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Por Amós Veremachi FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE FÍSICA SEMINÁRIOS DE MECÂNICA TEÓRICA Por Amós Veremachi CINEMÁTICA MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DO MOVIMENTO DO PONTO: Método vectorial, Método de coordenadas e Método Natural NO MÉTODO VECTORIAL: é dado o vector -posição como função de tempo: trr MÉTODO DAS COORDENADAS: No método de coordenadas: As coordenadas de posição do ponto são dadas como funções de tempo. Coordenadas cartesianas: tzz tyy txx z tr o y x z zyx ,, o y x y Por Amós Veremachi Coordenadas Polares: t trr Coordenadas Cilíndricas: tzz t t Coordenadas Esféricas: t t trr 0r e 0 MÉTODO NATURAL: No método natural são dadas a equação da trajectória na forma geométrica e a lei de movimento do ponto pela trajectória. A trajectória aparece como a intersecção de duas superfícies: tss zyxF zyxF 0,, 0,, 2 1 y r o θ x z zP ,, o y z ,,rP r Θ y x z tss o y x Por Amós Veremachi GRANDEZAS CINEMÁTICAS A razão entre vector do deslocamento e o acréscimo do tempo denomina-se vector velocidade média para o intervalo de tempo t t r vm O limite do vector de velocidade média, quando o intervalo de tempo t tende para zero, Chama-se vector velocidade instantânea : m t vv 0 lim ou k dt dz j dt dy i dt dx v ou ainda dt rd v A velocidade instantânea é igual a derivada do raio vector r segundo o tempo no instante estudado. As projecções da velocidade sobre os eixos das coordenadas são dadas por: dt dz ve dt dy v dt dx v zyx , . O módulo do vector velocidade é: 222 222 dt dz dt dy dt dx vvvv zyx O comprimento do percurso ou do arco descrito pelo ponto em movimento é dado pela expressão: dttvS t 0 A trajectória do ponto que coincide com a extremidade do vector velocidade é chamada hodógrafo da velocidade. Como as projecções do vector velocidade sobre os eixos. Oxyz são dt dz ve dt dy v dt dx v zyx , , as coordenadas do ponto que avança pelo hodógrafo são iguais a: Por Amós Veremachi dt dz vze dt dy vy dt dx vx zyx , . Estas são as equações do hodógrafo da velocidade na forma paramétrica Quando a velocidade do móvel varia com o correr do tempo, introduz-se a grandeza física aceleração. Aceleração média: t v am Aceleração Instantânea: 2 2 0 lim dt rd dt vd t v a t Em coordenadas cartesianas: k dt dv j dt dv i dt dv a z yx Aceleração no Movimento curvilíneo: n v dt dv naaa n .... 2 CINEMÁTICA DO PONTO MATERIAL EM COORDENADAS CURVILÍNEAS: Coordenadas Generalizadas 321 ,, qqqr t q q r t q q r t q q r v 3 3 2 2 1 1 ... ; i i q t q Seja iv a projecção do vector velocidade pela i-ésima coordenada generalizada 3,1i , então: iii qhv . Onde 222 iiii i q z q y q x q r h é o coeficiente de Lame pela i-ésima coordenada. O vector velocidade da partícula será dado pela expressão: ii i i eqhv . ; em que ie é o versor. Por Amós Veremachi O quadrado do módulo da velocidade será é dado pela expressão: 22 i ii qhv e o módulo da velocidade é dado pela expressão: i ii qhv 2 . As projecções do vector aceleração em coordenadas generalizadas são dadas pela relação: iii i q T q T dt d h a . 1 com 2 2 1 vT Assim a velocidade no sistema cilíndrico de coordenadas é dada pelas expressões: Vector-posição: zezer .. onde jsenie cos e ke z Vector zz evevevv ... Módulo da velocidade 222 . zv A aceleração em coordenadas cilíndricas é dada pela expressão: Vector zz eaeaeaa ... ; Módulo da aceleração: 2222 .2.. za A velocidade no sistema de coordenadas esféricas: Vector-posição: rerr . onde kjsensenisener .cos...cos. Vector esenrererv r ...... O seu módulo é dado por : 222222 ... senrrrv A aceleração em coordenadas esféricas é dada pela expressão eaeaeaa rr ... O módulo da aceleração será: 222 aaaa r Onde 222 ... senrrrar ; senrrra .cos.....2 2 Por Amós Veremachi SEMINÁRIO-1 1. O movimento de um ponto material é dado pelas seguintes funções tyetx .245.3 . Em que método está determinado esse movimento? Determine-o pelo método vectorial. 2. Um ponto material percorre uma trajectória de raio R, cuja equação é dada pela expressão 222 Ryx , obedecendo a seguinte equação horária tRS .. a. Em que método está dado este movimento? b. Determine o movimento do ponto em coordenadas cartesianas. 3. Sejam dadas as equações do movimento do ponto 2 . cos..2 2 tk ax ; tksenay .. onde a e k são constantes positivas.Determine as equações do movimento do ponto em coordenadas polares. 4. Um ponto se movimenta por uma linha helicoidal de acordo com as equações tzetsenytx .2.4.2,.4cos.2 . a. Em que método está dado o movimento do ponto? b. Exprima-o em coordenadas cilíndricas. c. Componha o vector-posição no sistema cilíndrico de coordenadas. 5. Sejam dadas as equações do movimento do ponto 2 . cos..2 2 tk ax ; tksenay .. onde a e k são constantes positivas. a. Determinar a trajectória e a lei do movimento do ponto pela trajectória, contando a distância a partir da posição inicial do ponto. b. Determinar as equações do movimento do ponto em coordenadas polares. 6. Usando as equações do movimento do ponto, achar a trajectória e a lei do movimento deste ao longo da trajectória, contando a distância a partir da posição inicial do mesmo. a. 2.3 tx e 2.4 ty Por Amós Veremachi b. tax 2cos. e tsenay 2. c. tsenx .3 e ty cos.3 d. 25cos.5 tx e 25.5 tseny 7. Usando as equações dadas do movimento do ponto, achar as equações de sua trajectória em forma de coordenadas cartesianas e assinalar no desenho a direcção do movimento: a. tyetx .245.3 b. 1.5.4.5cos.32 tsenyetx c. tx .2 e 2.8 ty d. tsenx .10.5 e ty .10cos.4 e. 2 tt ee tchx e 2 tt ee tshy 8. . Um ponto participa simultaneamente de duas oscilações amortecidas mutuamente perpendiculares, cujas formas são tkeAx th .cos.. . ; tkseneAy th ... . ; onde A> 0; h> 0; k> 0 e ε são determinadas constantes. Determinar as equações do movimento em coordenadas polarese achar a trajectória do ponto. 