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Comunicação Integrada de Marketing Administração Estratégica de Comunicação Unidade 4 1 4 Comunicação Integrada de Marketing Comunicação Integrada de Marketing Administração Estratégica de Comunicação Unidade 4 2 4 Comunicação Integrada de Marketing Introdução Nesta unidade vamos tratar dos principais conceitos relacionados ao conhecimento, à comunicação e aprendizagem e que se relacionam diretamente com os gestores nas organizações. Sabemos que, independentemente do tipo de organização (pública, privada ou terceiro setor), o gestor deve fazer uso desses pontos para que seja capaz de gerenciar de modo adequado e atender aos objetivos das empresas. Assim, vamos falar um pouco sobre cada um deles. 3 4 Comunicação Integrada de Marketing 1. Comunicação, conhecimento e gestão O conhecimento é gerado através das pessoas e deve ser disseminado para que possa chegar ao maior número delas. Sabemos que o conhecimento vem da informação, e que esta deve estar disponível sempre que precisamos, seja para planejar ou para tomar decisão. Como podemos entender o conceito de conhecimento? O termo conhecimento vem da palavra grega episteme, que significa verdade absolutamente certa. Para nós, o termo significa informação, conscientização, saber, cognição, sapiência, percepção, ciência, competência, habilidade prática, capacidade, aprendizado, entre outras. A definição depende do contexto no qual o termo é empregado (CHIAVENATO, 2010). Sendo assim, para Chiavenato (2010), existem dois tipos de conhecimento. O conhecimento tácito ou inconsciente (implícito) é o conhecimento que está na cabeça das pessoas e vem de suas experiências e vivências. Pode ser transmitido de uma forma vaga por meio de conversas, e-mail etc. Representa o conhecimento do que sabemos, mas que não pode ser verbalizado ou escrito em palavras. E o conhecimento explícito, que é exposto em documentos, manuais, livros, programas de treinamento, entre outros. Este tipo de conhecimento representa a acumulação de políticas, procedimentos e processos de negócio que formam a base de operação de uma organização. Em algumas organizações o conhecimento explícito torna-se rapidamente obsoleto, na medida em que o ambiente de negócios muda. Ainda segundo o mesmo autor, o conhecimento possui quatro características. A primeira é o conhecimento tácito, que é algo pessoal, formado dentro de um contexto individual e formal. Não é de propriedade de uma organização ou coletividade, porém ele não é privado ou subjetivo. O conhecimento é transmitido socialmente. A segunda característica é que o conhecimento é orientado pela ação, assim, o homem gera novos conhecimentos a partir da análise sensorial que recebe. É refletida em verbos como aprender, esquecer, lembrar e compreender. A terceira é que o conhecimento é sustentado por regras, pois, depois de algum tempo nós criamos em nosso cérebro inúmeros padrões que agem como regras inconscientes para lidar com determinadas situações. Essas regras fazem com que as decisões sejam tomadas mais rapidamente e nos ajudam a poupar esforços para algo que já foi visto anteriormente. Por fim, o conhecimento está em constante mutação, pois ele não é estático, mas é constantemente construído e reconstruído nas nossas mentes. Chiavenato (2010) explica que a criação do conhecimento organizacional é um intercâmbio constante e dinâmico entre o conhecimento tácito e o conhecimento explícito, formando uma espiral do conhecimento, que depende de quatro aspectos, conforme a figura: 4 4 Comunicação Integrada de Marketing A socialização ocorre do conhecimento tácito para o conhecimento tácito. Trata-se do compartilhamento de experiências, e a partir disso, da criação do conhecimento tácito, como modelos mentais e habilidades técnicas. A externalização ocorre do conhecimento tácito para o conhecimento explícito. Seria o desenvolvimento do conhecimento tácito em conceitos explícitos, na forma de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A escrita é um modo de converter o conhecimento tácito em explícito. Combinação ocorre do conhecimento explícito para o conhecimento explícito. Trata-se de um processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento e envolve uma combinação de diferentes conjuntos de conhecimento explícito. Pode ser por meio de reuniões, documentos etc. A internalização se desenvolve do conhecimento explícito para o conhecimento tácito. É incorporação do conhecimento explícito em conhecimento tácito, quando é internalizado nas bases do conhecimento tácito das pessoas sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado. O compartilhamento do conhecimento é mais fácil quando este é explícito. Isso porque ele é facilmente transmitido e ensinado aos demais por meio da educação formal. Porém, quando o conhecimento é tácito, a dificuldade de socializar é muito maior. É preciso que as pessoas tenham contato pessoal direto e que seja possível, através desse contato, passar as experiências e as vivências, pois o conhecimento tácito é intrínseco. 