizades, colegas, desconhecidos Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 7 A aprendizagem se dá a partir de três formas: Contato com experiências/Modelagem Modelação Regras Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 8 Profa. Dra. Michela Ribeiro Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) Agressivo Assertivo Submisso 9 Profa. Dra. Michela Ribeiro Assertividade – “envolve a afirmação dos prórios direitos e expressão de pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, honesta e apropriada que não viole o direito das outras pessoas” (Lange & Jakubowski, 1976, p. 7). Submisso também é denominado de não assertivo. O agressivo, em geral, desrespeita os direitos do outro. Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 10 Profa. Dra. Michela Ribeiro Agressivo Emocionalmente honesto na expressão de sentimentos (forma) Atinge seu objetivos prejudicando a relação Valoriza-se ferindo o outro Assertivo Emocionalmente honesto na expressão de sentimentos Atinge seus objetivos preservando a relação Valoriza-se sem ferir o outro Submisso Emocionalmente inibido na expressão de sentimentos Raramente atinge seus objetivos se sacrificando para manter a relação Desvaloriza-se Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 11 Profa. Dra. Michela Ribeiro Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) Agressivo Defende seus direitos, desrespeitando o do outro Gera sentimentos de raiva e vingança Mantém contato visual intimidador, com fala fluente, voz alta, gestos ameaçadores e postura autoritária Assertivo Defende seus direitos respeitando o do outro Gera sentimentos de respeito Mantém contato visual, fala fluentemente, em tom audível, com gestos firmes e postura adequada Submisso Não defende seus direitos e respeita os do outro Gera sentimentos de pena, irritação ou desprezo Evita contato visual, com perturbações na fala e tom de “queixa”, gestos vacilantes e nervosos e postura submissa 12 Forma da fala Latência Duração Regulação – volume, velocidade Transtornos – gagueira, tiques Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 13 Comporta mentos não verbais Olhar e contato visual Sorriso Gestos Expressão facial Postura corporal Movimentos com a cabeça Contato físico Distância e proximidade Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 14 Profa. Dra. Michela Ribeiro Olhar e contato visual Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 15 Profa. Dra. Michela Ribeiro Sorriso Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 16 Profa. Dra. Michela Ribeiro Expressão facial (alegria, medo, tristeza, raiva, surpresa e nojo) Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) 17 Gestos Profa. Dra. Michela Ribeiro 18 Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) Postura corporal Profa. Dra. Michela Ribeiro 19 Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) Movimentos com a cabeça Contato físico Distância e proximidade Profa. Dra. Michela Ribeiro 20 Habilidades Sociais Del Prette & Del Prette (1999, 2005) Modelação Instruções Reforçamento diferencial Ensaio comportamental Profa. Dra. Michela Ribeiro 21 Técnicas Proposta por Lazarus (1966) Técnica frequente no treinamento de HS que permite: Desenvolvimento de novos comportamentos, com o reforçamento dos mesmos Ampliação do controle do comportamento Treinamento em auto-observação Experienciar sentimentos relacionados à situação ensaiada e experimentar formas mais adequadas de agir Profa. Dra. Michela Ribeiro 22 Ensaio comportamental Etapas: Apresentação da situação-problema pelo cliente Busca de alternativas para solucioná-la Arranjo de situação análoga – pode envolver arranjo do ambiente físico para tornar mais próximo do real Desempenho do cliente na situação Feedback do terapeuta Troca de papéis com feedback Preparação para a generalização – pensar em outras pos Profa. Dra. Michela Ribeiro 23 Ensaio comportamental Instrumentos 24 Profa. Dra. Michela Ribeiro Instrumento de autorrelato para avaliação de habilidades sociais em indivíduos a partir de 18 