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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL Resenha – Estratégia de Preços Officenet Staples AUTORES: Andrés Terech, Javier J. O. Silva, María Barale Luiz Carlos da Silva Pataro Junior Matrícula: 201907243658 Trabalho da disciplina: Finanças e Formação de Preço Tutor: Prof. James Dantas de Souza Rio de Janeiro 2020 2 A Officenet (ON) surgiu em 1996, fundada por Andrés Freire e Santiago Bilikins, dois recém formados estudantes de Economia, com a ideia de mudar totalmente a forma como se comprava material de escritório. Eles tinham o pensamento de criar uma maneira diferente do habitual modo, onde o cliente deveria se dirigir até uma loja para adquirir seus produtos ou simplesmente fazer as compras através de site na internet, então eles criaram um catálogo contendo todos os itens de seus estoque e seus preços, que iam além de somente materiais de papelaria, mas tudo que fosse necessário a um escritório, alguns dos itens eram estantes, cadeiras, materiais de limpeza e outros utensílios e até mesmo alguns produtos alimentares, como biscoitos e etc. Um outro diferencial que eles possuíam era a forma de entrega, eles criaram uma estratégia de entregar os pedidos que fossem próximos ao centro no mesmo dia e sem custos adicionais. Para outras localidades era cobrado uma taxa que girava em torno de 7% do valor do pedido e o prazo de 48 à 72hs. Tudo isso era facilitado pelo fato de a ON ter seu depósito no bairro de Barracas, próximo a Capital, também pelo fato de a maioria de seus clientes estarem nas proximidades, eles contavam também com uma frota de 17 caminhonetes próprias capazes de entregar até 13.000 pedidos por mês. Um outro fator diferencial da ON foi que ela conseguiu criar um sistema capaz de entender e prever as necessidades de seus clientes, cruzando as informações do seu histórico de pedidos, eles conseguiam saber qual seria o melhor momento para que o seu setor de vendas entrasse em contato com o cliente, assim eles poderiam atende-los da melhorar maneira possível, se antecipando a eles, não permitiriam margem para que seus clientes consultassem outros fornecedores, além da comodidade que passavam a seus clientes de não terem que se preocuparem em controlar a falta de materiais, pois sabiam que a ON estaria fazendo isso por eles. A Officenet foi uma empresa de rápido crescimento, e em apenas quatro anos após sua fundação, ela abria sua primeira filial em outro país. O Brasil junto com a Argentina correspondia a um faturamento total de 51,5 milhões de dólares dos quais 77% era referentes à vendas feita em território brasileiro. Com a intenção de aumentar sua participação nos mercados internacionais a ON buscou outros parceiros que tivessem o interesse de conhecer seu estilo de vendas, então ela convidou outras empresas do ramo, como a Office Depot, Staples e Office Max a conhecer suas instalações e modo de operação. A Staples viu na ON a possibilidade de também expandir suas atividades em outros mercados como a China e a América Latina. Então passados alguns meses ela anunciou a fusão com a Officenet e a partir daí as duas empresas passariam a se chamar de Officenet Staples. Logo após a fusão um dos primeiros desafios para as duas empresas era aumentar a sua margem de lucros totais que no ano 3 anterior havia ficado na casa de 1% sobre o total de vendas, para 3%, embora o objetivo de seu novo administrador fosse chegar a 8%. Com o intuito de saber se sua estratégia de preços estava correta, a empresa formou dois grupos de funcionários distintos para que fizessem uma avaliação e retornassem com suas propostas de melhorias, após alguns meses eles retornaram, cada grupo com sua proposta, mas o que mais surpreendeu foi que a propostas eram bem parecidas. Segundo levantamento da própria ON, o mercado da América Latina consumiu em 2004 quase 7 bilhões de dólares em materiais de escritório, de todo esse montante a Argentina era responsável por 14%, do qual apenas 2% era de sua participação, o que a colocava como o maior fornecedor de materiais de escritório