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TCC - Stephanie Portugal UVA

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EFEITO DE UMA SESSÃO DE SURFE E TREINAMENTO FUNCIONAL NO 
ESTADO DE HUMOR, NÍVEL DE ANSIEDADE E ESTRESSE. 
 
 
 
STEPHANIE PORTUGAL DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABO FRIO 
JUNHO / 2018 
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO 
 
2 
 
 
 
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - BACHARELADO 
 
 
 
EFEITO DE UMA SESSÃO DE SURFE E TREINAMENTO FUNCIONAL NO 
ESTADO DE HUMOR, NÍVEL DE ANSIEDADE E ESTRESSE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
STEPHANIE PORTUGAL DE SOUZA 
 
 
 
ORIENTADOR: 
Professor Mr. Sandro Legey 
 
 
 
 
 
CABO FRIO 
JUNHO/2018 
 
3 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
DE SOUZA, Stephanie Portugal. Efeito de uma sessão de surfe e 
treinamento funcional no estado de humor, nível de ansiedade e estresse. 
: Universidade Veiga de Almeida. Trabalho de Conclusão de curso de 
Bacharelado em Educação Física, 2018, 18 de páginas: 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente estudo objetivou traçar um comparativo avaliando o estado de humor, 
ansiedade e estresse pré e pós-sessão de surfe e de treinamento funcional (TF). 
A amostra composta por 7 praticantes de cada atividade (33,21 ± 12,67 anos). O 
instrumento de medida para o estado de humor foi o questionário POMS (Perfil de 
Estado de Humor), que mede seis estados transitórios de humor (ETH): t, d, r, v, f e 
c. A ansiedade mensurada pelas escalas do IDATE (Inventário de Ansiedade Traço 
e Estado). Conforme esse inventário de auto avaliação, a escala estado (IDATE – 
E). E para o estresse utilizado a Escala de Estresse Percebido (PSS) instrumento 
psicológico para medir a percepção de estresse. 
Os escores de melhoria dos resultados dos testes aplicados, os dados obtidos 
pré e pós-sessão e para a fim comparativo foi utilizado o delta, onde menor de (-1%) 
já é uma melhoria na variável. No POMS, as variáveis: tensão, depressão, raiva, 
vigor, fadiga e confusão houve também melhorias positivas, exceto na confusão pós-
sessão de surfe. Resultados Surfe: -54,17%; -58,82%; -71,43% ; 29,90% ; -68,29% ; 
11,76% respectivamente nessas variáveis e os resultados do TF: -55,56% ; -100% ; 
-100% ; 49,90% ; -77,50% ; -9,26%. O resultado do nível de estresse foi -41,80% no 
surfe e -82,27% no TF. E no nível de ansiedade -6,46% no surfe e de -2,05% no TF. 
Em função dos resultados obtidos nos três objetos de pesquisa para analisar a 
saúde mental, concluiu-se que houve melhoras em nos três aspectos em ambas as 
atividades. E de forma geral que o treinamento funcional apresentou resultado 
superior ao do surfe, porém este também foi significativo. 
 
 
 
 
Palavras Chave: Estado de Humor; Ansiedade; Estresse; Surfe; Treinamento 
Funcional; Natureza; Educação Física. 
 
 
 
 
 