5 4 Comunicação Integrada de Marketing Podemos perceber que se a organização for capaz de administrar de forma eficiente seus recursos, buscando a informação adequada, ela é capaz, segundo Silva (2007), de: Adequar-se às mudanças no ambiente no momento adequado e de modo eficaz. • Empenhar-se em um processo de aprendizagem constante, podendo deixar para trás pressupostos, normas e crenças. • Mobilizar o conhecimento e a experiência de seus colaboradores para gerar criatividade e inovação. • Focar o seu conhecimento em ações racionais e decisivas que sejam importantes para o desempenho organizacional. O conhecimento que existe em uma organização pode ser usado para criar vantagem diferencial, ou seja, a gestão do conhecimento engloba tudo o que todos em uma organização conhecem e que fornece à empresa vantagem competitiva. Nonaka e Takeuchi (apud LOCHA; ASHLEY, 2008) desenvolveram um modelo para explicar a construção do conhecimento organizacional, que é composto por cinco etapas: (1) compartilhamento do conhecimento tácito; (2) criação de conceitos; (3) justificativa dos conceitos; (4) construção de arquétipos; (5) difusão interativa do conhecimento. Ainda segundo os autores, na primeira fase ocorre a partilha de habilidades e experiências entre as pessoas para que seja atingido um objetivo em comum, que corresponde à socialização. Na segunda fase, por meio dos diálogos ocorre a tradução do modelo mental tácito para palavras e conceitos explícitos. Na terceira fase ocorre a avaliação dos conceitos para verificar se estes estão alinhados aos objetivos da organização, e, geralmente, são formulados pelo médio e alto escalão, correspondente à internalização. Na quarta fase, o conceito é aprovado e transformado em algo tangível e concreto, que corresponde ao arquétipo, ou seja, é o protótipo do modelo, e corresponde à conversão. Na quinta fase os modelos são criados, aprovados e modelados e estimulam a criar novos conceitos, ocorrendo o ciclo de criação de novos conhecimentos. Podemos, ainda, entender que o conhecimento funciona como um ciclo, no qual existe a criação de significados, a compreensão destes significados e, com o uso destes, toma- se uma determinada decisão. 6 4 Comunicação Integrada de Marketing Além do que foi exposto, é preciso ressaltar que a organização deve dispor de ferramentas adequadas para a gestão de conhecimento. Uma infraestrutura adequada, com materiais disponíveis e acesso à tecnologia da informação, é indispensável para o gerenciamento das informações. Assim, as pessoas que trabalham em empresas que facilitam o processo de aprendizagem são encorajadas a participar mais, a criar e inovar. Para Choo (apud SILVA, 2007), a gestão do conhecimento deve ser vista como um processo de construção sociale ação coletiva incorporada às atividades, relacionamentos e instrumentos da organização. Assim, o conhecimento deve ser partilhado por todos e deve ter como objetivo trazer o aprendizado para as pessoas e, como consequência, diferencial para as organizações. O processo de gestão da informação e do conhecimento das organizações tem sido intensamente discutido e reestruturado desde meados da década de noventa. Isto ocorre em função da percepção crescente, tanto das organizações quanto do ambiente acadêmico, da importância estratégica dos recursos, informação e conhecimento para promoção da inovação e do aumento de competitividade das organizações (SORDI; MEIRELES, 2011). O conceito tomou novos rumos e passou a ser entendido além das fronteiras estreitas da área de tecnologia em processamento de dados, das décadas de 60 e 70, bem como também transpôs os conceitos de sistemas de informação das décadas de 80 e 90; seu escopo vai muito além das três atividades elementares de coleta, armazenamento e distribuição de dados e informações. Entre as atividades que diferenciam o atual processo de gestão da informação e do conhecimento, das proposições tecnológicas das décadas passadas, destacam-se, principalmente, a introdução das atividades de aprendizagem dos colaboradores e a contribuição destes com a partilha de novos conhecimentos de interesse da organização (SORDI; AZEVEDO, 2008). 