Buscar

Artigos ENEF

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 1 
 
 
 
 
VOLUME 11 - NÚMERO 02 - 2016 - MAGAZINE 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 2 
 
 
 
 
 
É com grande satisfação que, no trigésimo ano de realização do Encontro Nacional de 
Atividade Física - ENAF, publicamos a Revista on-line ENAF SCIENCE. Tal publicação pode ser 
traduzida como uma forma de agradecimento e retribuição a todos aqueles que, direta ou 
indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desse evento que 
integra o universo da atividade física e da saúde. 
 
No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de milhares de 
acadêmicos e profissionais da área de educação física, fisioterapia, nutrição, enfermagem, 
turismo e pedagogia. A partir de 2004 passamos a realizar o Congresso Científico vinculado 
ao ENAF, dando mais um passo na construção dos saberes que unem formação e produção. 
 
E a partir de 2006 pela Revista on-line ENAF SCIENCE. Esperamos que essa publicação 
enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os trabalhos 
apresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo completo ou como resumo 
na forma de pôster. 
 
Esperamos que este seja a continuação dos passos que pretendemos empreender na busca 
por um novo viés de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu caminho mais 
essencial: participar da construção de uma ciência da atividade física. 
 
Fale Conosco: Tel.: (35) 3219-7850 
Congressocientifico@enaf.com.br 
www.enaf.com.br 
 
Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos respectivos autores, não sendo atribuível ao ENAF 
nenhuma forma de competência legal sobre os mesmos. 
 
 
Coordenação: 
Prof. Dr. Marcelo Callegari Zanetti 
Professor Titular dos Cursos de Graduação em Educação Física, Nutrição e Psicologia da UNIP - S. J. Rio Pardo - SP. 
Professor do Curso de Graduação em Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado)/USTJ - SP. 
LATTES: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4716434P8 
mailto:Congressocientifico@enaf.com.br
http://www.enaf.com.br/
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4716434P8
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 3 
 
 
 
ÍNDICE 
(Dica: clique no titulo abaixo para acessar a página do trabalho) 
 
ARTIGOS 
A MELHORA DAS CAPACITAÇÕES FÍSICAS DO ADOLESCENTE ATRAVÉS DO TREINAMENTO FUNCIONAL 
RESISTIDO ........................................................................................................................................................... 5 
INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE ......................................... 14 
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA – O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA . 26 
A CAPACIDADE FÍSICA FLEXIBILIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA TÉCNICA, PERFORMANCE E ESTÉTICA 
DOS BAILARINOS CLÁSSICOS ............................................................................................................................ 35 
CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR................... 49 
MAPEAMENTO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER NO BAIRRO CENTRO DA CIDADE DE FORTALEZA/CE ..... 61 
TÊNIS DE CAMPO – PROPOSTA PARA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR. ............................................................... 74 
FATORES MOTIVACIONAIS PARA INSERÇÃO DA PRÁTICA DE NATAÇÃO DE CRIANÇAS APLICADAS NO 
MUNICÍPIO DE GUARAPARI-ES ........................................................................................................................ 84 
PERFIL DE AGILIDADE DE CRIANÇAS FUTEBOLISTAS DA ESCOLA DE FUTEBOL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE 
VIÇOSA, CAMPUS FLORESTAL-MG ................................................................................................................... 92 
PERFIL NUTRICIONAL DE GARIS DO MUNICÍPIO DE CARIACICA, ES ................................................................ 99 
ALTERAÇÕES FÍSICAS EM ATLETAS DE CULTURISMO NA PREPARAÇÃO PARA O PRINCIPAL CAMPEONATO DA 
MODALIDADE NA CIDADE DE BOA VISTA, RORAIMA. ................................................................................... 109 
FORÇA DE PREENSÃO MANUAL COMO PREDITORA PARA FORÇA GLOBAL .................................................. 118 
 
RESUMOS 
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E INFLUÊNCIAS TECNOLÓGICAS NO ESTILO DE VIDA DE ESTUDANTES DO 
INTERIOR DE SÃO PAULO ............................................................................................................................... 132 
GINÁSTICA GERAL E ATIVIDADES CIRCENSES INOVANDO O AMBIENTE ESCOLAR ........................................ 133 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 4 
 
 
 
 
 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 5 
 
 
A MELHORA DAS CAPACITAÇÕES FÍSICAS DO ADOLESCENTE ATRAVÉS DO 
TREINAMENTO FUNCIONAL RESISTIDO 
 
AUTORES: Aquiles de Jesus Chagas, Francisco Jefferson Ramos, Gabriel Da Silva, Heberard 
Alves, Lucy Lopes, Sérgio Torres 
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO – UNIÍTALO 
E-MAIL: lucypaiva4@gmail.com 
ORIENTADOR: Carol Zuntini 
 
 
RESUMO 
O exercício físico no período da adolescência é crucial para o desenvolvimento das capacitações 
físicas e motoras, reduzindo riscos de sobrepeso precoce e de doenças hipocinéticas devido 
também ao sedentarismo. Aumenta à massa muscular, desenvolve a consciência corporal, 
melhora a postura; torna o adolescente mais apto para suas atividades diárias. Contribui 
diretamente para sua saúde. O treinamento funcional resistido surge como um colaborador para 
que as capacidades físicas sejam desenvolvidas e melhoradas, e ajude o adolescente a crescer 
com hábitos de vida saudáveis. Para isso, o exercício físico deve ser transferível a este público, 
isto é, desafia o Profissional de Educação Física a planejar um treinamento que seja específico as 
necessidades físicas mais fracas, e as reverta num estado que seja considerado satisfatório para 
a boa qualidade de vida do adolescente. Os comparativos de estudos realizados indicam a 
importância do exercício físico nesta etapa da vida, para que, subsequentemente, o indivíduo 
tenha uma vida adulta com menos propensão à doenças, e com todas suas capacidades físicas 
bem desenvolvidas. 
Palavras Chave: Adolescente, Capacitações Físicas, Treinamento Funcional Resistido, Vida 
Diária. 
 
ABSTRACT 
Physical exercise during adolescence is crucial for the development of physical and motor skills, 
reducing early overweight risk and hypokinetic diseases due to inactivity. Increases muscle mass, 
develops body awareness, improves posture; makes the teenager adapt to their daily activities. 
Directly contributes to their health. The weathered functional training comes as a contributor to the 
physical capacities are developed and improved, and helps the teenager to grow with healthy 
lifestyle habits. For this exercise should be transferable to this audience, therefore, challenges the 
Professional Physical Education plan a specific training to the weakest physical characteristics, 
and reverse a state that is satisfactory to good quality to the adolescent’s life. The comparative 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 6 
 
 
studies indicate the importance of exercise in this stage of life, subsequently, the individual has an 
adult life less disposed to diseases, and with all their well-developed physical abilities. 
Key Words: Teenager, Physical Capabilities, FunctionalResistance Training, Daily Life. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O objetivo deste estudo foi analisar com base em artigos pesquisados em campo, 
considerando-se a necessidade de inserir à prática de exercícios físicos ainda durante a 
adolescência. O presente estudo tratou dos benefícios que o treinamento funcional resistido pode 
causar, analisando os comparativos de melhorias e a forma como os exercícios físicos foram 
aplicados. 
 Considera-se importante planejar o treinamento funcional resistido, baseado com as 
necessidades físicas específicas da pessoa e direcionar as variáveis de treino (volume, 
intensidade e descanso), que façam uso para as atividades da vida diária do indivíduo. (SILVA-
GRIGOLETTO, MARZO EDIR et al., 2014) 
 
Com o decorrer da vida, há reduções progressivas de força e massa muscular do ser humano, 
isso reflete diretamente na capacidade funcional dos indivíduos de realizar suas funções básicas 
diárias. (ANTONIAZZI et al., 1999) 
Desse modo, a infância e a adolescência são períodos críticos, extremamente importantes, 
porquê é neste momento da vida que qualquer alteração nos hábitos saudáveis, dentro desses 
pilares (prática de exercícios físicos, educação alimentar, horário de sono, e etc) podem fazer 
toda a diferença para suas melhores condições físicas em sua vida adulta. (ULBRICH Z., 
ANDERSON, et al., 2007) 
 O treinamento funcional resistido constitui-se em um tipo de treinamento que reúnam um 
conjunto de capacidades físicas, tais como: força, flexibilidade, resistência cardiorrespiratória, 
equilíbrio, agilidade e resistência muscular. São aplicados movimentos variados, geralmente, 
multiarticulares, onde trabalham-se todos os grandes grupos musculares. O treino consiste em: 
movimentos funcionais (usados no cotidiano do indivíduo, como: agachar, levantar, correr, andar 
e etc), com alta intensidade e com constantes variações dos exercícios, estimulando o 
desenvolvimento de todas as capacidades físicas da pessoa. Movimentos funcionais é o resgate 
dos movimentos naturais do ser humano. 
 As características deste tipo de treinamento são as: mecânica, técnica, consistência, nível de 
intensidade, volume e o descanso, variações dos exercícios, materiais utilizados. Visa o trabalho 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 7 
 
 
de força muscular, com diferentes estímulos, trabalhando em cima das possíveis fraquezas de 
alguma capacidade física. (SILVA-GRIGOLETTO, MARZO EDIR et al., 2014) 
Exercícios físicos bem elaborados podem desenvolver e melhorar as capacidades físicas do 
adolescente, o tornando mais apto para suas atividades diárias? 
 O método de escolha para o presente estudo foi a revisão de literatura, utilizando-se os 
termos treinamento funcional resistido ao adolescente, a forma como os exercícios físicos foram 
descritos. O presente artigo foi baseado em trabalhos realizados com adolescentes, nas faixas 
etárias de 12 a 17 anos, no Brasil e nos Estados Unidos, que mostraram a importância de 
exercícios específicos para este público, cujo o objetivo fosse melhorar suas capacidades físicas 
para uso em sua vida diária. 
 Os artigos foram encontrados na internet. Foram utilizados as bases de dados (Google 
Acadêmico, Pubmed, além de pesquisas na biblioteca) onde foram realizados pesquisas 
referentes ao tema. Também foram utilizados livros que se referem às capacitações físicas e que 
abordassem o treinamento funcional resistido. Tais artigos e livros, em sua maioria, são dos 
últimos vinte anos, pois buscamos novos conceitos e novas formas de avaliar como o exercício 
físico funcional realmente contribua para melhorar a aptidão física do adolescente. 
 