9. Um ponto se movimenta por uma linha helicoidal de acordo com as equações tzetsenytx .2.4.2,.4cos.2 . Se por unidade de comprimento foi adoptado o metro,determinar o raio de curvatura ρ da trajectória. 10. Um ponto M move-se numa parábola segundo a lei xpy ..22 como vem na figura de modo que a ordenada é dada pela fórmula tCy . com C = constante. Determinar a velocidade do ponto. 11. A equação do movimento é dada em coordenadas polares por: ρ = b.t ; φ = k.t onde b e k são constantes. Encontrar a equação da trajectória e a lei do movimento sobre a trajectória. Por Amós Veremachi 12. Um ponto participou simultaneamente em duas oscilações amortecidas mutuamente perpendiculares de acordo com as equações ,.cos.. . tkeAx th tkseneAy th ... . a. Determinar as projecções da velocidade do ponto nos eixos das coordenadas cartesianas e polares. b. Achar o módulo da velocidade. 13. As equações do mvoimento do ponto M no sistema cilíndrico de coordenadas tem a forma r = a; φ = k.t, z = v.t. a. Achar as equações da velocidade do ponto M nos eixos do sistema cilíndrico de coordenadas. b. Achar as equações do movimento do ponto M1 que descreve o hodógrafo da velocidade. c. Achar as projecções da velocidade do M1. d. Achar as projecções da aceleração do ponto nos do sistema cilíndrico de coordenadas. e. Achar as componentes tangencial e normal da aceleração e o raio da curvatura da linha helicoidal. 14. O ponto M se movimenta por uma circunferência segundo as equações: 2 . cos..2 tk ar ; 2 .tk onde r e φ são coordenadas polares. a. Achar as projecções da velocidade do ponto M nos eixos do sistema polar de coordenadas. b. Achar as equações do movimento do ponto ponto M1 que descreve o hodógrafo da velocidade. c. Achar as projecções da velocidade do ponto M1. 15. Um ponto se movimenta ao longo da linha de intersecção de uma esfera e um cilíndro seguindo as equações r = R; 2 .tk ; 2 .tk . Onde r, e são coordenadas esféricas. a. Achar o módulo e as projecções da velocidade do ponto nos eixos do sistema esférico de coordenadas. b. Achar as projecções e o módulo da aceleração do ponto usando as coordenadas esféricas. Por Amós Veremachi MOVIMENTO COMPOSTO. CINEMÁTICA DO MOVIMENTO RELATIVO E DINÂMICA DO PONTO MATERIAL Consideremos dois sistemas: O´xý´z´que se move relativamente ao sitema fixo Oxyz, Seja M um ponto que se move em relação ao sistema O´xý´z´. O movimento do ponto M em relação ao sistema fixo Oxyz chama-se movimento absoluto. O movimento de M em relação ao sistema móvel O´xý´z´chama-se movimento relativo. O movimento de M relativo a Oxyz devido ao movimento do sistema O´xý´z´chama-se movimento de transporte. O vector da velocidade de transporte do ponto é dado pela expressão: dt kd z dt jd y dt id x dt rd ve ...0 A velocidade relativa do ponto é a velocidade do ponto no espaço do sistema móvel de coordenadas zyxO e é determinada pela fórmula: A expressão que exprime o teorema da combinação das velocidades no movimento complexo do ponto é dada por: O vector aceleração de transporte ea do ponto é dado por: 2 2 2 2 2 2 2 0 2 ... dt kd z dt jd y dt id x dt rd ae A aceleração relativa do ponto é a aceleração do ponto no espaço do sistema móvel de coordenadas zyxO . Seu vector é determinado mediante a expressão: k dt zd j dt yd i dt xd vr ... rea vvv k dt zd j dt yd i dt xd ar ... 2 2 2 2 2 2 Por Amós Veremachi A parcela da formula do vector aa denomina-se aceleração de Coriolis do ponto que pode ser escrita da seguinte forma: dt kd dt zd dt jd dt yd dt id dt xd ac ....2 Desta feita o teorema de Coriolis sobre a combinação das acelerações é enunciado da seguinte forma: A aceleração do movimento absoluto do ponto, é a soma geométrica de três acelerações; a de transporte, a relativa e a de Coriolis, ou seja: crea aaaa Onde rc va ,.2 é a aceleração de Coriolis do ponto. LEI FUNDAMENTAL DA DINÂMICA DO PONTO MATERIAL: A variação da quantidade de movimento dum ponto é proporcional à força aplicada e transcorre na direcção e sentido desta. dt vmd dt pd FF n i i . 1 A equação da 2ª lei de Newton é a equação fundamental do movimento para a partícula sujeita à acção de uma força resultante RF que é a soma de todas as forças que actuam sobre a partícula. m F z m F y m F x zmF ymF xmF dt rd m dt vd mFF Rz Ry Rx Rz Ry Rxn i iR . . . .. 2 2 1 O problema usual da dinâmica consiste em: Dada a massa do ponto material e as equações do movimento do mesmo no sistema de referência inercial (SRI) cartesiano x=f(t), y=f(t) e z=f(t), achar a resultante das forças Por Amós Veremachi que actuam sobre o ponto material. Isto resulta num processo de diferenciação das equações do movimento e depois compor as projecções da equação da 2ª lei. Dado o sistema de forças que actuam sobre a partícula e sua massa, determinar o movimento do ponto. Isto resulta num processo de integração do sistema de equações diferenciaias de 2ª ordem do movimento. A sua solução completa requer o conhecimento das condições iniciais do problema, isto é, a velocidade e a posição para t = 0 s. No caso mais geral tzyxzyxFF tzyxzyxFF tzyxzyxFF trrFF zz yy xx ,,,,,, ,,,,,, ,,,,,, ,, Feitas as substituições e integrações das equações da 2ª lei, obtém-se as equações do movimento 21 21 21 ,, ,, ,, cctzz cctyy cctxx Por Amós Veremachi SEMINÁRIO - 2 1. Um holofóte acompanha um avião, que voa a 1000 metros de altura. Sabe-se que a