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Atividades de Estudo Domiciliar - Psicologia Integrada

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
ICH – Curso de Psicologia / Campus Paraíso 
Nome: Débora Abreu de Souza 
RA: D123FC-3 
Semestre / Período: 9º Semestre/ Noturno - 09/PS9R68 
Título da atividade: Atividade de Estudo Domiciliar | Psicologia Integrada - Prof° Carla Carotenuto
Data da realização: 13/04/2020 
Relatório de Tarefa Domiciliar: 
Realização da atividade domiciliar de forma a valer como atividade complementar, seguindo regras básicas da ABNT, seguindo as instruções da tarefa estabelecida pelo ICH.
Sumário 
Caso 1..........................................................................................................................................03 Caso 2..........................................................................................................................................03 Caso 3..........................................................................................................................................04 
Resenha Crítica - O Papel e Atuação do Psicólogo nos Fenômenos da Violência nas Escolas e Medidas Protetivas......................................................................................................................04 
Proposta de pesquisa – Ensaio sobre a Cegueira: A influência do coletivo na (des)construção de identidade dos personagens e a alegoria do Mito da Caverna.....................................................07 
Bibliografia...................................................................................................................................09
Caso 1 
O lugar que a psicologia escolar ocupa nas instituições de ensino atualmente, quando há um, deve-se ao fato de que essa área historicamente tenha se caracterizado como um desmembramento da área clínica, transformando-a em uma psicologia escolar clínica. Dessa forma, a psicologia escolar fica implicitamente vinculada a área da saúde mental, em que as dificuldades – ou a falta delas – são postas como saúde x doença, o que no ambiente escolar é entendido como adaptado x não adaptado. Nessa perspectiva: 
A ideia de que a escola como instituição é tomada como adequada, como cumprindo os objetivos ideais a que se propõe. Permanecem inquestionados, desta forma, o anacronismo dos currículos, dos programas, das técnicas de ensino-aprendizagem empregadas, bem como a adequação da relação professor aluno estabelecida. Esta é, portanto, uma visão conservadora e adaptativa, uma vez que os problemas surgidos ficam centrados no aluno, isto é, a responsabilidade dos insucessos e dos fracassos recai sempre sobre o educando. (ANDALÓ,1984,P43) 
O papel de um psicólogo escolar é analisar de forma individual cada caso, pois cada criança é única e aprende – ou deixa de aprender – por motivos diferentes. Nesse caso, o psicólogo deve investigar todos os motivos possíveis. Isso inclui ir até a escola para entender em que ambiente escolar essa criança está inserida, quais técnicas de aprendizagem estão sendo aplicadas, se o currículo pedagógico está adequado a sua idade, se essa criança possui problemas de socialização ou de ordem sociocultural e extraescolar, conversar com seus professores e familiares. 
É dever do psicólogo escolar também fazer um psicodiagnóstico para identificar possíveis deficiências e tentar descobrir, junto ao corpo docente do aluno, a melhor forma de abordagem pedagógica para que aquela criança possa absorver ao máximo o conteúdo acadêmico e não ter prejuízos. Portanto, as afirmativas corretas são I, II e V, letra A). 
Caso 2 
A alternativa correta é a alternativa “b”: descritiva e correlacional, transversal, com diferentes coortes, cuja variável independente é a distância dos familiares. 
Pois ao analisar as escadas de autorrelatos de 400 sujeitos diferentes, separados em dois grupos de 200 indivíduos cada, o pesquisador identifica as variáveis e suas relações, o que caracteriza a pesquisa descritiva correlacional, a pesquisa foi feita de forma transversal, ou seja, foi observado uma relação de causa e feito, que nesse caso, a causa seria a distância dos familiares, .causando a depressão dos trabalhadores. A pesquisa foi feita também com diferentes coortes, pois o objetivo da pesquisa era identificar o fenômeno da depressão em pessoas com diferentes perfis e para denominar-se um coorte específico, os participantes precisariam compartilhar os mesmos eventos durante um determinado período. 
