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Slide Aula III Planejamento de Cardápios nos Ciclos da Vida

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Profa. Dra. Carolina Menezes
UNIDADE III
Planejamento de 
Cardápios nos Ciclos 
da Vida
 Período de transição entre a infância e a vida adulta.
 Adolescer significa “crescer”. Trata-se de um processo que envolve mudanças psicológicas, 
biológicas e sociais. 
Para a OMS (1995): 10 e 19 anos de idade, sendo dividida em duas fases: 
 De 10 a 14 anos de idade, período caracterizado por uma elevada demanda nutricional 
(início da puberdade); 
 De 15 a 19 anos.
 Puberdade: caracteres sexuais secundários.
 Pico de velocidade do crescimento (estirão).
 Desenvolvimento cognitivo e emocional.
 Mudanças morfológicas e fisiológicas.
Planejamento dietético na adolescência
Crescimento e maturação sexual:
 Aumento na velocidade de crescimento;
 Ganham cerca de 20% da altura de adulto e 50% do seu peso de adulto durante esse 
período;
 Estirão: intensa fase de aceleração, seguida por uma desaceleração rápida do crescimento 
até a sua parada;
 Puberdade: período maturacional, hormonal e de crescimento que depende de 
determinantes biológicos.
Planejamento dietético na adolescência
Crescimento e maturação sexual:
 A puberdade é distinta entre os gêneros: meninas (10 e 13 anos) e meninos (12 e 14);
 Mudanças na composição corporal, no tamanho e na forma;
 Aumento da massa muscular desde o início da aceleração do crescimento até os estágios 
seguintes de maturação sexual;
 O tecido adiposo também sofre mudanças. A velocidade de depósito de gordura diminui à 
medida em que ocorre um aumento do crescimento esquelético;
 Estirão do crescimento e a puberdade: alto anabolismo, e 
aumento das demandas energéticas e de nutrientes;
 Nas últimas décadas, a dieta dos adolescentes tem sido 
influenciada pelo processo de transição nutricional.
Planejamento dietético na adolescência
Alterações psicológicas:
O desenvolvimento cognitivo e emocional pode ser dividido em três fases (OMS, 1995): 
 Adolescência inicial; 
 Adolescência intermediária;
 Adolescência final (ou tardia). 
 A determinação do estágio em que se encontra o adolescente pode ser importante para 
realizar uma melhor orientação nutricional.
Planejamento dietético na adolescência
Consumo alimentar adolescente:
 Aumento no consumo de AUP;
 Baixo consumo de frutas e hortaliças;
 Menor gasto energético diário;
 Aumento da prevalência e da incidência de sobrepeso e obesidade nos adolescentes.
Planejamento dietético na adolescência
Essa mudança no padrão alimentar está correlacionada às
alterações metabólicas e contribui para as deficiências
nutricionais características, como: ferro, zinco, cálcio,
fósforo e vitaminas A, C, E.
Fatores que contribuem para uma alimentação inadequada:
 Instabilidade emocional;
 Desejo obsessivo em emagrecer;
 Estilo de vida.
Planejamento dietético na adolescência
A inadequação de dietas é mais comum entre os adolescentes, do 
que em qualquer outra fase da vida.
Hábitos alimentares: 
Planejamento dietético na adolescência
Muitos adolescentes pulam as refeições
“Falta de tempo”
Falta de apetite
Medo de engordar
Estudos mostram que o desjejum e o jantar 
são as refeições mais omitidas.
Hábitos alimentares:
Comer entre as principais refeições é um hábito praticado pela maioria dos adolescentes: 
Lanches
Planejamento dietético na adolescência
Alimentação 
inadequada
 Teor de gordura
 Açúcar, colesterol
 Sal
 Quantidade de frutas
e hortaliças
 Fibras
Planejamento dietético na adolescência
Estudos epidemiológicos têm mostrado alta
prevalência de hipercolesterolemia em 
crianças e adolescentes.
Esse tipo de prática alimentar: Obesidade
Morbidade na vida adulta
Fonte: MOURA, E. C de. et al. Rev. Saúde Pública, v. 37, n. 