velocidade angular do feixe luminoso é 0,2 rad/s na posição indicada na figura. Determinar a velocidade do avião. (R: 961 km/h) 2. Um ponto se move sobre a parábola y2 = 2.x , de tal modo que a projecção da sua velocidade sobre o eixo dos x é constante e igual a 8 m/s. Ao iniciar a contagem do tempo, o móvel está na origem das coordenadas. Determinar a velocidade no fim de 1 s. (R: v = 8,3 m/s; φ = 14º 12’) 3. A barra AB, representada na figura, está apoiada num plano horizontal e gira em torno de um eixo vertical passando por B com uma aceleração angular constante de 1 rad/s2. Enquanto a barra gira, o cursor C se desloca de B para A, de tal forma que a distância do ponto B ao ponto C aumenta regularmente à razão de 0,5 m/s. Quando o cursor esta na posição indicada na figura, a velocidade angular da barra é de 3 rad/s no sentido horário. Determinar, para a posição indicada, a aceleração do cursor. (a = 5,7 m/s2) BC = 50 cm 4. Um ponto M se move em um plano, de tal modo que sua velocidade apresenta, a cada instante, duas componentes de intensidades constantes das quais uma de direcção fixa a e outra, sempre perpendicular ao raio vector b. Determinar a trajectória e a aceleração. (R: ).( senab c r ; a = ar= - re r bc . 2 ) 1000 m 30º A C B v b a θ O x Por Amós Veremachi 5. Um ponto M percorre a cardióide r = a. (1 + cos Ө), de modo que a sua aceleração total fica sempre dirigida para o pólo O. Determinar, em função do raio vector r, a velocidade, a aceleração total e a normal. (R: v = c. re r a . .2 2 1 3 ; rt e r c aa ...3 4 2 ; rn e r a r c a . .2 . .3 2 1 3 2 ) 6. O triângulo OAB gira em torno do eixo OA, que ocupa o plano da figura, à velocidade angular ω = 6.t2 no SI. O ponto M avança pela hipotenusa do triângulo, partindo do vértice A rumo ao vértice B, sendo a lei do movimento S = AM = 12.t2 + 4 no sistema c.g.s; o ângulo BAO mede 30º. Considerando que o plano do triângulo coincide com o plano da figura; para t = 1 s, achar a aceleração absoluta do ponto M neste instante. (R: a = 3,66 m/s2, cos(a , x) = 0,745, cos(a , y) = 0,656; cos(a , z) = 0,057) 7. Um avião está voando ao longo de um meridiano da terra, do equador para o pólo, desenvolvendo a velocidade constante e igual, segundo o módulo, a 300 m/s. Quais são as componentes do vector da aceleração absoluta do avião no equador e no pólo; e qual é o módulo da aceleração total do avião? O raio da terra é de 6370 km. (R: No equador: ae= 0,0337 m/s2, ar=0,0141 m/s2, ac= 0, aabs= 0,0478 m/s2; no pólo: ae= 0, ar= 0,0141 m/s2, ac= 0,0436 m/s2 , aabs= 0,0458 m/s2). 8. Um corpo rígido tem uma velocidade de rotação de 100 rad/s, em torno de um eixo, situado no plano xoz e fazendo o ângulo de 45º com o eixo dos x. Determinar a velocidade do ponto P M ra O x A 30º y x 1o M O z B Por Amós Veremachi do sólido, na ocasião em que suas coordenadas são P (3,4,5) em dm. (R: v = (28,28; -56,56; 28,28), v = 69,3 m/s) 9. Um corpo rígido gira, com velocidade de 500 r.p.m, em torno de um eixo fixo coincidente com o vector kji .2.3 . Determinar a velocidade do ponto P (1, -2, -1) dm.· (R: v = (5,6; -14; -11,2) no SI) 10. O rectângulo ABCD gira em torno do lado CD à velocidade angular 2 rad/s. O ponto M movimenta-se ao longo do lado AB seguindo a lei 2 . (. t sena ) no SI. Sejam as dimensões DA=CB=a m. Determinar o valor da aceleração absoluta que o ponto possui no instante t = 1s. (R: aabs= 2 12 2. 4 .a m/s2) 11. Enquanto o disco representado na figura, gira em torno de C com velocidade angular constante ω, o ponto P percorre o seu diâmetro com movimento harmónico simples dado por x = r.cos(ω.t), onde x é a coordenada de P em relação a C. Determinar a aceleração absoluta do ponto P, quando este ocupar a extremidade do disco. reraR ...2: 2 12. O êmbolo de um motor a combustão interna oscila horizontalmente segundo a lei ...2cos. .4 .cos. t L r trx cm, onde r é o comprimento da manivela, Lé o comprimento da biela e ω é a velocidade angular da árvore (constante). Determinar a força máxima que actua sobre o êmbolo, se a sua massa é M. [R: L r rMF 1.. 2max ] C B M O D A P C X r Por Amós Veremachi 13. Um corpo cuja massa é 2,04 kg oscila ao longo de uma recta horizontal. A distância entre o corpo e o ponto fixo é determinada pela equação tsenx . 2 .10 no S.I. Achar a força F que actua sobre o corpo em função da distância x, assim como o valor máximo da força. (R: F= -5,033.x; Fmáx=50,33 N) 14. As equações x = 3.cos (2.π.t) cm e y = 4. sen(2.π.t) cm, onde t é contado em segundos, expressam o movimento de um ponto material cuja massa é 0,2 kg. Determinar as projecções da força que actua sobre o ponto em função das coordenadas. 15. A esfera, cuja massa é 100 g, cai sob a acção da força de gravidade enfrentando a resistência do ar. O movimento da esfera é expresso pela equação x=4,9.t –2,45.(1 – e-2.t), onde x é dado em metros, t em segundos e o eixo aponta verticalmente para baixo. Determinar a força de resistência do ar R que a esfera experimenta em função de sua velocidade v. (R: R = 0,2.v no S.I) 16 Um corpo cai no ar sem velocidade inicial. A resistência do ar é dada por R = k2.p.v2, onde v é a velocidade do corpo, p é o seu peso. Que velocidade o corpo desenvolverá passado o período de tempo t após o início do movimento? Qual é o valor limite da velocidade? 17. Um navio, cuja a massa é 1,5.106 kg, vence a resistência da àgua que é igual a R = α.v2 no S.I, onde v é o valor da velocidade do navio em m/s e α é um coeficiente constante igual a 1200. O empuxo das hélices possui o sentido do avanço , alinha-se à velocidade e se modifica de acordo com a lei 33 110.2,1 6 v T no S.I. a. Achar a relação entre a velocidade do navio e o tempo sabendo que a velocidade inicial é igual a vo m/s. b. Achar a relação entre a distância percorrida e o tempo. 