APTIDÃO FÍSICA 
 
 A aptidão física está ligada diretamente ao desenvolvimento das capacitações físicas do 
indivíduo, pois ser apto fisicamente, é conseguir realizar as atividades básicas diárias, sem haver 
nenhum prejuízo motor para tal, de forma em que não haja esforços maiores que prejudiquem as 
funções do corpo humano. (GUISELINI, MAURO, 2005) 
 A aptidão física relacionada à saúde é a capacidade de realizar, as atividades diárias da 
melhor forma possível, a fim de evitar doenças inerentes a falta da prática de atividade física. 
(MONTEIRO, GUERRINI, 2006) 
 Ainda segundo Monteiro Guerrini (2006), a aptidão cardiorrespiratória, seria a capacidade de 
continuar e/ou persistir em tarefas extenuantes que envolvam, por períodos de tempo 
prolongados, grandes grupos musculares. Sendo assim, exercícios físicos aeróbicos, devem 
contribuir principalmente com a capacidade do miocárdio de realizar menos esforço possível 
durante os períodos de treinamento. 
 A frequência cardíaca - FC, é um método de se avaliar o indivíduo se está apto ou inapto 
para os exercícios propostos e qual nível de intensidade será aplicado no mesmo. (MONTEIRO, 
GUERRINI, 2006) 
 Vale ressaltar que, o aumento do triglicérides é um fator de risco para o desenvolvimento da 
obesidade, e os altos índices de gordura adiposa e a esteatose hepática (gordura no fígado) 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 8 
 
 
estão diretamente relacionadas com doenças cardiovasculares e risco de ataques cardíacos. Há 
também o risco de desenvolver diabetes mellitus, risco de sofrer lesões articulares, 
principalmente, em pontos de estabilidade do corpo, por causa da maior força de impacto, e etc. 
(DUNFORD, MARIE, 2012) 
 Em relação à força muscular, é importante a realização de exercícios que desenvolvam a 
região do CORE, pois adolescentes passam por grandes períodos de seu dia de pé, isto é, 
andando, correndo, sempre se movimentando. Isso somado com a ação gravitacional, que faz 
com que haja uma sobrecarga maior nesta região do corpo. Além de melhorar sua flexibilidade, 
para que as articulações do corpo sempre estejam mais flexíveis para todos os movimentos 
motores utilizados em seu cotidiano, como: agachar, andar, correr, pular, e etc. (ULBRICH Z., 
ANDERSON, et al., 2007) 
 Portanto, é recomendável e saudável que o adolescente realize exercícios que fomentem o 
seu crescimento de forma linear, isto é, entendendo o passo a passo de seu crescimento natural, 
e elaborar exercícios que trabalhem da melhor forma todas as capacidades físicas, objetivando o 
ganho de massa magra – mm e a redução da gordura corpórea para seu melhor condicionamento 
físico. (ULBRICH Z., ANDERSON, et al., 2007) 
CAPACIDADES FÍSICAS NA ADOLESCÊNCIA 
 
 Os artigos pesquisados e analisados foram aqui apresentados em quadros de forma a 
facilitar a compreensão. Na sequência discutem-se os resultados encontrados em cada artigo. 
 
Artigo 
Título do 
Artigo 
Capacidade Física Avaliada Nível de Aptidão 
Luguetti, 
2010 
Indicadores 
de aptidão 
física de 
escolares da 
região centro-
oeste da 
cidade de 
São Paulo 
Resistência Cardiorrespiratória Resistência Cardio Ruim – Em 
ambos os sexos, níveis abaixo da 
média para a saúde 
Ulbrich, 
2007 
Aptidão 
Física em 
crianças e 
Resistência Cardiorrespiratória, 
Força/Resistência Muscular, 
Flexibildade 
Resistência Cardio e Força 
Muscular Ruim – Principalmente 
no sexo feminino, que somente a 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
Página 9 
 
 
adolescentes 
de diferentes 
estágios 
Maturacionais 
Flexibilidade apresenta um nível 
satisfatório em todos os níveis de 
maturação – Infância e Adoslec. 
Pelegrini, 
Andrea; 
2011 
Aptidão 
Física 
Relacionada 
à Saúde de 
Escolares 
Brasileiros: 
Dados do 
Projeto 
Esporte Brasil 
Resistência Cardiorrespiratória, 
Força Muscular, Flexibilidade 
Resistência Cardio, Força 
Muscular e Flexibilidade Ruim– 
em ambos os sexos 
 
Silva-
Grigoletto, 
2014 
Treinamento 
Funcional, 
para que para 
quem 
Não houve capacidade física 
avaliada 
Não houve nível de aptidão física 
avaliado 
Antoniazzi, 
et al., 
1999 
Efeitos do 
treinamento 
de força 
sobre o 
desempenho 
de resistência 
muscular 
Não houve capacidade física 
avaliada 
Não houve nível de aptidão física 
avaliado 
Dunford, 
Marie, 
2012 
Fundamentos 
de Nutrição 
no Esporte e 
no Exercício 
Não houve capacidade física 
avaliada 
Não houve nível de aptidão física 
avaliado 
 
 Segundo Ulbrich Z., Anderson et al., (2007), em estudo realizado, analisamos as condições 
físicas encontradas em adolescentes, em que, em ambos os sexos consideraram-se ruins. De 
todas as valências físicas analisadas: resistência cardiorrespiratória, força muscular e 
flexibilidade, encontraram-se em resultados abaixo do satisfatório. Neste momento da vida, 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
10 
 
 
devem ser respeitados alguns aspectos, como: se o adolescente atingiu sua maturidade 
biológica, e identificar quais são suas características de individualidade biológica (genótipo ou 
fenótipo). 
 Dos artigos estudados, as pesquisas apontam que meninos possuem mais força muscular e 
resistência cardiorrespiratória, do que as meninas. Entretanto, o objetivo não foi diferenciar o 
sexo, quanto as performances obtidas, mas foi de analisar de qual forma o exercício físico 
consegue contribuir para que ambos (meninos e meninas) obtenham bons resultados e se 
tornarem mais aptos para realizar atividades simples de seu dia a dia, como: correr, andar, 
levantar, agachar, e etc, sem que haja qualquer tipo de déficit em suas performances físicas. 
 Segundo Ulbrich Z., Anderson et al., (2007), as condições pelas quais os adolescentes 
vivem e crescem, são também considerados como fatores que os impeçam de desenvolver-se de 
forma mais saudável, isto é, as condições urbanas influenciam diretamente para a boa prática ou 
não de atividades físicas. Este fator contribui diretamente para os baixos resultados em testes de 
capacitações físicas realizados em adolescentes. 
 Em todos os estudos, houveram critérios para avaliação. É importante ressaltar que, em 
todos eles, ser considerado com uma classificação ruim, nos testes físicos, indicam algum tipo de 
risco iminente a saúde, isto é, o risco de desenvolver doenças hipocinéticas, pela falta de 
exercícios físicos e o estilo de vida sedentário. Sendo assim, a qualidade de vida já nesta fase 
pode estar prejudicada, e o potencial para aumentar as doenças são evolutivos. 
 Ulbrich Z., Anderson et al., (2007), cita que os testes de flexibilidade foram realizados com o 
banco de Wells, em que, os adolescentes na posição sentada, com as pernas estendidas e os 
pés apoiados no banco, tinham que, atingir a maior distância, sem flexionar as pernas, no qual, os 
valores considerados ideias para indivíduos de 7 aos 17 anos estão entre 20cm a 25cm para 
meninos, e 23cm a 28cm para meninas. 
 A flexibilidade considerada ruim neste momento da vida, pode afetar no desempenho das 
atividades diárias, aumentando possíveis riscos de lesões musculares e articulares, além de 
serem propensos a desvios posturais e dores na região lombar. 
 Ulbrich Z., Anderson et al., (2007), citou testes de resistência cardiorrespiratória, onde para 
potência anaeróbica, realizaram-se testes de corrida de curta distância e para potência aeróbica, 
foi utilizado corrida de longa distância, geralmente com o tempo (volume) maior. Esta segunda, 
por ter um maior volume da presença de oxigênio no corpo durante a ação do exercício, testou 
diretamente o VO2máx do adolescente durante a ação dos testes realizados, que foram dados 
como ruins os resultados obtidos durante os exercícios. 
 Segundo Ulbrich Z., Anderson et al.; (2007), para avaliação de força muscular, foram 
utilizados arremessos com medicine-ball, testes abdominais, saltos horizontais, para avaliar a 
força explosiva. Os resultados para ambos os sexos nos testes foram dados como ruins. Segundo 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
11 
 
