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GESTÃO DO CONHECIMENTO PROF. ME. GUILHERME FERIGATO SUMÁRIO AULA 01 AULA 02 AULA 03 AULA 04 AULA 05 AULA 06 AULA 07 AULA 08 AULA 09 AULA 10 AULA 11 AULA 12 AULA 13 AULA 14 AULA 15 AULA 16 EMERGÊNCIA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO 4 NOVO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES 13 O CONHECIMENTO 23 O QUE SÃO OS DADOS E INFORMAÇÕES 33 PROCESSAMENTO DE DADOS 41 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 49 FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO 57 A UTILIZAÇÃO DO CONHECIMENTO COMO DIFERENCIAÇÃO NO MERCADO 66 CO-WORKING E GESTÃO DO CONHECIMENTO 74 VALOR DE UMA ORGANIZAÇÃO 82 O CAPITAL INTELECTUAL NAS ORGANIZAÇÕES 90 OS MODELOS DE MENSURAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO E DO CAPITAL INTELECTUAL 99 MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO E DO CAPITAL INTELECTUAL 107 BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA GESTÃO DO CONHECIMENTO E DO CAPITAL INTELECTUAL 115 DESENVOLVIMENTO DE CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES 125 E-LEARNING E A GESTÃO DO CONHECIMENTO 133 INTRODUÇÃO VAMOS COMEÇAR! Saber o que é conhecimento tornou-se fator indispensável para as organiza- ções e indivíduos, pois, o que sabemos pode ser utilizado como fator intelectual e de diferenciação no mercado de trabalho e também no intraempreendedorismo, fazendo com que as empresas possam ampliar as suas possibilidades e ter ca- minhos e ideias para maximizar seus recursos e fatores organizacionais. Sendo assim, a gestão do conhecimento (ao longo de nossos materiais leia-se GC) entra cena como mecanismo de potencializador da construção do conhecimento. A GC irá auxiliar outras áreas do conhecimento a fim de multidisciplinar o dia a dia, fazendo com que os conhecimentos oriundos dos indivíduos e das organizações possam se unir e em corroboração construir conhecimentos maiores. É importante destacar que a GC por si só não irá garantir o sucesso da orga- nização, tão pouco irá promover sucesso do indivíduo no mercado de trabalho. Para tal, ela precisa ser compreendida e aplicada, de modo, a fazermos adapta- ções para a realidade do negócio ou do indivíduo, e principalmente, ter objetivos claros e bem definidos para utilizarmos a GC. Ao falar de GC, é ainda valioso, vislumbrarmos que o conhecimento é oriundo do indivíduo e para se tornar organizacional deve passar por alguns processos, esses motivados e organizados pela própria organização, a qual deseja utilizar a GC como meio para se obter conhecimento ou até mesmo, construir ou ampliar seus conhecimentos. Neste sentido temos os modelos de gestão do conhecimento que podem auxiliar e nortear todo o processo de construção de conhecimento e até mesmo sua formalização e posteriormente validação como conhecimento organizacional. Muitas organizações estão adotando a GC como veículo inovador para dife- renciação no mundo dos negócios, pois, saber pastorear suas ovelhas para essas possam contribuir com novas ideias, trabalhando de maneira conjunta e sob re- sultados co-participativos. EMERGÊNCIA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO AULA 01 5 Ao falar em emergência logo vem à mente, de algumas pessoas, coisas ruins e, de fato, na contemporaneidade muitos acontecimentos e comportamentos do ser humano vêm contribuindo com essa percepção, pois a degradação do meio ambiente está causando impactos gigantescos no próprio meio que o ser humano vive. Em se tratando de “sociedade do conhecimento” muito se questiona por que alguns indivíduos fazem o que fazem, destroem o que destroem e guardam conhe- cimento para si. Tais questionamentos nos levam a refletir sobre a importância do conhecimento e sua relação com a sociedade. Neste ponto, o homem, desde o seu surgimento, busca construir conhecimento, de início rudimentar, mas que com o passar dos tempos, foi aprimorado e introduzido tecnologias, que ao longo da história da humanidade contribuíram e ainda persistem para facilitar e promover a construção de conhecimento de forma sistemática. Se observarmos com calma a imagem no início dessa aula, podemos identificar que o conhecimento e a sociedade podem ser entrelaçadas, encaixando conhe- cimento e indivíduos, para que esses possam se relacionar com a sociedade em prol de construir conhecimento com valor agregado e utilizável. Quando você aprende a fazer algo, como você se sente? Você tem vontade de contar que aprendeu para alguém? Você fica entusiasmado (a)? Pois bem, se a resposta foi positiva, te desafiamos a compartilhar o que aprendeu. Veja que, se você ficou feliz, outros também podem aprender. Não basta ter conhecimento se você não utilizá-lo, e uma boa forma de fazer isso é transmiti-lo a alguém. Muito se tem discutido sobre a globalização que há tempo vem sendo a causa- dora de mudanças globais, inclusive, mudanças locais com perspectivas globais, uma vez que modelos produtivos, educacionais e de políticas vêm sendo apropria- dos por outrem a fim de evoluir uma sociedade com qualidade e efetividade. Uma das grandes emergências da sociedade do conhecimento é a concorrência que o ser humano tem com as “máquinas”. Concorrência no sentido de que as máquinas entraram em cena e ainda vêm tomando seu espaço no processamen- to de dados, manufaturas e processos produtivos. Cabe aqui ao ser humano do conhecimento, evoluir seu aprendizado sobre tais máquinas para que ele possa ser superior em construção de diversos saberes. Diante disso, Baumgarten et. al. (2007, p. 2) já dissertam que: 6 As mudanças que acompanham a ordem social crescentemente mundializada do século XXI e o forte desenvolvimento das tecnologias de informação e de comu- nicação (TICs) são, ao mesmo tempo, objeto de estudo das ciências sociais (como parte estratégica da sociedade atual) e elemento central da transformação das suas condições de produzir conhecimentos sobre a sociedade. A concorrência pode existir, mas sempre há um ser humano por de trás de uma máquina, de uma tecnologia, por mais que exista a inteligência artificial acredita- mos que o ser humano é superior, pois apesar de volátil no tocante a sua natu- reza, sempre há a capacidade de inter-relação, flexibilidade e adaptação a partir de uma observação. O conhecimento construído pelo indivíduo possui padrões, mas de difícil identificação de formalização, não impossível, mas complexo. Neste sentido, Baumgarten et. al. (2007, p. 2) apontam que “o conhecimento desempe- nha, atualmente, papel estratégico, não só para a acumulação econômica, mas também para o funcionamento do próprio Estado e da sociedade”. Portanto, é importante termos em mente quais são, de fato, as emergências da sociedade do conhecimento. Vejam a seguir quais são essas emergências: • Novos modelos produtivos. • Novos modelos de gestão do conhecimento. • Processamento de dados através da inteligência artificial. • Novos modelos de ensino e de aprendizagem. • Diversidade cultural em um único espaço. • Construção de conhecimento artificial. • Multidisciplinaridade do conhecimento. • Coletividade. • Sustentabilidade do conhecimento. Vamos começar do começo, os modelos produtivos passaram por evoluções e aperfeiçoamentos, e isso impactou na cultura global, antes o que era específico de um determinado lugar agora deve ser seguido a risca em outros lugares do mundo, pois caso não siga não poderá, por exemplo, ser comercializado fora de um país. Não estamos criticando os modelos produtivos, pelo contrário, os temos como base e queremos estimular você a pensá-los de forma a promover e propor novos modelos. A gestão do conhecimento, apesar de ser relativamente nova, vem se mos- trando cada vez mais importante e indispensável para evolução de um negócio 7 e principalmente, na evolução da sociedade do conhecimento. Tal gestão está contribuindo com o processo de construção do conhecimento de modo efetivo e moderado, pois apesar de o indivíduo ser o provedor do conhecimento, ele deve saber comoutilizá-lo com valor agregado para que possa ter algum benefício com isso. A inteligência artificial está aí, sabemos que ela é capaz de processar uma gran- de quantidade de dados e um pequeno espaço de tempo. Para isso é necessário que padrões sejam criados e programados pelos indivíduos a fim de dar o start na tecnologia. É importante destacar aqui que a própria tecnologia artificial possui uma capacidade de identificar processos e padrões, e também, através destes, criar novas situações o que maximiza as possibilidades de processamento de dados e, posteriormente, a construção de conhecimento. A questão que fica é a seguinte: será que a inteligência artificial supera a inteligência humana? Acredita- mos que não, pois a cognição humana se mistura a sua natureza, à afetividade, à emoção e à racionalidade peculiar do próprio indivíduo. Apesar de ambas pode- rem ser evoluídas, a inteligência humana é um fator inato e a inteligência artificial é um fator construído. Portanto, sempre haverá um jogo de perspectiva sobre essa “luta” da inteligência humana contra a artificial, o que propomos é a ligação, o trabalho multidisciplinar das ambas em prol da construção de conhecimento e sua disseminação. Assim como os modelos de produção ganharam espaço e evoluíram para gran- des padrões mundiais, o processo de ensino e de aprendizagem também perpas- sou os tempos e ganhou novas metodologias e métodos. É importante destacar que tal processo não deve ser estudado somente no contexto escolar, mais sim, em todo lugar que este possa promover construção do conhecimento, desalie- nação e emancipação do indivíduo. A partir do momento que se usa o processo de ensino e de aprendizagem para controlar, a construção do conhecimento fica egocêntrica e dominadora. A ideia é termos o conhecimento como mecanismo para nossa evolução e aprimoramento. Tanto se fala em