Caso 3 
A metodologia escolhida pelo grupo para realizar a pesquisa é a pesquisa qualitativa, que tem como objetivo descrever, analisar e compreender diferentes fenômenos pela ótica dos participantes, por meio de informações coletavas através de entrevistas, observações e investigações participativas. 
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Resenha Crítica - O Papel e Atuação do Psicólogo nos Fenômenos da Violência nas Escolas e Medidas Protetivas.
 A questão da violência no ambiente escolar é um fenômeno complexo e multifacetado que deve ser analisado a partir de diferentes perspectivas. Isso porque a escola é um órgão que está inserido dentro de determinados contextossócio-históricos e consequentemente os indivíduos que pertencem a esse ambiente trazem consigo suas experiencias e crenças pessoais. Isso quer dizer que a escola é um local onde se reproduz as hierarquias e desigualdades sociais vigentes em nossa sociedade. 
As reproduções das desigualdades e hierarquias de poder são evidentes em toda a constituição escolar, desde a sua constituição espacial com muros, portões e grades até a forma como organiza e aplica os conteúdos pedagógicos. A desigualdade de classe é a primeira a salta aos nossos olhos, com a diferenciação de instituições públicas e privadas de ensino. Nas instituições públicas, que atende em suma a população pobre, o ensino é de baixa qualidade, assim como toda a estrutura escolar, já as instituições privadas, que atendem pessoas com algum poder aquisitivo, possuem um ensino de melhor qualidade, porém o fazem para atender uma demanda de mercado, seguindo uma lógica capitalista, transformando a educação em um produto mercantilizado, que está a serviço das vontades dos seus “consumidores”. 
Já as reproduções sociais podem ser vistas quando olhamos para os dados referentes ao bullying nas escolas. Estudos1apontam que o chamado bullying direto (agressões físicas e verbais direcionadas) são frequentemente associados aos meninos, enquanto o bullying do tipo indireto (indiferença, isolamento, exclusão, difamação etc.) aparece com maior frequência entre as meninas. Outros estudos2apontam que “na adolescência, o comportamento agressivo entre meninos pode estar ligado à competência e à popularidade (...) e a agressividade pode ser vista pelos outros alunos como um atrativo, em vista de que os agressores, muitas vezes, são populares 
entre os demais colegas e possuem uma opinião positiva sobre o seu comportamento agressivo”. (Olweus, 1993). A partir desse primeiro contato com os dados, já é possível observar vestígios de uma reprodução da hierarquia social de gênero, que faz com que meninos tenham comportamentos agressivos físicos, enquanto as mulheres ficam mais suscetíveis as violências simbólicas.3 
Além da estrutura de dominação masculina, outras formas de preconceitos já existentes em nossa sociedade anteriores a escola também podem ser observados na violência escolar, como a lgbtfobia (aversão a gays, lésbicas, bissexuais e transexuais), a gordofobia (aversão a pessoas gordas), o racismo e demais formas de descriminação e marginalização social. De acordo com Carolina Lisboa, Luiza de Lima Braga e Guilherme Eber: 
O desequilíbrio de poder relacionado ao bullying pode ser explicado pelas 
diferenças físicas (estatura, peso, raça, entre outras) emocionais e sociais percebidas entre agressores e vítimas (Neto, 2005; Salmivalli et al., 1998). Aspectos econômicos e culturais, bem como características de personalidade e temperamento, também constituem fatores de risco para a manifestação do bullyinge para a escolha das vítimas dos ataques agressivos. (P69) 
1 Crick e Dodge, 2000; Hawley, 2003; Little et al., 2003 
2 Lisboa, 2005; Pellegrini e Bartini, 2001; Rodkin et al., 2000 
3 Violência simbólica é um conceito elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, e diz respeito a uma forma de violência exercida sem coerção física, que se apoia nas imposições sociais já pré-estabelecidas e contribuem para a manutenção dessas imposições naturalizando-as. Para maior aprofundamento ler a obra “A Dominação Masculina” de Pierre Bourdieu (2002).