 
as pesquisas, a grande maioria dos adolescentes possuem pouca força na região abdominal, com 
grande capacidade de desenvolverem problemas posturais e lesões musculoesqueléticas. 
 Portanto, Silva-Grigoletto, Marzo Edir et al., (2014), cita que, a mera prescrição de exercícios 
não tornam o treinamento funcional, isto é, tais exercícios devem estar diretamente conectados 
com os objetivos específicos da vida diária do indivíduo e fomentar as fraquezas nele 
encontradas. A ideia é que o treino realmente tenha funções específicas, a fim de que os 
resultados sejam atingíveis. O treinamento só será transferível aos adolescentes se tiverem como 
objetivo principal responderem às características físicas individuais que cada um precisa 
desenvolver. Os critérios para que isso ocorra serão as frequências adequadas aos estímulos de 
treinamento, ou seja, à frequência é importante para que os resultados sejam obtidos; deve-se 
haver uma intensidade adequada, respeitando este princípio; é importante que haja 
pausas/descanso, entre os exercícios realizados; e, que haja, uma organização e planejamento 
dos exercícios físicos propostos. 
 Silva-Grigoletto, Marzo Edir et al., (2014), diz ainda que, tudo isso irá conceituar se o 
treinamento funcional resistido foi transferível ou não, se foi eficiente ou não. A ideia é que o 
mesmo atenda a funcionalidade identificada, e que responda especificamente ao objetivo 
principal. Tudo isso porquê se houver erros de volume x intensidade, pausas de descanso não 
forem respeitadas, especificidades não forem executadas nas ações dos exercícios, não será 
transferível e poderá prejudicar o desenvolvimento do adolescente, contribuindo também para sua 
desistência das práticas de exercícios físicos nesta etapa de sua vida e/ou em todas as outras 
fases de sua existência. Entende-se que o treinamento funcional resistido deve ser levado de um 
lugar para o outro, tendo como objetivo um desempenho específico, que seja um colaborador 
para a manutenção da vida, e ajude também na qualidade de vida do indivíduo. 
 Então, a transferência do treino para o adolescente deverá ter uma especificidade, ou seja, 
identificar qual é a capacidade física a ser estimulada, e elaborar um treinamento que contribua 
com o desenvolvimento desta fraqueza, com o objetivo de tornar o indivíduo mais apto 
fisicamente para realizar suas funções básicas diárias. 
 
OS BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO FUNCIONAL PARA O ADOLESCENTE 
 
 O treinamento funcional resistido combate o sobrepeso precoce, ajudando também na 
redução do nível de triglicérides e o risco de doenças coronarianas, e, subsequente, melhora 
todas as capacidades físicas, inclusive, as mais fracas, e conduz o adolescente para uma vida 
adulta mais saudável. 
 Segundo Dunford, Marie (2012), exercícios aeróbicos, com grande presença de oxigênio, 
contribuem para a formação de novos capilares sanguíneos, aumenta a capacidade do músculo 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
12 
 
 
cardíaco de bombear mais sangue para todo corpo, melhorando a circulação sanguínea. Desta 
forma, contribui com a maior oferta de nutrientes e O2 para todas células musculares, e, devido a 
melhor oxigenação corpórea, e através da troca gasosa, haverá maior oferta de oxigênio – O2 e o 
gás carbônico – CO2 será retirado do corpo pela expiração. Logo, com a formação desses novos 
vasos sanguíneos, através de exercícios físicos aeróbicos, o miocárdio passará a fazer menosesforço em repouso – FCR e também durante a execução dos exercícios, contribuindo com suas 
melhores funções para a vida diária do adolescente. 
 Exercícios para o fortalecimento do CORE, que são exercícios para a região central do 
corpo, aumentarão a força e a resistência muscular localizada. Entende-se que CORE refere-se a 
um tipo de treinamento que visa o fortalecimento desta região corpo humano (conhecido como 
complexo lombo-pélvico – união de 29 músculos que envolvem o transverso abdomên, o oblíquo 
abdomên e os músculos da região lombar), onde está localizado o centro de gravidade do corpo 
humano, também conhecido como centro de força. É nessa região que todos os movimentos que 
realizamos têm início. Dessa forma, torna-se evidente que o fortalecimento destes músculos 
que possuem bases teóricas no tratamento e na prevenção de várias condições músculo 
esqueléticas. 
 Dunford, Marie (2012), diz ainda que, exercícios físicos aeróbicos de maior volume e menor 
intensidade, contribuem para a melhor utilização dos sistemas energéticos num todo, atingindo o 
sistema aeróbio (fosforilação oxidativa), que realiza quebras de moléculas da gordura hepática e 
dos tecidos adiposos, fazendo com que taxas de gordura corpórea (localizadas no tecido adiposo) 
reduzam, e as mesmas sejam também utilizadas como fonte de energia para as células 
musculares realizarem os exercícios físicos. 
 
CONCLUSÃO 
 
 O treinamento funcional resistido contribui diretamente para que as capacidades físicas em 
maior deficiência do adolescente melhore, para que todas elas sejam desenvolvidas, 
especialmente as classificadas nos comparativos realizados como mais fracas (força muscular, 
resistência cardiorrespiratória e flexibilidade). Ajudará diretamente em todas as suas atividades 
diárias, para que as mesmas sejam realizadas com mais eficiência, conduzindo o adolescente 
para hábitos de vida saudáveis, o condicionando para uma vida adulta mais satisfatória. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
13 
 
 
GRICOLETTO, Silva; SILVA, Edir. Treinamento Funcional: Para que e para quem?. 2014. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v16n6/pt_1980-0037-rbcdh-16-06-00714.pdf>. 
Acesso em: 12 maio 2016. 
LUGUETTI, Carla Nascimento; RÉ, Alessandro H. Nicolai; BÖHME, Maria Tereza 
Silveira. Indicadores de aptidão física de escolares da região centro-oeste da cidade de São 
Paulo. 2010. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/viewFile/1980-
0037.2010v12n5p331/13127>. Acesso em: 12 maio 2016. 
 
ULBRICH, Anderson Zampier; BOZZA, Rodrigo; MACHADO, Hinaiana Santos. Aptidão física em 
crianças e adolescentes de diferentes estágios maturacionais. 2007. Disponível em: 
<https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/2944757.pdf>. Acesso em: 12 maio 2016. 
 
PELEGRINI, Andreia; SILVA, Diego Augusto Santos; PETROSKI, Edio Luiz.Aptidão física 
relacionada à saúde de escolares brasileiros: dados do projeto esporte Brasil. 2011. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
86922011000200004>. Acesso em: 12 maio 2016. 
BARBOSA, Marcello. Treinamento Personalizado: Estratégias de Sucesso. São Paulo: Phorte, 
2008. 
DUNFORD, Marie. Fundamentos de Nutrição no Esporte e no Exercício. 2012. Disponível em: 
<http://www.manole.com.br/fund-de-nutric-esporte-e-exerc-dunford-/p>. Acesso em: 12 maio 
2016. 
GUERRINI, Artur Monteiro. Treinamento Personalizado: Uma Abordagem Didático-
Metodológica. São Paulo: Phorte, 2006. 
MARCHAND, Edison Alfredo de Araújo. Melhoras na força e hipertrofia muscular 
provenientes dos exercicíos resistidos. 2003. Disponível em: 
<http://www.efdeportes.com/efd57/forca.htm>. Acesso em: 12 maio 2016. 
GUISELINI, Mauro. Fundamentos teóricos e exercícios práticos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 
2006. 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
14 
 
 
INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE 
 
SANTOS, Cristiano; PINHO, Debora; JESUS, Michell, LAGOS, Nathalia e SILVA, Paloma 
Orientadora: Daniela Moraes Scoss 
Centro Universitário Ítalo Brasileiro 
Email: bachereltcc2@gmail.com 
 
RESUMO 
O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura onde busca identificar e analisar as 
contribuições científicas existentes sobre a influência da música na atividade física para idosos 
em materiais escritos como livros e artigos científicos em um período de 13 anos (de 2003 há 
2016). Nesse sentido, realizou-se um levantamento nas bases de dados Scielo, Lilacs, Portal 
Capes, Biblioteca Digital Pearson e Biblioteca Dante Alighieri com o intuito de identificar artigos 
científicos publicados sobre a temática da influência da música na prática de atividade física. 
A partir dos documentos estudados foi possível tecer algumas considerações finais que a música 
tem participação no cotidiano das pessoas em diversas áreas, podendo contribuir no grau de 
motivação na execução de diversas tarefas. Em um público da terceira idade a influência da 
música pode ser mais acentuada para melhoria de resultado da execução da atividade. 
 
Palavras-chave: Música – atividade física – motivação – idosos – bem estar 
 
ABSTRACT 
This study deals with a review of the literature search which identify and analyze the existing 
scientific contributions on the influence of music on physical activity for the elderly in written 
materials such as books and scientific papers in a period of 13 years (2003's 2016) . In this sense, 
there was a survey in Scielo databases Lilacs, Capes Portal, Pearson Digital Library and Library 
Dante Alighieri in order to identify scientific articles published on the subject of the influence of 
music in physical activity. 
From the documents studied it was possible to make a few final comments that music participation 
has on daily life in many areas and can contribute to the degree of motivation in carrying out 
various tasks. In a public seniors the influence of music may be more pronounced for improvement 
result of the execution of the activity. 
Key words: Music - physical activity - motivation - seniors - welfare 
 
INTRODUÇÃO 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
15 
 
 
 Conforme dados do IBGE a população idosa vem crescendo cada dia mais e apontando 
mudanças na sua faixa etária. Segundo Corrazza (2005) existem alguns tipos de envelhecimento, 
o cronológico, biológico e psicológico. A pratica regular de atividade física reduz a amplitude das 
oscilações corporais ou seja, idosos ativo e idosos sedentários, devido ao seus efeitos sobre o 
sistema sensoriais como no sistema motor. 
A Música pode ser usada como um estímulo poderoso para desenvolver atividades variadas com 
pessoas da terceira idade, segundo Clair (1996) a música promove respostas físicas, através das 
qualidades sedativas ou estimulantes, que afetam respostas fisiológicas como pressão arterial, 
frequência cardíaca, respiração, dilatação pupilar, tolerância a dor dentre outros; além de 
aspectos fisiológicos, os estímulos musicais também provocam respostas emocionais como 
alterações no estado de ânimo e afetos. 
A atividade física com música é muito comum, alguns praticantes consideram a música como um 
modo de prevenir a monotonia da atividade física e para idosos isso influencia ainda mais, para 
eles a música é primordial para realização das atividades. Clair (1996) e Geis (2000) acreditam 
que a música é um instrumento de grande importância na realização de atividades físicas. 
Embora o assunto precisa ser mais estudado alguns autores como Miranda, Godeli, Rocha, 
Noordhoek, Jokl et al. buscam respostas se a música realmente influencia positivamente naprática da atividade física. 
 