7 4 Comunicação Integrada de Marketing Podemos perceber, a partir da figura acima, que é necessária a relação de vários elos para que a empresa alcance seus resultados e gere conhecimento. É preciso convergir as ações vinculadas à estratégia para que se chegue ao objetivo final, a partir da colaboração das pessoas e do uso da tecnologia da informação, que auxiliam no processo de gestão. Em relação à gestão do conhecimento, a empresa precisa canalizar seus esforços para que o conhecimento seja desenvolvido e apreendido por todos. Segundo Lacombe e Heilborn (2008), no centro da gestão do conhecimento podemos encontrar quatro processos: 1. Geração: identificar o conteúdo desejado e incentivar as pessoas para que participem e exponham suas ideias. Nessa fase é preciso vencer as barreiras que impedem a geração do conhecimento, como questões tecnológicas e culturais, por exemplo. 2. Organização: depois que a informação foi coletada, esta deve ser organizada e ordenada para poder ser recuperada de forma eletrônica rapidamente. 3. Desenvolvimento: seleção do material, pois, quando em excesso, polui a informação e o conhecimento, o que pode dificultar seu uso posterior. 4. Distribuição: como as pessoas acessam o material. A organização deve tornar o acesso fácil e encorajar as pessoas quanto ao seu uso. Nos dias atuais, o conhecimento passou a ter grande relevância, mas é preciso ter conhecimento a partir de informações de qualidade e que garantam a veracidade dos fatos. Chiavenato (2010) destaca que o conhecimento é a vantagem competitiva mais 8 4 Comunicação Integrada de Marketing importante, porém, a informação pura e simples já não garante mais um diferencial competitivo. É preciso ter informação rica, em tempo, de qualidade e na quantidade correta para se gerar o conhecimento a ponto de este ser um diferencial competitivo para as organizações. Nesse sentido, o conhecimento é para a empresa seu principal recurso, pois, a partir dele, podem ser desenvolvidas novas competências. Hoje, falamos em sociedade do conhecimento, gestão do conhecimento, pois essas denominações passaram a ser determinantes para se estabelecer em um ambiente altamente mutável e cada vez mais complexo. 2. Papel e estratégias da Comunicação A comunicação é uma tarefa que praticamente todos os profissionais desempenham, seja em maior ou em menor grau. No caso dos gerentes, eles gastam cerca de 80% de seu tempo com comunicação. Isso significa que, de cada uma hora de trabalho, 48 minutos eles ocupam envolvidos em algum tipo de comunicação, seja por telefone, em reuniões, passando e-mails etc. (DAFT, 2010). Afinal, qual a importância da comunicação? Para Lacombe e Heilborn (2008), a coordenação deve ser conseguida através da comunicação. Então, para que as atividades em uma organização sejam desenvolvidas, o gestor deve ter uma comunicação clara e objetiva. No entanto, apesar do processo de comunicação ser algo quase que natural do ser humano, algumas pessoas não sabem se comunicar, ou por não saberem se expressar ou por não saberem a diferença entre informar e comunicar. Para Gil (2011), informar é um ato unilateral, que envolve a pessoa que tem uma determinada informação. Já a comunicação significa tornar algo comum, fazer-se entender, provocar reações em quem está lhe ouvindo. Assim, o comunicador precisa estar capacitado não somente para falar, mas também para saber ouvir. A comunicação é uma ferramenta importante para gerar o conhecimento. É através dela que podemos socializar o que sabemos, perguntar e gerar discussões que podem trazer algo melhor ou novo para as organizações. 2.1 Aplicação do processo de comunicação Cada comunicação é única, pois tem características que identificam uma mensagem específica que se deseja repassar. Porém, é possível identificar alguns elementos comuns a todas as comunicações. 