1, São Paulo, fev. 2003.
Doenças cardiovasculares
Diabetes
Síndrome metabólica
Hipertensão
 Alimentos mais consumidos: arroz e feijão estão no topo.
 48,2% dos adolescentes tem o hábito de consumir 5 
copos ou mais de água/dia.
 68% “quase sempre” realizam as refeições com os pais.
 Mais de 80% apresentam o consumo de sódio acima do 
recomendado.
 100% consumem vitamina E e cálcio abaixo do 
recomendado.
Planejamento dietético na adolescência
Dados do Inquérito 
Nacional de Base Escolar
1247 escolas
124 municípios
Cerca de 75 mil estudantes
(12 a 17 anos)
 56,6% fazem as refeições “sempre ou quase sempre” em frente à TV (maior em alunos de 
escola pública).
 39,6% consomem petiscos em frente às telas.
 73,5% passam duas ou mais horas/dia em frente à TV e outros. 
Planejamento dietético na adolescência
ERICA (Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (2016)
Perfil alimentar: 20 alimentos mais consumidos por adolescentes: 
Planejamento dietético na adolescência
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Arroz/preparações
Feijão e Leguminosas
Sucos
Pães
Carnes/Preparações
Refrigerante
Doce/Sobremesa
Frango/Preparações
Hortaliça
Café
Massas/Preparações
Óleos e Gorduras
Tubérculos
Biscoitos Doces
Bolos e Tortas
Biscoito Salgado
Bebida Láctea
Salgados Frios e Assados
Outros Lácteos
Carnes Processadas
ERICA (2016)
Fonte: livro-texto.
Perfil alimentar: 20 alimentos mais consumidos por adolescentes (12 a 13 anos): 
Planejamento dietético na adolescência
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Arroz/preparações
Feijão e Leguminosas
Sucos
Pães
Carnes/Preparações
Refrigerante
Doce/Sobremesa
Frango/Preparações
Hortaliça
Café
Massas/Preparações
Óleos e Gorduras
Tubérculos
Biscoitos Doces
Bolos e Tortas
Biscoito Salgado
Bebida Láctea
Salgados Frios e Assados
Outros Lácteos
Carnes Processadas
Meninas Meninos
ERICA (2016)
Fonte: livro-texto.
Necessidades e recomendações nutricionais:
 Ingestão de alimentos/nutrientes com o intuito de prevenir as deficiências nutricionais e de 
reduzir o risco de doenças (DCNT);
 Há que se atentar, também, ao fato de que, nesse período, podem aparecer novos hábitos 
de consumo, que podem se dever a causas diversas, dentre as quais estão:
 Fatores psicológicos, sociais e socioeconômicos; 
 Influência de amigos, rebeldia ou, até mesmo, atitudes contra o controle exercido pela 
família;
 Busca de autonomia e identidade;
 Aumento do poder de compra; 
 Hábito de preparar, rotineiramente, os próprios alimentos; 
 Urbanização;
 Costume de comer fora de casa. 
Planejamento dietético na adolescência
Energia:
 Um desequilíbrio entre o gasto energético e o VET pode levar a alterações significativas, 
tais como as deficiências nutricionais ou, até mesmo, a obesidade;
 Atenção ao aumento de peso na adolescência: mudanças no estado nutricional (práticas 
alimentares inadequadas, combinadas com o sedentarismo);
 Aumento das demandas energéticas: pico de velocidade de crescimento e o apetite 
aumenta.
Planejamento dietético na adolescência
Macronutrientes:
 As necessidades de macronutrientes para adolescentes visam reduzir o risco à DCNT, bem 
como prevenir as deficiências nutricionais. 
Proteína:
 Padrão de crescimento, assegurando a manutenção de novos tecidos e de massa 
muscular;
 Crescimento e o balanço positivo de nitrogênio. 
Planejamento dietético na adolescência
Macronutrientes:
Carboidratos:
 Recomendação: 130 g/dia (quantidade mínima necessária para as demandas cerebrais);
 Atentar-se ao consumo de açúcares simples e de adição, não ultrapassando 10% do VET.