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Devido ao processo civilizatório brasileiro e ocidental de modo geral, nós vivemos hoje em uma sociedade eurocêntrica, dessa forma, a visão europeia é vista como superior as demais visões de mundo, isso coloca o homem branco heterossexual como sendo o “universal”, o diferente passa a ser o outro. Cria-se um conceito do que é ser normal ou aceitável e o que foge a essa visão conservadora e normativa é visto como um desajuste patológico, algo a ser corrigido, motivo de vergonha e de piada. As pessoas que “fazem” a escola são pessoas sociabilizadas nessa sociedade eurocêntrica, por tanto não podemos esperar que a escola tenha um comportamento diferente desse. 
No que se refere a condição espacial e estrutural do ambiente escolar, sua arquitetura é completamente opressiva e punitivista; com muitos muros, grades, portões, janelas com grades, controle de entrada, de saída, de horários para socialização (tanto para os alunos quanto para os professores), sua forma de organização das salas, filas, as formas de avaliação e de correção e demais ferramentas disciplinadoras; essas ferramentas são postas como naturais e necessárias para o bom funcionamento escolar. Dessa forma, a escola torna-se um espaço de confinamento antes de ser um espaço de acolhimento desses jovens, de formação de cidadãos pensantes e conscientes politicamente e socialmente. 
Segundo Foucault (2003a, p.89) o “poder não é uma instituição e nem uma estrutura, não é certa potência de que alguns sejam dotados: é o nome dado a uma situação estratégica complexa numa sociedade determinada.” Foucault aponta também que o poder reprime e exclui aqueles que são alvos, sendo esse seu aspecto negativo; por outro lado, os indivíduos submetidos a essas ferramentas, produzem e criam mais e esse seria o aspecto positivo que a instituição escolar busca em uma sociedade capitalista. Nesse sentido, Machado (1985, p.XVI) completa: “o poder possui uma eficácia produtiva, uma riqueza estratégica, uma positividade. É justamente esse aspecto que explica o fato de que tem como alvo o corpo humano, não para supliciá-lo, mutilá-lo, mas para aprimorá-lo, adestrá-lo.” 
E para garantir ainda mais essa lógica de produção capitalista, temos como aliado a medicalização da vida escolar. O medicamento Rivotril, que é vendido sob prescrição médica, com retenção da receita, em 2008 atingiu a marca de 14 milhões de caixas vendidas, tornando-se o segundo maior consumido no país, perdendo apenas para o anticoncepcional Microvlar, com 20 milhões de unidades vendidas em todo o país.4 Esse é um dado alarmante, a prescrição irrestrita de fármacos para as crianças tem se tornado cada vez mais comuns como forma de manter a ordem e de recuperar o fracasso escolar. 
Nesse sentido, a família passa a ser compreendida como forte 
influência sobre o desenvolvimento de cada criança, sobretudo em relação ao desenvolvimento escolar, tanto como transmissora de genes supostamente saudáveis, frágeis, doentes, como produtora de condutas que poderiam justificar a julgada incapacidade do indivíduo de se adaptar às condições sociais nas quais está inserido. (Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 40, n. 4, p. 1080) 
Essa compreensão de que a família seria responsável geneticamente pelo sucesso ou fracasso escolar, está relacionada ao discurso médico higienista que se expandiu em todos os campos da vida e se fez presente também no ambiente escolar a partir do século XX, que utilizou se do manual de diagnostico (DSM IV), para justificar o desempenho escolar. Dessa forma a psiquiatria disse existir uma relação de causa e efeito entre os transtornos descritos no manual e a deficiência escolar e a partir disso, as diferentes formas de aprendizagem das crianças foram 
4 Disponível em: https://medimagem.com.br/noticias/rivotril-por-que-o-medicamento-e-o-segundo mais-vendido-no-pais,9753 5 
catalogadas e algumas foram consideradas normais, enquanto outras foram consideradas patológicas, passiveis de tratamento e correção. 