4 
 
STATMENT CATALOGRAPHIC 
 
DE SOUZA, Stephanie Portugal. Effect of a surfing session and functional 
training in the state of mood, anxiety level and stress. University Veiga de 
Almeida. Study of completion of degree in Physical Education, 2018, 
Pager number: 18 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present study aimed to draw a comparative evaluation of the state of mood, 
anxiety and stress pre- and post-session of surfing and functional training (TF). 
The sample consisted of 7 practitioners of each activity (33.21 ± 12.67 years). The 
measuring instrument for the mood state was the POMS questionnaire, which 
measures six mood transient states (ETH): t, d, h, v, f and c. Anxiety measured by 
the IDATE scales (Trait Anxiety Inventory and State). According to this self 
assessment inventory, the state scale (IDATE - E). And for the stress used the 
Perceived Stress Scale (PSS) psychological instrument to measure the perception of 
stress. 
The scores for improvement of the results of the applied tests, the data obtained pre 
and post session and for the comparative purpose were used the delta, where less 
than (-1%) is already an improvement in the variable. In the POMS, the variables: 
tension, depression, anger, vigor, fatigue and confusion were also positive 
improvements, except in post-session surfing confusion. Surfing Results: -54.17%; -
58.82%; -71.43%; 29.90%; -68.29%; 11.76% respectively in these variables and the 
TF results: -55.56%; -100%; -100%; 49.90%; -77.50%; -9.26%. The result of the 
stress level was -41.80% in surfing and -82.27% in TF. And in the level of anxiety -
6.46% in surf and -2.05% in TF. Based on the results obtained in the three research 
objects to analyze mental health, it was concluded that there were improvements in 
all three aspects in both activities. Overall, functional training presented a better 
result than surfing, but this was also significant 
 
 
 
 
 
 
 
Keywords: State of Mood; Anxiety; Stress; Surfing; Functional training; Nature 
Physical Education. 
 
 
 
5 
 
1. Introdução 
 
Sabe-se que a prática regular de atividades físicas proporciona benefícios 
físicos, sociais e psicológicos. Apesar da relação positiva entre exercício e saúde 
psicológica, grande parte da população não usufrui esses benefícios, já que apenas 
uma pequena parcela se exercita suficientemente e a outra grande parte é 
completamente sedentária (WERNECK, BARA FILHO e RIBEIRO, 2008). O 
exercício físico é capaz de proteger o organismo dos efeitos nocivos do estresse na 
saúde física e mental (LEGEY et al, 2017, apud SALMON 2001). 
O surfe é um bom exemplo de esporte em contato com a natureza, pois como 
todos praticantes afirmam a necessidade e o bem estar que a prática proporciona 
leva a pessoa a buscar cada vez mais sua prática. Para muitos o surfe não é apenas 
um esporte é estilo de vida, para levar uma vida com menos consumismo, e mais 
qualidade de vida (STEINMAN, 2003). 
O treinamento funcional tem como a utilização do treinamento de força para 
melhora do equilíbrio, coordenação, força, potência e resistência, sendo 
frequentemente utilizado em programas clínicos que imitam atividades da vida diária 
têm apresentado diversos benefícios e este sendo praticado na praia tem a 
característica de está em contato com a natureza também assim com o surfe e além 
do benefício da sua prática esse contato também pode potencializar esses 
benefícios (THOMPSON, 2012, apud DE ALMEIDA E TEIXEIRA 2013). 
Existe um aumento da incidência de distúrbios psicológicos nos dias atuais 
devido a diversos fatores (CHEIK, et al, 2008), o estresse é a “doença do século”, 
como consequência do somatório de fatores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo 
(PIRES et al., 2004). Se tratando de ansiedade ela constituída por propriedades 
fenomenológicas e fisiológicas ela é um complexo estado ou condição psicológica 
esses estados emocionais são como ameaça, medo, estresse, esses estados são 
possíveis causadores da ansiedade (SPIELBERGER, 1972). Sendo assim, como 
não correlacionar o estresse, a ansiedade com estado de humor e a resposta dela 
decorrente de atividades físicas? A partir dessa linha de raciocínio, onde há 
necessidade adotar das práticas da atividade física para manutenção da saúde e 
adotar esses hábitos saudáveis potencializariam esses benefícios ainda mais, por 
serem atividades descontraídas e ambientes sadios, sendo escolhidos o Surfe e o 
Treinamento Funcional na praia como modalidades, foi traçado um comparativo 
6 
 
através do instrumento de pesquisa, avaliando o estado de humor, nível de 
ansiedade e estresse pré e pós-sessão, a fim de verificar os benefícios relacionados 
à saúde mental que a prática dessas modalidades pode proporcionar como também 
fazer um comparativo dos resultados entre as duas atividades. 
 
