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atividade pratica civil

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
 
Processo nº 0010103-56.2012.8.26.0114
Agravante: Antônio
Agravado: Bruno 
Antônio, pessoa física de direito privado, inscrita no CPF sob n. xxxx, residente e domiciliado a, Rua xxxxxxxxxx, xxxxx, n0 x, município de Campinas, Estado de São Paulo, por sua advogada legalmente constituída na forma do instrumento de procuração juntada aos autos da Ação Indenizatória em tramite na 2a Vara da comarca de Campinas, processo acima destacado, que move em face de Bruno, pessoa física de direito privado, inscrita no CPF sob o nº xxxxx, com endereço a xxxxxxxxxxxx, município de Campinas - SP,  vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, não se conformando com a r. decisão e com fundamento no parágrafo único do artigo 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015, interpor o AGRAVO DE INSTRUMENTO, pelas razões anexas.
I – Do Preparo
A Agravante requer a juntada do comprovante de recolhimento do respectivo preparo.
II – Da Tempestividade
O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a publicação de intimação ocorreu em 07/10/2020. Assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia 29 /10/2020.
 IV – Da Juntada das peças obrigatórias e facultativas
Da mesma forma , esclarece que o presente recurso está sendo instruído com as copias obrigatórias no artigo 1.017, inciso I do CPC/2015, quais sejam:
a) Petição inicial;
b) Decisão agravada;
c) Certidão de intimação;
e
d) Procuração outorgada aos advogados do Agravante, bem como com algumas peças facultativas. 
Termos em que,
Pede deferimento.
Campinas, 08 de outubro de 2020.
Anna Luiza Basso
OAB/SP nº xxxxx
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
 
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravante: Antônio 
            Agravado: Bruno 
 