Lipídios:
 Consumo adequado de ácidos graxos essenciais (12-16 g/dia de ácido linoleico; 1,2-1,6 
g/dia de alfa-linolênico);
 Equilíbrio no consumo de alimentos fontes de gorduras saturadas (<10% VET), 
insaturadas (6-10% VET) e monoinsaturadas (pela diferença entre as gorduras).
Planejamento dietético na adolescência
Macronutrientes:
Planejamento dietético na adolescência
Macronutrientes IOM (2002) OMS (WHO; FAO, 2003)
Carboidrato 45%-65% 55%-75%
Proteína 10%-30% 10%-15%
Lipídio 25%-35% 15%-30%
Fonte: livro-texto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência éo período da vida que inicia-se 
aos 10 anos de idade e prolonga-se até os 20 anos (exclusivo), apresentando, neste percurso, 
intensas transformações físicas, psicológicas e comportamentais. Ao planejar cardápios 
saudáveis para os adolescentes, quais nutrientes merecem a atenção nesta fase e por quê.
Interatividade
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência é o período da vida que inicia-se 
aos 10 anos de idade e prolonga-se até os 20 anos (exclusivo), apresentando, neste percurso, 
intensas transformações físicas, psicológicas e comportamentais. Ao planejar cardápios 
saudáveis para os adolescentes, quais nutrientes merecem a atenção nesta fase e por quê.
 Zinco: responsável pela maturação sexual na puberdade e regula a produção de hormônios. 
 Cálcio: a adolescência é a segunda maior fase de crescimento, portanto, sendo necessário 
para o desenvolvimento da massa óssea.
 Ferro: construção da massa muscular, nos homens, e, nas mulheres, o ferro é perdido, 
mensalmente, com o início da menstruação.
Resposta
Micronutrientes:
 Fundamental importância no crescimento e na saúde dos adolescentes;
 O consumo inadequado de frutas e hortaliças está associado a certos tipos de câncer e 
outras DCNT.
Planejamento dietético na adolescência
Micronutrientes:
Cálcio:
 Necessidades de cálcio são maiores durante a adolescência;
 No pico do estirão de crescimento, a deposição diária de cálcio pode ser, duas vezes, a 
deposição média durante o resto do período. Isto significa dizer que o cálcio está associado à 
formação óssea;
 Recomendação: 1.300 mg.
Planejamento dietético na adolescência
Estudos de consumo alimentar, como o ERICA (SOUZA, et 
al., 2016), têm demonstrado que adolescentes apresentam 
um alto consumo de refrigerantes como substituição à 
ingestão de leite. Fonte: livro-texto.
Micronutrientes:
Ferro:
 Aumento do volume sanguíneo e de eritrócitos: maior demanda para a mioglobina e a 
hemoglobina, por isso, há maior probabilidade de anemia durante o estirão;
 As perdas menstruais nas meninas e a prática de exercícios intensos podem contribuir 
com a alta demanda desse nutriente, nessa fase;
 A recomendação varia de 8 a 15 mg/dia, dependendo do sexo e da idade.
Planejamento dietético na adolescência
Micronutrientes:
Zinco:
 Essencial para o crescimento e a maturação sexual.
Vitamina A:
 Aceleração do crescimento e desenvolvimento; regulação e liberação do GH (hormônio do 
crescimento); maturação das gônadas.
Vitamina C:
 Síntese de colágeno; processos de cicatrização; formação 
de dentes e ossos; auxilia na absorção do ferro.
Planejamento dietético na adolescência
Orientações nutricionais: 
 Para manter, perder ou ganhar peso, procure a orientação de um profissional da área da 
saúde;
 Se alimente de 5 a 6x/dia. Realize o café da manhã, almoço e jantar. Faça lanches 
saudáveis nos intervalos;
 Tente reduzir o consumo de AUP (salgadinhos de pacote, refrigerante, biscoitos recheados e 
outros);
 Consuma frutas e hortaliças de sua preferência;
 Tente consumir feijão, diariamente;
 Consuma alimentos integrais;
 Procure tomar leite e outros derivados lácteos, diariamente;
 Evite o consumo de bebidas alcoólicas;
 Movimente-se. Não fique o tempo todo em frente à TV e outros 
equipamentos eletrônicos;
 Escolha alimentos saudáveis nos intervalos e nos lanches da 
escola.