2. Metodologia 
 
Amostra 
 
Amostra composta 14 participantes sendo 7 alunos adultos praticantes do 
treinamento funcional e 7 praticantes de surfe nível intermediário e avançado, 
moradores dos municípios de Saquarema– RJ, na faixa etária entre 19 e 55 anos, de 
ambos os gêneros, todos com ensino médio completo. Os critérios de exclusão 
foram: a) recusar em participar do estudo; b) ausência às aulasno dia da coleta de 
dados; c) algum problema físico que impedisse temporariamente de participar da 
prática. Todos haviam concluído o ensino médio 
 
Procedimentos de coleta dos dados 
 
 Se tratando da presente pesquisa ter sido feita em apenas uma sessão, 
considerando os efeitos agudos do exercício físico no Perfil de Estado de Humor, 
estudos enfatizam que uma única sessão pode provocar mudanças significativas e é 
uma estratégia valiosa de curto prazo para controlar os níveis de humor em 
indivíduos normais e com distúrbios (LEGEY et al, 2017, apud YEUNG 1996). 
 Os responsáveis pela pesquisa fizeram uma reunião com os voluntários. 
Nesse encontro, os pesquisadores explicaram os objetivos e os procedimentos 
éticos da investigação. As ordens de aplicação dos instrumentos foram aleatórios, 
feitos antes e imediatamente quando acabou a sessão tanto do surfe quanto do 
treinamento funcional. Os praticantes do surf são do nível intermediário a avançado, 
com ao menos 3 anos de prática, e os alunos do treinamento funcional iniciaram 
suas práticas no mínimo a 2 meses. Ambas as atividades foram coletadas as 
informações em dias distintos, porém se tratando do clima, condições parecidas, 
sem vento forte e com um dia de clima ameno. Já no dia de aplicação do surfe, as 
condições do mar que são importantes foram mar de aproximadamente meio metro, 
7 
 
sem muita corrente, condições de surfe confortáveis e para todos os níveis de 
atletas ou praticantes. 
As pesquisas foram feitas primeiramente com os alunos de treinamento 
funcional, onde responderam os questionários de pesquisa antes e depois da aula, 
mesma forma feito com os surfistas onde foram preenchidos os questionários antes 
e depois da sessão de surfe. 
 O presente estudo se baseia em um caráter descritivo, pois assim como em 
Gil (2002), teve objetivo principal, a descrição das características de um grupo 
analisado, e bem como a relação das variáveis em foco. 
 Também teve como finalidade o registro, a análise, observação dos fatos, 
buscando realizar um estudo minucioso desses dados, a fim de conhecer as suas 
origens. Por fim, realizando a coleta de dados quantitativos e qualitativos (POWELL, 
2004). 
 
Instrumentos 
 
Os dados foram tratados pelo pacote estatístico SPSS 20.0 (IBM. USA), 
sendo que a análise descritiva caracterizou a amostra, com o cálculo de tendência 
central (média) e de dispersão (desvio padrão). 
A variável ansiedade será mensurada pelas escalas do IDATE (Inventário de 
Ansiedade Traço e Estado). Conforme esse inventário de auto avaliação, a escala 
estado (IDATE – E) requer que o sujeito refira como se sente no "momento" EM 
relação a 20 itens exibidos em uma escala Likert de 4 pontos (absolutamente não - 
1; um pouco - 2; bastante - 3; muitíssimo - 4). O escore total pode variar de 20 a 80, 
sendo que os escores podem indicar um baixo grau de ansiedade (menor que 30), 
um grau mediano de ansiedade (31-49) e um grau elevado de ansiedade (maior ou 
igual a 50) (SPIELBERGER, 1970; BIAGGIO e NATALÍCIO, 1979). 
 A Escala de Estresse Percebido (PSS) é o instrumento psicológico mais 
utilizado para medir a percepção de estresse. É uma medida do grau em que as 
situações da vida são avaliadas como estressantes. Os itens foram projetados para 
controlar como os entrevistados imprevisíveis, incontroláveis e sobrecarregados 
encontram suas vidas. A escala também inclui uma série de consultas diretas sobre 
os níveis atuais de estresse experiente. O PSS foi projetado para uso em amostras 
8 
 
