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➢ Definir ritmo circadiano. Variáveis reguladas que mudam de modo previsível e produzem padrões de repetição, ou ciclos de mudanças. Os seres humanos possuem ritmos circadianos para diversas funções corporais, incluindo a pressão arterial, a temperatura corporal e os processos metabólicos. Todavia, nos organismos também estão presentes ritmos com períodos inferiores a 20 horas, conhecidos como ritmos ultradianos e ritmos cujo período é superior a 28 horas e são denominados ritmos infradianos Sofre influência da luminosidade, da gravidade e da temperatura. ➢ Entender o funcionamento do ciclo circadiano (mecanismo de regulação hormonal). ○ Núcleo supraquiasmático (NSQ): ■ Nos mamíferos, o “relógio” principal reside em redes de neurônios localizados no núcleo supraquiasmático (NSQ) do hipotálamo, com relógios secundários que influenciam o comportamento dos diferentes tecidos. Uma interpretação bem simples para explicar o funcionamento do relógio biológico é que a sua ciclagem resulta de uma complexa alça de retroalimentação, em que genes específicos ativam e direcionam a síntese proteica. As proteínas se acumulam, desativam os genes e, então, elas mesmas são degradadas. À medida que as proteínas desaparecem, os genes ligam a síntese novamente e o ciclo reinicia. O relógio do NSQ tem uma atividade intrínseca sincronizada com o meio externo, via informação sensorial sobre os ciclos de luz recebida pelos olhos ○ Melatonina: ■ A melatonina da glândula pineal também está fortemente ligada à ciclagem claro-escuro: a melatonina é, às vezes, chamada de “hormônio do escuro”, pois a sua secreção aumenta à noite. O núcleo supraquiasmático tem receptores de melatonina, apoiando a hipótese de que a melatonina pode modular a ciclagem do relógio. ○ Vasopressina ou ADH: (aumenta a reabsorção renal de água) ■ É claro que existem diversos outros fatores que influenciam diretamente a liberação de vasopressina pela neuro-hipófise, mas sua liberação também apresenta um ritmo circadiano. ■ Em adultos, a secreção de vasopressina também apresenta um ritmo circadiano, com secreção aumentada durante a noite. Como resultado desse aumento, menos urina é produzida durante a noite do que durante o dia, e a primeira urina excretada pela manhã é mais concentrada. Uma teoria para a causa da enurese noturna em crianças (i.e., crianças que urinam na cama) é que elas têm um retardo no desenvolvimento do padrão normal de secreção aumentada de vasopressina durante a noite. Com menos vasopressina, o débito urinário da criança permanece elevado, fazendo a bexiga urinária encher até a sua capacidade máxima e esvaziar espontaneamente durante o sono. Muitas dessas crianças podem ser tratadas com sucesso com um spray nasal de desmopressina, um derivado da vasopressina, administrado antes de dormir. ○ Cortisol: ■ O ritmo circadiano ativa o eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal que libera cortisol, responsável por respostas metabólicas rápidas necessárias em situações de luta ou fuga. ○ GH: ■ O ritmo circadiano é uma via de controle (estímulo) do GH. ○ Leptina: ■ ➢ Compreender a regulação do sono e da temperatura. ○ Temperatura corporal A temperatura corporal atinge o pico no final da tarde e declina significativamente nas primeiras horas da manhã. Os pesquisadores observaram que indivíduos autodenominados “matutinos” possuem ritmos de temperatura específicos que, no início da manhã, a temperatura corporal subir antes da hora do despertar, de modo que esses sujeitos saem da cama prontos para enfrentar os desafios daquele dia. Por outro lado, “pessoas noturnas” podem ser forçadas pelos horários escolares e horários de trabalho a saírem da cama enquanto a temperatura corporal ainda está no seu ponto mais baixo, antes de o corpo estar preparado para desenvolver as atividades diárias. As pessoas noturnas ainda se encontram bem-dispostas e trabalhando de forma produtiva até a madrugada, quando as “pessoas matutinas” apresentam queda na temperatura corporal e adormecem rapidamente. ○ Sono A concentração de cortisol em uma amostra de sangue coletada às 9h da manhã pode ser duas vezes mais elevada do que a concentração em uma amostra coletada no início da tarde. Os ritmos circadianos relacionados ao ciclo claro-escuro podem estar associados a ciclos de repouso-atividade. Esses ritmos permitem ao nosso corpo antecipar um comportamento e coordenar os processos corporais adequadamente. ➢ Relatar as causas e consequências das alterações do ciclo. ○ Aclimatização: a adaptação dos processos fisiológicos a um determinado conjunto de condições ambientais quando ocorre naturalmente. ○ Aclimatação: quando o processo ocorre artificialmente, em condições de laboratório. (EXEMPLO DA TUTORIA FRIGORÌFICO) A cada inverno, as pessoas das altas latitudes do hemisfério norte vão para o sul na esperança de escapar das implacáveis temperaturas negativas e da neve. Quando os sujeitos do norte caminham no clima de 4°C do sul, usando camisetas de manga-curta, os moradores do sul, bem agasalhados com casacos e luvas, pensam que os moradores do norte são loucos: está muito frio! A diferença no comportamento deve-se à diferença na temperatura de aclimatização, uma diferença no ponto de ajuste para a regulação da temperatura corporal que é o resultado de um condicionamento prévio. ➢ Explicar o estresse e insônia e suas respectivas consequências. ○ Estresse ■ O cortisol proveniente do córtex da glândula suprarrenal é liberado nos períodos de estresse e tem significativos efeitos catabólicos que inibem o crescimento. As crianças que estão sujeitas a ambientes estressantes podem apresentar uma condição conhecida como falha no crescimento, que é marcada pelo crescimento anormalmente lento. ■ Alteração no ritmo circadiano ■ Obesidade ■ Estudos prévios suportam uma ligação entre o estresse e o aumento do consumo de alimentos palatáveis. ■ Os pesquisadores observaram uma redução nos níveis plasmáticos de leptina, resistência à insulina, ritmo de cortisol invertido e aumento da pressão arterial. ■ Dislipidemia (diminuição do HDL colesterol e aumento dos triglicerídeos) ■ FASES DO ESTRESSE: ○ Sono ■ O sono é um estado transitório e reversível, que se alterna com a vigília (estado desperto). ■ São identificados no sono dois estados distintos: ■ O sono não REM é dividido em três fases ou estágios, segundo a progressão da sua profundidade. ■ Já o sono REM caracteriza-se pela atividade cerebral mais rápida, por episódios de movimentos oculares rápidos e de relaxamento muscular máximo. Além disso, este estágio também se caracteriza por ser a fase onde ocorrem os sonhos. ■ Em um indivíduo normal, o sono não REM e o sono REM alternam-se ciclicamente ao longo da noite. O sono não REM e o sono REM repetem-se a cada 70 a 110 minutos, com 4 a 6 ciclos por noite. A distribuição dos estágios de sono durante a noite pode ser alterada por vários fatores, como: idade, ritmo circadiano, temperatura ambiente, ingestão de drogas ou por determinadas doenças. Mas normalmente o sono não REM concentra-se na primeira parte da noite, enquanto o sono REM predomina na segunda parte. ■ Várias funções são atribuídas ao sono. A hipótese mais simples é a de que o sono se destina à recuperação pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a vigília. Além dessa hipótese, outras funções são atribuídas, especialmente ao sono REM, tais como: manutenção do equilíbrio geral do organismo, das substâncias químicas no cérebro que regulam o ciclo vigília-sono, consolidação da memória, regulação da temperatura corporal, entre outras. ● Perda de memória ● Sonolência ● Irritabilidade ● Alteração do ritmo circadiano ● Insônia ● Ronco ● Apnéia - Ronco prolongado e sonoro. Uma pessoa com apnéia crônica deixa de respirar durante um período de até 2 minutos várias vezesdurante o sono. ● Bruxismo ● Sonambulismo ● Narcolepsia - Sonolência excessiva. A pessoa que sofre de narcolepsia tende a dormir a qualquer hora e lugar. Também é uma doença de causa genética e pode ter relação com outros distúrbios do sono.
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