18. Um corpo cuja massa é 1 kg avança sob a acção da força variável F = 10. (1 – t) no S.I. Quanto tempo é necessário para que o corpo se detenha, se no instante inicial a sua velocidade é igual a 20 m/s e a direcção da força coincide com a velocidade? Que distância o corpo percorre até parar? (R: t = 3,236 s, S = 60,6 m) Por Amós Veremachi 19. A partícula de massa m que é portadora de carga eléctrica q, se encontra num campo eléctrico homogêneo cujo valor varia de acordo com a lei E = A.sen (k.t) onde A e k são constantes dadas. Determinar o movimento que a partícula realiza se é sabido que sobre esta, actua no campo eléctrico, a força F = q.E que aponta no mesmo sentido de E. Menosprezar a força de gravidade. Adotar a posição inicial da partícula por origem das coordenadas. A velocidade inicial da partícula é igual a zero. 20. Determinar o movimento de uma esfera pesada que avança ao longo de um canal rectilíneo imaginário que passa pelo centro da terra se sabemos que a força de gravidade no interior do globo terrestre é proporcional à distância existente entre o ponto em movimento e o centro da Terra e aponta para este centro. A esfera foi introduzida no canal com velocidade inicial nula. Achar também a velocidade que a esfera possui ao passar pelo centro da Terra e o tempo que ela gasta para chegar até este local. O raio da Terra é igual a R = 6,37.106 m. Adotar a aceleração da gravidade a superfície da Terra igual a 9,8 m/s2. [R: ).cos(. t R g Rx ; v = 7,9.103 m/s; t = 21,1 s] 21. A força de resistência ao avanço de um corpo por um meio heterogêneo varia de acordo com a lei s vF 3 1 ..2 2 no S.I, onde v é a velocidade do corpo e s é a distância percorrida. Determinar a distância percorrida em função do tempo sabendo que a velocidade inicial é de 5 m/s. [R: s = 3. [(5.t + 1)1/3- 1] no S.I 22. O ponto de massa m avançadesde o ponto fixo O sob a acção da força de repulsão que varia de acordo com a lei F = k2.m.r, onde r é o raio-vector do ponto. No instante inicial o ponto ocupava a posição Mo(a , 0) e possuia a velocidade vo cujo sentido é paralelo ao do eixo y. Determinar a trajectória do ponto. (R: Uma hipérbole) 23. O ponto M de massa m sofre a acção de duas forças de atracção que apontam para os centros fixos O1 e O2. O valor destas forças é proporcional à distância entre M e os pontos O1 e O2. O coeficiente de proporcionalidade é o mesmo para as duas forças e igual a c. O movimento começa no ponto Ao à velocidade vo que é perpendicular à recta O1O2. Determinar a trajectória Por Amós Veremachi que o ponto M descreve. Achar também os instantes em que este cruza a recta O1O2 e calcular suas coordenadas nestes instantes. 1 2 2 2 2 2 k v y a x o 24. O ponto de massa m inicia o avanço rectilíneo partindo do estado de repouso e saindo da posição xo = a. Este avanço ocorre graças a acção da força de atracção Fx= -c1.m.x que é proporcional à distância da origem das coordenadas e à acção da força de repulsão Qx= c2.m.x3 que é proporcional ao cubo da distância. A que correlação entre c1, c2 e a o ponto atinge a origem das coordenadas e pára? 25. O ponto A de massa m começa a movimentar-se, partindo da posição orr (onde r é o raio-vector do ponto) à velocidade ov que é perpendicular a or , graças à acção da força de atracção que aponta para o centro O e é proporcional à distância entre este centro e o ponto. O coeficiente de proporcionalidade é igual a 1.cm . Além disto, o ponto sofre a acção da força constante orcm .. . Achar a equação do movimento e a trajectória que o ponto descreve. Que relação c c1 faz com que a trajectória do movimento passe pelo centro O? Qual é a velocidade que o ponto desenvolve quando cruza o centro? R: tc c c rtcsen c v r c c r o o o .cos.1.... 1 1 1 11 ; 1 . 2 1 2 1 1 o o o v cy c c r r c c x y ov O or x M y ov 1F 2F oA a 2a x Por Amós Veremachi DINÂMICA DO SISTEMA DE PARTÍCULAS E FUNDAMENTOS DA ESTÁTICA ANALÍTICA DINÂMICA DE SISTEMA DE PARTÍCULAS: O momento linear do sistema de partículas é igual ao produto entre a velocidade do centro de massa e a massa total do sistema, CmvMp . A aceleração do centro de massa do sistema é a mesma que a de uma partícula de massa igual a M (massa do sistema) sujeita a acção duma força igual a n i iF 1 , M F a n i i Cm 1 . Se o sistema não está sujeito a acção de forças externas (sistema isolado), ou está sujeito a um conjunto de forças cuja resultante é nula, n i iF 1 = 0, então a velocidade do centro de massa (o momento linear do centro de massa) do sistema de partículas permanece constante com o correr do tempo: teconsvMppF cm n i i n i i tan.0 11 O momento angular dum sistema de partículas, em relação a um ponto fixo, é igual à soma do momento angular que teria o sistema, em relação ao referido ponto, se toda a massa estivesse concentrada no centro de massa com o momento angular do sistema em relação ao centro de massa. relCmTotal n i iCm LLLlLL 1 A derivada com respeito ao tempo do momento angular do sistema é igual a resultante de todos os torques das forças externas agindo sobre o sistema: n i ext dt Ld 1 Para um sistema isolado ou um sistema sujeito à forças externas centrais, teconsvmrL ii n i iext tan0 1 A energia cinética dum sistema de partículas é a soma da energia cinética de translação do centro de massa com a energia cinética do sistema relativa ao centro de massa: 2 1 2 .. 2 1 . 