Planejamento dietético na adolescência
 Processo natural, dinâmico, progressivo e irreversível que apresenta alterações 
morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, funcionais e comportamentais que tornam o 
organismo mais suscetível.
 Tais alterações acarretam perdas progressivas de capacidade de adaptação ao meio 
ambiente e prejuízos na forma de se alimentar, tornando-o mais vulnerável.
 Inicia-se aos 65 anos (em países desenvolvidos) e a partir dos 60 (em países em 
desenvolvimento).
 Considerar: idade biológica, idade social e idade psicológica, além da idade cronológica.
Planejamento dietético na senescência 
Alterações no processo de envelhecimento: 
Teoria do envelhecimento programado:
 Fatores genéticos: a velocidade do envelhecimento é predeterminada por seus genes.
Teoria dos radicais livres:
 Danos acumulados nas células, em decorrência de reações químicas, produzindo toxinas 
denominadas de radicais livres (RL);
 RL: substâncias tóxicas que prejudicam as células e destroem as enzimas, causando 
danos estruturais.
Planejamento dietético na senescência 
Aspectos gerais do envelhecimento:
 Diminuição do fluxo sanguíneo para os rins, o fígado e o cérebro;
 Redução da capacidade dos rins de eliminar as toxinas e os medicamentos;
 Redução da capacidade do fígado de eliminar as toxinas, bem como de metabolizar os 
medicamentos;
 Redução da frequência cardíaca máxima, com a diminuição do débito cardíaco (saída de 
sangue do coração) máximo;
 Redução da tolerância à glicose;
 Diminuição da função celular e do combate às infecções.
Planejamento dietético na senescência 
Sensações e percepções:
 Mudanças e/ou alterações na modalidade sensorial (olfato, gosto, paladar, audição e visão);
 Mais afetadas: o equilíbrio, a audição e a visão, o que acarreta em consequências não só de 
ordem psicológica, mas também social;
 Déficits sensoriais como a audição e a visão levam ao declínio geral no funcionamento das 
atividades intelectuais.
Planejamento dietético na senescência 
Alterações sensoriais podem estar associadas ao 
decréscimo do apetite nas pessoas idosas, afetando o 
comportamento alimentar do idoso.
Sensações e percepções:
 Olfato e gustação: interferem na ingestão de alimentos;
 Visão: influencia, negativamente, na “detecção” dos alimentos e na habilidade de se 
alimentar;
 Diminuição da sensibilidade por gostos primários (doce, amargo, ácido e salgado);
 Essa mudança faz com que os idosos necessitem de maior concentração do sabor 
atribuído ao alimento, ou seja, adicionem mais sal e açúcar aos alimentos, e/ou às 
preparações, para ajustá-los ao paladar. 
Planejamento dietético na senescência 
Capacidade mastigatória:
 A saúde bucal é um fator que determina as escolhas alimentares de indivíduos idosos;
 Mudanças no processo de mastigação podem levar à perda de apetite em idosos; 
 A dentição incompleta e/ou as próteses mal ajustadas podem alterar a ingestão de 
alimentos, e/ou as preparações, a qualidade da dieta, principalmente aquelas associadas 
às modificações/redução de saliva (xerostomia) e ao paladar (sabor e aroma).
Planejamento dietético na senescência 
Alterações podem comprometer o processo de mastigação, 
interferindo no comportamento inicial do processo digestivo 
e favorecendo a sua inadequação, tanto no aspecto 
enzimático como no mecânico.
Alterações na composição, e no fluxo salivar e na mucosa oral:
 Saliva: processo digestivo, na prevenção de cáries e das doenças periodontais, e na 
lubrificação das mucosas;
 Idosos: redução de glândulas salivares;
 Mudanças na cavidade bucal, interferindo, diretamente, no consumo de alimentos e na 
diminuição do apetite;
 Aumento da sensibilidade na mucosa oral, o que ocasiona a sensação de ardor no idoso, 
quando este ingere alimentos quentes ou frios.