da comunidade com pelo menos um ensino médio. Os itens são fáceis de entender, 
e os As alternativas de resposta são simples de entender. Além disso, as questões 
são de natureza geral e, portanto, são relativamente livres de conteúdo específico 
para qualquer grupo de subpopulação. As perguntas no PSS perguntam sobre 
sentimentos e pensamentos durante o último mês. Em cada caso, os inquiridos são 
questionados com a frequência com que eles sentiram certa maneira. 
Para avaliar o Estado de Humor, será adotado o questionário POMS (Perfil de 
Estado de Humor) (VIANA et al., 2012), que mede seis estados transitórios de 
humor (ETH): tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão mental, em 
populações de adultos e adolescentes. O questionário é composto por 24 escalas de 
cinco níveis (0 = nada e 4 = extremamente), as quais devem ser respondidas pelo 
participante considerando como ele se sente no momento da avaliação. Com a 
soma das respostas referentes a cada construto, obtém-se um escore que varia de 0 
a 16 para cada estado de humor (por exemplo: esgotado + exausto + sonolento + 
cansado = fadiga). 
Os dados foram tratados pelo pacote Excel da Microsoft, sendo que a análise 
descritiva serviu para caracterizar a amostra, com o calculo de tendência central 
(média) e de dispersão (desvio padrão). Para calcular a magnitude das possíveis 
diferenças entre as avaliações foi calculado o delta percentual entre os momentos 
pré e pós-sessão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3. Apresentação e discussão dos resultados 
A tabela 1 e 2 mostra os dados descritivos (média e desvio-padrão) referentes 
às características etárias e antropométricas dos sujeitos e às variáveis estudadas, 
sendo a tabela 1 os dados dos praticantes de surfe e a tabela 2 os dados dos alunos 
de Treinamento Funcional. 
 
Tabela 1. Características etárias e antropométricas da amostra – Surfe (n=7) 
Estatística Descritiva – Surfe 
Variáveis Mínimo Máximo Média (DP) 
Idade (anos) 22,00 55,00 33,29 ± 12,67 
Peso (Kg) 65,00 98,00 84,29 ± 13,34 
Estatura (m) 1,55 1,90 1,81 ± 0,18 
IMC (Kg / m2) 23,12 29,90 25,78 ± 3,41 
DP=Desvio padrão 
 
 
Tabela 2. Características etárias e antropométricas da amostra – Treinamento 
Funcional (n=7) 
Estatística Descritiva - Treinamento Funcional 
Variáveis Mínimo Máximo Média (DP) 
Idade (anos) 18,00 59,00 33,21 ± 12,67 
Peso (Kg) 58,00 90,00 76,64 ± 13,34 
Estatura (m) 1,55 1,72 1,62 ± 0,08 
IMC (Kg / m2) 20,96 32,05 26,03 ± 5,55 
DP=Desvio padrão 
 
 
 
10 
 
 
Resultados 
Tabela 3 comparação das dimensões de estado de humor, nível de ansiedade 
e estresse pré e pós sessão de surfe e treinamento funcional e delta % 
resultado comparativo. 
 
Resultados 
Variáveis 
Surf Funcional 
PRÉ PÓS ∆ % PRÉ PÓS ∆ % 
IDATE-E – Ansiedade 50,86 47,57 -6,46 49,86 48,83 -2,05 
POMS – tensão 10,30 4,70 -54,17 9,00 4,00 -55,56 
POMS – depressão 4,90 2,00 -58,82 7,40 0,00 -100,00 
POMS – raiva 5,00 1,40 -71,43 5,60 0,00 -100,00 
POMS – Vigor 13,90 18,00 29,90 14,10 21,10 49,90 
POMS – Fadiga 5,90 1,90 -68,29 5,70 1,30 -77,50 
POMS – Confusão 7,30 8,10 11,76 7,70 7,00 -9,26 
PSS – Estresse 17,43 10,14 -41,80 17,86 3,17 -82,27 
∆ % = Delta, onde menor de (-1%) já é uma melhoria na variável. 
IDATE (Inventário de Ansiedade Traço e Estado), POMS (Perfil de Estado de Humor); PSS (Escala 
de Estresse Percebido). 
 