9 4 Comunicação Integrada de Marketing Para que a comunicação possa ocorrer, Daft (2010) destaca que é preciso ter dois elementos essenciais. O emissor é alguém que deseja transmitir uma ideia ou um conceito para os outros e o receptor é para quem a mensagem foi enviada. Ainda segundo o autor, o emissor codifica a ideia selecionando os símbolos que irão compor a mensagem. A mensagem é a formulação tangível da ideia que se deseja transmitir, por meio de um canal que é o veículo de comunicação. O receptor recebe a mensagem e decodifica os símbolos para interpretar o seu significado. Por fim, o feedback acontece quando o receptor responde à mensagem do emissor. Podemos entender que a comunicação apresenta pelo menos quatro funções. A primeira é o controle, pois busca o controle do comportamento humano através das regras e procedimentos impostos no trabalho. O segundo é a motivação, pois estabelece o que uma pessoa deve fazer, avalia seu desempenho e orienta sobre as metas ou resultados a serem alcançados. O terceiro é a expressão emocional, por constituir, dentro de um grupo, a maneira pela qual as pessoas expressam seus sentimentos. O quarto é a informação, pois funciona como facilitadora da tomada de decisão, permitindo que as pessoas tenham acesso à informação e possam avaliar a melhor opção (CHIAVENATO, 2010). Um dos maiores problemas na comunicação está nas barreiras que podem existir entre o emissor e o receptor, ou mesmo no canal de comunicação, quando existe alguma falha que foge ao controle do homem. Nesse sentido, Gil (2011) explica que os ruídos na comunicação podem ser: 10 4 Comunicação Integrada de Marketing a) Decorrentes do emissor • Falta de clareza nas ideias: quando o emissor não tem total domínio sobre aquilo que vai comunicar, mas mesmo assim o faz, imaginando que o receptor irá aperfeiçoá- la. • Comunicação múltipla: quando existe diferença da comunicação verbal e daquela que é produzida pelo nosso corpo. Às vezes, um gesto diferente causa impacto negativo para quem está nos observando e, por isso, pode prejudicar a comunicação. • Problemas de codificação: não basta ter ideias claras, é preciso codificá-las da forma correta. Por exemplo, na comunicação oral é necessário que a fala seja clara, com timbre e velocidade de voz adequados. • Bloqueio emocional: a vergonha e o receio de falar errado podem inibir aquele que está falando e não deixar a mensagem clara. • Hábitos de locução: repetições excessivas de palavras, uso de palavras técnicas que nem todos conhecem, para dar a impressão de ser autoridade no assunto, podem prejudicar a comunicação,por esta não ser clara para quem está recebendo. • Suposição acerca do receptor: quando uma pessoa inicia a conversa do que supõe que a outra pessoa pensa ou sabe. b) Decorrentes do receptor • Audição seletiva: quando a pessoa se concentra naquilo que julga mais importante, assim, palavras consideradas sem importância costumam ser desprezadas. • Desinteresse: quando o assunto abordado não é interessante para quem ouve. Assim elas tendem a se afastar ou se “desligar” quando não se interessam por algo que a outra pessoa lhe explica. • Avaliação prematura: quando uma pessoa ouve o início de uma fala e julga saber avaliar de modo global o que lhe é passado. Assim, tende a prestar menos atenção no desenvolvimento da mensagem. • Preocupação com a resposta: quase sempre a comunicação requer uma resposta imediata, por isso as pessoas se preocupam em formular sua resposta e deixam de prestar atenção em partes da mensagem. • Crenças e atitudes: todos têm opiniões sobre determinados assuntos abordados, por isso tendem a valorizar determinados tipos de comportamento. Assim, quando algumas crenças são objetos de críticas, podem se sentir ofendidos ou mesmo ameaçados. • Reação ao emissor: reação negativa ao emissor, como em relação à vestimenta, sotaque, gesticulação, entre outros, são capazes de provocar reações negativas em quem está ouvindo. 11 4 Comunicação Integrada de Marketing • Preconceitos e estereótipos: preconceitos podem impedir de sequer deixar a outra pessoa falar. Por exemplo, supor que pessoas com cargos inferiores não têm nada para falar, o que pode ser um erro. • Experiências anteriores: o que se ouve, geralmente, é resultado das experiências próprias, necessidade ou formação. Assim, as pessoas podem ter ideias preconcebidas sobre o que as pessoas querem dizer quando falam, por isso podem filtrar ou distorcer a mensagem recebida. • Atribuição de intenções: os receptores podem estar mais preocupados em ler nas entrelinhas o que realmente a mensagem tenta passar para eles. Assim, podem atribuir intenções falsas e não ter um contato mais profundo com ela. • Comportamento defensivo: quando o receptor encara as mensagens recebidas como acusações ou críticas a ele, assim, suas respostas poderão ser mais para se defender ou justificar algo. Diante de todos estes problemas que a comunicação pode ter, precisamos torna-la mais eficaz. Para isso é preciso que as pessoas, primeiramente, estejam dispostas a ouvir. É preciso que a comunicação ocorra em um ambiente em que seja pouco provável que os