processo de ensino e de aprendizagem, mas o que na verdade há é um correr atrás de si mesmo, muito se fala, mas pouco se faz, ou poucos fazem, ou poucos querem fazer ou tentar fazer. Outro fator gerador de polêmicas é a diversidade humana. Muitos são os po- vos, as culturas, as perspectivas, as opções sexuais, os objetivos pessoais e pro- fissionais e muito vivemos num mundo ainda, em muitas situações, egocêntrico. O ser humano perde sua racionalidade ao tratar de questões de diversidade, 8 pois assume um papel de julgador opressor, devemos, aqui, sabermos subtrair as diferenças e vivermos no mesmo espaço de forma coletiva e evolutiva para construção de conhecimento. Sabemos que a inteligência artificial é uma realidade muito importante para o mundo e que a cada dia vem contribuindo com as tecnologias globais no tocante à construção de conhecimento. Obviamente, e já dizemos anteriormente, que a inteligência artificial é criada, pois bem, deve ser construída a partir de objetivos concretos e de ideias para o que o próprio ser humano possa usufruir de todas estas tecnologias, aprimorando-se e evoluindo junto com a máquina. A quem diga que um dia as máquinas vão dominar o ser humano, mas será que isto vai acontecer mesmo? O fato é que a inteligência artificial está muito próxima dos processos de construção do conhecimento humano, imitando-o e reproduzindo o que nós fazemos, utiliza-se de padrões de identificação e evolui à medida em que vai criando novos padrões a partir do marco zero criado por um indivíduo. O marco zero, nada mais é do que o start, o apertar do botão para que se ligue a inteligência artificial ou programe-a para iniciar automaticamente. Não adianta criticar ou taxar como vilã a tecnologia e ou, na inteligência artificial, muitas ve- zes a culpa recai sobre o próprio ser humano que não se apropria de toda essa tecnologia a fim de promover processos de ensino e de aprendizagem, evoluindo junto com a inteligência artificial. Ao falar de multidisciplinaridade, vamos vislumbrar a elucidação de proble- mas unificando áreas do conhecimento, nas quais cada uma delas irá analisar tal problema e propor soluções dentro de sua perspectiva, em corroboração as outras áreas irão atrelar também suas ideais e propostas para que o problema possa ser resolvido de forma conjunta e em co-working. A multidisciplinaridade se mostra como uma facilitadora do processo de construção do conhecimento, pois une áreas distintas para a resolução de um mesmo problema, cada qual expondo suas metodologias e métodos sem discriminação e grau de importância. Aqui, já vamos emendar a coletividade, pois ela trará ao problema mais opções para o alcance de sua elucidação, na coletividade podemos ter a diversidade, amplian- do assim as possibilidades de tomadas de decisão, planejamento, organização e construção de ideias para evolução de algo. Por outro lado, você já deve ter ouvido falar sobre sustentabilidade. Corriquei- ramente ela se apresenta de três maneiras, a saber: economicamente, social- mente e ambientalmente. Há novas tendências e perspectivas para uma susten- 9 tabilidade humana e vamos tratar aqui também, expondo nossas ideias sobre a sustentabilidade do conhecimento. A imagem a seguir nos mostra como podemos ter a sustentabilidade do conhecimento: Figura 1: sustentabilidade do conhecimento Fonte: elaborado pelo autor (2019). A imagem nos convida a refletir sobre as formas de como o conhecimento pode ser construído e a partir disso construirmos novos saberes. Vale ressaltar a importância dos modelos de gestão do conhecimento em prol de uma sistemati- zação desse processo e, ao seu fim, temos um movimento cíclico para reestartar o modelo de Gestão do conhecimento. As emergências estão aí, as empresas e organizações cada vez mais buscam seu diferencial no mercado e tentam inovar de modo efetivo, no entanto, isso não acontece sempre. Erros nas tomadas de decisão e no planejamento podem ser crucial para a evolução eficaz da organização. É importante destacar ainda, o fator humano como provedor do conhecimento, mesmo que de difícil acesso em alguns momentos, ainda é o construtor inato de conhecimento, que ao longo de sua vida aprende e apreende conhecimento diante dos estímulos ambientais e sociais vivenciados, tornando-o um ser evoluído e, principalmente, que consegue aprender com as situações ao seu redor. 10 Portanto, é valioso que pensamos sobre as situações que levam as organiza- ções e indivíduos a buscarem conhecimento. Quais são os estímulos que os pro- vocam para que nos permitam evoluir e também construir conhecimento, mesmo que de modo empírico, ou até mesmo ampliar um conhecimento já obtido. Por fim, você deve observar o ambiente ao seu entorno e buscar informações que possam lhe ajudar no processo de construção e ampliação de seus conhecimen- tos, importante também, ter motivação e motivar outros para este tão sinuoso caminho que é a construção de conhecimento. Isto está na rede A internet contribuiu e ainda facilita nossas vidas de diversas maneiras, aprender com ela está se tornando algo prático e corriqueiro. Leia mais em: http://www.techtudo.com.br/platb/internet/2011/06/20/a- -internet-e-reflexo-do-que-somos-e-vice-versa/ Isto acontece na prática Você sabia que a afetividade pode ser um fator crucial entre aprender ou não, motivar ou não a construção de conhecimento? É importante ter em mente que a educação não é uma fábrica para pro- duzir mão de obra e trabalhadores, mas a educação é uma necessidade evolutiva de um mundo que mudou de forma muito rápida nos últimos 10 anos e no qual a tecnologia é uma das ferramentas mais presentes no processo de educação da humanidade. Leia mais em: https://www.soescola.com/2019/04/a-importancia-da-afetividade-no-pro- cesso-de-aprendizagem.html Lembrem-se das emergências que propomos e nunca se esqueça de observar a sua volta o ambiente, pois as emergências podem mudar, o mundo está cada vez mais volátil e o conhecimento é fatorde sobrevivência. Emergências propostas: • Novos modelos produtivos. • Novos modelos de gestão do conhecimento. http://www.techtudo.com.br/platb/internet/2011/06/20/a-internet-e-reflexo-do-que-somos-e-vice-versa/ http://www.techtudo.com.br/platb/internet/2011/06/20/a-internet-e-reflexo-do-que-somos-e-vice-versa/ https://www.soescola.com/2019/04/a-importancia-da-afetividade-no-processo-de-aprendizagem.html https://www.soescola.com/2019/04/a-importancia-da-afetividade-no-processo-de-aprendizagem.html 11 • Processamento de dados através da inteligência artificial. • Novos modelos de ensino e de aprendizagem. • Diversidade cultural em um único espaço. • Construção de conhecimento artificial. • Multidisciplinaridade do conhecimento. • Coletividade. • Sustentabilidade do conhecimento. Título: Redes de Conhecimento e Competência em In- formação. Interfaces da Gestão, Mediação e Uso da In- formação Autor: Regina Célia Baptista Belluzzo, Glória Georges Feres, Marta Lígia Pomim Valentim Editora: Interciência Sinopse: A edição desta obra é o resultado do esforço de pesquisadores brasileiros que têm se empenhado em divulgar experiências e estudos sobre o fenômeno irreversível da Competência em Informação, ou qualquer que seja o termo que queiramos utilizar. No centro das propostas que envolvem a temática está a ideia de que informação, como valor estratégico, pode modificar realidades e transformar vidas. É só uma questão de planejamento e in- vestimentos adequados. Título: Taxi Driver Ano: 1976 Sinopse: Em Nova York, um homem de 26 anos (Robert De Niro), veterano da Guerra do Vietnã, é um solitário no meio da grande metrópole que ele vagueia noite adentro. Assim começa a trabalhar como motorista de taxi no turno da noite e nele vai crescendo um senti- mento de revolta pela miséria, o vício, a violência e a prostituição que estão sempre à sua volta. Perde bas- tante noção das coisas quando leva uma bela mulher (Cybill Sheperd), que trabalha na campanha de um senador, para ver um 12 filme pornô logo no primeiro encontro, mas tem momentos de altruísmo ao tentar persuadir uma prostituta de 12 anos (Jodie Foster) para ela largar seu cafetão, voltar para a casa de seus pais e ir para a escola. Porém, em contra-partida, compra quatro armas, sendo uma delas um Magnum 44, e articula um atentado contra o senador (que planeja ser presidente) e para quem sua amiga trabalha. Isto está na rede http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/005e5.pdf http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/claudia.html http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v26n3/0104-1290-sausoc-26-03-00726. pdf http://coral.