2 ii n i CmTotal vmv M T Por Amós Veremachi FUNDAMENTOS DE ESTÁTICA ANALÍTICA Um conjunto de pontos materiais restrito tanto pela presença de forças internas de interacção mútua, como pela aplicação de ligações ao sistema Chamam-se ligações às limitações que são impostas à posição ou ao movimento dos pontos materiais do sistema. As ligações podem ser realizadas sob a forma de superfícies, hastes, fios, etc Um sistema no qual não existem ligações chama-se sistema livre. Chama-se deslocamento possível ou virtual a todo o deslocamento infinitesimal dos pontos do sistema permitido pelas ligações impostas ao sistema e que transcorrem em um mesmo instante de tempo. Todo o corpo ligado (preso) pode ser liberto das ligações, substituindo estas pelas reacções. Feito isto, o corpo pode ser tratado como um corpo livre que sofre a acção das forças dadas e das reacções das ligações Chamam-se ligações ideais àquelas em que a soma dos trabalhos elementares das reacções das ligações, no caso de qualquer deslocamento virtual dos pontos do sistema é igual a zero A Condição necessária e suficiente do equilíbrio do sistema de pontos materiais que se encontram sujeitos à ligações geométricas, estacionárias, não-liberativas e ideais é a anulação da soma dos trabalhos elementares das forças activas em qualquer deslocamento virtual do sistema a partir da posição de equilíbrio em estudo (desde que o sistema esteja imobilizado no instante inicial). 0..., 111 n i iiziiyiix n i ii n i i zFyFxFrFWW Na posição de equilíbrio do sistema cujos constituintes estão sujeitos a acção da força de gravidade e restringidos por ligações geométricas, estacionárias, não-liberativas e ideais, a coordenada z do centro de gravidade possui um valor extremo: 0Cz Por Amós Veremachi 3º SEMINÁRIO 1. Uma bola A, de massa 4,0 kg cuja velocidade é s m ivA .0,3 , choca com uma outra bola B, de massa 8,0 kg, inicialmente em repouso. Depois da colisão, a velocidade de A em relação ao centro de massa do sistema A+B é s m jiv CMA .0,2.0,1/ . Considere desprezível o atrito. Determine a velocidade da bola B depois da colisão. (R: smjivB .0,1.5,1 ) 2. Um bloco, de massa igual a 10 kg, desloca-se sem atrito sobre o plano horizontal, com velocidade constante smjiv /.0,4.0,3 . Num dado instante o bloco explode, dividindo-se em três fragmentos A, B e C, sendo kgmekgm BA 0,20,3 . Verifica-se que, imediatamente após a explosão, smjivA /.0,1.0,2 e Bv é igual à velocidade do centro de massa do sistema. Determine, logo após a explosão, a velocidade Cv do terceiro fragmento. (R: jivC .0,7.0,6 ) 3. Uma barra fina e longa de comprimento L e massa m está pendurada através dum ponto em torno do qual pode oscilar livremente no plano vertical como um pêndulo simples. a. Determinar o momento angular da barra como função da velocidade instantânea ω. (R: 2 4 l m LCM ) b. Mostre a validade do teorema do momento angular do sistema. c. Obtenha o resultado através de cálculos directos. (R: 2 3 l m LTotal ) 4. Um disco D de raio 10 cm é posto a girar sem atrito, em torno de um eixo vertical com uma velocidade angular min/120roto . Em seguida, um anel A de raio cmr 5 e massa kgm 1 é colocado simetricamente sobre o disco, conforme mostraa fig. Sabe-se que a velocidade angular do conjunto passa a ser min/601 rot . a. Determinar a massa do disco D. (R: kgmD 5,0 ) b. Como varia a energia cinética quando se passa da primeira situação (disco D) para a para a segunda situação (D+A). Por Amós Veremachi 5. Uma plataforma horizontal na forma de um disco circular gira no plano horizontal em torno de um eixo vertical, sem atrito.A plataforma tem uma massa kgM 100 e raio mR 0,2 . Um estudante cuja massa é kgm 60 caminha lentamente a partir da periferia do disco em direcção ao centro. Se a velocidade angular do sistema é de srad /0,2 quando o estudante está na periferia, qual é a velocidade angular do sistema quando o estudante tiver alcançado um ponto que está à mr 5,0 do centro? (R: sradf /1,4 ) 6. Calcule a energia cinética total da barra do exercício 3. Use o teorema da T dum sistema. Mostre que o resultado obtido com o uso do teorema é igual ao obtido por cálculos directos. 7. A energia cinética de uma molécula de oxigénio 2O à temperatura ambiente é de cerca de J21106,6 . A massa do átomo de Oxigénio é kg261066,2 e a distância média entre os dois átomos à temperatura ambiente é m10102,1 . Suponha que, em relação ao referencial do centro de massa, o movimento da molécula é apenas de rotação em torno do eixo. a. Calcule a energia cinética de rotação da molécula em função do momento de inércia e da velocidade angular. Determine o momento de inércia. b. Sabendo que a energia cinética de rotação é de J22104 , calcule a velocidade angular de rotação e o momento angular. (R: srad121005,2 ; sJL .108,3 34 ) A D A Por Amós Veremachi 8. Num modelo grosseiro duma molécula diatómica de Cloro 2Cl , em rotação, os dois átomos de Cl estão à m 101000,2 uma da outra e giram em torno do seu centro de massa com uma velocidade angular s rad101000,2 . Determine a energia cinética rotacional duma molécula de Cloro sabendo que a sua massa molar é de mol g 0,70 . (R: J211033,2 ) 9. A prensa à alavanca articulada OAB consiste das hastes aOA e bAB que ocupam o plano vertical, conforme a figura. A força F foi aplicada à articulação A. Esta força fica no plano OAB. Que força de resistência Q do corpo comprimido compensa a força F ? (R: tgtg F Q ) 10. . A extremidade A da haste lisa e homogénea AB, de comprimento igual a l2 e cujo peso é P , se apoia na parede vertical lisa, enquanto um dos seus pontos se apoia sobre a extremidade D de uma mesa fixa que se encontra à distância a da parede, conforme a figura. Determinar o ângulo o que é formado entre a haste e a mesa quando existe o equilíbrio. (R: 3arccos l a o ) 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. O x a C F A b B Q Fig.8.11 y B C O A a P Por Amós Veremachi 11. As duas hastes idênticas AC e BD , as quais pesam P e medem l de comprimento cada uma, podem girar livremente nas articulações A e B, conforme a figura. Elas foram unidas à terceira haste CD, disposta horizontalmente, através das articulações C e D. Esta terceira haste pesa Q e mede L de comprimento. Todo o sistema está em equilíbrio no plano vertical. Achar a reacção da articulação B, conhecendo o ângulo . (R: ctgQPRBx . 