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Conf 9 – Mutação e reparação do DNA → Mutação - Alteração permanente da sequência de nucleotídeos em um organismo - Pode ser hereditário - Causas: espontâneas, erros de replicação do DNA, danos ao DNA - As mutações acontecem, e são transmitidas para as células filhas, apenas quando esses mecanismos falham O câncer ocorre quando as células dividem-se de forma descontrolada, ignorando os sinais normais de "pare" e produzindo um tumor. Esse mau comportamento é causado pelo acúmulo de mutações, ou mudanças permanentes de sequência no DNA das células. O câncer se desenvolve apenas quando várias mutações nos genes relacionados à divisão se acumulam na mesma célula - Mutações de ponto: quando ocorre a substituição de um único par de base, seja por substituição, adição ou deleção devido ao mal funcionamento do sistema de replicação ou de reparo, ou também devido a inteferência química em uma das bases. 1. Substituição de bases: troca de uma base nitrogenada por outra a)Transição: mesmo grupo químico Ex: uma purina por outra purina/ uma pirimidina por outra pirimidina) b) Transversão: grupo químico diferente Ex: uma purina por uma pirimidina 2. Inserções ou deleções: inserção ou deleção de um par de bases - Mutações cromossômicas: não modificam a quantidade de cromossomos de uma célula, mas determinam o aparecimento de cromossomos anormais. - Deleção: um pedaço de cromossomo é perdido - Duplicação: a sequência gênica é duplicada - Inversão: pedaço do cromossomo se quebrou, fez uma rotação de 180° e conectou-se novamente numa posição invertida - Translocação: troca de pedaços de cromossomos não homólogos → Consequências moleculares das mutações - Quando a mutação gênica ocorre por adição ou perda de bases ela modifica o código genético e define uma nova sequência de bases - Regiões codificantes - genes: a nova sequência poderá modificar o tipo de aminoácido presente na cadeia proteica, alterando a função da proteína. - Regiões não codificantes do DNA: modifica a eficiência da tradução e reduz ou invativa a expressão fenotípica → Mutações somáticas X germinativas 1. Somáticas: qualquer célula do corpo, com excessão das germinativas - Não são transmitidas às futuras gerações - Maiores consequências quando são dominantes ou ligadas ao X nos machos 2. Germinativas: células que originam os gametas - Podem ser expressar em todas as células da prole → Sequência codificante - Determina o gene a ser expresso e proteína a ser produzida - Start-codon: codón de iniciação - Stop-codon: codón de parada - Sequência terminadora: marca o fim de um gene durante a transcrição → Mutação dentro dos genes - Podem alterar o código genético - Proteína com menor ou sem atividade/função MUTAÇÃO COM PERDA DE FUNÇÃO - Proteína com maior atividade/função MUTAÇÃO COM GANHO DE FUNÇÃO - Podem bloquear a tradução da proteína → Blad - Deficiência de Adesão Leucocitária Bovina - Mutação no gene de CD18 - Animais homozigotos - crescimento retardado, perda de dentes, comprometimento do sistema imune e morrem ainda jovens, geralmente de pneumonia - Terapia gênica: substituição do gene defeituoso por um gene saudável → Mutações sinônimas ou silenciosas - Ocorre a troca de um par de nucleotídeos no DNA que pode não modificar o aminoácido a ser encorporado → Mutações de sentidos trocados - Substituição de um único nucleotídeo em uma sequência de DNA sendo capaz de alterar o código em uma trinca de bases, e assim causa a substituição de uma aminoácido por outro - Conservativa: características semelhantes do aminoácido - Não- conservativa: não tem características semelhantes → Qualidade do leite - Principal proteína: caseína - A1: beta-caseína (mais encontrada no leite de vaca) - Leite A1- síndrome de intolerância ao leite não relacionada com a lactose - Pode estar associado a: -Diabetes -Danos cardíacos -Desconforto intestinal - A2: beta-caseína (direcionado a pessoa que tem alguma reação de hipersensibilidade a proteína A1) → Mutações sem sentido - O códon do aminoácido é substituído por um códon de parada → Mutações em regiões não codificantes • Mais dificil prever consequências → Mutações em regiões variáveis (teste de paternidade) - Microssatélites: sequências com muitas repetições de → Causas das mutações 1. Espontâneas - Replicação do DNA - Deslize na replicação - Mudanças tautoméricas - Depurinação e desaminação - Dano oxidativo - Ocorrem ao acaso • Erros na replicação do DNA - Substituição (transição ou transversão) - Inserções ou deleções 2. Induzidas - Incorporação de análogos de bases - Mal pareamento específico - Agentes intercalares - Danos à bases → Deslizes na replicação - DNA se desenlaça da DNA Polimerase - Inserções e deleções que ocorrem quando as polimerases "deslizam" perdendo seu local de inserção na fita molde → Mudanças tautoméricas - As purinas e as pirimidinas podem existir em formas tautoméricas – isto é, em formas químicas alternativas que diferem em um único próton na molécula → Lesões espontâneas * Depurinação - Perda de G ou A - Milhares por dia - Reparo do DNA * Desaminação: - C convertida em U - Altera o pareamento * Oxidação - Lesões por oxigenios reativos gerado na respiração normal - Riscos constantes - Mais