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/005e5.pdf http://www.angelfire.com/sk/holgonsi/claudia.html http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v26n3/0104-1290-sausoc-26-03-00726.pdf http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v26n3/0104-1290-sausoc-26-03-00726.pdf 13 NOVO CONTEXTO DAS ORGANIZAÇÕES AULA 02 14 O conhecimento pode ser tornar inútil e descartável a partir do momento que novas demandas sociais surgem e exigem novas formas de resolver problemas. Vamos aqui trabalhar com a perspectiva do contexto de criação do conhe- cimento pelas organizações como mecanismo inovador e de diferenciação no mercado. Vale ressaltar que as organizações buscam sempre melhorias ou acre- ditamos que buscam, pois querem evoluir seus negócios a fim de manter e am- pliar suas possibilidades. Diante disso, Nonaka e Takeuchi (2008, p. 91) alertam que “necessitamos de uma teoria baseada no conhecimento que seja diferente das teorias econômicas e organizacionais já existentes”, fica claro que os autores sinalizam para uma “libertação” de um novo contexto. Com o advento das gran- des revoluções, principalmente a industrial, e as tecnológicas, o mundo sofreu e ainda sofre mudanças importantes, cabe às organizações observarem as mu- danças e buscarem novas oportunidades. Na figura a seguir, Nonaka e Takeuchi mostram suas perspectivas sobre a construção do conhecimento organizacional, tal perspectiva está pautada no modelo de gestão do conhecimento SECI, ou po- pularmente conhecido como a espiral do conhecimento. Figura 2: Construção de conhecimento organizacional Fonte: Nonaka e Takeuchi (2008). Observe que um fator predominante nesse modelo é a interação constante entre os indivíduos e a organização, uma vez que as empresas são feitas por pes- soas e o conhecimento é oriundo do indivíduo. Aqui, em um novo contexto, cabe às organizações buscarem cada vez mais o conhecimento das pessoas tornando-o organizacional. Diante disso, Nonaka e Takeuchi (2008, p. 71) apontam que “o papel da organização de criação do conhecimento organizacional é promover o 15 contexto apropriado para facilitar as atividades de grupo, assim como a criação e o acúmulo de conhecimento em nível individual. Os autores dissertam ainda, sobre a importância da autonomia no processo de construção de conhecimento organizacional, pois, “todos os membros de uma organização deveriam ter per- missão de agir automaticamente até onde permitem as circunstâncias” além do que, “a autonomia também aumenta a possibilidade de motivação dos indivíduos para a criação de novos conhecimentos” segundo Nonaka e Takeuchi (2008, p. 73). Observe a figura a seguir a qual mostra a construção do conhecimento através do modelo de espiral: Figura 3: espiral do conhecimento Fonte: elaborado pelo autor (2019). Analisando a imagem podemos observar que apesar de ter etapas, cada uma delas possui sua interação com a etapa posterior e anterior, fazendo com o ciclo seja integrado e cíclico. Tal modelo propõe uma espiral integrada que funciona numa espécie de túnel que ao seu fim temos o indivíduo que aprendeu o conhe- cimento ou obteve um novo conhecimento. Segundo Nonaka e Toyama (2008, p. 96), a construção do conhecimento tem seu início na socialização e “a criação do conhecimento inicia com o processo de socialização, no qual o novo conhecimento tácito é convertido através das experiências compartilhadas na interação social do dia a dia”. Partindo do conceito de conhecimento proposto por Prusak (1998, p. 11) no qual o conhecimento é um conjunto de experiências, princípios e valores, exper- tises, destrezas e capacidades que possibilitam ao ser humano ter novas e am- pliadas experiências de vida. Falando nisso, e em revolução, vamos falar sobre a indústria 4.0 na qual traz um novo contexto às empresas, possibilitando novos 16 caminhos, novos conhecimentos, novas oportunidades. Diante disso, Mazzaferro (2018, p. 1) afirma que: Atualmente, a indústria está atravessando mais uma revolução que pode alterar sensivelmente os sistemas de produção. Na área da soldagem, a chamada Indústria 4.0 se traduz na existência de fontes inteligentes, uso extensivo de robótica, sistemas confiáveis de processamento e armazenamento de dados, além de monitoramento e controle das operações de soldagem em tempo real. Tudo isso integrado visando utilizar adequadamente recursos e procedimentos que permitam aumentar a pro- dutividade e garantir a qualidade das juntas obtidas. Neste sentido, a indústria 4.0 promove a busca por novos conhecimentos e compreensão de tecnologia da informação e principalmente a robótica e in- teligência artificial como grandes resultados do conhecimento organizacional, possibilitando que as empresas possam ser diferentes no mercado, inovando em processos e uma cultura produtiva. Diante disso, Freitas et.al. (2016, p. 241) dissertam que: Indústria 4.0 é uma expressão que surgiu na Alemanha e rapidamente se difundiu pela Europa, podendo adquirir outras nomenclaturas, como “fábricas inteligentes”, “A Internet das coisas industrial”, “indústria inteligente” ou “produção avançada”. Nada mais é do que uma evolução nos conceitos fabris que nos ajudam a atingir os objetivos de desempenho já citados ou de melhoria contínua de processos tão desejada hoje em dia. Com esse novocontexto, não estamos dizendo para abandonar os conheci- mentos já construídos, mas sim, evolui-los e utilizá-los como base para construção de novos. Outro contexto importante é a educação 4.0, a qual entra em cena para res- ponder e encarar as demandas da indústria 4.0. Aqui temos uma ligação entre a indústria e educação em um novo contexto tecnológico, no qual se dá subsídio para que os alunos e acadêmicos possam ser diferentes e responder aos novos contextos da sociedade, em especial, ao novo contexto do mercado de trabalho. Uma perspectiva é o profissional multidisciplinar, aquele que lida com diversas situações em áreas diferentes, ou seja, resolve problemas com vários mecanis- 17 mos. Neste sentido, Garofalo (2018, p. 1) afirma que: O termo está ligado à revolução tecnológica que inclui linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT) e contempla o learning by doing que traduzindo para o português é aprender por meio da experimentação, projetos, vivências e mão na massa. Outra maneira de responder às demandas da indústria 4.0 é a logística em- barcada nessa revolução. Diante disso, Freitas et.al. (2016, p. 246) afirma que a logística 4.0 vem “em resposta às várias tendências que surgiram durante o início do século 21, a velocidade da combinação entre a cadeia de abastecimento tem aumentado e deverá tornar-se muito mais rápida e de curto ciclo”. A logística entra em cena com metodologias novas para corroborar e auxiliar os avanços da indústria 4.0 e também para construção do conhecimento novo. Tal revolução irá demandar, dos profissionais, novas experiências e destrezas principalmente em relação às novas tecnologias. Neste sentido, Freitas et.al. (2016, p. 247) afirmam que “consequentemente, os processos de logística devem mudar radicalmente seus padrões de comportamento através da integração de sistemas cyber-físicos”. O marketing 4.0 também é uma resposta às novas tendências e demandas no mundo dos negócios, o que era foco no produto ou no consumidor, agora se tor- na algo consolidado ampliando a compreensão do processo de consumo e como as organizações podem construir, manter e ampliar os laços com seus clientes. Portanto, Machado e Pablo Nascimento (2018, p. 18) relatam que: Esta evolução se resume principalmente na necessidade de ajuste do foco, ou seja, no Marketing 1.0 era centrado no produto depois no Marketing 2.0 o foco era o consumidor, e por fim percebeu-se a necessidade de estreitar ainda mais os laços, onde os consumidores passaram a serem vistos como seres humanos plenos, com mente, coração e espírito. Um contexto interessante é dissertado por Takeuchi e Nonaka (2008), a chamada organização hipertexto. A organização constrói conhecimento a partir de conexões com diferentes contextos no qual o conhecimento está envolvido. Assim, possibilita à empresa ampliar a síntese do conhecimento. Diante disso, os autores afirmam que: 18 A organização hipertexto serve como um “arquivo” para o novo conhecimento gera- do na hierarquia e na força-tarefa. O conhecimento gerado nessas duas estruturas é reclassificado e recontextualizado em uma “base de conhecimento” para toda a organização (Takeuchi e Nonaka, 2008, p.28) Observe a imagem a seguir, a qual demonstra tal explicação: Figura 4: organização hipertexto Fonte: Takeuchi e Nonaka (2008) Responder às novas demandas sugere aos profissionais respostas rápidas e habilidosas para que possam aprender e apreender novos conhecimentos e promover novas formas de elucidar problemas nas organizações e na sociedade. Buscar novos conhecimentos a partir dos já consagrados e validados é o ponto de partida para compreender como podemos utilizar e construir conhecimento novo e usufruir disso em prol de uma efetiva construção e disseminação de co- nhecimento. 19 Anote isso Lembre-se de sempre observar as novas tecnologias e as novas tendências no mercado, busque novos conhecimentos e não se esqueça da revolução 4.0: industrial, logística, educação e marketing. Isto está na rede A logística 4.0 está revolucionando as formas de atender as demandas das indústrias 4.0 e os novos contextos das organizações. Leia mais em: https://www.ecommercebrasil.com.br/ Isto acontece na prática Profissionais da educação devem se ater às novas tendências, não es- quecer das bases já validadas, mas construir novas formas de formar indivíduos capazes de responder às demandas 4.0 e as que vierem. Isto pode ser realizado pela educação 4.0. Leia mais em: http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/arquivo/edi- tor/file/ebook-educacao4.0-planneta.pdf. https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/logistica-4-0-tecnologia-pode-reduzir-custos-e-aumentar-satisfacao-do-consumidor/ http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/arquivo/editor/file/ebook-educacao4.0-planneta.pdf http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/arquivo/editor/file/ebook-educacao4.0-planneta.pdf 20 Título: Organizações exponenciais Autor: Salim Ismail, Yuri Van Gees, Michael S. Malone, Gerson Yamagami Editora: Alta Books Sinopse: Bem-vindo à época das mudanças exponen- ciais, o melhor momento para se viver. É o momento em que a concorrência não é mais a empresa multi- nacional no exterior, mas o cara em uma garagem no Vale do Silício ou em Bandra (Mumbai), utilizando as mais recentes ferramentas online para projetar e imprimir a partir da nuvem sua última criação. Essas empresas estão cada vez mais rápidas, contam com pessoas cada vez mais capazes de se reinventar a uma velocidade ím- par. São pessoas e empresas extremamente criativas. Como aproveitar todo esse poder criativo? Como construir uma empresa que seja tão ágil, hábil e inovadora como as pessoas que farão parte dela? Como competir nesse acelerado mundo novo? Como se organizar para expandir? A resposta é a organização exponencial. Não temos escolha, porque em muitos setores a aceleração já está em andamento. Peter Diamandis usa o conceito dos 6 Ds: digitalizado, disfarçado, disruptivo, desmaterializar, desmonetizar e democratizar. Qualquer tecnologia que se torna digitalizada (primeiro “D”) entra em um período de crescimento disfarçado. O que os autores têm ob- servado – e que você perceberá lendo este livro – é que nenhuma empresa comercial, governamental ou sem fins lucrativos, conforme configurada no momento, pode acompanhar o ritmo que será definido por estes 6 Ds. Para isso será necessário algo radicalmente novo – uma nova visão da organi- zação que seja tão tecnologicamente inteligente, adaptável e abrangente quanto o novo mundo em que vai operar – e, no final de tudo, transformar. Precisamos estar preparados para as mudanças. Sabe por quê? Porque, enquanto você leu este texto, muita coisa mudou. 