Dessa forma, tem-se o que vemos nas escolas atualmente, professores e demais funcionários que não possuem nenhuma formação psicológica ou clínica distribuindo diagnósticos em cima de cada subjetividade e singularidade de seus alunos. Então as crianças que antes eram vistas como indisciplinadas, desmotivadas e “mal-educadas”, agora são vistas como crianças geneticamente doentes, acometidas por um mal funcionamento cerebral que as impede de aprender ou de seguir corretamente as normas sociais estabelecidas. Outra situação escolar que é negligenciada, é a situação dos professores, que precisam: 
(...) ter instrução acadêmica, colocar limites nos alunos, educar sobre 
valores e administrar os episódios de agressividade (conflitos) nas aulas de aula, sem receber capacitação e orientação para isso. Esses profissionais também têm de lidar com aspectos sociais e emocionais de alunos e conflitos ocasionais pelas expectativas dos pais, estudantes, administradores e da comunidade em geral. (LISBOA, p197) 
Além disso tudo, os professores precisam lidar com salas superlotadas, com baixa remuneração ou prestígio social. Todos esses fatores representam uma forma de violência que pode levar ao adoecimento desses profissionais (Carlotto, 2002). Ou seja, falta amparo psicológico tanto para os profissionais da educação, quanto para os estudantes. E onde entra o profissional de saúde mental nesse complexo cenário? Não podemos esperar que a presença do psicólogo por si só em uma unidade de ensino, seja capaz de transformar a realidade social daquele ambiente. Essa carga de responsabilidade chega a ser violenta é frequentemente transferida tanto para os psicólogos, quanto para professores, pedagogos e assistentes sociais, enquanto todos esses aspectos que discutimos até aqui são ignorados. 
A atuação dos psicólogos nas escolas (quando há um), durante muito tempo focou-se na aplicação de testes psicológicos visando medir habilidades e identificar uma possível psicopatologia. O primeiro ponto a ser (re)pensado é o papel dos psicólogos nas escolas. A psicologia deve agir em conjunto com a pedagogia a fim de buscar alternativas que auxiliem no processo educativo e no melhor aproveitamento acadêmico para os alunos, não somente no âmbito escolar, mas também no social. 
Antunes (2008) acredita que em seu trabalho, o psicólogo deve formar parcerias com vários segmentos da escola: com a coordenação, direção, professores, comunidade, familiares, profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar. Buscando agir de forma preventiva e a transformadora, que requer ajustes ou mudanças. Desta forma agindo e contribuindo para o desenvolvimento cognitivo, humano e social de toda a comunidade escolar. (SANTOS E MENDONÇA, 2016, P 4) 
Cassins (2007), no Manual de Psicologia Escolar aponta que a escola é o espaço ideal para promover o desenvolvimento integral do aluno, com propostas concretas e eficazes de intervenção que resultem em mudança individual e coletiva, repercutindo na sociedade. Entretanto, para que a escola possa aproveitar todo o seu potencial de transformação social, toda a sua constituição precisa ser ressignificada, bem como o papel do psicólogo no ambiente escolar. Atualmente a presença de um psicólogo não é obrigatória nas escolas, assim como nãoé obrigatório para o profissional licenciado, estudar psicologia. É certo que nas disciplinas de humanidades, muita coisa se entrelaça e vemos muitos pensadores tanto em uma área, quanto na outra, mas os focos de observação teórica são diferentes e existe uma enorme lacuna entre a teoria que aprendemos na faculdade e as demandas escolares. 