anos. Avalia 38 itens em frases que indicam contextos nos quais o comportamento ocorre. O avaliado responde se aquele comportamento ocorre em 5 categorias (sempre, com muita frequência, cerca de metade das vezes, com pouca frequência e raramente) Profa. Dra. Michela Ribeiro 25 IHS (Del Prette & Del Prette, 2001) São avaliadas as HS agrupadas em cinco fatores: F1 - habilidades de enfrentamento e auto-afirmação com risco F2 - habilidades de auto-afirmação na expressão de sentimentos positivos F3 - habilidades de conversação e desenvoltura social F4 - habilidades de auto-exposição a desconhecidos e a situações novas F5 - habilidades de autocontrole da agressividade em situações aversivas Profa. Dra. Michela Ribeiro 26 IHS (Del Prette & Del Prette, 2001) Instrumento de autorrelato em CD-Rom composto de arquivos multimídia com 21 situações filmadas de interações sociais, cada uma delas com três alternativas de reação apresentadas pela personagem principal: habilidosa (que demonstra assertividade, empatia, expressão de sentimentospositivos ou negativos de forma apropriada, civilidade, etc.), não habilidosa passiva (que demonstra esquiva ou fuga ao invés de enfrentamento da situação) e não habilidosa ativa (que demonstra agressividade, negativismo, ironia, autoritarismo) Para indicar sua resposta, a criança é provida de uma ficha onde pode ser solicitada a avaliar a adequação que atribui a cada uma das reações, a freqüência com que costuma apresentá-las e a dificuldade de emitir a reação socialmente habilidosa. Profa. Dra. Michela Ribeiro 27 IMHSC (Del Prette & Del Prette, 2002) Demandas das situações Interlocutor Contexto 1.Juntar-se a um grupo em brincadeiras Grupo Recreio 2.Recusar pedido de colega Colega Sala de aula 3.Expressar desagrado Colega Sala de aula 4.Pedir ajuda ao colega em classe Colega Sala de aula 5.Pedir mudança comportamento Colega Sala de aula 6.Pedir desculpas Colega Recreio 28 IMHSC (Del Prette & Del Prette, 2002) Demandas das situações Interlocutor Contexto 7.Demonstrar espírito esportivo Grupo Recreio 8.Mediar conflitos entre colegas Grupo Recreio 9.Negociar, convencer Colega Recreio 10.Oferecer ajuda Colega Recreio 11.Propor nova brincadeira Grupo Recreio 12.Perguntar porquê (questionar) Colega Recreio 13.Responder à pergunta da professora Professor Sala de aula 14.Fazer perguntas à professora Professor Sala de aula 29 IMHSC (Del Prette & Del Prette, 2002) Profa. Dra. Michela Ribeiro 30 IMHSC (Del Prette & Del Prette, 2002) Demandas das situações Interlocutor Contexto 15.Aceitar gozações Grupo Recreio 16.Agradecer um elogio Professor Sala de aula 17.Resistir à pressão do grupo Grupo Recreio 18.Consolar o colega Colega Recreio 19.Elogiar o objeto do colega Colega Recreio 20.Defender-se de acusações injustas Grupo Recreio 21.Defender o colega Grupo Sala de aula Fator 1: Comunicação e expressividade - avalia itens de comunicação entre os cônjuges em situações cotidianas e livres de conflitos, bem como a expressão de sentimentos/opiniões positivas (elogios, agradecimentos, bem-estar). Exemplo, item 24: Se estou sentindo-me bem, expresso isto para meu cônjuge. Fator 2: Asserção de autodefesa - refere-se a itens de comportamentos assertivos em que um cônjuge busca defender-se e garantir a auto-estima (por exemplo, reagir à avaliação injusta, discordar, evitar sobrecarga de tarefas para si pedindo ajuda e tomar iniciativa). Este fator é bastante útil para avaliar a habilidade do respondente em defender o respeito à sua individualidade quanto a opiniões e direitos no contexto conjugal/familiar. Exemplo, item 21: Mesmo quando estou sobrecarregado(a) com várias tarefas, prefiro não pedir ajuda a meu cônjuge. Profa. Dra. Michela Ribeiro 31 Fatores componentes do Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC, Villa, 2005) Fator 3: Expressão de intimidade - refere-se a itens que avaliam o comportamento dos respondentes de revelar/expressar ao cônjuge, sem constrangimentos, sentimentos/opiniões que revelam intimidade a respeito de si próprio ou do