2 1 ; 2 Q PRBy ) 12. Determinar a relação que existirá entre as forças P e Q aplicadas ao sistema de duas barras articuladas de igual comprimento L que a figura a seguir representa, para que este fique em equilíbrio na posição mostrada na figura. (R: º30 2 tg P Q ) y fig.8.12 By A B Bx 1M 2M P 3M P Q Por Amós Veremachi FORMALISMOS DE LAGRANGE E DE HAMILTON: Os formalismos de Lagrange e de Hamilton representam outras formas de analisar e descrever os sistemas mecânicos. Estes formalismos diferem do formalismo de Newton pelo facto destes analisarem e descreverem sistemas mecânicos, exclusivamente, pela manipulação de grandezas escalares (funções escalares) num espaço configuracional (fictício), enquanto que o formalismo de Newton procura discutir e solucionar problemas mecânicos baseando-se no uso de grandezas vectoriais (força, momento linear, aceleração). Os aspectos mais importantes deste capítulo são: Número de graus de liberdade dum sistema de pontos materiais é o número de coordenadas independentes necessárias para determinar completa e univocamente a posição do sistema no espaço. Para um sistema composto por N pontos materiais e sujeito à m ligações, o número de graus de liberdade k, é dado por: mNk .3 Chamam-se coordenadas generalizadas à quaisquer k grandezas independentes, kqqqq .....,, 321 que caracterizam completa e univocamente a posição de um sistema com k graus de liberdade. De todos os caminhos possíveis entre as posições 2211 tqqetqq , o sistema move-se de tal modo que a integral dttqqLS t t .,, 2 1 possui um menor valor possível, ou seja min.,, 2 1 SdttqqL t t , onde 021 tqtq onde a função tqqLL ii ,, é o lagrangeano ou função de Lagrange para o sistema. O integral escrito à cima chama-se acção. O lagrangeano é dado pela diferença entre a energia cinética T do sistema e a sua energia potencial V, VTL . Fisicamente, a função de Lagrange representa o excesso de energia cinética do sistema. Para os casos mais simples o princípio variacional conduz-nos à formulação da 2ª lei de Newton. O princípio variacional pode ser usado para a dedução das equações de movimento de Lagrange para sistemas conservativos. Por Amós Veremachi Para um sistema conservativo de k-graus de liberdade, as equações são obtidas através da relação: )......,,2,1(0 ki q L dt d q L ii PRIMEIRAS INTEGRAIS DO MOVIMENTO: Durante o movimento do sistema, as coordenadas e velocidades generalizadas podem variar. Existem, no entanto grandezas que mantém o seu valor constante que são as integrais de movimento. A conservação de algumas dessas grandezas está ligada à certas propriedades do espaço e do tempo. A lei de conservação de energia está relacionada à homogeneidade do tempo. De acordo com esta propriedade, se a função de Lagrange do sistema não depende explicitamente do tempo, então a energia mecânica do sistema se conserva: teconsL q L qE t L k i i i tan.0 1 A lei de conservação do impulso está relacionada à homogeneidade do espaço. De acordo com esta propriedade, para uma translação r do sistema, o lagrangeano (as propriedadesmecânicas) do sistema físico permanece constante (não variam). i k i i P r L 1 = constante A lei de conservação do momento angular (momento do impulso) está relacionada à isotropia do espaço. De acordo com esta propriedade, para uma rotação do sistema como um todo no espaço, o lagrangeano (as propriedades mecânicas) do sistema não se altera (não se alteram): teconspr v L rM k i ii k i i i tan,, 11 O formalismo de Lagrange nos dá k equações diferenciais do 2º grau. Por Amós Veremachi EQUAÇÕES DE LAGRANGE E FORÇAS DE LIGAÇÃO: Quando estamos interessados em determinar as forças de ligação que agem sobre o sistema é necessário incorporar multiplicadores de Lagrange nas equações de movimento de Lagrange. Nesta perspectiva, o movimento dum sistema mecânico caracterizado por n coordenadas generalizadas e sujeito à m ligações será descrito pelo seguinte sistema de n equações: mj ni onde q f t q L dt d q L i j m j j ii ,....2,1 ....,2,1 0. 1 As equações das ligações podem aparecer em uma ou combinação das seguintes formas: mj ni onde dt t f dq q f tqf n i j i i j ij ,....2,1 ,....2,1 0.. 0, 1 No entanto, é mais frequente aparecerem na seguinte forma diferencial mj ni dq q f i n i i j ,....2,1 ,....2,1 0. 