21 Título: O diabo veste prada Ano: 2006 Sinopse: Andrea Sachs (Anne Hathaway) é uma jovem que conseguiu um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York. Ela passa a trabalhar como assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista. Apesar da chance que muitos sonhariam em conseguir, logo Andrea nota que trabalhar com Miranda não é tão sim- ples assim. Isto está na rede http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v18n2/v18n2a03.pdf http://www.scielo.br/pdf/rac/v11n1/a02v11n1.pdf http://www.scielo.br/pdf/pcp/v31n4/v31n4a04.pdf http://www.scielo.br/pdf/rac/v6n3/v6n3a02.pdf https://novaescola.org.br/conteudo/9717/educacao-40-o-que-devemos- -esperar http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpot/v18n2/v18n2a03.pdf http://www.scielo.br/pdf/rac/v11n1/a02v11n1.pdf http://www.scielo.br/pdf/pcp/v31n4/v31n4a04.pdf http://www.scielo.br/pdf/rac/v6n3/v6n3a02.pdf https://novaescola.org.br/conteudo/9717/educacao-40-o-que-devemos-esperar https://novaescola.org.br/conteudo/9717/educacao-40-o-que-devemos-esperar 22 QUESTÕES DE AUTO ESTUDO 1. Vimos em nosso material de estudo os novos contextos das organiza-ções. Diante disso, quais são esses novos contextos? Analise as alterna- tivas e assinale a correta: a) Industrial, educacional, logístico e mercadológico. b) Industrial, educacional, logístico e marketing. c) Industrial, educacional e mercadológico. d) Industrial, logístico e mercadológico. e) Nenhuma das alternativas anteriores. 2. Em nosso material de estudo apresentamos novos contextos nas organi- zações, um deles proposto por Takeuchi e Nonaka, qual é esse contexto? Leia as alternativas e assinale a correta: a) Organização industrial. b) Organização mercadológica. c) Organização hipertexto. d) Organização da educação. e) Nenhuma das alternativas anteriores. 23 O CONHECIMENTO AULA 03 24 Você tem noção de quanto conhecimento você carrega? Esta é uma pergunta subjetiva de difícil compreensão e resposta. Talvez não consigamos avaliar quanto de conhecimento carregamos, mas é possível que você construa conhecimento e o utilize para transformá-lo em conhecimento válido e formal. Vamos partir das seguintes premissas: o conhecimento tácito e o explícito, que foram dissertados por Karl Paul Polanyi, um grande pensador que ramificou o conhecimento, que vamos aqui chamar de etapas. Desta forma, temos “o conhe- cimento tácito e pessoal, específico ao contexto e, assim, difícil de ser formulado e comunicado. Já o conhecimento explícito ou codificado refere-se ao conhecimento transmissível em linguagem formal e sistemática”, conforme Nonaka e Takeuchi (1997, p. 65). Ainda falando de conhecimento tácito é importante destacar que este está relacionado com a interação do indivíduo com o meio. Portanto: O conhecimento está diretamente ligado ao homem, à sua realidade. O conhecimen- to pretende idealizar o bem estar do ser humano, logo o conhecimento advém das relações do homem com o meio. O indivíduo procura entender o meio partindo dos pressupostos de interação do homem com os objetivos. É uma forma de explicar os fenômenos das relações, seja, entre sujeito/objeto, homem/razão, homem/desejo ou homem/realidade (SOUSA, 2019, p.1). Antes de tudo, vamos analisar como o conhecimento é amplo e pode se ma- nifestar de diversas formas e perspectivas, observe a imagem a seguir, a qual representa os tipos de conhecimento: 25 Figura 5: tipos de conhecimentos Fonte: Elaborado pelo autor (2019) Na imagem fica claro que o conhecimento pode se apresentar de diversas formas, então veja como cada um é: • O conhecimento empírico nada mais é do que o conhecimento oriundo do indivíduo, ou seja, aquele construído ao longo da história de cada pessoa, suas vivências, aprendizados e as experiências, tudo que o in- divíduo passou em sua vida religiosa, cultural e social irá interferir em seus conhecimentos e na forma como ele mesmo vê todo esse conhe- cimento, principalmente, no modo como é passado adiante. Um bom exemplo disso são as infindáveis anotações aleatórias dos dias de chuva que a avó fazia todos os dias por mais de 20 anos, isso proporcionou um entendimento que ao olhar pro céu ela dizia se ia ou não chover. Tais anotações e observações não são científicas, pois não eram feitas de forma sistematizada e organizadas de modo a facilitar o processa- mento desses dados. • Por sua vez, o conhecimento científico é aquele que perpassa a coleta de dados, seu processamento e transformação disso em conhecimento. Este tipo de conhecimento é a sistematização do próprio conhecimento 26 através de métodos e metodologias. Tal conhecimento passa pelo pro- cesso de transformação de dados, através de processamento desses e posteriormente transformado em conhecimento quando a informação processada possui objetivo em sua utilização. • O conhecimento filosófico, aquele indagativo, racional e crítico que irá construir conhecimento através de pensamento reflexivo, utiliza-se ain- da do raciocínio para promover o saber. • O teológico, também conhecimento como conhecimento religioso, este pauta-se nos conhecimentos oriundos da religião baseados na fé e de verdade absoluta. Outra perspectiva para a construção do conhecimento é a espiral do conhe- cimento, proposta por Nonaka e Takeuchi (1997), tal espiral se apresenta em quatro etapas pelas quais o conhecimento irá ser transmitido e transformado em conhecimento internalizado, ou seja, parte do conhecimento tácito retorna na forma tácita ao indivíduo. Diante disso, Ferigato (2016, p. 17) destaca que “o homem, de modo geral, sempre se esforçou para elaborar conhecimento, desde as gravuras nas cavernas elucidando, por exemplo, maneiras de caça, até a con- temporaneidade com a socialização do conhecimento”. Portanto, já não é de hoje que o homem está buscando conhecimento e aprimoramento. Vejamos a espiral do conhecimento e suas etapas interligadas para construção de diversos saberes, tendo seu início no indivíduo: Figura 5: espiral do conhecimento Fonte: adaptado de Takeuchi e Nonaka (2008). 27 Observe que a espiral tem um ciclo que ao final se inicia novamente, o que po- demos concluir que a construção do conhecimento, nesta perspectiva, não possui um fim determinado, mas sim, uma constante sistematização de conhecimento que perpassa o indivíduo e as organizações. As nuances da construção do conhecimento Já é um clichê ouvirmos falar que o mundo está em constante mudança e que a velocidade do conhecimento rompe as barreiras regionais, deixando volátil em alguns momentos e em outros o fator que irá determinar o sucesso de uma em- presa ou profissional. Neste sentido, alertamos para que seja redobrada a atenção em relação ao indivíduo, esse provedor e veículo da construção de conhecimento é fator intangível da organização, que deve ser visto como capital intelectual e construtor do saber. Ter somente estratégias e planejamento bem definido já não é mais fator que garante o sucesso de uma organização, devemos ter a ciência de que o fator humano é indispensável para termos nas organizações ações efetivas em prol de seus objetivos. Neste sentido, Ferigato (2016, p 19) desta que: Na Era do Conhecimento, o indivíduo tornou-se essencial e passou a ser indispen- sável na construção do conhecimento que constitui a mola propulsora no processo de sua gestão. É por meio dele que as organizações podem adquirir, organizar e processar informações com o intuito de ampliar os conhecimentos já perpetuados nas organizações, dentre elas, as instituições de ensino. Diante disso, vejamos que Drucker (1993, p. 15) diz “Ao invés de capitalistas e proletários, as classes da sociedade pós-capitalista são os trabalhadores do conhecimento e os trabalhadores em serviço”. Desde o seu primórdio, o homem busca cada vez mais demonstrar seus saberes, de modo a pulverizar tal conheci- mento e torná-lo útil a quem precisar. O homem primitivo nos deixou uma lição em suas gravuras nas cavernas e pedras aqui e acolá, nas quais transmitiu seus conhecimentos ao longo da história, passando de geração em geração, experiên- cias que demonstravam forma e maneiras de caça, de plantio, e principalmente, a invenção da foto digital em alta resolução. O esforço do homem em demonstrar seus conhecimentos perpassa as barrei- 28 ras de simplesmente compartilhar conhecimento com as futuras gerações, ganha espaço no cenário empresarial capitalista e seu conhecimento gera valor. Quando se fala em gerar valor é importante destacar que nem sempre o valor será a re- muneração por transmitir os seus conhecimentos, muitas vezes o conhecimento transmitido será utilizado como fator de melhoramento de outros conhecimentos, ou seja, ampliação e maximização da sua utilização. Sabemos que o conhecimento é oriundo do indivíduo e que tais conhecimen- tos impactam nas organizações e nas pessoas que nela trabalham. Diante disso é importante falar que o conhecimento pode mudar todo o rumo que uma empresa está seguindo, pois