 
IDOSOS E O ENVELHECIMENTO 
Quem tem muitos anos, idoso é o indivíduo que já possui muitos anos de vida; (Dicionário online). 
Porém, esse relógio cronológico não é um marcador preciso para alterações sobre o 
envelhecimento, podendo haver grandes alterações, como biológicas, físicas, mentais e 
independência na sociedade. Corazza (2005) define o envelhecimento como um processo 
complexo que envolve muitas variáveis (genética, estilo de vida e doenças crônicas) 
 A população está envelhecendo numa velocidade rápida, só aqui no Brasil segundo o 
IBGE nos próximos 20 anos a população acima de 60 anos vai mais do que triplicar, passando 
dos atuais 22,9 milhões (11,34% da população), para 88,6 milhões (39,2%). No período a 
expectativa média de vida do brasileiro deverá aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos (IBGE, 
2014). 
Para Vargas (1983 apud OLIVEIRA et al., 2012), um indivíduo envelhece fisicamente, 
psicologicamente e biologicamente, portanto, ocorre uma série de transformações na vida do 
mesmo, como a tendência a obter lentidão, diminuição da concentração, dificuldade de lembrar 
fatos recentes, declínio na visão e audição, entre outros. O equilíbrio psíquico do idoso depende 
da maneira como ele aceita a realidade que o cerca e quando isso não acontece de maneira 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
16 
 
 
positiva, surgem as reações psicopatológicas do envelhecimento. Portanto falar sobre velhice é 
falar sobre algo complexo, pois cada ser tem um cronômetro biológico e cada um envelhece de 
uma forma. 
Segundo Corazza (2005), pode-se classificar o envelhecimento da seguinte forma: 
- Idade cronológica: é expressa pelo número dos anos ou meses desde o nascimento; esse 
critério é independente, ou seja, não leva em consideração fatores fisiológicos, psicológicos e 
sociais. 
- Idade biológica: enfoca o envelhecimento através de mudanças nos processos biológicos ou 
fisiológicos e suas consequências no comportamento do indivíduo. Se a pessoa possui hábitos de 
vidas saudáveis, sua idade biológica será menor que a cronológica. 
- Idade psicológica: Refere-se a capacidades individuais envolvendo dimensões mentais ou 
função cognitiva, como autoestima e autossuficiência, assim como aprendizagem, memória e 
percepção. BIRREN (1959 apud CORAZZA, 2005). 
- Idade social: Refere-se á noção de sociedade muitas vezes com expectativas rígidas do que é e 
do que não é um comportamento apropriado para o indivíduo daquela faixa etária (apud ROSE, 
1972; MCGRATH & KELLY, 1985 apud CORAZZA, 2005). 
 Com o surgimento das doenças que acompanham o envelhecimento o indivíduo acaba 
passando por diversas dificuldades e é uma transição bastante difícil, pois acarreta em 
dependências por terceiros. Para a sociedade envelhecer soa como algo negativo e gera certo 
preconceito para essa classe. A velhice modifica a relação do indivíduo consigo mesmo, com o 
outro e com o mundo, para Sonenreich et al. (1984 apud BALDONI; PEREIRA, 2011) afirmam 
que a existência do idoso implica num mundo mais restrito, pois, a medida que seu corpo desloca 
menos, tem seu espaço restringido. A relação com o tempo muda, o futuro torna-se curto, 
entretanto vale lembrar que esse quadro é muito pessoal, individual e não se aplica para todos. 
Ramadan (1984 apud OKUMA, 1998) com sua experiência com idosos afirma que nem todos 
passam pelo mesmo processo. 
 
ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS 
 
O envelhecimento vem aumentando consideravelmente, o que atribui o aumento da expectativa 
de vida, a diminuição da taxa de natalidade, a um melhor controle de doenças e suas patologias 
BRASIL (2003). 
Segundo Santarém (2012), a melhor definição para atividade física é a contração muscular. 
Durante a contração dos músculos esqueléticos ocorre o consumo de energia e estímulos de 
diversas funções orgânicas. A contração muscular geralmente leva ao movimento do corpo, mas 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
17 
 
 
nem sempre. Quando músculos que realizam movimentos opostos nas articulações são ativados 
simultaneamente, não ocorre movimento. Essa situação é bastante comum na atividade da vida 
diária, no trabalho físico nos esportes. A contração muscular produz seus efeitos no organismo 
independente de sua finalidade. 
A pratica regular de atividade física reduz a amplitude das oscilações corporais ou seja, idosos 
ativo e idosos sedentários, devido ao seus efeitos sobre o sistema sensoriais como no sistema 
motor, FERRAZ (1999) alguns idosos tem mais dificuldades do que os adultos jovens, sendo 
assim a importância da atividade física na terceira idade devido as suas perdas no decorrer dos 
anos sempre será de total importância na vida dessas pessoas. 
Já para Sonati et al (2009), a falta de habilidades para a vida diária, a falta de energia e a 
presença de dor são os aspectos do domínio físico que parecem ser importantes para a qualidade 
de vida. Esses aspectos influenciam a percepção da qualidade de vida durante o processo de 
envelhecimento, pois ocorrem mudanças corporais importantes, dentre as quais a perda da 
massa livre de gordura e o aumento da gordura corporal com distribuição. Sabe-se que a pratica 
de exercícios físicos contribui para a melhora desses fatores, refletindo positivamente na 
qualidade de vida. 
Para a pratica da atividade física Franchi (2001 apud MONTENEGRO et al, 2005) cita que a 
atividade física promove a melhora da composição corporal, a diminuição de dores articulares, o 
aumento da densidade mineral óssea, a melhora da utilização da glicose, a melhora do perfil 
lipídico, o aumento da capacidade aeróbia, a melhora de força e flexibilidade, a diminuição da 
resistência vascular. E, como benefícios psicossociais encontra-se o alívio da depressão, o 
aumento da autoconfiança, a melhora da autonomia do idoso. O tipo de exercício recomendado 
para idosos no passado era mais o aeróbio pelos seus efeitos no sistema cardiovascular e 
controle destas doenças, além dos benefícios psicológicos. Atualmente, estudos mostram a 
importância dos exercícios envolvendo força e flexibilidade, pela melhora e manutenção da 
capacidade funcional e autonomia do idoso. 
 
MÚSICA PARA IDOSOS 
 
A Música pode ser usada como um estímulo poderoso para desenvolver atividades variadas com 
pessoas da terceira idade, pois segundo Clair (1996 apud MIRANDA; GODELI, 2003), a música 
promove respostas físicas, através das qualidades sedativas ou estimulantes, que afetam 
respostas fisiológicas como pressão arterial, frequência cardíaca, respiração, dilatação pupilar, 
tolerância a dor dentre outros; além de aspectos fisiológicos, os estímulos musicais também 
provocam respostas emocionais como alterações no estado de ânimo e afetos. No âmbito social, 
promove integração, por propiciar experiências com outros indivíduos o que é a base de qualquer 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
18 
 
 
relacionamento; também favorece a comunicação, além da expressão emocional, pois utiliza a 
comunicação não verbal, o que facilita a expressão de emoções também por pessoas da terceira 
idade que não encontram muita facilidade de verbalizar com outras pessoas; promove o 
afastamento da inatividade, assim também como a quebra da rotina cotidiana, através de 
atividades que tenham a música envolvida, propiciando assim uma melhor qualidade de vida; 
além de evocar emoções ou lembranças de lugares, pessoas ou épocas guardadas na memória 
do ouvinte. 
Piegler (1980) Diz que embora a música contribui, de várias maneiras para o bem-estar de 
pessoas da terceira idade, é necessário que a intervenção a ser realizada pelo profissional para 
um determinado fim sejapreviamente avaliada e que se leve em consideração características do 
público a ser direcionada a atividade como também da ferramenta, no caso, a música para que a 
mesma possa propiciar respostas positivas daqueles que irão se beneficiar das atividades 
desenvolvidas pelo profissional. 
Um dos fatores a se considerar com o envelhecimento é a perda auditiva que acompanha essa 
fase da vida e que provoca mudanças na intensidade sonora percebida pelo idoso e diminuição 
na capacidade de discriminação da tonalidade segundo afirma Piegler (1980 apud MIRANDA; 
GODELI, 2003). Embora a perda auditiva seja um fato relevante a se considerar, as pessoas 
idosas em geral conseguem tanto ouvir, como também tocar ou reger, pois entre os vários sons 
que formam um tom musical o som principal situa-se relativamente baixo e poucos indivíduos vive 
tempo suficiente para que a perda auditiva torna-se tão acentuada a ponto de não ouvi-los. 
 Segundo Gomes (2012) em uma análise que relaciona os benefícios da música em 
pessoas idosas constatou-se enorme influência da música sobre o estado psíquico dos mesmos. 
Além de um estímulo positivo para o aumento da autoestima em relação à idade. 
De acordo com que afirma Corte e Ludovici Neto (2009) pessoas afetadas por doenças oriundas 
do avanço da idade, encontram na musicoterapia uma essencial maneira de minimizar os danos 
causados pela progressão das mesmas doenças, aumentando nos indivíduos da terceira idade 
certa resiliência quanto aos sintomas. 
Para Leão e Flusser (2008) a música oferece aos idosos a possibilidade de socialização, 
contribuindo assim para a participação mais efetiva do mesmo em atividades significativas 
através das quais a pessoa a terceira idade diminui a probabilidade de um isolamento social o 
que consequentemente viabiliza uma melhor qualidade de vida. 
Pode-se afirmar que a música também se destaca como uma ótima intervenção terapêutica para 
idosos que apresentam tipos diferentes de patologias; entre elas destacam-se: A doença de 
Alzheimer entre outros tipos de doenças que envolvem demência segundo afirmam Groenen 
(1993 apud MIRANDA; GODELI, 2003) e Hansom (1996 apud MIRANDA; GODELI, 2003). 
Observam-se também estudos que defendem a música como ferramenta terapêutica, 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
19 
 