Os resultados foram bastante positivos no que se trada de melhoria na saúde 
mental dos praticantes de treinamento funcional e do surfe. 
 A tabela 3 mostra os escores de melhoria dos resultados dos testes 
aplicados, temos os dados pré e pós-sessão de treinamento funcional e surfe, e para 
a fim comparativo foi utilizado o delta, onde menor de (-1%) já é uma melhoria na 
variável. No POMS, as variáveis: tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão 
houve também melhorias positivas, exceto na confusão pós-sessão de surfe. 
 Observamos que no nível de ansiedade houve melhoria significativa, tendo 
sido reduzida -6,46% o nível de ansiedade da amostra pós-sessão de surfe. E nos 
alunos de treinamento funcional tivemos uma melhoria um pouco menor, mas 
mesmo assim significativa de -2,05% de redução do nível de ansiedade, o surfe 
além de ser um esporte de alta intensidade, quando praticado para o lazer, sem 
afins competitivos e condições climáticas favoráveis é um esporte extremamenterelaxante e prazeroso, sendo assim uma possível justificativa para melhoria mais 
acentuada no surfe comparado ao do treinamento funcional (STEINMAN, 2003). 
11 
 
 No estado de humor, as variáveis tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e 
confusão houve também melhorias positivas, exceto na confusão pós-sessão de 
surfe. Resultados Surf: -54,17%; -58,82%; -71,43% ; 29,90% ; -68,29% ; 11,76% 
respectivamente nessas variáveis e os resultados do TF: -55,56% ; -100% ; -100% ; 
49,90% ; -77,50% ; -9,26%. 
O aumento do vigor no surfe pode estar relacionado com a teoria do 
autocontrole, Bara Filho e Ribeiro (2008), testaram a hipótese do autocontrole 
através da análise pós-aula de dança. Os autores verificaram que a hipótese do 
autocontrole parece não ser uma explicação viável para as reduções do humor 
negativo, já a hipótese do autocontrole apresentada pode ser útil na explicação da 
melhoria dos aspectos positivos do humor, como o aumento do vigor uma vez que 
somente os sujeitos com maior percepção de performance aumentaram os escores 
de humor positivo. Para a prática do surfe é necessário que o sujeito também 
possua maior percepção de performance para conseguir desenvolver a atividade e 
evoluir, e é feito de forma gradativa, sendo assim sendo uma explicação para 
alteração do vigor. 
Se tratando ainda o vigor, segundo Arruda, 2004, no caso do treinamento 
funcional em se analisar sua intensidade a escala subjetiva de percepção de esforço 
o indivíduo deve permanecer entre 6 e 7 que significa relativamente difícil, 
caracterizando sim em uma atividade de alta intensidade, sendo assim 
proporcionando o aumento dessa variável que, seu resultado foi maior no 
treinamento funcional se equiparando com o surfe, onde obtivemos aumento de 
49,90 e 29,90 respectivamente. 
“A dimensão ou fator Confusão-desorientação caracteriza-se por um estado 
de confusão e baixa lucidez. Compõe-se pelos adjetivos confuso, baralhado, 
desnorteado, inseguro, competente e eficaz” (VIANA e ALMEIDA, 2001). Foi 
observado no presente estudo melhoria em quatro fatores do estado de humor pós-
sessão de surfe. Exceto no fator confusão onde o resultado foi de 11,26%. A 
alteração nesse fator pode está associado ao surfe ser uma atividade de alta 
intensidade, atividade que necessita boa linha de raciocínio para tomar medidas e 
atitudes dentro d´água, como, qual onda remar, momento certo de “dropar”, atentar 
aos riscos de cada movimento sendo assim gerar não só o cansaço físico, mas 
também um cansaço mental (STEINMAN, 2003). Sendo assim uma possível 
explicação para ao aumento do fator confusão pós-sessão apenas no surfe. 
12 
 