como conhecimento fica mais fácil e mais rápidoas tomadas de decisões e, principalmente, o planejamento e organização das ações a serem seguidas. Quando se fala em compartilhamento de conhecimento temos um di- visor de águas que contribuiu e ainda facilita a transmissão de conhecimento, a internet, em seu surgimento, revolucionou o modo como as pessoas se comunica- vam e a velocidade do processamento de dados, exigindo assim, busca por mais conhecimento. Outros fatores facilitam e promovem a GC, além da internet as tecnologias de processamento de dados, comunicacionais e de armazenamento em nuvens ampliam as possibilidades de o conhecimento ser construído, armaze- nado e, principalmente, disponível a quem precisar. Neste sentido, Santos (2015) nos apresenta a evolução dos conceitos em torno da GC, vejamos: Fonte: Adaptado de Dos Santos (2015) 29 Agora uma questão entra em cena, como construir conhecimento? Para res- pondê-la devemos compreender como podemos construir e, principalmente, para que servirá tal conhecimento. Não adianta construir conhecimento e não utilizá-lo, transmiti-lo a alguém ou para a empresa na qual você trabalha. É importante que você utilize seu conhecimento para promover mudanças em sua vida pessoal e profissional, use-o para atrair riquezas e mais saber. Ainda falando de construção é importantíssimo a participação da inter-relação entre os indivíduos para po- tencializar tal construção em que o conhecimento poderá ser melhor explorado, validado e utilizado. Portanto, construir conhecimento não é uma tarefa fácil, mas pode ser sim- ples se bem compreendida e tiver interesse do indivíduo para tal construção, a motivação será fator predominante para que possamos compartilhar algo que sabemos, lembrando sempre que a motivação pode se apresentar de diversas formas, a saber: • Remuneração. • Ajudar o meio ambiente de alguma maneira. • Reconhecimento social. • Ascensão profissional. Construir conhecimento requer modelos, métodos e metodologias, isso se faz necessário, pois o conhecimento ao ser transmitido pelo indivíduo, se mostra de forma individualizada, uma vez que foi construído exclusivamente através de processos cognitivos na mente de cada um necessita de sistematização para que outrem possa também utilizá-lo com valor agregado. Tal processo deixa o indivíduo inquieto, pois há o medo normal, de ao transmitir seu conhecimento a outrem, perdemos tal conhecimento, mas uma situação é certa, nem sempre o conhecimento é absorvido da mesma maneira como foi construído, ou seja, na transmissão o conhecimento pode sofrer distorções e assim ser utilizado de forma inadequada ou com outros objetivos e propósitos. Para que não haja distorções, a sistematização da construção do conhecimento deve ser realizada com clareza e sempre pautada em um modelo com objetivos preestabelecidos. Enfim, construir conhecimento é algo complexo e sistemático, peça indispen- sável para evolução e mudança no mundo dos negócios e dos profissionais. Ob- viamente, as mudanças devem ser significativas e terem objetivos para o profis- sional ou para a empresa, ter sempre em vista a construção e transmissão de conhecimento. 30 Isto está na rede Além da gestão do conhecimento, temos que estar cientes que a compu- tação e sistemas de informação são elementos facilitadores da própria GC, então utilizá-los pode ser a diferença entre uma GC efetiva ou incon- teste, na qual teremos uma construção de conhecimento assíncrono. Fonte: http://www.techtudo.com.br/platb/desenvolvimento/2011/07/14/ computacao-sistemas-de-informacao-qual-a-diferenca/ Isto acontece na prática Muitas são as formas de aplicarmos e praticarmos a GC, uma delas é considerada inovadora, chama-se a GC no ambiente escolar, um lugar onde se transforma muitos conhecimentos. Diante disso Rocha e Emydio (2018, p. 1) destacam: “Os desafios são uma constante no cotidiano das organizações de ne- gócios e dentro do ambiente escolar essa realidade não é diferente. No processo educacional contemporâneo, a Gestão do Conhecimento (GC) é uma ferramenta que possibilita o uso de recursos tecnológicos visan- do a otimização de tempo, do espaço e dos recursos, além de permitir a aquisição e o compartilhamento de informações/conhecimentos, apro- veitando os capitais intelectuais e a interação dos envolvidos, sendo este um excelente instrumento para o ambiente educacional”. Fonte: https://seer.ufs.br/index.php/conci/article/view/10221 31 Anote isso Anote e se faça algumas perguntas: O que é conhecimento? Como posso utilizar o conhecimento? O que tenho de conhecimento em minha mente e como o utilizo? Transmito os conhecimentos que tenho? Busco ampliar e aprimorar meus conhecimentos? Estas são perguntas que devemos fazer a nós mesmos com frequência, pois muitas vezes não utilizamos nossos conhecimentos corretamente e nem os transmitimos a outros, isso pode ocorrer e assim estaremos perdendo capacidade de construção de novos conhecimentos. Então, fique em alerta e sempre que puder transmita seus conhecimentos e adquira outros novos. Título: A árvore do conhecimento Autor: Humberto R. Maturana Editora: Palas athena Sinopse: A nossa vida vista por estes grandes cientistas e filósofos, como um processo de busca e aquisição de conhecimento construído ao longo das interações no mundo. Uma concepção original e desafiadora criada no rigor científico, mas ao mesmo tempo na combustão calorosa da insondável e arriscada aventura humana cujas consequências éticas começam a ser percebidas com crescente niti- dez, que faz repensar a pedagogia, a psicologia, a sociologia, a economia e a comunicação. 32 Título: Quebrando a banca Ano: 2008 Sinopse: Ben Campbell (Jim Sturgess) é um jovem tímido e superdotado do MIT que, precisando pagar a faculda- de, busca a quantia necessária em jogos de cartas. Ele é chamado para integrar um grupo de alunos que, todo fim de semana, parte para Las Vegas com identidades falsas e o objetivo de ganhar muito dinheiro. O grupo é liderado por Micky Rosa (Kevin Spacey), um professor de matemática e gênio em estatística, com quem consegue montar um código infalível. Contando cartas e usando um complexo sistema de sinais, eles conseguem quebrar diversos cassinos. Até que, encantado com o novo mundo que se apresenta e também por sua colega Jill Taylor (Kate Bosworth), Ben começa a extrapo- lar seus próprios limites. Isto está na rede http://humanas.blog.scielo.org/blog/2019/01/28/organizar-o-conheci- mento-da-humanidade-e-fundamental-para-a-sobrevivencia-da-socie- dade/ https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/conhecimento.htm https://www.infoescola.com/filosofia/tipos-de-conhecimento/ http://humanas.blog.scielo.org/blog/2019/01/28/organizar-o-conhecimento-da-humanidade-e-fundamental-para-a-sobrevivencia-da-sociedade/ http://humanas.blog.scielo.org/blog/2019/01/28/organizar-o-conhecimento-da-humanidade-e-fundamental-para-a-sobrevivencia-da-sociedade/ http://humanas.blog.scielo.org/blog/2019/01/28/organizar-o-conhecimento-da-humanidade-e-fundamental-para-a-sobrevivencia-da-sociedade/ https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/conhecimento.htm https://www.infoescola.com/filosofia/tipos-de-conhecimento/ 33 O QUE SÃO OS DADOS E INFORMAÇÕES AULA 04 34 De que adianta ter conhecimento se não sabemos utilizá-lo? É importante com- preendermos como o saber se torna ele próprio. Para isso vamos vislumbrar como o dado e as informações são indispensáveis para a construção de conhecimento. O processamento de dados tem sua importância atrelada à necessidade de ter informação para construção de conhecimento, diante disso a tecnologia da informação tem papel fundamental nesse processo, a qual se torna a “infovia na qual se encontram três elementos necessários para a gestão do conhecimento” Miotto Amaral et. al (2015, p. 108). Os dados são, em via de regra, situações, ele- mentos observações transcritas e registradaspara utilização futura. Portanto, o dado é a hierarquia mais baixa, pois se apresenta de forma bruta. A informação, por sua vez, se apresenta como o resultado finalizado do processamento desses dados, através de um processo sistemático, planejado, articulado pelo indivíduo ou pela inteligência artificial impondo métodos e metodologia qualitativos e ou quantitativos, neste sentido, Alessio (2004, p, 65), pontua que “a informação pode ser entendida como a evolução dos dados”. Neste fluxo, o processamento de dados se mostra em uma união de dados. Então, o processamento visa lapidar os dados que, em sua essência, são brutos e transformá-los em informações ou grupos de informações. Antes de tudo é de suma importância que você se atente que o conhecimento é algo completo e complexo, pois antes de chegar a ser conhecimento, tivemos um processo sistemático de transformação. Outra premissa destacável é a tecnologia como ferramenta facilitadora de processo de transformação do conhecimento. Quando falamos de dado refere-se à matéria-prima, à pedra a ser lapidada, ou seja, o dado nada mais é do que as observações, anotações, registros e medições que o indivíduo faz para promover a construção de conhecimento. Este é o ponto de partida que tem objetivo definido para as coletas. Por sua vez, a informação é definida como o conjunto dos dados que foram coletados pelo indivíduo. Quando se fala em conjunto é interessante saber que a união, agrupamento, correlação, inter-relação, divergência e convergência desses dados irão formar as informações que, por sua vez, serão fomento para que o indivíduo possa construir conhecimento. O conhecimento é tudo aquilo que aprendemos ao longo da vida e os usamos com objetivo específico, ou seja, para que seja conhecimento temos que utilizá-lo de modo a agregar valor para nós. Para melhor visualizar nossos escritos, vejamos a imagem a seguir: 35 Figura 6: dado, informação e conhecimento Fonte: desenvolvido pelo