Planejamento dietético na senescência 
Alterações na estrutura e na função do esôfago:
 A função esofagiana é bem preservada na velhice;
 Podem apresentar uma diminuição na amplitude das contrações e no número de ondas 
peristálticas, após a deglutição do alimento;
 Quando associadas a enfermidades neurológicas ocasionam as disfunções secundárias 
do esôfago, podendo causar pneumonia por aspiração e má nutrição.
Planejamento dietético na senescência 
Alterações na estrutura e na função do estômago: 
 Atrofia da mucosa gástrica: menor produção de ácido clorídrico (hipocloridria) e uma 
diminuição na secreção do fator intrínseco, reduzindo a absorção da vitamina B12 e 
possibilitando o surgimento deanemia perniciosa;
 A hipocloridria afeta a absorção de cálcio e de ferro (não heme), e pode colaborar com as 
infecções bacterianas, interferindo na disponibilidade biológica dos nutrientes, resultando 
em uma menor ação dos sais biliares, na má absorção da gordura e em casos de diarreia;
 O esvaziamento gástrico de uma refeição, tornando-o mais lento.
Planejamento dietético na senescência 
Para Evans, Triggs e Cheung (1981), as pessoas idosas
gastam, aproximadamente, 123 minutos para promover o
esvaziamento gástrico de metade do bolo alimentar,
diferentemente de indivíduos adultos jovens (que gastam 50
minutos). Fonte: livro-texto.
Alterações na estrutura e na função do intestino:
 Atrofia na mucosa e no revestimento muscular: deficiência de absorção de nutrientes que 
favorece a instalação de diverticulose, em virtude da menor motilidade no 
intestino grosso e no cólon;
 Tais alterações corroboram com o surgimento de constipação intestinal, que se complica 
quando o idoso ingere poucos líquidos, consome pouca fibra, realiza um menor número de 
refeições por dia e é sedentário. 
Planejamento dietético na senescência 
Alterações no pâncreas:
 Função pancreática é preservada;
 Porém, eles podem apresentar maior intolerância à glicose, afetando a digestão e a 
absorção de carboidratos.
Planejamento dietético na senescência 
Alterações na estrutura e na função do fígado e das vias biliares:
 O fígado é submetido a algumas alterações anatômicas e funcionais, em virtude das quais 
ele diminui de peso e o número de hepatócitos sofre uma queda;
 O tecido fibroso aumenta: interfere na biotransformação dos fármacos, na síntese proteica, 
no metabolismo lipoproteico e na secreção da bile.
Planejamento dietético na senescência 
Diminuição da sensibilidade à sede:
 A desidratação é comum em idosos;
 Tendem a ingerir pouco líquido, o que pode desencadear outras doenças;
 Fatores ambientais, psicológicos, fisiológicos e, até mesmo, decorrentes de alguma 
debilidade física podem corroborar com essa baixa ingestão;
 Hipodipsia (ausência de sede e/ou ingestão insuficiente de líquidos) se agrava quando 
associada ao uso de diuréticos e de laxativos, medicamentos de uso frequente em idosos. 
Planejamento dietético na senescência 
Efeitos secundários dos fármacos:
 Os medicamentos podem apresentar efeitos adversos e comprometer o estado nutricional 
do idoso;
 Há que se considerar os possíveis efeitos metabólicos e digestivos dos medicamentos, e a 
sua relação com a ingestão alimentar;
 Medicamentos: interferem na digestão, na absorção e no metabolismo de nutrientes, e 
podem, também, ocasionar a desnutrição nos idosos, além de desenvolver a anorexia.
Planejamento dietético na senescência 
A deficiência de vitamina B12 ou cobalamina, relacionada à idade, é considerada um problema 
de saúde pública. Quais os possíveis fatores podem ocasionar esta deficiência? Que alimentos 
podem ser introduzidos na dieta do idoso com o intuito de aumentar o aporte deste nutriente?