 
comprovados por Garner (1993 apud MIRANDA; GODELI, 2003) e Mathews (2001 apud 
MIRANDA; GODELI, 2003) que elucidam ainda mais o papel fundamental que a música pode 
exercer de diferentes maneiras na vida deum indivíduo. Além dessas patologias, de acordo com 
Gomes (1984 apud MIRANDA; GODELI, 2003) a música também pode auxiliar no tratamento de 
pessoas que possuem algum tipo de dependência física devido a fratura, acidente vascular 
cerebral, esclerose múltipla. 
 
MOTIVAÇÃO 
Motivação pode ser considerado uma influência para conquistar um objetivo, segundo Samulski 
(1995) a motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o 
qual depende da interação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos), ou seja, 
depende das intenções, interesses, motivos e metas. 
 Para a pratica esportiva depende da interação entre os motivos e o meio ambiente. Um 
estudo realizado por Chagas e Samulski (1992) em academias de ginástica destaca alguns 
aspectos motivadores que levam uma pessoa a frequentá-la; manter a boa forma, melhorar o 
condicionamento físico, aumentar o bem estar corporal e psicológico, melhora estado de saúde e 
prazer em realizar atividade física. 
 Ainda segundo Samulski (1995), cada pessoa possui duas tendências motivacionais: de 
procurar sucesso e a de evitar o fracasso. O motivo de procurar sucesso é definido como orgulho, 
satisfação pessoal, enquanto o de fracasso é evitar passar por situação de vergonha e 
humilhação. Porém pessoas orientadas para o sucesso não ficam preocupadas com resultados 
negativo, já pessoas orientadas para o fracasso bem mais na derrota do que no sucesso da 
atividade. 
Weinberg e Gould (2008) o conceito de motivação em grande parte das pessoas se enquadram 
em três diferentes abordagens relacionadas a motivação: Visão Centrada no Traço, Visão 
centrada na Situação e Visão Interacional. 
A visão centrada no traço considera aspectos individuais do próprio participante em relação a 
modalidade que propõe a fazer. Aspectos esse que podem ser a necessidade, objetivos e 
expectativas do mesmo. 
A visão centrada na situação afirma que os fatores que influenciam na motivação do indivíduo 
estão relacionados a estímulos externos. 
A visão mais aceita pelos psicólogos do esporte é a visão Interacional que defende a ideia que 
tanto a visão centrada no traço como a visão centrada BA situação colaboram para a motivação 
na realização de um esporte ou atividade física. 
Os autores acima citados, partindo deste princípio apontaram cinco diretrizes para desenvolver a 
visão interacional de motivação: 1 tanto a situação como o traço motivam as pessoas; 2 As 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
20 
 
 
pessoas tem vários motivos para participar; 3 Mudança de Ambiente para aumentar a motivação; 
4 Incentivo a Motivação e 5 Use modificações no comportamento para alterar motivos 
indesejáveis do participante. 
Segundo Samulski (2009) alguns atletas se motivam através da utilização de técnicas 
Emocionais, onde as emoções e sensações positivas são trabalhadas durante a execução do 
movimento. Alguns atletas escutam música antes das competições ou durante os intervalos para 
alcançar um estado emocional altamente motivacional. 
 
INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE 
 
A atividade física juntamente com a música é muito constante, seja ela individual com fones de 
ouvido ou em atividades em grupo, podendo ser em movimentos sincronizados pelo ritmo ou não. 
Clair (1996) e Geis (2000) acreditam que a música é um instrumento de grande importância na 
realização de atividades físicas. Alguns praticantes a consideram como uma forma de prevenção 
contra a monotonia existente nos exercícios trazendo sensações prazerosas e agradáveis 
amenizando o foco do cansaço que a atividade proporciona. 
Quanto a prática da atividade física direcionada a pessoas da terceira idade se torna prazerosa, 
despertando nos praticantes da mesma, alterações positivas. As chances nesse caso dos 
indivíduos se fidelizarem a um programa ou a prática constante de atividades físicas se tornam 
muito maior de acordo com a afirmação de Okuma (1998). Se tratando da escolha musical para 
os idosos, a música é bastante relevante, pois contribui na motivação em realização da prática e 
do prazer na atividade. Okuma (1998) ressalta que idosos praticantes de atividades físicas se 
mantêm ativos até na hora da preferência musical em aula, eles conseguem interagir com as 
novas gerações, gostam de músicas de épocas e também das atuais. Para a autora isso significa 
que eles estão cognitivamente sintonizados com o ambiente adequando-se as mudanças que 
acontecem em si mesmo e ao seu redor. 
Embora seja um assunto que precisa ser mais estudado alguns autores buscam respostas sobre 
a influência da música na atividade física. Gfeller (1988 apud MIRANDA; GODELI, 2003), diz que 
o benefício pode ocorrer ao favorecer o desenvolvimento de capacidades físicas como força e 
resistência, ou contribuindo para uma atitude mental positiva, pela motivação para a atividade. 
Csikszentmihalyi (1999 apud MIRANDA; GODELI, 2003) considera que a atividade física com 
música, por ser mais agradável, poderia reforçar a sensação de “desligamento”, na qual o 
indivíduo estaria intrinsecamente motivado e totalmente envolvido e absorvido na atividade. 
Em uma pesquisa de Thornby et. al (1995 apud MIRANDA; GODELI, 2003) foi testadaa hipótese 
de que um estímulo que distraia introduzido durante o exercício, como a música, possa reduzir a 
percepção do esforço respiratório. Os resultados obtidos indicaram que a música na atividade 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
21 
 
 
física pode diminuir a percepção do esforço respiratório, diminuindo assim o desconforto. Pfister 
et al. (1998 apud MIRANDA; GODELI, 2003) examinaram os efeitos da música sobre a tolerância 
ao exercício e a percepção de esforço e de sintomas de desconforto. Não foram observadas 
diferenças significativas entre o exercício com e sem música, porém 60% dos sujeitos relataram 
voluntariamente que foi prazeroso ouvir música durante o exercício. 
Ainda buscando respostas relacionadas a influência da música, em um estudo de Noordhoek e 
Jokl (2008) foi feito uma análise que a interação da atividade física e a música é sobretudo 
importante pela dimensão existencial que esta alcança na vida do indivíduo. A música interfere 
direta na recuperação da memória e torna-se assim auto expressiva e de atuação relevante como 
modelo de prevenção, reabilitação e intervenção na vida destas pessoas. Em outra análise essa 
feita por Moser (1998 apud MIRANDA; GODELI 2002) onde entrevistou alguns idosos e 
questionou o que eles achavam das atividades com músicas a maioria deles usaram as 
expressões: desperta, prazeroso, estimula, alegria, alerta, incentivo, motivante, animada e 
satisfação. Observou-se como é extremamente significativo a relação da música para eles. 
Rocha et al. (2009) afirmam que a essência da música é o desenvolvimento da consciência 
corporal, tanto através da prática de atividades que envolvem habilidades motoras, como 
coordenação, equilíbrio, percepção espaço temporal, entre outros. Sendo assim a experiência 
corporal traz primeiros benefícios, tanto fisiológicos como mentais, mas sobretudo na população 
idosa permitindo uma nova construção dos laços afetivos, e de tal forma que o fenômeno da 
consciência corporal pode ser otimizado pela intervenção da música, que multiplicando os 
estímulos para área cognitiva em conjunto com a atividade física, podendo ser uma estratégia 
para ser utilizado pelos profissionais da área. 
 