autor (2019) Ao observar a imagem fica claro que os dados e as informações são as maté- rias-primas para a construção de conhecimento, para isso, devemos agregar valor às informações e utilizá-las como fomento da aprendizagem. Pense nos dados como a base da massa, nela teremos os ingredientes ini- ciais que deverão, posteriormente, ser processados a fim de obtermos uma liga consistente que, consequentemente, servirá de base para o conhecimento. Ao agrupar e relacionar os dados vamos ter obviamente as informações, para tal é importante ter um processamento de dados sistemático e se possível utilizar de tecnologia para uma maior agilidade no processo e maior efetivação do processo de agregação de valor. Dados são um aglomerado de elementos que estão em sua forma rudimen- tar e bruta, tais elementos são obtidos através de objetivo pré-estabelecidos e definidos. Ao falar de dados podemos dividi-los em dados estruturados ou não. Os estruturados passam por uma coleta sistemática e padronizada, os não estru- turados são coletados sem um padrão específico. Diante disso, Medeiros (2018, p.1) fala sobre a gestão desses dados da seguinte maneira: A gestão de dados científicos cobre todo o chamado “ciclo de vida” dos dados, ou seja, desde a sua coleta até o armazenamento de longo prazo, passando por uma 36 série de processamentos de limpeza, curadoria, anotação, indexação e transfor- mação. Grande parte da pesquisa científica de hoje exige algum tipo de análise e processamento de dados. Observe agora a imagem a seguir, ela nos apresenta um mapa de como se manifesta o processamento de dados e sua conversão em conhecimento: Figura 7: processamento de dado Fonte: desenvolvido pelo autor (2019) De início os dados estão ainda em sua forma isolada e bruta, pois somente foram coletados de alguma maneira definida e agora passaram para o seu proces- samento. Observe que na etapa de processamento de dados temos a tecnologia como grande facilitadora desse processo e principalmente, organizadora ágil dos dados e suas correlações. Não podemos esquecer que para tal processamento é indispensável que tenhamos sempre definidos os objetivos, métodos e me- todologias pelas quais devem ser pautadas as orientações a fim de termos um processamento consistente e coerente com os objetivos propostos inicialmente. Vejamos a imagem a seguir: 37 Figura 8: Fluxo de processamento de informações Fonte: Revista administração de empresas (1970) Por fim, queremos que gaste um tempo maior para analisar e observar o co- nhecimento, pois ele só será gerado se tiver valor agregado à informação e obser- ve ainda, que o conhecimento se relaciona e age no processamento dos dados, pois é ele que conduzirá o processo de análise desses dados e suas possíveis relações. Outra perspectiva é o conhecimento como grande fomentador de todos os outros processos, veja a imagem a seguir: 38 Figura 9: O conhecimento Fonte: Elaborado pelo autor (2019) Nesta perspectiva podemos observar que o conhecimento é o grande universo pelo qual os demais irão se apropriar a fim de obtê-lo para que as demais etapas do processamento de dados possam ser concretizadas com máxima eficácia. Observe também a presença da tecnologia da informação, ela está presente em nossas vidas cotidianamente e nos permeia de informações auxiliando nos tra- balhos e principalmente no processo de ensino e de aprendizagem. Anote isso Segurança é indispensável para que possamos ter uma GC garantida e preservada. O Windows Defender é o antivírus nativo do sistema da Mi- crosoft e vem ativado por padrão no PC Windows 10. Fonte: https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2019/05/como-ati- var-o-windows-defender.ghtml https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2019/05/como-ativar-o-windows-defender.ghtml https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2019/05/como-ativar-o-windows-defender.ghtml 39 Isto está na rede O futuro do mundo é o mais conectado possível. E não estamos falando apenas das simples vantagens de comunicação que a internet nos oferece através de nosso PC ou celular: como está ficando bastante claro mesmo hoje, várias tecnologias que antes pareciam saídas de um filme de ficção científica estão, nos últimos anos, tomando o mercado, como o caso da inteligência artificial, do Blockchain ou mesmo do Big Data. Fonte: https://www.tecmundo.com.br/mercado/125195-novas-tecnolo- gias-impactando-nosso-mundo.htm Título: Libreoffice Base 4.2. Gerenciando Dados Autor: Wellington José dos Reis Editora: Viena; Edição: 1ª (10 de outubro de 2015) Sinopse: O A Base é o gerenciador de banco dados da suíte LibreOffice. Com ele é possível organizar e guardar dados. Entre seus recursos estão ferra- mentas e modelos que permitem a criação de inú- meros tipos de sistemas para organizar e contro- lar dados e informações de estoque de produtos, contatos profissionais ou atividades comerciais. Dividido em capítulos, o livro LibreOffice Base 4.2 - Gerenciando Dados possibilita uma compreensão gradativa dos comandos e ferramentas do software. Título: Jobs Ano: 2013 Sinopse: De hippie sem foco nos estudos a líder de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Este é Steve Jobs (Ashton Kutcher), um sujeito de personalidade forte e dedicado, que não se incomoda de passar por cima dos outros para atingir suas metas, o que faz com que tenha dificuldades em manter relações amorosas e de amizade. https://www.tecmundo.com.br/mercado/125195-novas-tecnologias-impactando-nosso-mundo.htm https://www.tecmundo.com.br/mercado/125195-novas-tecnologias-impactando-nosso-mundo.htm 40 Isto está na rede https://exame.abril.com.br/carreira/16-filmes-indispensaveis-para-estu- dantes-de-tecnologia/ https://www.techtudo.com.br/softwares/apps/seguranca/ https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/08/lei-de-protecao-de-da- dos-na-internet-e-aprovada-no-brasil-entenda.ghtml https://blog.scielo.org/blog/2018/06/22/gestao-de-dados-cientificos-da--coleta-a-preservacao/#.XOQHEshKiMo https://exame.abril.com.br/carreira/16-filmes-indispensaveis-para-estudantes-de-tecnologia/ https://exame.abril.com.br/carreira/16-filmes-indispensaveis-para-estudantes-de-tecnologia/ https://www.techtudo.com.br/softwares/apps/seguranca/ https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/08/lei-de-protecao-de-dados-na-internet-e-aprovada-no-brasil-entenda.ghtml https://www.techtudo.com.br/noticias/2018/08/lei-de-protecao-de-dados-na-internet-e-aprovada-no-brasil-entenda.ghtml 41 PROCESSAMENTO DE DADOS AULA 05 42 Processar dados se tornou tarefas corriqueiras das organizações é utilizada em pesquisas de mercado, em dissertações e teses, pesquisa de satisfação de clientes, no setor acadêmico em geral e, principalmente, pelo indivíduo para obter informação e posteriormente utilizar toda essa informação como fomento e ma- téria-prima para construção do conhecimento. Diante disso, Bukowitz e Williams (2002, p. 49) dissertam que: Os dados, a informação e o conhecimento – sejam os números grosseiros necessá- rios para calcular o orçamento de um departamento ou as habilidades sofisticadas necessárias para criar um novo produto de software – são o que capacita os mem- bros da organização a resolver problemas, satisfazer as solicitações dos clientes ou responder a mudança no mercado. Obter informações não é novidade para as organizações. Portanto, o processamento de dados para obtenção de informação já é algo intrínseco das organizações e possui papel fundamental no processo decisório, planejamento de ações e organização do processo de construção do conhecimen- to organizacional. É importante destacar que mesmo com tanta importância, os dados devem ser processados com objetivos definidos e agregadores de valor, pois as informações serão utilizadas de forma efetiva para geração de resultados ou fomento para elucidação de problemas. Analise a imagem a seguir: Figura- processamento de dados Fonte: desenvolvido pelo autor (2019) 43 Nesta figura observe os elementos constituintes dela, de um lado temos os indivíduos, organizações e objetivos como grandes fomentadores e idealizadores, agentes que necessitam das informações para posteriormente utilizá-las como matéria-prima para a construção do conhecimento. Entre esses três elementos temos ainda o processo de ensino-aprendizagem como grande mecanismo de compartilhamento de conhecimento para obtenção de novas informações e no- vos conhecimentos. Do outro lado, a tecnologia irá agir como grande facilitadora de obtenção e processamento de dados. A tecnologia irá processar os dados com mais rapidez e destreza, desde que seja parametrizada e configurada cor- retamente e objetivada de acordo com o que a organização deseja. É importante destacar que o processamento de dados irá se apresentar de forma qualitativa e quantitativa, isso será objetivado no momento pelo qual o pesquisador delimitará qual a metodologia que será utilizada para o trabalho e quais os caminhos que a pesquisa deve seguir a partir dos objetivos pelos os quais se devem pautar a coleta de dados. Não podemos esquecer da tecnologia de informação, pela qual será facilitado e agilizará todo o processamento desses dados, a fim de termos com mais exatidão e coerência as informações que posteriormente será utilizada como matéria-prima para a construção do conhecimento. Falando em tecnologia da informação, Kusunoki (2008, p. 289) apresenta três paradoxos da TI, tais paradoxos facilitam a compreensão do processamento de dados e seus paradoxos. O autor relata três paradoxos, a saber: “quanto mais di- gital, mais analógico”, “quanto mais global, mais local” e “quando mais expandido, mas concentrado”. O primeiro paradoxo trabalha com a necessidade de termos documentos e ambientes digitais que criam um novo contexto, para que se tenha tais elementos digitais temos que ter uma arquitetura que favorece tal