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O fracasso escolar é materializado nas notas atribuídas aos alunos e o discurso ao seu redor, transfere o déficit para o corpo biológico do aluno que passa a ser passível de cura e único responsável pelo fracasso. Essa ideia precisa ser revista, precisamos entender o fracasso escolar como sugere Gouvêa (2007) “como instituição, ou seja, algo que não tem natureza nem essência, mas sim algo que opera (...). Dessa forma, o não-aprender já relacionado com diversas doenças recebe novo tratamento”. E a partir dessa ressignificação, pode-se pensar novas formas de lidar com a mesma. Assim como a violência nas escolas precisa ser vista a partir de uma outra óptica; é preciso olhar para as raízes do problema bem como para seus agentes. 
Os Art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” Enquanto o Art 5º do mesmo estatuto diz que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. É papel de todos cobrar que a constituição seja cumprida e que as demandas das crianças e adolescentes sejam atendidas da melhor maneira possível. 
Proposta de pesquisa – Ensaio sobre a Cegueira: A influência do coletivo na (des)construção de identidade dos personagens e a alegoria do Mito da Caverna. 
O presente trabalho tem como objetivo analisar como o contexto social interfere no comportamento individual dos sujeitos e suas reações num contexto onde a busca por necessidades básicas de sobrevivência está em jogo. Para tal, utilizar-se-á cenas do filme “Ensaio sobre a Cegueira” onde pode-se observar as reações dos sujeitos ficcionais e contextualizá-las 
com o poder do grupo. Além disso, investigaremos uma possível construção alegórica entre o romance de José Saramago e o Mito da Caverna, do filosofo grego Platão. A Análise baseia-se principalmente nos conceitos de Sigmund Freud (1976), Stuart Hall (1992), Goffman (2002) e Antonio da Costa Ciampa (2005). 
No filme “Ensaio sobre a Cegueira”, lançado em 2008 e baseado no livro de mesmo nome, pode-se observar o deslocamento de indivíduos sociais para o isolamento e suas consequências para o grupo, bem como a desconstrução das identidades dos sujeitos ficcionais e a mudança dos respectivos papeis sociais. Freud5entende que um grupo é “impulsivo, mutável e irritável”. Isso quer dizer que os indivíduos que pertencem a um determinado grupo têm seus impulsos sujeitos as circunstâncias do momento do grupo; onde podem se comportar de forma generosa, cruel, heroica, covarde etc. Por tanto, pode-se esperar reações extremas dos membros do grupo quando 
esses são expostos a circunstâncias extremas. “Segundo Le Bon (FREUD, 1976) para o indivíduo no grupo a noção de impossibilidade desaparece. Surge um comportamento primitivo, irracional, fazendo coisas que o escandalizariam se estivesse sozinho.” 
O contexto social em que o grupo em questão está exposto é: isolamento social, sujeira, sede, fome, ausência de referência temporal e a cegueira como algo novo para a maior parte dos integrantes do grupo, com ressalva de dois integrantes que já eram cegos anteriormente e a esposa do médico que finge ser acometida com a cegueira para ser incluída no grupo. Ao que compete ao plano narrativo, analisaremos as representações alegóricas e simbólicas que a cegueira possui para as mudanças comportamentais dos personagens: 
5(FREUD, 1976, p. 101)
7 
Em Ensaio sobre a cegueira, branca, à primeira vista, está 
negativamente relacionada ao horror, à redução da espécie humana e à desconstrução e tormento interior de cada personagem. Entretanto representa a passagem obrigatória, em três graus: da alienação à claridade insuportável e, desta, para a realidade transformada. (CAMARGO,2015 p 39) 
O critério escolhido para a inclusão dos participantes ficcionais para essa pesquisa, leva em consideração as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas que envolvam seres humanos. E baseia-se em suas respectivas trajetórias cinematográfica dentro do filme. 
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Bibliografia 
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10 
São Paulo 
2020

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