outro. Entram neste fator itens relacionados a preferências sexuais e expressão de sentimentos positivos. Exemplo, item 31: Durante a relação sexual, consigo dizer a meu cônjuge quais carícias mais me agradam. Fator 4: Autocontrole empático - refere-se a comportamentos dos cônjuges em situações delicadas como discussões (conflito) ou crises pessoais. As demandas dessas situações requerem o exercício do autocontrole e a expressão de compreensão a sentimentos/opiniões do cônjuge (empatia). Exemplo, item 9: Durante uma discussão, ao perceber que estou descontrolado(a) emocionalmente, consigo me acalmar antes de continuar. Profa. Dra. Michela Ribeiro 32 Fatores componentes do Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC, Villa, 2005) Fator 5: Asserção pró-ativa - inclui itens em que um dos cônjuges pede comportamentos específicos ao outro (cumprimento de acordos, mudança de comportamento, esclarecimento) ou reage assertivamente a comportamentos do outro (por exemplo, negar pedido, discordar) no sentido de garantir a reciprocidade de trocas no relacionamento do casal. Exemplo, item 6: Quando meu cônjuge deixa de cumprir algum de nossos acordos, dou um jeito de lembrá-lo(a). Fator 6: Evitação de conflitos - reúne itens que avaliam a habilidade do respondente em comunicar-se bem com o cônjuge, compreendê-lo (perceber se estão abalados emocionalmente, entender brincadeiras), a ponto de conseguir resolver de forma adequada problemas em comum, evitando conflitos desnecessários. Exemplo, item 25: Consigo levar na esportiva as brincadeiras do meu cônjuge a meu respeito. Profa. Dra. Michela Ribeiro 33 Fatores componentes do Inventário de Habilidades Sociais Conjugais (IHSC, Villa, 2005) Traduzido por Zilda Del Prette (2008) Para estudantes Para pais Para professores Profa. Dra. Michela Ribeiro 34 Sistema de avaliação de Habilidades Sociais – Gresham & Elliott Autocontrole 0-10 1. Eu controlo a ansiedade ao falar 2. Eu lido bem com meus sentimentos 3. Eu controlo meu estado de humor 4. Eu expresso minhas emoções Civilidade 0-10 1. Eu cumprimento e despeço-me das pessoas 2. Eu uso: por favor, obrigado, desculpas, com licença 3. Eu faço e aceito elogios 4. Eu faço e respondo perguntas Profa. Dra. Michela Ribeiro 35 Avaliação de desempenho (adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) Empatia 0-10 1. Eu demonstro interesse pelo outro 2. Eu compreendo a situação do outros 3. Eu demonstro respeito às diferenças 4. Eu ofereço ajuda Assertividade 0-10 1. Eu concordo ou discordo de opiniões 2. Eu faço e recuso pedidos 3. Eu resisto à pressão dos colegas 4. Eu negocio interesses conflitantes Profa. Dra. Michela Ribeiro 36 Avaliação de desempenho (adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) Fazer amizades 0-10 1. Eu inicio e mantenho conversação 2. Eu faço perguntas pessoais 3. Eu ofereço informações pessoais 4. Eu faço convites Solução de problemas interpessoais 0-10 1. Eu me acalmo diante de uma situação problema 2. Eu penso em alternativas 3. Eu penso nas consequências 4. Eu não evito enfrentar situações problemáticas Profa. Dra. Michela Ribeiro 37 Avaliação de desempenho (adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) Habilidades sociais escolares 0-10 1. Eu sigo as normas da escola 2. Eu presto atenção nas aulas 3. Eu imito comportamentos competentes 4. Eu aguardo a vez para falar 5. Eu solicito e agradeço ajuda 6. Eu busco aprovação ao meu desempenho escolar 7. Eu reconheço a qualidade de meu desempenho 8. Eu atendo pedidos e coopero 9. Eu participo das decisões da turma Profa. Dra. Michela Ribeiro 38 Avaliação de desempenho (adaptado de Murta & Rodrigues, 2008) Avaliação do impacto imediato da sessão (adaptado de Murta, 2008a) Sentimentos em relação à sessão de hoje 0-10 1. Me senti motivado a cuidar de meu bem-estar 2. Fiquei tenso 3. Percebi que cuido mais dos outros do que de mim 4. Aprendi maneiras de resolver alguns problemas 5. Me senti aliviado 6. Me senti distraído e “voando” em alguns momentos 7. Senti confiança no grupo 8. Senti que