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Química Analítica - Equilíbrio químico para espécies iônicas: Eletrólito: Toda espécie que quando dissociada ou ionizada, origina íons (cátions ou ânions), pela adição de um solvente. Desta forma torna-se um condutor de eletricidade, estes podem ser classificados como fortes ou fracos, da seguinte forma: Eletrólitos fortes: substância que está completamente ionizada em solvente. Suas soluções conduzem eletricidade melhor que o soluto puro. Os eletrólitos são oferecidos normalmente por substâncias iônicas ionizáveis. Ionizam cerca de 90-95% do soluto. Exemplo: 10 NaCl (aq) → 10 Na+ (aq) + 10 Cl- (aq) Eletrólitos fracos: substância que está parcialmente ionizada em solução, ou seja, possui íons livres na solução, assim como possui moléculas, que caracteriza a solução pela pausa na condutividade elétrica. O eletrólito fraco e os íons ficam em equilíbrio com moléculas não dissociadas. Apenas 10- 20% do soluto. Exemplo: Supondo uma ionização de 10% do ácido acético em água, como a seguir: 10 CH3COOH ↔ 1 CH3COO- + 1 H+ Interpretando a reação de dissociação acima, é possível perceber que das 10 moléculas de ácido acético, apenas uma se ionizou, as outras nove moléculas permanecem na sua fórmula molecular CH3COOH. - Teoria das soluções iônicas: Dissociação eletrolítica de Arrhenius: I) Eletrólitos dissolvidos em água se ionizam espontaneamente devido a polaridade da água. II) As soluções formadas são eletricamente neutras, isto porque a quantidade de cargas positivas geradas é equivalente a quantidade de cargas negativas geradas. III) O grau de dissociação ( 20% ou 40% de ionização) depende da concentração e aumenta com a diluição (isto porque o responsável pela quebra das ligações dos solutos e assim, pela dissociação deles, formando os íons), então quanto maior a concentração de água, maior a dissociação. IV) A condutividade da solução se relaciona com a fração ionizada (porque depende da existência de espécies carregadas no meio da solução, então quanto maior for o valor dessas em solução, maior condutibilidade ela terá). - Constante de ionização: Considerando uma solução diluída do eletrólito fraco AB como a seguir : AB ↔ A+ + B- Sua ionização parcial pode ser definida pela expressão matemática a seguir: K = [A+] + [B-] [AB] Desta forma podemos concluir que a constante de equilíbrio analisa a capacidade de ionização de determinada espécie, portanto, quanto maior a constante K, maior a quantidade de íons formados, ou seja, o numerado é grande e o denominador é pequeno. Ao contrário, a ionização de eletrólitos fracos gera valores de constante massivamente menores. Para eletrólitos fracos, temos a seguinte reação genérica do eletrólito fraco AxBy: AxBy + H2O ↔ xAm+ + yBn- A sua constante de equilíbrio iônico pode ser expressa matematicamente da seguinte forma: Kc = [A+m]x + [B-n]y [AxBy] A água não aparece na equação da constante de equilíbrio por ser o solvente e se encontrar na forma líquida. - Grau de ionização Apesar de constante de equilíbrio não pode ser alterada por nenhum fator, tendo em vista que se trata de uma constante, outros fatores podem afetar o grau de ionização de determinada espécie. Um desses fatores é a formação de concentrações distintas, é possível obter maior ionização ou menor. O grau de ionização é a relação entre o número de mols ionizados e o número de mols total, representando assim a capacidade de uma espécie de se ionizar mediante mudanças nas concentrações. Esse valor é expresso pela seguinte relação matemática: α = n° de mols ionizados (ni) n° total de mols (n) Quando o número total de mols se igualar ao número de mols ionizados, temos que ni = n. Além disso, se quisermos descobrir quanto de íons foi formado a partir da reação, é possível multiplicar o número total de mols pelo grau de ionização, da seguinte maneira: ni = n * α - Lei da diluição de Ostwald: De acordo com Arrhenius, o grau de ionização é diretamente ligado e dependente da diluição do soluto, desta forma Ostwald buscou relacionar o grau de ionização (que é variável mediante o número de mols ionizados) com a constante, visando facilitar a determinação do parâmetro variável. Sabemos que: α = ni n E que podemos relacionar o número de mols ionizados da seguinte forma: ni = n * α Além disso, sabemos que a concentração molar corresponde a seguinte expressão: M = n / v AB ↔ A+ + B- T zero n 0 0 Equilíbrio n- nα nα nα Equilíbrio em função da concentração M n- nα V nα V nα V M - Mα Mα Mα Substituindo em K, teremos a seguinte expressão: K = [Mα] * [Mα] → K = M2 * α2 → K = M * α2 [M – Mα] M * (1 – α) 1 - α Essas expressões facilitam o trabalho visto que se tem uma diluição de determinada solução, assim, pode-se considerar concentração molar. De forma análoga, tem-se a facilitação da descoberta do grau de ionização (α), tem em vista que a concentração molar já e conhecida, bem como o valor da constante (K). O grau de ionização pode classificar um ácido quanto á sua força e capacidade de doar íons H3O+ da seguinte forma: Ácido forte Ácido moderado Ácido fraco α ≥ 50 % α < 50% α ≤ 5% - Exercícios: I) O ácido acético é um importante ácido orgânico que apresenta um baixo grau de ionização. Em solução aquosa, constitui o tempero conhecido pelo nome de vinagre. De cada 1000 moléculas de ácido acético dissolvidas em água, apenas 13 moléculas sofrem ionização. Calcule o grau de ionização desse ácido e classifique-o quanto à sua força. α = 13 moléculas → α = 0,013 1000 moléculas Se quisermos transformar o α em percentual, este seria 1,3% de moléculas de ácido acético se ionizaram. II) A cada 6,115 litros de sulfeto de hidrogênio gasoso H2S, borbulhado na água, verifica-se que 4,647*10-3 L reagem sofrendo ionização e formando o ácido sulfídrico, H3O+ (aq) . S2- (aq). Todo o volume restante continua na forma molecular. Baseado no grau de ionização (α), indique se esse ácido sulfídrico é forte, moderado ou fraco. α = ni → α = 4,647*10-3 L → α = 0,000759 ou 7,59 * 10-4 n 6,115 L Transformando em porcentagem para fazer a comparação: α % = α * 100 α= 7,59*10-4 * 100 α= 0,076% Portanto podemos concluir que o ácido é fraco. III) Uma solução 0,1M de ácido acético está 1,3% ionizada. Calcule a constante de ionização do ácido acético. K = M * α2 → K = 0,1 * (0,013)2 → K = 0,0000169 → K = 0,000171 ou 1,71 * 10-4 1 – α 1 – 0,013 0,987 É importante sempre lembrar de converter o grau de ionização quando o mesmo for dado em porcentagem. IV) Qual o grau de ionização do ácido acético, numa solução 0,10 mol/L a 25°C ? Dado: Ka (CH3COOH) = 1,8 * 10-5 a 25° C K = M * α2 → 1,8 * 10-5= 0,10 mol/L * α2 → 1,8 * 10-5 * -1,8 * 10-5 α = 0,10 mol/L * α2 1 – α 1 – α 0,10 mol/L * α2 * - 1,8 * 10-5 α * 1,8 * 10-5 = 0 𝑥 = −1,8 ∗ 10−5 ± √1,8 ∗ 10−5 2 − 4 ∗ 0,10 ∗ −1,8 ∗ 10−5 2 ∗ 0,10 x= -1,8 * 10-5 + 0,0028 0,2 x= 0,01409 ou seja α = 0,01409 e α%= 1,409
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