Interatividade
 As causas de deficiência estão relacionadas a menor ingestão e à redução da absorção, 
devido à atrofia da mucosa gástrica e à redução da secreção de ácido clorídrico, e de fatores 
intrínsecos, também relacionados à presença de gastrite atrófica, infecção por H. pylori e 
alterações autoimunes, como na anemia perniciosa. Considerando a somatória desses 
fatores fisiopatológicos, cerca de 30-40% dos idosos podem apresentar uma má absorção, 
o que constitui uma das principais causas da deficiência nesta faixa etária.
 Fontes naturais de vitamina B12: mariscos, fígado, carne, ovos, queijo, outros produtos 
lácteos e crustáceos (por exemplo, caranguejo, camarão etc.).
Resposta
Mudanças na composição corporal e no metabolismo basal:
 Aumento da massa gordurosa e mudanças no seu padrão de distribuição e, 
consequentemente, no estado nutricional;
 Redução da água corporal, da massa muscular (sarcopenia) e massa óssea 
(osteopenia/osteoporose);
 Essas alterações na composição corporal, associadas ao sedentarismo, diminuem o 
metabolismo basal e as necessidades energéticas totais.
Planejamento dietético na senescência 
Antropometria no idoso:
 A AN em idosos requer atenção e cautela, já que, nessa fase, várias alterações 
biopsicossociais (condições físicas e mentais) acontecem e podem interferir no estado 
nutricional;
 Pesquisadores (LIPSCHITZ, 1994; WHO, 1995) sugerem que os valores de IMC para os 
idosos sejam superiores àqueles de adultos, já que, nessa fase, os indivíduos apresentam 
maior quantidade de massa gorda.
Planejamento dietético na senescência 
Classificação Lipschitz
(1994)
OMS (1995) OPAS (2001)
Baixo peso < 22 kg/ m2 < 22 kg/m2 ≤ 23 kg/m2
Eutrófico 24 e 27 kg/m2 22 a 27 kg/m2 > 23 e < 28 
kg/m2
Sobrepeso > 27 kg/m2 > 27 kg/m2 ≥ 28 e < 30 
kg/m2
Fonte: livro-texto.
Fatores sociais, cognitivos e psicológicos:
 Recursos econômicos;
 Disponibilidade de alimentos;
 Local de moradia;
 Presença (ou ausência) de acompanhante/cuidador;
 Aspectos psicológicos (depressão, solidão, perda de familiares e amigos);
 Integração social;
 Capacidade de deslocamento;
 Capacidade cognitiva.
Planejamento dietético na senescência 
Recomendações nutricionais para o idoso:
 A alimentação adequada contribui com a promoção e a manutenção da saúde;
 Há que se estar atento, pois eles encontram-se mais vulneráveis, principalmente, em 
relação às deficiências nutricionais.
Planejamento dietético na senescência 
Recomendações de energia:
 Declínios da taxa metabólica em repouso (TMR);
 Diminuição da massa magra e do nível de atividade física (cotidiana, doméstica e 
programada, como as caminhadas, as corridas, entre outras).
Planejamento dietético na senescência 
Carboidrato e fibra:
 Recomendação: 130 g/dia;
 O VET recomendado é de 60% (alimentos integrais e de baixo índice glicêmico);
 Alimentos fonte de fibras: minimizam o quadro de constipação intestinal em idosos;
 Recomendação: 30 g e 21 g para homens e mulheres, respectivamente.
Planejamento dietético na senescência 
Proteínas:
 Recomendação: 0,8 g/kg/peso/dia;
 Um aumento no aporte de proteína (5 g/kg/peso/dia) pode contribuir com a preservação da 
massa corporal magra, da força e da funcionalidade do indivíduo idoso, além de melhoras 
no sistema imunológico, na cicatrização e na pressão arterial.
Planejamento dietético na senescência 
Lipídios:
 Não deve ultrapassar 30% do VET;
 Sendo 8% de gordura saturada (no máximo) e 15% (no mínimo) de ácidos graxos 
essenciais (13% de ácido graxo linoleico e 1,3% de alfa-linolênico).
Planejamento dietético na senescência 
Recomendações hídricas:
 Recomendação: 20 mL/kg a 45 mL/kg do peso corporal, avaliando as particularidades em 
situações nas quais as perdas hídricas podem acontecer (febre, diarreia, temperatura 
ambiental).