I – BREVE RELATO DO OCORRIDO 
O ora Agravante ajuizou ação com pretensão indenizatória em face do Agravado com o objetivo de ver paga dívida líquida, certa e exigível, contraída pela Executado, no valor de R$80.000,00, houve julgamento de procedência do pedido e também em condenação nas verbais sucumbenciais, estabelecendo honorários advocatícios em 15%(quinze por cento)do valor da condenação.
Não ocorrendo Apelação o agravante ajuizou o cumprimento de sentença com a devida intimação para pagamento voluntario pelo agravado no prazo de quinze dias. Esgotado o prazo e sem o adimplemento voluntario, o ora Agravante apresentou novos cálculos com o pedido de inclusão de multa processual de 10% ( dez por cento) e novos honorários advocatícios, com o valor respectivo a 10¨% ( dez por cento), visto que após o prazo estabelecido para o pagamento voluntario ao montante, sendo cabíveis multas pelo inadimplemento do Agravado uma vez que o Eg. Juízo proferiu a seguinte decisão:
“ Vistos. Apresente o credor novos cálculos, sem a inclusão de honorários advocatícios da fase de cumprimento definitivo de sentença, considerando que não são cabíveis, vez que já houve condenação do executado em honorários advocatícios sucumbenciais –no presente feito, em 15% do valor condenatório principal, e a execução, na atual sistemática processual, inclusive no Código de Processo Civil de 2015, é fase processual e não mais novo processo. Int.”
Em vista, interpõe-se este recurso de maneira a correção dos valores requeridos.  
II - CORREÇÃO DOS CALCULOS COM MULTA DIÁRIA 
Ex positis e na forma dos Arts 536 e 537, do código de processo civil, requer-se a intimação do Agravado, na pessoa do seu advogado para cumprir com a obrigação pecuniária, ao valor da causa aclamada R$ 80.000,00 ( oitenta mil reais), determinado pela sentença sob pena de multa diária 10% desde já requerida ou outra que Vossa Excelência fixar nos termos do art 537 do CPC, em favor do Agravante. 
No que tange à multa cominada em caso de descumprimento da decisão, cumpre esclarecer sua natureza inibitória, cujo objetivo é induzir ao efetivo cumprimento do dever imposto. Frisa-se que o descumprimento injustificado da determinação judicial pode ensejar a aplicação de multa entre outros meios de coerção para efetivação da tutela jurisdicional.
A moderna doutrina trata da imposição de multa diária por descumprimento de obrigação de fazer, chamando-a de “técnica executiva da coerção patrimonial”. Descreve-a Araken de Assis, em sua obra Comentários ao Código de Processo Civil (volume VI, 1a edição, 2a tiragem, 2000, Editora Forense), página 419 e seguintes:
“204. Fundamento de coerção patrimonial – (...)
Este meio executório, oriundo da jurisprudência francesa, cuja raiz revela extraordinário engenho, consiste na condenação do obrigado ao pagamento de uma quantia por cada dia de atraso no cumprimento da obrigação de fazer, designada astreinte e arbitrada pelo juiz, e completamente desvinculada do alcance econômico da relação obrigacional.”
	Sobre a pena de multa diária, já manifestado quando ao julgamento da Apelação Cível nº 362597/RJ, entendendo que “o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode fixar multa diária (‘astreintes’) em face do descumprimento da decisão judicial..”
O STJ já se pronunciou sobre a questão, em acórdão que tem a seguinte ementa:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO CONTRA INADMISSÃO DE RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. MULTA DIÁRIA. CABIMENTO. FAZENDA PÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. É entendimento pacificado nesta Corte que, nas obrigações de fazer, é cabível a fixação de multa diária, cominada ao devedor por dia de atraso, mesmo quando se tratar de obrigação imposta à Fazenda Pública. Precedentes.
2. Agravo Regimental desprovido.”
(AgRg no Ag 999812 / PR; Relator Ministro Napoleão Nunes Maia Filho; publicado no DJ em 27/04/2009)
Sobre o tema, diz o artigo 14 do CPC:
“São deveres das partes e todos de aqueles que de qualquer forma participam do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - proceder com lealdade e boa-fé;
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento;
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito.
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final.
Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado.” (grifei)
Assim, entendo que é cabível, no caso, a aplicação de multa diária em face do devedor aos respectivos 10% ao valor total da causa. 
III – MARJORANTE DE HONORARIOS 
Em fase de cumprimento de sentença, os honorários advocatícios, quando devidos após o prazo para pagamento espontâneo da obrigação presente ao artigo 523, parágrafo 1º, do CPC/2015:
Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver. 
§1º Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
 Será calculado sobre as parcelas vencidas, não se aplicando o parágrafo 9º do artigo 85 do novo CPC:
Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor:
§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual dehonorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas.
 Não ocorrendo pagamento voluntário dentro do prazo legal, o débito será acrescido de 10%, a título de honorários, no âmbito do cumprimento de sentença, além dos honorários fixados no processo de conhecimento, o parágrafo 1º do artigo 523, quando não houver o pagamento voluntário pelo devedor no prazo de 15 dias, pré-fixa expressamente o montante de 10% de multa, acrescido de mais 10% de honorários de advogado.
Surge apenas com o NCPC a previsão de que, havendo recurso no processo, os honorários advocatícios sucumbenciais fixados anteriormente deverão ser majorados, levando em consideração o trabalho adicional desempenhado pelo advogado na fase de recurso presentes ao artigo 85, §11 e 12: 
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento.
§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77 .
Podemos observar ao Art. 82, caput, do Novo CPC onde regra geral do art. 82 do CPC/2015 E dispõe, assim, sobre as despesas processuais. Portanto, cabe às partes arcar com as despesas de seus atos. O pagamento deverá ser realizado, desse modo, antecipadamente. E a regra abrange o processo em sua totalidade. Ou seja, da petição inicial à sentença final ou adimplemento da obrigação, como na execução.
Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
 IV - DO PEDIDO
Isso posto requer:
a)  Seja conhecido o presente recurso, tendo em vista o preenchimento dos requisitos de admissibilidade;
b)    Seja recebido o presente agravo no seu regular efeito devolutivo;
c) Revisão ao valor da causa atualizado com as respectivas multas e o mesmo com os honorários advocatícios; pré-fixa expressamente o montante de 10% de multa, acrescido de mais 10% de honorários de advogado.
d)   Ao final seja dado provimento para a reformar ao valor suscitado a decisão exarada pelo juízo da 2a Vara Cível da Comarca de Campinas/ SP;
Termos em que, pede deferimento.
Campinas, ................... 2020
Anna Luiza Coral Zacarchenco Basso
OAB/SP nº xxxxx
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DA 2ª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE CAMPINAS/SP
Processo Número: 0010103-56.2012.8.26.0114
ANTONIO, qualificado anteriormente nos autos da AÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM, que promove em face de BRUNO, vem, por sua advogada, á presença de Vossa Exelencia, em atenção ao disposto no art. 1.018 do Código de Processo Civil, requerer a juntada da inclusa cópia da petição do Agravo de instrumento, em que consta o comprovante de sua interposição, bem como informar que os documentos que instruíram o recurso foram os seguintes:
· Petição inicial;
· Contestação;
· Réplica;
· Decisão que ensejou a decisão agravada;
· Procuração outorgada pelo Agravante; 
· Procuração outorgada pelo Agravado. 
Por oportuno, considerando os fundamentos das razões recursais, requer a retratação desse juízo. 
Termos em que,
Pede deferimento
Campinas, 08 de outubro de 2020.
ADVOGADO
OAB/SP XXXX
Resposta aos exercícios solicitados: 
1 . O ultimo dia do prazo será dia 29 de outubro, diante do prazo de 15 dias uteis, e descantando o feriado dia 12 de outubro que caiu em uma segunda feira, excluo o primeiro dia e conto o ultimo dia de prazo. 
3. Com efeito a juntada de cópias previstas ao art 1017 do CPC/2015, que podem ser declaradas autenticas pelo próprio advogado, nos termos do art425, IV, do CPC/2015:
Sendo obrigatória a juntada – Petição inicial, contestação, petição de ensejo agravada, decisão agravada, certidão de intimação da decisão agravada ( onde o tribunal verifica a tempestividade do recurso), procuração outorgada nos autos ( para que o tribunal tenha conhecimento dos patronos que atuem na causa e seja garantido o contraditório) . 
Existem documentos facultativos que podem ser peticionados, sendo relevante ao julgamento do mérito, o que não significa dizer que o agravante tem o poder absoluto da decisão sobre as copias. Ele deverá analisar o caso concreto e verificar as demais cópias, além das obrigatórias, que serão necessárias ao julgamento do agravo.

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