DISCUSSÃO 
Alguns estudiosos aplicaram métodos para avaliar essa temática, o estudo realizado por Maria 
Luisa de Jesus Miranda e Maria Regina de Souza (2009) buscou atestar os efeitos da música 
durante as atividades físicas aeróbias sobre o estado subjetivo em idosos. Participaram do estudo 
85 idosos entre 60 e 85 anos. A Obtenção dos resultados ocorreu por meio de uma análise de 
variância multivariada. Em três situações experimentais; exercício aeróbio com músicas 
“agradável” e músicas “desagradável” e sem a utilização de músicas; avaliaram-se afetos 
positivos, negativos e fadiga antes e após o exercício aeróbio e a percepção de esforço durante o 
exercício. O estudo testifica que a música durante o exercício aeróbio, atua de maneira a fazer 
com que as sensações desagradáveis inerentes ao exercício sejam reprimidas, fazendo com que 
a prática do mesmo se torne mais prazeroso. 
Monica Gabriel Nascimento Simões (2010) ao avaliar os efeitos do exercício físico e da música na 
motivação para o exercício nos estados de humor e na função cognitiva verificou que os 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
22 
 
 
exercícios aeróbios de duração e intensidade moderada trazem resultados de melhoria relevantes 
no estado de humor dos praticantes culminando assim em uma melhoria da motivação e na 
melhoria dos aspectos cognitivos. Para a elaboração do experimento, participaram 16 homens e 
16 mulheres (idade média de = 33,8 9,0 anos) que costumavam praticar atividades físicas com 
regularidade onde tosos realizaram exercícios físico com a utilização e côa não utilização de 
músicas. O resultado aponta que a música presente na realização dos exercícios colabora na 
melhoria de aspectos emocionais e cognitivos sem influenciar na fadiga oriunda do exercício. 
MIRANDA e GODELI 2001 realizaram um estudo com o objetivo de investigar a opinião de idosos 
sobre o papel e a importância da música nas atividades físicas aeróbicas. O estudo foi composto 
por 41 indivíduos integrantes do Programa Autonomia para a Atividade Física (PAAF), curso 
comunitário de educação física para pessoas idosas, oferecido pela Escola de Educação Física e 
Esporte da Universidade de São Paulo. Foram 30 mulheres, com idades de 62 a 77 anos, média 
de 69,27 anos e 11 homens, com idades de 63 a 73, média de 68,73 anos, que já estivessem 
praticando essas atividades há um ano, pelo menos. Foi feita uma entrevista com questões 
consideradas relevantes de modo descontraído para que os entrevistados se sentirem a vontade. 
De modo individual em uma sala isolada na Escola de Educação Física e Esporte da USP, com a 
permissão de cada um a entrevista foi gravada para análise depois. Através das opiniões obtidas 
pelas entrevistas, percebeu-se que a música presente durante a atividade física afeta de alguma 
maneira a totalidade dos idosos entrevistados. No decorrer da entrevista, alguns aspectos foram 
questionados mais diretamente e confirmaram a impressão inicial, conforme exposto a seguir. 
Com relação à questão “a música durante a atividade física influencia a execução dos 
movimentos?”, responderam afirmativamente 95,12% dos entrevistados. Em resposta à pergunta 
“qual afeta mais o seu rendimento, a atividade física com ou sem música?”, 92,68% dos 
entrevistados indicaram a atividade física com música. Sobre a questão “atividade física com ou 
sem música, qual faria você continuar o exercício mais tempo?”, 85,37% dos entrevistados 
concordaram que era a atividade física com música. E, complementando, 80,49% afirmaram que 
conseguiriam repetir um pouco mais os exercícios se a música estivesse presente. À questão 
“depois que a atividade física acaba, tem algum efeito diferente se ela foi com ou sem música?”, 
80,49% dos entrevistados responderam afirmativamente que sim. Através das opiniões obtidas 
pelas entrevistas, percebeu-se que a música presente durante a atividade física afeta de alguma 
maneira a totalidade dos idosos entrevistados, porém não existe uma forma clara para explicar 
porque a música provoca determinada reações nos ouvintes. 
No estudo de Castro (2009) objetivou comparar o nível de qualidade de vida entre idosos que 
praticavam uma atividade física e aqueles que não. Para este estudo houve a participação de 50 
idosos voluntários praticantes de atividade física (dança e musculação) também participaram da 
pesquisa 20 idosas sedentárias, (não praticantes de atividade físicas regulares), desta forma a 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
23 
 
 
amostra foi dividida da seguinte forma, quatro grupos: grupo de dança (20 idosas, idade 67 anos), 
grupo de musculação (15 idosos, idade 67 anos), grupo de controle (20 idosos, idade 68 anos). O 
grupo de dança tinha 50 minutos, três vezes por semana (com ritmos variados) dependendo de 
sua capacidade física, nível de energia, motivação e capacidade cognitiva, todos as aulas eram 
procedidas de um período de aquecimento e flexibilidade e terminavam com um relaxamento. 
Para o grupo de musculação seu programa de treinamento eram (2 series de 8 a 10 repetições 
com 75 a 85% de 1 RM), sendo (puxada por trás no puley alto, flexão de pernas, rosca bíceps 
com halteres, extensão de pernas, rosca tríceps no puley e abdominais), com frequência de 3 
vezes na semana em dias alternados um tempo aproximadamente de 45 minutos. Após a 
exposição dos dados, os dois programas de atividade física (Dança e musculação) e a prática de 
meditação, apresentaram resultados satisfatóriosna amostra analisada, contribuindo para um 
melhor nível de qualidade de vida, referente aos efeitos dos programas de atividade física sobre a 
qualidade de vida, não deixando dúvida que principalmente a dança, mas também a musculação 
e a meditação atuaram elevando os níveis de qualidade de vida nos idosos praticantes destas 
atividades. 
Em um estudo de Silva e Gress (2012) avaliaram a influência da música e dos ritmos musicais no 
treinamento de praticantes de exercícios físicos resistidos em diferentes academias. A análise foi 
constituída por 144 praticantes de exercício físico com frequência regular em academias de Ji-
Paraná-RO, selecionados ao acaso. Foi utilizado um questionário semiestruturado com nove 
questões abertas e fechadas onde buscou investigar as preferências musicais para o treino bem 
como de outros momentos e estilos musicais. Pôde-se concluir que a grande maioria dos 
praticantes de exercícios físicos resistidos consideram importante e agradável o auxílio da música 
durante o treinamento e costumam utilizá-las sobretudo para manter a motivação durante a 
prática. Conforme o esperado, a maioria dos alunos concordam que a música pode influenciar no 
desempenho físico durante o treinamento e a maioria destes está contente com o acervo musical 
oferecido pelas academias que frequentam. O Estilo musical preferido para este fim foi a música 
eletrônica. Sendo esta também segunda opção para escutar no dia-a-dia fora da academia. 
Sena e Grecco (2011) fizeram uma pesquisa que tinha como objetivo analisar as mudanças da 
frequência cardíaca (FC) durante a corrida em esteira por 20 minutos com velocidade de 8,0 km/h 
sem música, com música a 120 bpm (música de andamento lento) e a 140 bpm (música de 
andamento rápido). Participaram desta pesquisa doze homens de 21 a 36 anos, praticantes de 
musculação e corrida 3 a 4 vezes por semana. A FC era mensurada no décimo minuto, no 
décimo quinto minuto e por final no 20’, além de analisarmos, em todos os participantes, a FCmáx 
e FCmédia em todas as etapas do trabalho. Todos responderam questionários sobre estado de 
humor e preferência musical antes dos testes. Os dados foram analisados por média e desvio 
padrão, comparados pela Anova Two Way e o nível de significância foi de p < 0,05. Nos testes 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
24 
 
 
realizados a comparação da corrida sem música e com música a 120 bpm tiveram diferença 
significativa na frequência cardíaca do décimo minuto. Na comparação da corrida sem música e 
com música a 140 bpm também houve diferença significativa do décimo minuto. Na comparação 
da música a 120 bpm com música a 140 bpm não ocorreu diferença significativa. Não há 
diferenças significativas no comportamento da FC quando se corre com música a 120 bpm e a 
140 bpm. Teve uma diferença no décimo minuto, quando comparamos a corrida na presença e na 
ausência de música. O bom humor reparado após a corrida independe da música. A beta-
endorfina liberada durante o exercício é a maior responsável em causar bom humor nos 
corredores. 
 
 
CONCLUSÃO 
Com base nos resultados dos estudos efetuados os idosos relacionam a música com a atividade 
física, trazendo-lhes um bem-estar psicológico, proporcionando sentimento de satisfação, 
disposição e felicidade. Embora o assunto exija mais pesquisa foram analisados as sensações 
que a música pode interferir nas atividades física e a maioria dos entrevistados foram bem 
convictos em afirmar que sim a música influência nos seus resultados nas atividades. A música 
como citado é algo que tira o foco do desconforto causado pelo exercícios fazendo que assim o 
praticante permaneça por mais tempo na atividade. 
Independente da idade todos acreditam que a música torna a prática da atividade física mais 
prazerosa. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BALDONI, A.O; PEREIRA, L.R.L. O impacto do envelhecimento populacional brasileiro para o 
sistema de saúde sob a óptica da farmacoepidemiologia: uma revisão narrativa - Revista de 
Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada. Vol 32, n.3, 2011. Disponível em: 
http://lilacs.bvsalud.org/ 07/03/2016 
BRASIL, 2003 Estatuto do idoso., www.planalto gov.br Acesso 08 de Agosto de 2016. 
CORTE B. Ludovici Neto P. A musicoterapia na doença de Parkinson. Cinc. Saude Coletiva 
[online] 2009; 14 (6). 
CORAZZA, Alice Maria. Terceira idade e atividade física 2°edição. São Paulo, Phorte Editora. 
2005 
Dicionário online de português. Acesso em 10/ mar / 2016. www.dicio.com.br 
DIETMAR, S. Psicologia do Esporte – Conceitos e novas perspectivas; 2° edição revisada e 
ampliada, Barueri, SP: Manole 2009. 
http://lilacs.bvsalud.org/
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
25 
 
 
FRANCHI, Kristiane Mesquita Barros e MONTENEGRO JUNIOR, Renan Magalhães, 
www.Scielo.com.br, Acesso 19 de Agosto de 2016. 
 