o grupo me rejeitou 9. Pensamentos desagradáveis invadiram minha cabeça 10. Compreendi melhor algumas pessoas e situações 39 Profa. Dra. Michela Ribeiro Avaliação do impacto imediato da sessão Nome do sentimento: ________________________ Nome: _______________________________Data:_______ Como me senti na sessão hoje? Habilidade Pai Mãe Irmãos Amigos Outros Expressar carinho sim não não sim +/- Fazer elogios Contar algo de sua vida Puxar conversa Dar opiniões Discordar Pedir desculpas Fazer perguntas Pedir ajuda Demonstrar interesse Roteiro de auto-observação nas relações interpessoais (adaptado de Murta, 2008b)41 Profa. Dra. Michela Ribeiro 1. Mantenho contato visual com meu cliente? 2. Sou afetivo(a) com meu cliente? 3. Consigo fazer questionamentos relevantes com meu cliente? 4. Uso de paráfrases para reforçar os relatos verbais do meu cliente? 5. Consigo abraçar e/ou beijar meu cliente quando este chora e indica estar precisando de afeto? 6. Tenho pleno controle da sessão, tratando de assuntos importantes e estando atento(a) a possíveis comportamentos de esquiva do cliente? 7. Consigo ser informal com meu cliente sem me relacionar com ele como se fosse seu(sua) amigo(a)? 8. Tento ser honesto(a) com meu cliente, admitindo minhas limitações, falta de determinadas habilidades e impossibilidade de manter o tratamento? Checklist para verificação de habilidades terapêuticas 42 Profa. Dra. Michela Ribeiro 9. Valorizo a opinião de meu cliente acerca de suas auto-avaliações, tendo em vista que ele possui mais informações do que eu sobre si mesmo? 10. Estou atento(a) a assuntos ou situações propostos por mim e que o cliente ainda não está preparado para discuti-los ou executá-los? 11. Sou assertivo(a) diante de tentativas de manipulação do meu cliente? 12. Estou ciente que a relação terapêutica é condição para mudança do cliente e que, os comportamentos inadequados deverão ser consequenciados de forma diferente que em seu “ambiente natural”? 13. Respeito meu cliente não tentando impor minhas opiniões, valores morais, éticos e/ou religiosos? 14. Sinto-me preparado(a) para lidar com as “transferências” do cliente, como por exemplo, sua agressividade? 15. Sou criativo(a) e consigo estar atento(a) às necessidades individuais de cada cliente? 16. Estou preparado(a) para lidar com a falta de motivação do cliente? Checklist para verificação de habilidades terapêuticas 43 Profa. Dra. Michela Ribeiro Direito de ser tratado com respeito e dignidade. Direito de negar pedidos sem ter que se sentir culpado ou egoísta. Direito de experimentar e expressar seus próprios sentimentos. Direito de mudar de opinião. Direito de parar e pensar antes de agir. Direito de ser independente. Direito de cometer erros. Direito de sentir-se bem consigo mesmo. Direito de obter aquilo pelo que paga. Direitos Humanos Básicos 44 Profa. Dra. Michela Ribeiro Vivências Profa. Dra. Michela Ribeiro 45 Objetivos: Conversar com pessoas de autoridade Fazer pedidos Avaliar, aceitar ou recusar justificativas e pedidos Desenvolver a persistência Aceitar recusa, lidar com frustração Lidar com críticas (aceitar/rejeitar) Elogiar Entrada no paraíso (Del Prette & Del Prette, 2005) 46 Profa. Dra. Michela Ribeiro Demarcar o chão (com giz, linha, objeto) separando dois espaços: PARAÍSO e JULGAMENTO. Duas pessoas serão os guardiões do paraíso. Grupos de duas pessoas irão para a área do julgamento e deverão convencer os guardiões de que eles merecem entrar no paraíso. Os guardiões serão instruídos a não aceitarem comportamentos agressivos (solicitação feita de forma arrogante, voz alta, com desprezo ou coerção) ou submissos (solicitações feitas com subserviência ou com bajulações). Profa. Dra. Michela Ribeiro 47 Entrada no paraíso (Del Prette & Del Prette, 2005) Objetivos: Compreender que cada pessoa é única Melhorar a aceitação de si e do outro Colocar-se no lugar do outro Aumentar a tolerância às brincadeiras dos colegas Desenvolver o respeito aos colegas Melhorar a auto-estima e auto-imagem Prestar atenção e observar Reconhecer