“Alterações no humor em atividades mais intensas geraram sim aumento da 
fadiga” (PELUSO, 2003), o resultado da fadiga no treinamento funcional e do surfe 
foram, -77,5% e -68,29% respectivamente que pode está associado ao nível de 
intensidade das suas práticas. 
Um estudo de revisão feito pelos autores também sugeriram um possível 
efeito negativo no Perfil de Estado de Humor após exercícios de alta intensidade, e 
especularam que uma atividade em intensidade auto-selecionada pode ser mais 
vantajosa que uma imposta, preferencialmente em um ambiente agradável (LEGEY, 
et al, 2017 apud, WERNECK, BARA FILHO e RIBEIRO, 2006). 
Se tratando do estresse, “aliada ao prazer de estar em contato com as forças 
da natureza, a prática do surfe estimula a produção de endorfinas, entre outras 
substancias químicas cerebrais que aliviam o estresse” (STEINMAN, 2003), sendo 
assim o resultado do nível de estresse também foram positivos para ambas as 
modalidades, sendo o treinamento funcional uma melhora de quase o dobro 
comparado com o surfe, sendo -41,80% no surfe e -82,27% no treinamento 
funcional. Esse resultado pode está relacionado que no surfe pelas condições 
climáticas e muitas coisas não estarem totalmente no controle do praticante, como 
mudanças nas condições do mar, vento, correntezas, esses fatores necessitam uma 
atenção maior parar tomar certos cuidados preventivos dentro d’água, para garantir 
segurança e uma prática segura, essa preocupação gera um estresse, mesmo que 
passivo, mas um estresse. Sendo assim o surfe apesar de ser uma modalidade 
altamente relaxante dependendo das condições do mar pode gerar uma 
preocupação maior que o treinamento funcional na qual sua prática não proporciona 
tais riscos e requer esses tipos de cuidados. 
De forma geral observando os três objetos de pesquisa, foi observado que 
houve melhorias significativas no estado de humor em ambas as atividades, porém 
observou-se uma melhora mais significativa nos praticantes do treinamento 
funcional. Sendo assim, comparando os resultados do surfe e do treinamento 
funcional, onde o treinamento funcional teve resultados mais positivos no estado de 
humor, uma boa explicação desse melhora, pode ser devido ao treinamento 
funcional ser uma atividade de maior interação social com outras pessoas, onde os 
movimentos são praticados juntos e coletivamente, não que o surfe não tenha 
alguma interação social, porém é um esporte quanto a sua prática individualizado. 
13 
 
Segundo Ratey, 2002, o exercício aumenta os neurotransmissores, os quais 
ajudam na regulação do estado de ânimo, no controle da ansiedade e na 
competência para manipular o estresse e a agressividade, tornando-nos mais 
atentos e sociáveis, reafirmando essa teoria o estudo mostra essas melhorias 
evidentes. 
“Quanto maior é o esforço a que nos submetemos, melhor é a circulação e 
mais apta fica aquela parte do cérebro” (RATEY, 2002). O surfe apesar de ser uma 
atividade de alta intensidade, nem sempre é constante, pois necessita de fatores 
externos e do meio ambiente para haver essa constância na atividade, já o 
treinamento funcional é de alta intensidade e continuo naquele momento, que dura 
em média uma hora de aula e independem desse tipo de condições. Sendo assim 
pode ser mais um motivo para ter havido maiores resultados no estado psicológico 
do treinamento funcional comparado ao do surfe. 
 