de 100 tipos de lesões ao DNA → Mutações induzidas - Agentes mutagênicos: com potencial para danificar o DNA e causar mutações - 4 mecanismos: - Incorporação de análogos de bases: compostos semelhantes às bases incorporados; pareiam de modo errado - Mal pareamento específico: não se incorpora no DNA mas altera a base - Agentes intercalares: intecalam-se ao DNA, podem causar inserções ou deleções - Danos à bases: Espectro eletromagnético: desordenam as moléculas orgânicas Impedem pareamento das bases Luz UV – dímeros de pirimidina (mais frequente Timina) → Reparo do DNA - DNA é a única molécula que não é substituída e sim reparada Revisão: a maioria das DNA polimerases "verificam seu trabalho" a cada base que acrescentam. Esse processo é chamado revisão → Reparo por malparemento - Acontece logo após o novo DNA ter sido feito, e sua função é remover e substituir as bases malpareadas (aquelas que não foram corrigidas durante a revisão) Funcionamento: - Primeiro, um complexo de proteínas (grupo de proteínas) reconhece e liga-se à base malpareada - Um segundo complexo corta o DNA próximo ao malpareamento e mais enzimas cortam o nucleotídeo incorreto e um pedaço do DNA que o envolve. - Uma DNA polimerase substitui a parte que falta com os nucleotídeos corretos, e uma enzima chamada DNA ligase fecha a lacuna Onde repara? - Em bactérias, fitas de DNA originais e recém produzidas podem ser identificadas por uma característica chamada estado de metilação. Uma fita antiga de DNA terá grupos metil (-CH3) ligados a algumas de suas bases, enquanto uma fita recém produzida ainda não terá conseguido seu grupo metil. - Nos eucariontes os processos que permitem à fita original ser identificada no reparo de malpareamento envolve o reconhecimento de entalhes (quebras na fita única) encontrados apenas em DNA recém sintetizado. → Mecanismo de reparo de danos do DNA - Danos ao DNA podem ocorrer em quase qualquer ponto do tempo de vida da célula, não apenas durante a replicação. - O DNA sofre danos todo o tempo, por fatores externos como luz UV, produtos químicos e Raios X, sem falar nas reações químicas espontâneas que acontecem mesmo sem agressões ambientais - Reversão direta: Algumas reações químicas danosas ao DNA podem ser diretamente "desfeitas" por enzimas na célula - Reparo por excisão: Dano a uma ou a umas poucas bases do DNA é frequentemente corrigido por remoção (excisão) e substituição da região danificada. No reparo por excisão de base, apenas a base avariadaé removida. No reparo por excisão de nucleotídeo, como no reparo do malpareamento que vimos acima, é removido um retalho de nucleotídeos. - Reparo de quebra de dupla fita: Duas vias principais, a de união das extremidades não homólogas e a recombinação homóloga são utilizadas na correção de quebras de dupla fita de DNA (isto é, quando um cromossomo inteiro se divide em duas partes) → Reversão de danos - Em alguns casos, a célula pode reparar a avaria do DNA pela simples reversão da reação química que a causou - A "avaria do DNA" frequentemente envolve apenas um grupo extra de átomos ligando-se ao DNA através de uma reação química Ex: A guanina (G) pode sofrer uma reação que une um grupo metil (CH3) a um átomo de oxigênio na base. Se a guanina contendo o grupo metil não for corrigida, irá parear com timina (T) ao invés de citosina (C) durante a replicação do DNA. - O organismo têm uma enzima que pode remover o grupo metil, revertendo a reação e retornando a base ao normal^. → Reparo por excisão de bases - Mecanismos usado para detectar e remover certos tipos de bases danificadas. - Um grupo de enzimas chamado glicosilases desempenha um papel importante no reparo por excisão de base. Cada glicosilase detecta e remove um tipo específico de base danificada. → Reparo por excisão do nucleotídeo - Outra via usada para remover e substituir bases danificadas - O reparo por excisão de nucleotídeo detecta e corrige tipos de avarias que distorcem a dupla hélice de DNA - O reparo por excisão de nucleotídeo também é usado para corrigir alguns tipos de danos causados por radiação UV, por exemplo, quando você fica queimado de sol. - No reparo por excisão de nucleotídeo, o(s) nucleotídeo(s) danificado(s) são removidos junto com um retalho circundante de DNA. - Nesse processo a helicase (enzima de abertura do DNA) abre o DNA para formar uma bolha, e as enzimas de restrição de DNA cortam a parte danificada dessa bolha. - Uma DNA polimerase substitui o DNA que falta e a DNA ligase fecha a lacuna na coluna do filamento. → Reparo por quebra de fita dupla - Alguns tipos de fatores ambientais, como radiação de alta energia, podem causar quebras na dupla hélice do DNA O reparo pode ser feito de duas formas: - União de extremidades não homólogas: as duas pontas quebradas do cromossomo são simplesmente coladas juntas novamente - Recombinação homóloga: a informação do cromossomo homólogo que corresponde ao danificado (ou da cromátide irmã, se o DNA foi copiado) é usada para reparar a quebra. Nesse processo, os dois cromossomos homólogos se juntam e a região não danificada do homólogo ou da cromátide é usada como modelo para substituir a região danificada do cromossomo quebrado.
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