digitali- zação, neste sentido “o conhecimento analógico convencional” orientará todo o processo de arquitetura do processo de digitalização. O outro paradoxo é visão glocal, o autor disserta que a disseminação de dados, informações e conhecimen- tos podem ser transmitidos globalmente, mas todos foram obtidos localmente num contexto específico. O terceiro paradoxo enfatiza que não adianta ter muitos clientes se não tiverem consistência e, principalmente, informações completas sobre tais clientes, também neste paradoxo, o autor, disserta que a arquitetura se mostrará “frouxa, inconsistente, sem a consciência clara dos valores dos clien- tes. O quadro a seguir nos dá alguns exemplos de softwares de processamento de dados: 44 Quadro: exemplos de software para processamento de dado Achados e pedidos Google Sheets SAS Visual Analytics Ai2HTML Googleform Sisense ArborJS Grow Softwares de moni-toramento Armazenamento na nuvem Hadoop Soluções de backup remoto BeautifulSoup IBM Watson Analytics Storymap BeyondCore IFTTT Tableau Public Big Data Import.io Tabula BitBucket Infogram TensorFlow ColorBrewer Jupyter Tesseract Convextra KNIME Analytics Plat-form TexTexture D3js Machine learning TIBCO Spotfire DataMelt Neo4J Timeline Knightlab Datawrapper NLTK Timeline Storyteller DB Browser Numpy TreeMap Document Cloud OpenRefine Trifacta Wrangler E2D3 Orange Tulip ERPs Pandas Typing.io Ferramentas de sincronização de arquivos na nuvem Piktochart Ushahidi Google Earth Plotly Webscraper Google Fusion Tables RStudio Workbench Fonte: desenvolvido pelo autor (2019) Ao ver uma lista com tantas ferramentas de tecnologia é importante que to- mem a consciência de que a tecnologia existe, mas deve ser compreendida e implementada como recursos estratégico e utilizada em vias de fato, pois nada adianta termos tal tecnologia e usurparmos de todas as suas possibilidades. Então, o processamento de dados é um conjunto de eventos e funções que são programadas para serem executadas para organização de dados, suas seme- lhanças ou não, as ocorrências desses dados, medição e tantas outras para que possa ao seu final, diante de um objetivo específico, ter a informação. Vale men- cionar que não há uma obrigatoriedade em se ter uma tecnologia de informação embarcada no processamento de dados, pois pode ser realizado manualmente, por exemplo, quando vamos organizar um álbum de fotos da família, o processa- mento será realizado através de objetivos e delimitações de onde as fotos devem estar, como devem se agrupar. De início estão todas juntas sem organização http://achadosepedidos.org.br/ https://www.google.com/sheets/about/ http://ai2html.org/ https://www.google.com/forms/about/ http://arborjs.org/ http://hadoop.apache.org/ https://www.crummy.com/software/BeautifulSoup/bs4/doc/ https://storymap.knightlab.com/ http://ifttt.com/ https://www.import.io/ http://tabula.technology/ https://bitbucket.org/ https://infogram.com/ https://www.tensorflow.org/ http://colorbrewer2.org/ http://jupyter.org/ https://github.com/tesseract-ocr/ http://convextra.com/ http://textexture.com/index.php https://d3js.org/ https://neo4j.com/ https://timeline.knightlab.com/ https://www.datawrapper.de/ http://www.nltk.org/ https://timelinestoryteller.com/ http://sqlitebrowser.org/ http://www.numpy.org/ https://www.treemap.com/ https://www.documentcloud.org/ http://e2d3.org/en/ http://code.minnpost.com/tulip/ https://pandas.pydata.org/ https://typing.io/ https://piktochart.com/ https://www.ushahidi.com/ https://www.google.com/earth/ https://plot.ly/ https://chrome.google.com/webstore/detail/web-scraper/jnhgnonknehpejjnehehllkliplmbmhn https://sites.google.com/site/fusiontablestalks/stories https://www.rstudio.com/ http://cjworkbench.org/ 45 prévia, assim como coleta de dados, a princípio não dizem muita coisa, depois passam a fazer sentido e coerência entre si. O processamento de dados através de tecnologias parte da premissa de se ter computadores e artefatos eletrônicos para o processamento, com a evolu-ção dos computadores e da internet, a obtenção de informação se tornou algo rápido e até certo ponto fácil. Outro ponto que contribuiu com o processamento de dados são as bases e repositórios de conhecimento, pelos quais podemos acessá-los e através do conhecimento ali depositado podemos: validar, construir, ampliar e armazenar conhecimento. Os repositórios do conhecimento são uma grande etapa da evolução da gestão do conhecimento, no qual podemos depo- sitar conhecimento, um repositório pode ser criado por você mesmo, utilizando armazenamento off-line e online, fica evidente que temos uma maior segurança no armazenamento online, ou seja, em nuvem, pois estará disponível a qualquer momento, em qualquer lugar do mundo com acesso à internet. Ainda falando em repositório, um simples caderno de anotações pode ser considerado um re- positório de conhecimento, pois nele estará descrito eventos e acontecimentos, dados que podem ser utilizados por quem o criou, de forma rudimentar talvez, mas eficaz no tocante a obtenção de informações para construção de conheci- mento. A imagem a seguir nos mostra como acontece o processamento de dado até termos o conhecimento. 46 Figura- o processamento de dados para obtenção de conhecimento Fonte: desenvolvido pelo autor Ao analisar esta imagem podemos observar que o processamento de dados é um processo sistemático pelo qual a tecnologia irá interferir para agilizar e facilitar as entradas dos dados, os quais serão organizados e manipulados para que sua saída seja uma informação coerente com os objetivos pelos quais os dados foram coletados e principalmente, que tais informações possam agregar valor a quem utilizá-las e ter como resultado a construção de conhecimento. Por sua vez, quando falamos de um processamento de dados de forma manual é interessante que identificamos como pode ser realizado e organizado de modo a termos eficiência e sua execução. Para isso devemos ter delimitado os pontos que serão organizados os dados, onde eles estarão ou ficarão. Indiferente da forma como o processamento de dados será desenvolvido é importante que tenhamos em mente como utilizaremos as informações resul- tantes desse processo e, principalmente, qual conhecimento será construído ou ampliado e, até mesmo, validado. 47 Título: Banco de dados Autor: Luciano Frontino De Medeiros Editora: Intersaberes Sinopse: Com a crescente competitividade de mer- cado, fidelizar clientes é um dos maiores valores de uma empresa. E o uso de um banco de dados é uma vantagem competitiva na hora de cadastrar informa- ções precisas sobre seus hábitos de consumo. Nesse sentido, esta obra demonstra como o modelo E-R, a linguagem da álgebra relacional e a linguagem SQL podem ser explorados numa empresa, com uma abordagem que alia con- ceitos teóricos a modelagens práticas, atendendo às necessidades das vá- rias disciplinas que têm como suporte o conhecimento relacionado a banco de dados. Título: Piratas do vale do silício Ano: 2007 Sinopse: A ascensão da Apple e da Microsoft, as duas maiores empresas de informática do planeta. Em bus- ca da liderança do mercado Steve Jobs (Noah Wyle) e Bill Gates (Anthony Michael Hall), fundadores das em- presas, enfrentam-se em uma guerra de bastidores. 48 Isto está na rede • https://blog.scielo.org/blog/2018/11/27/plano-s-e-taxas-de-processa- mento-de-artigo-apcs/#.XOgEzohKiMo • https://blog.scielo.org/blog/2018/06/22/gestao-de-dados-cientificos- -da-coleta-a-preservacao/#.XOgE0IhKiMo • http://www.scielo.br/pdf/ac/v18n1/1678-8621-ac-18-01-0153.pdf • http://www.scielo.br/avaliacao/Criterios_SciELO_Brasil_versao_revisa- da_atualizada_outubro_20171206.pdf • http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v52/en_1980-220X-reeusp- -52-e03353.pdf http://www.scielo.br/pdf/ac/v18n1/1678-8621-ac-18-01-0153.pdf http://www.scielo.br/avaliacao/Criterios_SciELO_Brasil_versao_revisada_atualizada_outubro_20171206.pdf http://www.scielo.br/avaliacao/Criterios_SciELO_Brasil_versao_revisada_atualizada_outubro_20171206.pdf http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v52/en_1980-220X-reeusp-52-e03353.pdf http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v52/en_1980-220X-reeusp-52-e03353.pdf 49 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO AULA 06 50 Esses são dois aliados na hora de evoluir o negócio de forma estratégica e pau- tada em conhecimento, pois corroboram para um melhor desempenho do papel no mundo dos negócios, estamos falando do planejamento estratégico e a gestão do conhecimento. Não adianta fazer e organizar um planejamento estratégico se antes disso não ter definido os caminhos que a organização irá seguir e, principal- mente, utilizar tal planejamento como conhecimento, assim, temos uma melhor efetividade entre saber quais caminhos seguir e, de fato, segui-lo com qualidade e construindo conhecimento para que possamos ter outras possibilidades e novos caminhos, caso algo dê errado. O planejamento estratégico nada mais é do que delimitarmos quais os cami- nhos serão seguidos e, principalmente, quais recursos possuímos para seguir em frente. O primeiro passo sempre é mais difícil, pois temos que prever muitas situações e outras já evidentes devem ser observadas e compreendidas a fim de termos um bom planejamento pautado em condições que de fato possam gerar valor para o negócio. Planejar vai além de manter o negócio nos trilhos, mostra quais os caminhos a seguir ou não, identifica pontos fortes e fracos da organiza- ção e também quais são os recursos disponíveis para que a organização possa desenvolver suas atividades. Uma boa maneira de iniciar o planejamento e ter em mente quais são os objetivos da organização, pode ser definido através da missão, visão e valores. São pontos indispensáveis para seguir adiante e são elementos importantíssimos para compor a base do planejamento estratégico do negócio. Ao