dentro do seu país, e como a Officenet Staples vendia basicamente de tudo para escritório, sua concorrência ia desde lojas de papelarias, fornecedores de produtos alimentares e limpeza até lojas de móveis e utensílios. Além das tradicionais pequenas lojas de papelaria a ON também disputava mercado com outras atacadistas, que operavam sob os mesmos moldes que ela, como era o caso da Ofishop, a Librería del Profesional e Distripaper. A ON criou um modelo que classificava seus clientes de acordo com critérios que ela mesma elaborou, com base no número de funcionários, tamanho e ramo de atividade do cliente, ela os dividia e assim poderia entender com qual frequência este cliente comprava seus insumos. Eles avaliaram que as diferenças entre os clientes eram muitas, dependendo da área de atuação e do porte da empresa as exigências variavam bastante, as empresas de pequeno porte mantinham compras esporádicas, de acordo com suas necessidades ou quando faltava algum material, empresas de médio porte faziam compras mais assíduas e geralmente era o próprio dono que as faziam, buscando sempre o melhor preço e não se importando com outros detalhes, e as grandes empresas mantinham um sistema de compras de insumos mais organizado, elas geralmente centralizam no seu departamento de compras, o que facilitava na hora de organizar seus pedidos, muitas buscavam serviços especializados de entrega entre outros. A ON mantinha uma área de vendas composta por três departamentos distintos: Aquisições, Desenvolvimento e Executivos de Contas Chaves. Cada setor tratava de uma fase do sistema de vendas da empresa. No setor de Aquisições eles tinham que captar novos clientes ou resgatar clientes antigos, quando obtinham sucesso os clientes eram encaminhados ao setor de Desenvolvimento que dava seguimento ao seu atendimento e os Executivos de Contas Chaves, que era o setor principal da ON, trabalhava os clientes classificado como categoria C e D, grandes empresas que necessitavam de um 4 volume maior de insumos, uma melhor acessória e acompanhamento, por isso seus representantes faziam visitas constantes a fim de manter uma proximidade e um bom relacionamento. A estratégia de preços da ON era elaborada por seus diretores, que criaram uma tabela com todos os produtos e seus preços e com as margens de lucros que achavam satisfatória para e empresa, embora alguns preços fossem acima de seus concorrentes, os diretores de Officenet Staples concordavam que devido ao serviço especializado que eles prestavam essa diferença era aceitável. Essa tabela servia como base para os setores de venda, mas cada executivo poderia trabalhar os preços de forma independente de acordo com cada cliente, mas todos os vendedores tinham um limite máximo de desconto que poderia trabalhar. Essa liberdade que era dada aos vendedores trazia o benefício de manter os clientes mais fiéis, mas em contrapartida levavam as margens de lucro a mínimo aceitável. O desafio para os administradores era elaborar uma forma de fazer a manutenção dos preços de forma que não alterasse drasticamente a maneira como a empresa já vinha trabalhando durante todos esses anos, os vendedores gostavam da independência que tinha na hora de promover os descontos e mexer nesse sistema poderia trazer uma certa insatisfação de modo geral, eles pensaram em várias formas de melhorar sua margem de lucros, que iam desde ao aumento dos preços da tabela base, criar preços diferenciados de acordo com cada categoria ou até mesmo promover uma tabela com um único preço para todos os seus clientes, mas de uma coisa eles concordavam, precisavam de um plano capaz de aumentar a rentabilidade de seus lucros sem que houvesse grandes perdasde clientes ao longo deste trabalho. A ON é uma empresa que criou uma filosofia própria de trabalho, investiu nesta ideia e obteve sucesso, sua estratégia era manter uma linha de atendimento personalizada para cada cliente a fim de criar uma fidelidade, com isso eles poderiam trabalhar melhor seus preços aumentando assim sua lucratividade.
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