 
4. Considerações finais 
Em função dos resultados obtidos nos três objetos de pesquisa para analisar 
a saúde mental, sendo eles estado de humor, nível de ansiedade e de estresse, 
concluiu-se que houve melhoras em todos os as três aspectos em ambas as 
modalidades após a sessão se surfe e do treinamento funcional, confirmando a 
hipótese do estudo onde adotar esses hábitos saudáveis e praticar atividades físicas 
em ambientes descontraídos, sadios e em contato com a natureza potencializam 
benefícios a saúde mental através destas práticas. O resultado obtido mostrou de 
forma geral que o treinamento funcional apresentou resultado superior ao do surf, 
porém este também foi significativo. 
Através da identificação dos benefícios que esse tipo de prática pode 
proporcionar nos aspectos psicológicos, provocando melhorias, estas devem ser 
incentivadas, através de estudos com este, convém aumentar as pesquisas em 
ambas as atividades e seus benefícios para haver uma propagação no material de 
pesquisa que ainda é bem escasso tanto no surfe quando no treinamento funcional, 
a fim de como já mencionado incentivar suas práticas a quem não as conhece ou de 
certa forma tem receio em tentar inicia-las. A informação, resultados de pesquisa 
positivos sobre qualquer atividade física desperta o vontade de praticá-los. 
14 
 
Referências 
BIAGGIO, A. M. B.; NATALÍCIO, Luiz. Manual para o inventário de ansiedade Traço-
Estado (IDATE). Rio de Janeiro: CEPA, v. 15, 1979. 
CHEIK, Nadia C. et al. Efeitos do exercício físico e da atividade física na 
depressão e ansiedade em indivíduos idosos. Revista Brasileira de Ciência e 
Movimento, v. 11, n. 3, p. 45-52, 2008. 
 
DE ALMEIDA, Carlos Leite; TEIXEIRA, Cauê La Scala. Treinamento de força e sua 
relevância no treinamento funcional. 2013. 
 
DE ARRUDA CAMPOS, Maurício; NETO, Bruno Coraucci. Treinamento funcionalresistido: para melhoria da capacidade funcional e reabilitação de lesões 
musculoesqueléticas. Revinter, 2004. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, v. 5, n. 61, p. 
16-17, 2002. 
 
LEGEY, Sandro et al. Relationship Among Physical Activity Level, Mood and Anxiety 
States and Quality of Life in Physical Education Students. Clinical practice and 
epidemiology in mental health: CP & EMH, v. 13, p. 82, 2017. 
 
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16 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Escala do Stresse Percepcionado 
 
Perceived Stress Scale – PSS (10 item) 
Cohen, Kamarck&Mermelstein (1983) 
 
 
 
Nome Data 
 
 
 
Instrução:Para cada questão, pedimos que indique com que frequência se sentiu ou 
pensou de determinada maneira, durante o último mês. Apesar de algumas 
perguntas serem parecidas, existem diferenças entre elas e deve responder a cada 
uma como perguntas separadas. Responda de forma rápida e espontânea. Para 
cada questão indique, com uma cruz (X), a alternativa que melhor se ajusta à sua 
situação. 
 
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1. No último mês, com que frequência esteve 
preocupado(a) por causa de alguma coisa que 
aconteceu inesperadamente? 
 
2. No último mês, com que frequência se sentiu incapaz de 
controlar as coisas importantes da sua vida? 
 
3. No último mês, com que frequência se sentiu nervoso(a) 
e em stresse? 
 
4. No último mês, com que frequência sentiu confiança na 
sua capacidade para enfrentar os seus problemas 
pessoais? 
 
5. No último mês, com que frequência sentiu que as coisas 
estavam a correr à sua maneira? 
 
6. No último mês, com que frequência sentiu que não 
aguentava com as coisas todas que tinha para fazer? 
 
7. No último mês, com que frequência foi capaz de 
controlar as suas irritações? 
 
8. No último mês, com que frequência sentiu ter tudo sob 
controlo? 
 
9. No último mês, com que frequência se sentiu furioso(a) 
por coisas que ultrapassaram o seu controlo? 
 
10. No último mês, com que frequência sentiu que as 
dificuldades se estavam a acumular tanto que não as 
conseguia ultrapassar? 
 
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