receptores se distraiam. É preciso que a mensagem seja clara, objetiva e sem distorções de fonte da qual foi retirada. É importante, ainda, compreender as diferenças entre as pessoas que estão recebendo a mensagem. Cada um tem a sua dificuldade em relação a determinados assuntos, ou por ser mais técnico ou por não estar vinculado à sua realidade. Quando nos preocupamos com as pessoas que estão nos ouvindo, conseguimos ser mais claros e ter o cuidado se estamos nos fazendo entender. A comunicação organizacional constitui o processo por meio do qual a informação é passada e trocada entre as pessoas dentro de uma organização. Pode ocorrer tanto pela estrutura formal quanto pela informal e, também, pode se movimentar na direção lateral ou horizontal (CHIAVENATO, 2010). Quanto à via formal, segundo Chiavenato (2010), existem três canais formais em que a comunicação pode ocorrer em organização: Comunicação descendente, que se refere às mensagens enviadas do topo aos subordinados. É o tipo de comunicação vertical, feita para criar empatia e gerar um clima de trabalho conjunto para a busca de solução de problemas. Geralmente, este tipo de comunicação engloba assuntos como: implementação de objetivos e estratégias, práticas e procedimentos, retroação de desempenho e doutrinação. A segunda é a comunicação ascendente, que se refere às mensagens que surgem dos níveis mais baixos para os mais elevados da hierarquia. Geralmente se referem a: problemas e exceções, sugestões de melhorias, relatórios de desempenho, informação contábil e financeira. 12 4 Comunicação Integrada de Marketing A terceira forma é a comunicação horizontal, que é a troca lateral ou diagonal de mensagem entre pares ou colegas. Pode ocorrer dentro das unidades organizacionais com o propósito, além de informar, de solicitar atividades. Geralmente se refere à solução de problemas interdepartamentais, coordenação interdepartamental ou assessoria de staff para os departamentos de linha. Nesse contexto, a comunicação é vista a partir de três funções amplas. A produção e controle, que é direcionada ao desenvolvimento do trabalho e à realização dos objetivos da organização. A segunda se refere à inovação, que é direcionada à produção de novas ideias e mudanças em procedimentos que auxiliam a empresa a se adaptar ao meio externo. E a terceira é a socialização e manutenção da comunicação voltada para os meios de realização do trabalho e não para o trabalho em si, também para o envolvimento da pessoa e a motivação das pessoas (BOWDITCH; BUONO, 2004). A comunicação nas organizações desempenha um importante papel de passar as informações para que todos possam compartilhar das mesmas ideias e, também, auxiliar a busca pelo conhecimento. Pois é com o auxílio da comunicação que temos a possibilidade de aprender e de passar o que sabemos para os outros. Assim, vamos falar um pouco sobre a aprendizagem organizacional. Em Resumo, podemos afirmar que: • O conhecimento é gerado através das pessoas que buscam a informação disponível no ambiente, a tratam e a transformam para ser útil para a tomada de decisão. • Para gerar o conhecimento é necessário o envolvimento de vários setores da empresa. • O conhecimento deve ser desenvolvido e aprendido por todos na organização. • Os processos para gerar conhecimento são: geração, organização, desenvolvimento e distribuição. • É preciso ter informação rica, em tempo, de qualidade e na quantidade correta para se gerar o conhecimento a ponto de este ser um diferencial competitivo para as organizações. • O conhecimento significa o saber, a competência e habilidade para desenvolver algo. • O conhecimento pode ser tácito ou explícito. • Para que se tenha a coordenação é preciso ter comunicação. Apesar do processo de comunicação ser algo quase que natural do ser humano, algumas pessoas não sabem se comunicar, ou por não saberem se expressar ou por não saberem a diferença entre informar e comunicar. 13 4 Comunicação Integrada de Marketing • O processo de comunicação envolve o receptor, o meio, a mensagem, o emissor e o feedback. • Alguns ruídos podem atrapalhar a emissão da mensagem, seja por parte do receptor ou pelo emissor, ou ainda, pelo próprio meio pelo qual a mensagem está sendo enviada. • A comunicação pode ocorrer por três canais: ascendente, descendente ou horizontal. • É preciso saber que o processo de mudança gera a aprendizagem e que isso pode alterar o comportamento das pessoas e suas experiências. 14 4 Comunicação Integrada de Marketing
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