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FATORES QUE INTERFEREM NA MASTIGAÇÃO Perda dentária. Dor durante a mastigação. Perda do tônus muscular. Disfunção da articulação temporomandibular. Doença periodontal. Mobilidade dental. Xerostomia. MASTIGAÇÃO TÍPICA É chamada de bilateral, onde o alimento é alternado em ambos os lados da boca, triturando o alimento transformando-o em partículas menores, que ligadas a saliva, constituem o bolo alimentar preparado para ser engolido. Os dentes possuem extrema importância nessa etapa, facilitando no processo da digestão. RISCOS DE UMA MASTIGAÇÃO ATÍPICA A mastigação atípica pode alterar o padrão mastigatório e a ingestão de determinados alimentos importantes para a saúde, como aqueles ricos em fibras, interferindo na saúde geral do indivíduo, na funcionalidade da musculatura envolvida e da articulação temporomandibular ou ser consequência de alterações nessas estruturas. RISCOS DE UMA DEGLUTIÇÃO ATÍPICA As consequências mais comuns da deglutição atípica são a má oclusão dos dentes, problemas com a fala, maior incidência de rinite, amigdalite, queda da produção de saliva, aumento dos riscos de desenvolvimento de doenças infecciosas na cavidade oral. O movimento normal da língua dentro da boca no momento da deglutição associado a respiração nasal, é de extrema importância para o desenvolvimento adequado das estruturas orais, sendo assim, quando posicionada de forma inadequada durante a deglutição, as estruturas ósseas flexíveis são pressionadas excessivamente levando a uma mordida cruzada, mordida aberta, estreitamento do arco maxilar, vestibuloversão dos dentes anteriores e supraerupção dos dentes posteriores. O equilíbrio entre os músculos periorais, mastigadores e língua é necessário para que haja uma maneira normal de deglutição, qualquer desequilíbrio pode originar na deglutição atípica e por consequência acarretar a má oclusão. DEGLUTIÇÃO Infantil: na deglutição normal infantil a língua estará empurrando os rebordos das gengivas e os lábios. Possuem almofadas de sucção, as quais são descritas como densas massas compactas de tecido gorduroso dentro dos músculos masseteres. Estas ajudam a estabilizar a bochecha e geralmente desaparecem por volta dos 4 a 6 meses de idade. Adulto: Sem participação dos lábios e bochecha, a mandíbula é elevada pelos músculos, os dentes se fecham juntamente e a língua se posiciona na cavidade bucal. FISIOLOGIA DA MASTIGAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bianchini EMG. Mastigação e ATM. In: Bianchini EMG, organizador. Fundamentos em fonoaudiologia: aspectos clínicos em motricidade orofacial. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan; 2005. p. 45-58. Douglas CR.- Fisiologia da mastigação. In: Fisiologia aplicada à Fonoaudiologia. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara – Koogan; 2006. p.325-50. Douglas CR. Fisiologia da mastigação. In: Douglas CR, organizador. Tratado de fisiologia aplicada à fonoaudiologia. São Paulo: Robe Editorial; 2002. p. 345-68. FERNANDES, L. F. T.; et al. A influência da deglutição atípica no padrão craniofacial e na morfologia mandibular. RFO, v. 15, n. 1, p. 52-57, 2010. Ferreira CLP, Silva MAR, Felício CM. Orofacial myofunctional disorder in subjects with temporomandibular disorder. Cranio 2009; 27:268-74. Felício CM, Melchior MO, Silva MAMR, Celeghini RMS. Desempenho mastigatório em adultos relacionado com a desordem temporomandibular e com a oclusão. Pró-Fono 2007; 19:151-8. Gilbert GH, Foerster U, Duncan, RP. Satisfaction with chewing ability in a diverse sample of dentate adults. J Oral Rehabil 1998; 25:15-27. MARCHESAN, I. Deglutição – Diagnóstico e possibilidades terapêuticas. [S.I.; s.n.,2016] Disponível em: Acesso em: 23 de Setembro de 2018. Pereira LJ, Duarte Gavião MB, Van Der Bilt A. Influence of oral characteristics and food products on masticatory function. Acta Odontol Scand. 2006; 64(4):193-201. O QUE É? O Diabetes Mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da mesma de exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência insulínica. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica, frequentemente, acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial. O Diabetes Mellitus do tipo 2 favorece o aumento da morbidade e da mortalidade por doenças cardiovasculares. A íntima relação entre o Diabetes Mellitus do tipo 2 e as doenças cardiovasculares leva à hipótese do "solo comum", ou seja, as duas apresentam mesmo componente genético e mesmos antecedentes ambientais, sendo a resistência insulínica considerada um dos principais possíveis antecedentes. INSULINA X CARBOIDRATO Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. As consequências do DM a longo prazo incluem danos, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Poderá existir hiperglicemia de grau suficiente para causar alterações funcionais ou patológicas por um longo período antes que o diagnóstico seja estabelecido. Antes do surgimento de hiperglicemia mantida, acompanhada do quadro clínico clássico do DM, a síndrome diabética passa por um estágio de distúrbio do metabolismo da glicose, caracterizado por valores glicêmicos situados entre a normalidade e a faixa diabética. RESPOSTA INSULINICA PÓS ALIMENTAÇÃO Embora a quantidade de carboidratos das refeições seja a principal determinante, ouras variáveis podem influenciá-la. As variáveis incluem o tipo do alimento ingerido, preparação e grau de processamento. Outras variáveis incluem o nível de glicemia prévio a refeição. O seu pico depende também do horário em que a refeição foi realizada. Como qualquer paciente diabético, o pico glicêmico será naturalmente alto e pós-alimentação pode chegar a mais de 700MG/ml. ALIMENTAÇÃO FRACIONADA E ESCOLHA DOS ALIMENTOS Recomenda-se que o plano alimentar seja fracionado em seis refeições, sendo três principais e três lanches. Quanto à forma de preparo dos alimentos, deve-se dar preferência aos grelhados, assados, cozidos no vapor ou até mesmo crus. Os alimentos diet, light ou zero podem ser indicados no contexto do plano alimentar e não utilizados de forma exclusiva. Devem-se respeitar as preferências individuais e o poder aquisitivo do paciente e da família. O QUE FAZER EM CASO DE HIPOGLICEMIA? Uma vez detectada a hipoglicemia, ela pode ser facilmente tratada pelo próprio paciente ou pais de uma criança. Hipoglicemia leve (50 - 70 mg/dl) pode ser tratada com 15 gramas de carboidrato, que equivale a 150 ml de suco comum ou refrigerante comum ou 1 colher de sopa de açúcar. Se a próxima refeição não for acontecer dentro do período de uma hora, um pequeno lanche deve ser feito imediatamente após o episódio da hipoglicemia. É importante que o paciente esteja treinado a não super tratar a hipoglicemia, especialmente utilizando chocolates, bolos e sanduíches. DIABETES MELLITUS TIPO II REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS American Diabetes Association (ADA). Nutrition Recommendations and Interventions for Diabetes-2006. Diabetes Care. 2006;29:2140-57. American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes. Diab Care. 2014 Jan;37(Suppl 1). Beaser RS, Jackson R. Joslin's Diabetes Deskbook, A Guide for Primary Care Providers. 2. ed., Excerpt 1: What Are the Five Steps to Patient Adherence? Diabetes in control, v.75,2012. Ceriello A, Motz E. Is oxdative stress the patogenic mechanism underlying insulin resistance, diabetes, and cardiovascular disease? The common soil hypothesis revised. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2004; 24(5):816-23. Sociedade Brasileira de Diabetes. Consenso Brasileiro sobre Diabetes 2002. Diagnóstico e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito tipo 2. São Paulo; 2003. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. 2013 101(6) (Suppl 2). World Health Organization. Definition, Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus and its Complications. Report of a WHO Consultation. Part 1: Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. 1999. World Health Organization (WHO). Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Report of a joint FAO/ WHO Expert Consultation. Geneva: Technical Report Series 916, 2003.
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