1 As forças de ligação são dadas por: i i q f tQ . ni .....,,2,1 EQUAÇÕES DE LAGRANGE PARA SISTEMAS GERAIS: As equações de Lagrange para sistemas gerais (incluindo os não conservativos) podem ser deduzidas a partir do princípio de D´Alembert com auxilio do princípio dos deslocamentos virtuais. As equações resultantes, incorporam as forças generalizadas e assumem o aspecto seguinte: 0 j jj Q q T q T dt d . Onde j i i ij q r FQ . . Se jQ inclui tanto forças conservativas como não conservativas, as equações de Lagrange tomam a forma jj q L q L dt d F Onde F é a resultante das forças não conservativas. Por Amós Veremachi FORMALISMO DE HAMILTON: O método da determinação das equações de movimento através de coordenadas e impulsos generalizados chama-se formalismo de Hamilton. A passagem dum sistema de coordenadas e velocidades generalizadas para o sistema de coordenadas e impulsos generalizados é feita através da transformação de Legendre Isto significa que a função de Hamilton resulta da transformação de Legendre da função de Lagrange; na qual as velocidades generalizadas são substituidas pelos impulsos generalizados. A função de Hamilton para um sistema de k graus de liberdade é dada por: LqptqpH k kkkk .,, A partir do Hamiltoniano são obtidas as equações de movimento de Hamilton, também chamadas equações canónicas: k k k k q H p p H q Das duas equações, a 2ª é que nos dá a equação de movimento pois a 1ª não traz nada de novo. Para um sistema de k-graus de liberdade, o formalismo de Hamilton nos dá 2.k equações diferenciais do 1º grau. Se o Hamiltoniano não depende explicitamente do tempo, a energia mecânica do sistema se conserva: constH t H dt dH 0 . Por Amós Veremachi 4º SEMINÁRIO 1. Considere um oscilador harmónico que realiza movimento unidimensional na horizontal. Determine a equação diferencial para o movimento do oscilador, usando: (Sol. 0. kxxm ) a. O princípio variacional de Hamilton (ou princípio de acção mínima). b. O formalismo de Lagrange. 2. Uma máquina de atwood consiste de duas massas m1 e m2 (m1 > m2) ligadas por uma corda ideal inextensível e de massa desprezível de comprimento l que passa pela gola duma roldana de raio a e momento de inércia I. N.B o sistema tem um grau de liberdade e as coordenadas das massas satisfazem a equação de ligação 021 lxax g a I mm mm xSol .: 221 21 3. Considere um pêndulo de massa m cujo ponto de suspensão, de massa M, se desloca sobre uma recta horizontal ao longo duma superfície sem atrito. a. Construa o lagrangeano para o sistema. b. Determine as equações do movimento pelo formalismo de Lagrange. cos 2 1 cos 2 1 222 mglmlXmlXmML ; 4. Considere um objecto de massa m que se move sobre uma mesa, preso por um fio de comprimento l a outro objecto de massa M. Este último desloca-se na vertical. Considere o fio inextensível. O M x X φ l y m y 0cos. 1 tancos sen l g X l teconsmlXmM Por Amós Veremachi a. Quantos graus de liberdade tem o sistema? b. Construa o lagrangeano. c. Como varia o lagrangeano do sistema quando o sistema gira em torno da vertical? d. Escreva as equações de Lagrange do sistema. e. Determine as integrais do movimento do sistema. Sol: b. lrgMrMrrmrrL .. 2 . . 2 ,,, 2 222 ; d) 0....;0.. 22 rMmgMrmrm dt d e) constMrm .. 2 e constElrgMr m r Mm .... 2 . 2 222 5. Quando o carrinho da grua A se choca com o topo elástico B, a carga D, suspensa por uma barra, começa a oscilar. Escrever as equações diferenciais do movimento do sistema material, se 1m é a massa do carrinho, 2m é a massa da carga, l é o comprimento da barra, c é o coeficiente de rigidez da mola do topo B. Menosprezar as massas das rodas e todas as forças de resistência. Tomar por origem do eixo x a extremidade esquerda da mola deformada. Determinar o período das pequenas oscilações da carga quando o topo B está ausente. Menosprezar a massa da haste. z r m M A B x l D Por Amós Veremachi Solução: xcsenlmlmxmm ....cos.... 22221 senglx ..cos. ; g l mm m T .2 21 1 6. Escrever a equação do movimento do pêndulo composto pelo ponto material de massa m suspenso por um fio, cujo comprimento varia segundo uma lei arbitrariamente dada tll . Solução: 0...2 sen l g l l 7. O ponto de suspensão do pêndulo composto pelo ponto material de massa m, suspenso por um fio inextensível que mede l de comprimento, se desloca de acordo com a lei dada to por uma recta inclinada que forma um ângulo α com o horizonte. Escrever a equação do movimento do pêndulo. Sol: 0cos..´ l sen l g 8. Construa a função de Hamilton para uma partícula em queda livre num campo gravitacional uniforme e a partir dela obtenha as equações canónicas do movimento da partícula. 9. O ponto material que possui a massa m foi suspenso, mediante a haste imponderável de comprimento l, de uma articulação plana, cujo eixohorizontal O x l y m Por Amós Veremachi gira em torno da vertical à velocidade angular ω, conforme ilustrado na figura. Escrever a função de Hamilton e as equações canónicas do movimento do ponto. Solução: cos.... 2 . .2 22 2 2 2 lgmsen lm lm p H senlgmsenmlp lm p ...cos... . 22 2 10. Um disco homogéneo que possui o raio R e a massa M pode girar em torno de seu eixo horizontal O. O ponto material que possui a massa m foi suspenso do disco com a ajuda do fio AB que mede l de comprimento. a. Escrever as equações do movimento do sistema 1º usando o formalismo de Lagrange, 2º usando o formalismo de Hamilton b. Escreva as equações do movimento do sistema, pelos formalismos anteriores, considerando que o disco gira à uma velocidade angular constante . O l m Por Amós Veremachi DINÂMICA DE PEQUENAS OSCILAÇÕES Estabilidade do equilíbrio: Para que um sistema de um grau de liberdade esteja em equilíbrio é necessário que 0 dq dV O equilíbrio dum sistema de vários graus de liberdade é garantido se 0 kq V onde Nk ...,,2,1 - A estabilidade do equilíbrio dum sistema com um grau de liberdade é obtida discutindo-se o sinal 2 2 dq Vd . Se a segunda derivada da energia potencial é positiva quando avaliada na posição de equilíbrio, então esta posição é de equilíbrio estável, e nela qV possui o valor mínimo. Para um sistema de vários graus de liberdade é necessário analizar o sinal da forma quádrica: Se a forma quadrática for positiva definida (zero ou positiva) para todos os valores das coordenadas generalizadas, então a configuração de equilíbrio é estável. Equação do movimento; Para um sistema com um grau de liberdade, que oscila em torno da sua posição de equilíbrio estável, a equação que descreve o movimento do sistema pode ser obtida a partir do formalismo de Lagrange usando a expressão: 0 q L q L dt d Por conseguinte, a equação do movimento assume a forma: 0.0. q M V qqVqM oo A frequência angular das osclações é dada por: M Vo Para um sistema de n graus de liberdade a energia potencial e a energia cinética são formas quadráticas das coordenadas generalizadas e velocidades generalizadas, respectivamente: ji ji ijn qqkqqqV , 21 . 