GLAUBER Correia de Oliveira; et al. A contribuição da musicoterapia na saúde do idoso –– 
Cadernos UnifoA, Ed n° 20 – Dez/2012 
GOMES, L; AMARAL, B. J. Os efeitos da utilização da música para os idosos: revisão 
sistemática. Revista Enfermagem Contemporânea, Salvador, dez. 2012; v.1. n.1. 
www.bahiana.edu.br/revistas acesso em 16/06/2016. 
IBGE, 2002, Pesquisa do Censo, www.ibge.gov.br, Acesso 23 de Agosto de 2016. 
LEÃO ER; Flusser V. Músicas para idosos institucionalizados. Percepção dos musicosatuantes 
ver. Esc. Enferm. USP 2008. 
MIRANDA Jesus de Luiza Maria; GODELI, C. Regina Maria. Música, atividade física e bem-estar 
psicológico em idosos - Revista Brasileira de Ciência e Movimento – Brasília v.11 n.4 p. 87-94 
– out/dez. 2003. 
OKUMA, Silene Sumire. O idoso e a atividade física– Editora Papirus – Campinas SP. - 1998 
ROBERT S. Weinberg e GOULD, Daniel. Fundamentos da psicologia do esporte e exercício 
4ª edição 2008. Porto Alegre/ RS, Artmed. 
SANTAREM, Jose Maria, Musculação em todas as idades: comece a praticar antes que seu 
médico recomende. Barueri,Sp: Manole, 2012. 
Sena, de Stela Karina; Grecco, Vincius Marcus. Comportamento da frequência cardíaca em 
corredores de esteira ergométrica na presença e na ausência de música – Revista Brasileira 
de Fisiologia do Exercício – São Paulo v. 10 n. 3 – jul/set 2011 
SILVA, da Rigon Jaqueline; GRESS, Glavão Ari Flademir. A influência da música e ritmos 
musicais nos exercícios físicos resistidos – Revista Acta Brasileira do Movimento Humano – 
Vol.2, n.4 – Out/Dez, 2012 
SONATI, Analise comparativa da qualidade de vida de adultos e idosos envolvidos com a 
pratica regular de atividade física, www.scielo.br Acesso 30 de Agosto de 2016. 
World Health Organization – WHO. Noncommunicable Disease Prevention and Health Promotion. 
Physical Activity for various population groups – Aging Population. artigo online acesso em 
11/mar/2016. Disponível em: http://www.who.int/inf-fs/en/ fact135.htm 
http://www.bahiana.edu.br/revistas
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
26 
 
 
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA – O PAPEL DA 
ATIVIDADE FÍSICA 
 
ARTIGO DE REVISÃO 
 
FRANÇA, M. R.¹; TORRES, T. L.² 
 
1-Universidade Nove de Julho –São Paulo – Brasil. 
2-Universidade Presbiteriana Mackenzie – São Paulo – Brasil 
mauriciorf150@gmail.com 
 
RESUMO 
 
A elaboração de atividades físicas educacionais é extremamente importante para indivíduos com 
transtornos do espectro autista (TEA), pois a mesma influencia a saúde e o bem-estar, e atua na 
prevenção de doenças crônicas, como obesidade, acidente vascular cerebral, hipertensão, 
diabetes, doenças cardiovasculares, dentre outras. O objetivo deste artigo foi reunir os principais 
métodos de intervenção desenvolvidos no âmbito da atividade física para o TEA. Foi realizada 
uma revisão de artigos científicospor meio de Scielo, Lilacs e Medline. Os estudos demostraram 
que intervenções terapêuticas como equoterapia, música, dança e atividades aquáticas, podem 
intervir positivamente nos transtornos de comunicação e nos comportamentos estereotipados de 
pacientes com TEA. 
 
Palavras chaves: autismo, exercício físico, e Terapia para o Transtorno do Espectro Autista. 
 
ABSTRACT 
The elaboration of educational physical activities is extremely important for individuals with Autistic 
Spectrum Disorder (ASD) because it affects the health and well-being, and acts to prevent the 
chronical diseases, as obesity, stroke, hypertension, diabetes, cardiovascular diseases, among 
others. The objective of this article was to list the main methods developed in the framework of 
physical activity for ASD. A review of scientific articles through Scielo, Lilacs and Medline was 
held. Studies have shown that therapeutic interventions with hippotherapy, music, water activities 
and dance, can intervene positively in communication disorders and stereotypic behaviors in 
patients with ASD. 
 
mailto:mauriciorf150@gmail.com
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
27 
 
 
Keywords: autism, physical exercise, and therapy for Autistic Spectrum Disorder. 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
28 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O autismo, também chamado de Transtorno do espectro autista (TEA), faz parte de um grupo de 
doenças classificadas como Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), assim como o 
Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, Transtorno de Asperger e Transtorno 
Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (Incluindo Autismo Atípico) (DSM-IV, 
1995). 
 
É diagnosticado através das normas internacionais do DSM – IV (Manual de Diagnóstico e 
Estatística das Perturbações Mentais) e CID 10 (Classificação Estatística Internacional de 
Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) (DSM-IV, 1995). 
 
De acordo com Leon (2002), a patologia é caracterizada por um prejuízo importante no 
desenvolvimento infantil, com impacto intenso na interação social, habilidades de comunicação e 
de interesses, com presença de comportamentos estereotipados - atividades e movimentos 
repetitivos. O desempenho cerebral também é prejudicado devido a modificação neurológica 
(KLIN ET AL, 2006; MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO, 2011). 
 
Os sintomas podem ser observados dos 18 aos 36 meses, e geralmente, meninos são atingidos 4 
vezes mais do que meninas pela doença (KLIN ET AL, 2006). 
 
De acordo com Ferreira e Thompson (2002), o autista apresenta limitações na compreensão do 
seu corpo e de seus movimentos, tanto na visão global quanto segmentada. 
 
JUSTIFICATIVA 
 
Evidencias comprovam que crianças devem ser incorporadas em atividades físicas (AFs) para 
adquirir habilidades práticas necessárias para suas vidas (VALENTINI, 2002; MAGIL, 2000; apud 
BERLEZE, 2008, p. 101). 
 
De acordo com Morrison, Roscoe e Atwell (2011), exercícios físicos são benéficos para reduzir 
formas de comportamentos problemáticos, como estereotipia, auto-lesão e agressividade em 
indivíduos autistas. 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
29 
 
 
Introduzir uma criança com necessidades especiais em uma AF, individual ou coletiva, demanda 
atenção especial do Professor de Educação Física. O exercício proposto deve melhorar o 
condicionamento físico, a integração social, reduzir padrões estereotipados e aperfeiçoar a 
concentração (TOMÉ,2007). 
 
OBJETIVOS 
 
O intuito deste trabalho foi verificar as propostas atuais de intervenção terapêutica através de AFs 
que contribuem para um bom resultado no tratamento de pacientes com TEA. Neste contexto, 
descrevemos o Espectro do Transtorno Autista, citamos as principais dificuldades e limitações 
desta população e identificamos opções de intervenção através de AFs eficazes descritas na 
literatura. 
 
METODOLOGIA 
 
Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Scielo, Lilacs, e Medline, utilizando os termos ‘’ 
autismo’’, ‘’exercício físico’’, e ‘’Terapia para o Transtorno do Espectro Autista’’, para o 
levantamento das referências bibliográficas publicadas nos últimos cinco anos. Contudo, estudos 
mais antigos foram incluídos devido à sua relevância para este trabalho. 
 
Foram selecionados 15 artigos na língua portuguesa e 6 artigos na língua inglesa, além de livros 
sobre o tema. Após análise criteriosa do material encontrado, foram sugeridas as principais 
atividades físicas e lúdicas, com resultados benéficos comprovados cientificamente, para o 
indivíduo autista. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
De acordo com as pesquisas de Souza e Fachada (2012), a AF apresenta uma melhora nas 
crianças com TEA. Em média, 63% dos pais confirmaram bons resultados nos movimentos 
estereotipados, 72% das famílias indicaram melhora da agressividade, e a comunicação e a 
afetividade evoluíram em 91% dos indivíduos que participaram de uma terapia com AF. 
 
O educador deve estabelecer um plano básico de atividades, com aquecimento, atividade 
principal e relaxamento, sugerindo novos desafios para superação de limites (TOMÉ,2007). 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
30 
 
 
As maiores dificuldades dos educadores ao lidar com crianças autistas são: falta de informação, 
formação especializada, ausência de apoio da gestão escolar e discussão multidisciplinar. Todos 
estes fatores dificultam o ensino e a aprendizagem e afetam diretamente o aluno com TEA 
(QUEDAS-CATELLI ET AL. 2016). 
 
As interações entre homens e animais podem ser uma opção de terapia para beneficiar o estado 
físico e emocional de autistas. Ao utilizar o cavalo no tratamento (equoterapia) observa-se 
melhoras nos movimentos rítmicos, postura corporal, equilíbrio, desinibição, autocontrole, tónus 
muscular, entre outros (GAVARINI, 1997; CONGRESSO NACIONAL DE EQUOTERAPIA, 1999; 
FINE, 2000). 
 
Freire e Potsch (2009) comprovaram que a interação do autista com o cavalo permitiu maior 
interação social, estimulando seu contato visual e os gestos, facilitando sua comunicação 
interpessoal. Desta forma a equoterapia contribuiu para sua evolução. 
 
Segundo Arroyo e Oliveira (2007), a atividade aquática favorece a criança com deficiência, 
contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, auxiliando na coordenação motora e equilíbrio, 
lateralidade, estimulando a manutenção da força muscular, resistência, flexibilidade e capacidade 
cardiorrespiratória. 
 