Planejamento dietético na senescência 
Vitaminas e minerais:
 As recomendações de micronutrientes para os idosos permanecem as mesmas, 
apesar de as demandas energéticas serem menores. 
Vitamina B6 (piridoxina):
 Atua como coenzima, aminoácidos e neurotransmissores, metabolismo da homocisteína e 
glutationa, associada à redução do risco cardíaco e do estresse oxidativo;
 A deficiência associada a funções cognitivas e neurológicas;
 Fonte: fígado, músculo, vegetais e cereais integrais;
 Recomendação: 1,7 mg/dia (homens) e 1,5 mg/dia (mulheres).
Planejamento dietético na senescência 
Folato:
 Elemento essencial para a síntese de DNA e de RNA;
 Absorção comprometida na presença de doenças que afetam a porção superior do 
intestino delgado ou a produção de ácido clorídrico no estômago;
 Deficiência: anemia megaloblástica;
 Ademais, a deficiência de vitamina B12, B6 ou de folato pode estar associada ao aumento 
da homocisteína, fator de risco para as doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; Recomendação: 400 µg/dia.
Planejamento dietético na senescência 
Vitamina B12 (cobalamina):
 Problema de saúde pública;
 Deficiência: má absorção da vitamina, ligada à fração proteica, relacionada à hipocloridria, 
sintoma comum em idosos com gastrite atrófica ou com infecção por H. pylori;
 Recomendação: 2,4 µg/dia; em combinação com o consumo de alimentos fortificados ou 
de suplementos orais contendo essa vitamina, sob a forma cristalina, com o objetivo de 
assegurar 100% das recomendações de ingestão.
Planejamento dietético na senescência 
Vitamina D:
 Manutenção dos níveis ideais de vitamina D: melhora a resposta muscular e auxilia na 
redução das quedas e das fraturas em idosos;
 Deficiência: aumenta o risco de osteoporose, doenças cardíacas, hipertensão, desordens 
imunológicas e dor muscoloesquelética;
 Recomendação: 600 UI/dia (15 µg/dia), para indivíduos com idade entre 51 e 70 anos, e 
800 UI/dia (20 µg/dia), para indivíduos acima de 70 anos.
Planejamento dietético na senescência 
Cálcio:
 Essencial na saúde óssea, prevenindo a osteoporose, o risco de haver fraturas 
decorrentes de quedas, além de proteção para a hipertensão arterial e para o 
câncer de cólon;
 Recomendação: 1000 mg/dia (51 a 70 anos de idade) e 1200 mg/dia (acima de 70 anos).
Planejamento dietético na senescência 
Zinco:
 Deficiência: diminuição do paladar;
 Recomendação: 11 mg/dia para os homens e 8 mg/dia para as mulheres.
Planejamento dietético na senescência 
O nutricionista precisa compreender o estilo de vida, os hábitos alimentares e 
todas as questões associadas à alimentação, bem como os aspectos relacionados 
à saúde do idoso e, dessa maneira, realizar o planejamento dietético. 
Orientações nutricionais:
 Faça três refeições ao dia (café da manhã, almoço e jantar), intercaladas com pequenas 
refeições saudáveis, com alimentos frescos. Alimente-se devagar e desfrute do que está 
comendo, em locais onde se sinta confortável;
 Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural;
 Inclua frutas, legumes e verduras em todas as refeições, ao longo do dia; 
 Coma feijão com arroz, de preferência, no almoço ou no jantar.
Planejamento dietético na senescência 
Orientações nutricionais:
 Inclua carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados em, pelo menos, uma refeição 
durante o dia;
 Use pouca quantidade de óleos, gorduras, açúcar e sal no preparo dos alimentos; 
 Beba água mesmo sem sentir sede, de preferência, nos intervalos das refeições; 
 Evite produtos ultraprocessados;
 Fique atento às informações nutricionais dos rótulos dos produtos processados e 
ultraprocessados;
 Sempre que possível, coma acompanhado de alguém. 
Planejamento dietético na senescência 
ATÉ A PRÓXIMA!

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