2 1 ...,,, e ij ij ji qqmT .. 2 1 , A equação do movimento é obtida na forma; 0. j jijjij qkqm que corresponde à equação na forma de matrizes 0.. qKqM Para obter os auto-vectores e os autovalores é preciso resolver a equação aos auto-valores aMaK ... 2 ou seja 0..2 aMK A solução não trivial se obtém quando 0.det 2 MK Por Amós Veremachi SEMINÁRIO 5 1.Uma partícula de massa m realiza um movimento unidimensional com as seguintes funções de energia potencial: a. x k x k xV 2 2. 2 b. xbexkxV ... c. 224 .. xbxkxV Onde todas as constantes são reais e positivas. Determine a posição de equilíbrio para cada caso e classique o tipo de estabilidade. 2. Uma partícula se move ao longo do eixo ox com energia potencial xCeVV xko .. . , onde todas as constantes são positivas. Determine a posição de equilíbrio e mostre que o equilíbrio é estável. 3. Considere uma barra de massa desprezível tendo duas esferas nas extremidades, podendo girarem torno de um ponto fixo O, e sujeita à acção da força de gravidade. a. Construa a função de Lagrange do sistema. b. Determine a equação do movimento do sistema a partir das equações de Lagrange. c. Obtenha a equação do movimento do sistemaa partir da relação fundamental da dinâmica de rotação dum sistema, isto é, dt Ld . d. Mostre que existem três pontos de equilíbrio para o sistema e discuta a estabilidade de cada um deles em função das massas das esferas. e. Se o sistema efectuar pequenas oscilações em torno da posição de equilíbrio estável determine a frequência angular das oscilações. 2m Z 2d O X θ 1d 1m Por Amós Veremachi 4. Escreva as equações do movimento e determine a frequência angular das pequenas oscilações do pêndulo elíptico composto da corrediça de massa 1m , que desliza sem atrito por um plano horizontal , e da esfera de massa 2m , unida à corrediça mediante a barra AB, de massa desprezível, que mede l de comprimento e oscila no plano vertical. 5. Considere dois osciladores idênticos ligados entre si através de uma mola de constante elástica ok , conforme ilustra a figura, e cujo movimento se confina a uma linha. Determine as autofrequências correspondentes aos modos de vibração e exprime o m ovimento do sistema em coordenadas normais. ´ ´´´ 6. Uma partícula se move em duas dimensões e a sua energia potencial é dada por ybxbyxkyxV ..4..2., 22 onde k é uma constante positiva. Mostre que existe uma posição de equilíbrio. Classifique o equilíbrio. 7. No sistema de dois osciladores idênticos acoplados referidos na actividade da lição 3, um dos osciladores inicia o movimento com amplitude oA , enquanto o outro está em respouso na posição de equilíbrio, de tal modo que as condições iniciais são 00,00,0,0 2121 xxxAxt o . Mostre que a amplitude da componente simétrica é igual a amplitude da componente antisimétrica e que a solução completa pode ser expressa da seguinte forma: ttAtt A x oba o cos.coscoscos 2 1 onde 2 ba e 2 ab . Deste modo, se o acoplamento for fraco de forma que kko , então será muito 0 A 1m y y Fig.10.7 B x m m k ok k Por Amós Veremachi menor e igual a m k a e Δ é uma grandeza de valor muito reduzido. Por consequência, sob as condições iniciais referidas à cima, o 1º oscilador irá, eventualmente, se imobilizar enquanto o 2º oscilador oscila com amplitude oA . Mais tarde, o sistema irá voltar ao estado inicial, e assim por diante. Portanto a energia passa de um oscilador para o outro, entre os dois osciladores, indefinidamente. Encontre as autofrequências para o sistema de osciladores harmónicos acoplados referidos no problema nº 2, para o caso geral em que as duas partículas têm massas diferentes e as molas têm constantes de elasticidades diferentes. Em particular, encontre as frequências para o caso em que mmmm 2, 21 kkekkkk o 22, 21 . Exprime o resultado em termos da grandeza m k o . Solução: As autofrequências são as soluções da equação 0.2..4 22 24 m k m k 22. 22. 2 1 o o 8. Um pêndulo consiste do dado de massa om que desliza sem atrito pelo plano horizontal e da esferinha de massa m que foi unida ao dado pela haste de comprimento l que pode girar em torno do eixo que está ligado ao dado. A mola de rigidez C tem uma extreimidade unida ao dado e outra extremidade fixada rigidamente. Determinar as frequências das pequenas oscilações do sistema. Soluções: As autofrequências são as soluções da equação 0... 24 l g m C m mm l g m C o o o C om l m Por Amós Veremachi BIBLIOGRAFIA Fowles, G.R.; Cassiday, G.L.(1999). Analytical Mechanics.Brooks/cole Thomson Learning. 6th Edition. Austrália. Landau, L; Lifshitz, E. (1978). Física Teórica. Editora Mir. Moscovo Maia, N. (2000). Introdução à Dinâmica Analítica. IST Press. Lisboa. Mechtcherski, I.V. (1986). Problemas de Mecânica Teórica. Editora Mir. Moscovo. Moore, E.N. (1983). Theoretical Mechanics. JohnWiley & Sons. N.Y. Noronha, A.; Brogueira, P. (1997). Exercícios de Física. McGraw-Hill. Lisboa Starjinski, V.M. (1986). Mecânica Teórica. Editora Mir. Moscovo
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