Teixeira-Machado (2015) aplicou dançaterapia em um adolescente de 15 anos com TEA durante 
um ano, e observou melhora no equilíbrio, que aumentou de 68 para 75%, marcha de 16% para 
66%, e a doença regrediu de grave para moderada, segundo a escala de avaliação do autismo 
infantil. Sendo assim, a dançaterapia pode otimizar o comportamento neuropsicomotor de jovens 
com transtornos autistas. 
 
Gfeller (2008) e Koelsch (2014) afirmam que a música pode ser utilizada para acalmar crianças 
agitadas, incentivando a expressão de suas emoções e favorecendo seu relacionamento social. 
 
A musicoterapia pode ser aplicada através de jogos onde, de uma forma lúdica, o paciente 
exercita sua coordenação motora com palmas e outros movimentos, até sincronizar os gestos 
com a canção, variando as sequências. Estas variações desenvolvem a atenção, reflexos e 
coordenação motora, interação social e linguagem, entre outros componentes da vida cotidiana 
(SAMPAIO,2002). 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
31 
 
 
É importante associar repetição e variação,para incentivar a construção de memória e 
surpreender o paciente na terapia musical, porém, não se deve repeti-la sempre do mesmo modo, 
para não reforçar comportamentos estereotipados, típicos de autistas (SAMPAIO, LOREIRO, 
GOMES, 2015). 
 
Hughes e Russel (1993), observaram a dificuldade de crianças autistas para atingirem uma meta. 
Através de um jogo de bolinhas de gude os autores verificaram que estas crianças insistiam em 
estratégias incorretas, em comparação com o grupo controle, evidenciando um déficit maior na 
capacidade de planejamento para atingir um objetivo. 
 
Para Mazurek e Engelhardt (2013), crianças com TEA possuem concentração limitada, e correm 
maior risco de se viciarem em jogos, em comparação a crianças sem atrasos de 
desenvolvimento. 
 
A repetição da prática gera aprendizagem, e se a criança não for estimulada, isto poderá afetar o 
desempenho de suas habilidades motoras fundamentais (VALENTINI, 2002; MAGIL,2000; apud 
BERLEZE, 2008, p. 101). 
 
De acordo com Bandini et al (2003), autistas apresentam cerca de 40% a mais de chances de 
desenvolver sobrepeso comparadas com crianças sem o TEA. Por isso estudos relacionados à 
AF para reduzir a incidência de sobrepeso e obesidade nesta população são muito importantes. 
 
Para Kruger (2015), há alguns aspectos muito importantes na progressão de crianças autistas: a 
falta de companhia dos amigos faz com que eles percam o interesse por AF, ausência de 
recursos financeiros, locais acessíveis à sua residência, e principalmente programas sociais 
voltados para este tipo de público. 
 
Segundo Hax (2012), se estas crianças não praticarem tais atividades por falta de iniciativa, 
consequentemente terão tendência ao isolamento social. 
 
A utilização destes conhecimentos na pratica pode promover melhorias na saúde e o 
desenvolvimento de novas alternativas para o tratamento de indivíduos autistas (SAMPAIO A e 
SAMPAIO R, 2005). 
 
CONCLUSÃO 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
32 
 
 
O resultado da pesquisa indicou que atividades que promovem relaxamento como equoterapia, 
musicoterapia, dançaterapia e atividades aquáticas oferecem melhores resultados em indivíduos 
autistas. Sendo assim, é de suma importância o desenvolvimento de novos estudos e terapias 
com AFs diferenciadas, respeitando os limites de cada paciente, para evoluir o tratamento e 
melhorar a qualidade de vida desta população. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BANDINI, L.G.; GLEASON, J.; CURTIN, C.; et al. Comparison of physical activity between 
children with autism spectrum disorders and typically developing children. Autism, v.17, n.1, p.44-
54, jan. 2013. 
 
BERLEZE, Adriana. Efeitos de um programa de intervenção motora em crianças obesas e não 
obesas, nos parâmetros motores, nutricionais e psicossociais. 2008. 189f. Tese (Doutorado) 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. 
 
CONGRESSO BRASILEIRO DE EQUOTERAPIA, 1., 1999, Brasília. Anais... Brasília: Ande Brasil, 
1999. 
 
DSM-IV Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 4. Ed. Porto Alegre: 
Artmed, 1995. 
 
FERREIRA, C. A. M.; Thompson, R. Imagem e Esquema Corporal. São Paulo: Martins Fontes, 
2002. 
 
FINE, A. Handbook on Animal Assisted Therapy: Theoretical Foundatios and Guidelines for 
Practice. San Diego: Academic Press, 2000. 
 
FREIRE, H. B. G; POTSCH, R. R. O Autista na Equoterapia: a descoberta do Cavalo. 
Disponível em <http://www.universoautista.com.br/autismo/modules 
/news/article.php?storyid=476>. Acesso em: 11 set 2016. 
 
GAVARINI, G. Aspectos Teóricos da Reabilitação Eqüestre. In: Wilsom de Moura. Coletânea de 
Artigos Traduzidos pela Equipe do Princípio Programa de Equoterapia do Pará. Pará, 1997. 
 
http://www.universoautista.com.br/autismo/modules%20/news/article.php?storyid=476
http://www.universoautista.com.br/autismo/modules%20/news/article.php?storyid=476
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
33 
 
 
GFELLER, K. Music: a Human Phenomenon and Therapeutic Tool. In: DAVIS, W.; GFELLER, K.; 
THAUT, M. An Introduction to Music Therapy: Theory and Practice. 3. Ed Silver Spring: 
American Music Therapy Association, 2008. 
HAX, Gabriela Padilha. Estilo de Vida de Adolescentes com Transtorno Autista. 2012. 103f. 
Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. 2012. 
 
HUGHES, C. RUSSELL, J. Autistic children’s difficulty with disengagement from an object: Its 
implications for theories of autism. Developmental Psychology, v.29, n.3, p.498-510, 1993. 
 
KLIN, A.; CHAWARSKA K. RUBIN, E.; VOLKMAN, F. Avaliação Clínica de Crianças com Risco 
de Autismo. Revista Educação, v.1, n. 58, p 255-297, 2006. 
KOELSCH, Stefan. Brain correlates of music-evoked emotions. Nature Reviews Neuroscience, 
v.15, p. 170-180, 2014. 
KRÜGER, Gabriele Radünz. Atividade física: Níveis e barreiras para prática em crianças com 
autismo de Pelotas, RS. 2015. 102f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Universidade 
Federal de Pelotas, Pelotas. 2015. 
LEON, Viviane Costa de. Estudo das Propriedades Psicométricas do Perfil Psicoeducacional 
PEP-R: Elaboração da Versão Brasileira. 2002. 122f. Dissertação de (Mestrado em Psicologia 
do Desenvolvimento) – Curso de Pós-Graduação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
Porto Alegre, 2002. 
 
MAGILL, Richard. Aprendizagem Motora: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Edgad Blucher, 
2000. 
 
MAZUREK, Micah O.; ENGELHARDT, Christopher R. Video Game Use in Boys with Autism 
Spectrum Disorder, ADHD, or Typical Development. Pediatrics. n.132, n. 2 p. 260-266, august, 
2013. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO. Cartilha: Direitos da Pessoa Autista. 1. ed. São 
Paulo: Edepe, 2011. 12 p. 
MORRISON, Heather; ROSCOE, Eileen. M.; ATWELL, Amy. An evaluation of antecedent exercise 
on behavior maintained by automatic reinforcement using a three-component multiple 
schedule. Journal of Applied Behavior Analysis, v.44, n 3 p. 523-541, 2011. 
http://pediatrics.aappublications.org/
http://pediatrics.aappublications.org/content/132/2
Revista ENAF Science Volume 11, número 2, Dezembro de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 Página 
34 
 
 
QUEDAS-CATELLI, C.; BLASCOVI-ASSIS, S.; D´ANTINO, M.E.O Transtorno do Espectro Autista 
e a Educação Física Escolar: A Prática do Profissional da Rede Estadual de São Paulo. 
Investigação Qualitativa em Educação - Atas CIAIQ, v. 1, p.88-97. 2016. 
 
SAMPAIO, A.; SAMPAIO, R. Apontamentos em Musicoterapia - volume 1. São Paulo: 
Apontamentos Editora, 2005. 
SAMPAIO, Renato Tocantins. Novas Perspectivas de Comunicação em Musicoterapia. 2002. 34f. 
Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica) Programa de Pós-Graduação. Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo 2002. 
SAMPAIO, Renato Tocantins; LOUREIRO, Cybelle Maria Veiga; GOMES, Cristiano Mauro Assis. 
A Musicoterapia e o Transtorno do Espectro do Autismo: uma abordagem informada pelas 
neurociências para a prática clínica. Per musi, Belo HORIZONTE, n. 32, p. 137-170, dez. 2015. 
 
SOUZA, Guilherme de; FACHADA, Rosana. Atividade física para crianças autistas: 
Reconstruindo a base sócio-familiar. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires, v. 17, n. 
173, Octubre. 2012. 
 
TEIXEIRA-ARROYO, Claudia; OLIVEIRA, Sandra Regina Garijo de. Atividade aquática e a 
psicomotricidade de crianças com paralisia cerebral. Motriz jornal de educação física, Rio 
Claro, v.13 n. 2 p. 97-105, abr./jun. 2007. 
 
TEIXEIRA-MACHADO, Lavinia Dançaterapia no autismo: um estudo de caso. Fisioter Pesq. 
Sergipe, v.22, n.2, p.205-211, março. 2015. 
TOMÉ, Maycon Cleber. Educação Física Como Auxiliar no Desenvolvimento cognitivo e Corporal 
de autistas. Movimento e Percepção, Espírito

Continue navegando