a existência de leis contra a discriminação Toda pessoa é diferente (Del Prette & Del Prette, 2005) 48 Profa. Dra. Michela Ribeiro Ninguém é igual a ninguém (Otero & Rennó): Moro em uma rua que não é grande nem pequena e tem gente de todo jeito. Paulinho, meu vizinho da esquerda, é gorducho. Alguns meninos vivem gritando pra ele: Paulinho, baleia, saco de areia! Ele chora e chora. Joana, a vizinha da direita, é negra e sempre diz que queria ser branca. Davi, que mora em frente, é ruivo e fica furioso quando o chamam de cabeça de fogo. É fogo mesmo. É que em toda casa tem sempre alguém que quer ser diferente do que é. Toda pessoa é diferente (Del Prette & Del Prette, 2005) 49 Profa. Dra. Michela Ribeiro Eu sou magrelo porque é assim que sou. Antes não gostava que ninguém mexesse comigo. Já tive apelido de vareta, palito, lingüiça. Agora nem dou bola mais para os apelidos, pois não sou lingüiça, nem palito, nem vareta. Sou um menino chamado Danilo que não é gordo, nem médio, sou magro e bom das pernas. Não perco uma corrida. Tenho outro amigo que queria ser o mais inteligente de todos. Ficava nervoso quando alguém aparecia com notas maiores do que as dele. Ora, cada um tem a nota que tem, a casa que tem, a cor que tem. Toda pessoa é diferente (Del Prette & Del Prette, 2005) 50 Profa. Dra. Michela Ribeiro Já pensou se todos fossem iguais? Acho que as pessoas teriam que andar com o nome escrito na testa para não serem confundidas com as outras. Toda pessoa é diferente (Del Prette & Del Prette, 2005) 51 Profa. Dra. Michela Ribeiro Procedimento: Ler a história Falar sobre as diferenças e sentimentos Constituição Federal: Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza. Dividir em duplas e cada um identificar uma qualidade positiva no outro Apresentar as duplas para o resto do grupo Toda pessoa é diferente (Del Prette & Del Prette, 2005) 52 Profa. Dra. Michela Ribeiro Objetivos: Perguntar Iniciar uma conversa Ouvir o outro Demonstrar interesse Fazer ou recusar-se a fazer autorrevelações Conversa 53 Profa. Dra. Michela Ribeiro Adultos: Puxa conversa Crianças: A caixa mágica de perguntas para crianças Conversa 54 Profa. Dra. Michela Ribeiro Procedimento: Cada participante tira uma ficha de perguntas e lê. O próximo participante responde ou recusa-se de forma assertiva. Pode ser feito também em forma de “jogo da verdade” em que um bastão é girado e um pergunta e outro responde. Conversa 55 Profa. Dra. Michela Ribeiro Estudo de caso Profa. Dra. Michela Ribeiro 56 Participante Participou deste estudo uma pessoa do sexo feminino (nome fictício Ana), 21 anos, solteira, ensino médio completo, estudante de um curso técnico de farmácia, desempregada, participante da religião Testemunha de Jeová. Ana era a primogênita de três irmãos. Veio ao CEPSI trazida pela mãe apresentando as seguintes queixas: timidez, irritação, ansiedade, pessimismo, baixa auto-estima, brigas constantes em casa, dificuldades de estabelecer vínculos interpessoais, baixa freqüência de habilidades sociais. Estudo de caso (Batista & Ribeiro, 2007) 57 Profa. Dra. Michela Ribeiro Estudo de caso (Batista & Ribeiro, 2007) 58 5 10 3 1 3 50 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Escore Total F1 F2 F3 F4 F5 fatores p o s iç ã o p e rc e n ti l d o r e s p o n d e n te Fig. 1. Resultados do IHS de Ana na linha de base. Estudo de caso (Batista & Ribeiro, 2007) 59 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Lidar com críticas justas Participar de conversação Manter conversação Cumprimentar desconhecidos Pedir favores a desconhecidos Apresentar-se a outra pessoa Manter conversa com desconhecidos Abordar autoridade Lidar com críticas dos pais Falar ao público conhecido Falar ao público desconhecido Expressar sentimento positivo Declarar sentimento amoroso Grau de ansiedade Linha de base Intervenção Fig. 2. Grau de ansiedade relatado por Ana. Exercício Profa. Dra. Michela Ribeiro 60 Profa. Dra. Michela Ribeiro 61 michelaribeiro@uol.com.br
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