falar de missão, visão e valores é importante destacar que a gestão do conhecimento irá nortear todo o processo de construção estratégica de cada item, uma vez que o conhecimento oriundo do indivíduo será utilizado como co- nhecimento organizacional a fim de melhor utilizar um recurso tão importante, o capital intelectual. A organização deve, pois é uma obrigação, conhecer a fundo a si mesma, seus gestores e executivos, pois são os indivíduos responsáveis por compreender o negócio e assim delimitar metas e objetivos, claros e atingíveis para que o negócio evolua de forma satisfatória e em detrimento ao que foi pro- posto. Neste sentido, é valioso destacar que o planejamento se apresenta de três momentos, a saber: o curto, o médio e o longo prazo, cada momento irá deman- dar compreensão do seu tempo e delimitação dos caminhos que serão seguidos. Para ser fazer planejamento da gestão do conhecimento é importante que tenhamos um modelo de gestão do conhecimento embarcado. Cada modelo irá demandar processos pelos quais os indivíduos ou grupos deles, terão que analisar 51 como o modelo pode gerar valor às informações e assim resultar em um processo de construção do conhecimento organizacional. Diante disso, Mendonça et. al. (2017, p. 52) dissertam que o: Planejamento é uma excelente ferramenta, mas deve ser usada corretamente e o gestor deve se organizar e estudar a forma de como irá utilizá-la para que não co- meta erros, não tome decisões que podem levar ao fracasso. Planejar é colocar em ordem todas as ações e objetivos futuros pretendidos e organizá-los de forma que ao colocá-las em prática no dia a dia se chegará ao resultado desejado. A organização deve acompanhar seus processos de obtenção de conhecimento a fim de alinhá-los com seus objetivos pelos quais seguem seus caminhos. Neste sentido, Mendonça et. al. (2017, p. 55) afirmam que: O planejamento estratégico é considerado uma ótima ferramenta, que auxilia o administrador a estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, pretendendo adquirir resultados significativosno vínculo da entidade com o seu ambiente interior e exterior. Portanto, é importante seguir os caminhos traçados de forma planejada e ser estratégico nas tomadas de decisão para novos rumos, novas situações, na eluci- dação de problemas, na construção de conhecimento e na utilização de tecnologia da informação. Ao falar de planejamento estratégico da gestão do conhecimento é importan- te que tenhamos em mente sempre os motivos e objetivos pelos quais a gestão do conhecimento irá agir. Não adianta ter o planejamento e não ter a gestão do conhecimento com mera expectadora dos acontecimentos, pois é importante usar a gestão do conhecimento como mecanismo estratégico para promoção da construção do conhecimento organizacional. A figura a seguir nos convida a refletir sobre o que está envolvido num processo de planejamento. 52 Figura: planejamento estratégico Fonte: desenvolvido pelo autor (2019) Podemos observar na imagem que o ato de planejar deve ser sistemático e ser executado através de processo. É claro que ao deixar definido alguns processos podemos adentrar em uma rigidez na execução, portanto, a flexibilidade deve ser tomada sempre que uma nova ideia, informação e até mesmo um novo conhe- cimento surgir para melhorar o processo, assim, termos o princípio de melhoria continuada. Na figura observamos que a tecnologia de informação está atrelada aos sistemas gerenciais que as organizações possuem e utilizam a fim de pro- cessamento de dados coerentes com seus objetivos e metas, e principalmente, segurança na busca pelos dados para tomadas de decisão. Neste sentido, Silva et. al. (s.d.p.5) afirmam que dentro de uma empresa, o planejamento deve respeitar alguns princípios, visando conseguir o alcance dos objetivos de maneira eficiente e eficaz. Outro ponto importante são os objetivos, mesmo que há uma tendência de 53 termos um processo rígido, é importante que tenhamos em mente qual o ponto que devemos atingir, ter um norte faz toda a diferença nas tomadas de decisão. Não podemos esquecer das pessoas que estão envolvidas no processo, quais são as suas destrezas, habilidades e experiências é importante que se conheça o indivíduo que irá participar do planejamento, pois é ele ou ela quem irá fomentar o processo de construção do conhecimento. Por fim, é valioso que tenhamos em mente que a execução também tem o seu papel fundamental que é colocar em prática tudo o que foi organizado a fim de termos em vias de fato o planejamento para tomada de decisão, elucidação de problemas e construção de conhecimento. Uma ferramenta muito utilizada para planejamento estratégico é o PDCA, no qual iremos sistematizar o processo e seguir alguns passos para que possamos de fato ter um planejamento consistente e coerente. Diante disso, Cardoso et. al. (s.d. p. 5) dissertam que: O termo P, do ciclo, significa planejamento e consiste em estabelecer metas sobre os itens de controle e estabelecer a maneira para se atingir as metas propostas [...]. O termo D, do ciclo, significa execução e consiste em executar as tarefas exatamente como prescritas no plano e coletar dados para verificação do processo [...]. O termo C, do ciclo, significa verificação, na qual a partir dos dados coletados na execução comparam-se os resultados alcançados com a meta planejada [...]. O termo A, do ciclo, significa atuação corretiva, esta é a etapa onde se detectou o desvio e atuará no sentido de fazer correções definitivas, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer. Cada etapa do ciclo PDCA deve ser executada sempre levando em consideração os objetivos envolvidos e as formas como devem ser realizados os processos. Neste PDCA, podemos, aos seus meios, identificar que houve a construção de conhecimento organizacional, pois nele os indivíduos aplicarão o conhecimento que possuem através de suas destrezas e habilidades. Cardoso et. al. (s.d. p. 6) destacam ainda que temos outras ferramentas que podem nos auxiliar no processo de planejamento estratégico e suas execução, a saber: análise de Pareto, diagrama de Ishikawa, 5w2h. Além dessas citamos também o cronograma, o check list e as ferramentas em nuvem para gerenciamento de projetos e execução. É sempre bom pensar na tecnologia e inteligência artificial como facilitadoras do pla- nejamento estratégico. Os autores apresentam tais ferramentas da seguinte maneira: 54 O gráfico de Pareto é uma técnica simples, que pode ser facilmente aplicada e que não deixa de ser importante principalmente por focar em problemas que podem parecer mínimos e facilmente resolvidos, mas que podem prejudicar em gran- des proporções, como neste caso, a prestação de um atendimento de qualidade. [...].Também conhecida como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha-de-peixe, esta técnica é utilizada para identificar as causas principais e potenciais que estejam afe- tando negativamente os processos, ou seja, não somente a “causa verdadeira” que se espera obter, mas também aquelas que podem gerar problemas futuros ou que já estão sendo gerados, porém ainda não foram percebidos. [...]. Esta ferramenta é extremamente útil, uma vez que elimina por completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo ou uma atividade. Indiferente da ferramenta, método e metodologia é importante compreender que o planejamento estratégico deve ter um viés de construção do conhecimen- to organizacional, ou seja, ser executado de modo que os indivíduos envolvidos possam construir e ampliar conhecimento a partir do planejamento. Portanto, devemos manter sempre o princípio de planejamento estratégico para que te- nhamos uma sustentabilidade. Diante disso, Silva et. al. (s.d.p.12) concluem que: A organização que se planeja, tendo como base a visão estratégica, define ações a serem tomadas e com isso alcança os objetivos desejados de maneira eficiente, com o mínimo de recursos necessários fazendo com que haja o engajamento de toda organização em busca do mesmo objetivo, tornando o processo estratégico contínuo. Então não basta ter bom planejamento e ele não for executado de forma efi- ciente para gerar as informações corretas e precisas, deve ser organizado de modo a termos uma construção e ampliação do conhecimento organizacional e evolução dos profissionais e da própria organização, partindo e sempre pensando em uma sustentabilidade do conhecimento. 55 Título: A arte da guerra Autor: Tzu Sun Sinopse: O maior tratado de guerra de todos os tem- pos em sua versão completa em português. “A Arte da Guerra” é sem dúvida a Bíblia da estratégia, sendo hoje utilizada amplamente no mundo dos negócios, conquis- tando pessoas e mercados. Não nos surpreende vê-la citada em filmes como Wall Street (Oliver Stone, 1990) e constantemente aplicada para solucionar os mais re- centes conflitos do nosso dia a dia. Conheça um dos maiores ícones da estratégia dos últimos 2500 anos. Nesta versão de luxo de 160 páginas, o livro possui capa flexível, no formato 16X23, papel de alta qualidade em gramatura 90g. No final da edição o leitor tem 3 espaços com 23 páginas para fazer suas anotações sobre aplicabilidades dos ensinamen- tos de Sun Tzu na vida pessoal, profissional e nos estudos. Sunzi disse: “A guerra se baseia no engano, se faz pelo ganho e se adapta pela divisão e combinação. ” “Tal como a água procura as profundezas e evita os cumes, um exército ataca o vazio e evita o cheio. A água se move de acordo com a terra; um exército se movimenta de acordo com o inimigo. ” “Quando o ge- neral é fraco, sem autoridade junto aos soldados, suas regras são confusas e sua moral é baixa, o exército é confuso. ” Título: Invictus Ano: 2009 Sinopse: Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e eco- nomicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi,
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