Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FAPAN- FACULDADE DO PANTANAL MATOGROSSENSE RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: ENCAPSULAMENTO LEANDRO CESTARE COELHO Relatório elaborado como requisito avaliativo de nota para o 7ª semestre de farmácia, sob orientação do Professor Esp. Bruno Tiago Pessoa. CÁCERES - MT 2020 1. INTRODUÇÃO As manipulações magistrais têm se expandido aceleradamente e representa, na atualidade, uma área de grande relevância paras as normas farmacêuticas. Sendo assim, os fármacos manipulados têm se mostrado como uma opção farmacêutica, sendo manipulados em farmácias magistrais as maiorias das formas farmacêuticas existentes (ROSA et al., 2010). No que tange as formas farmacêuticas sólidas no emprego de tomada via oral evidenciam-se as cápsulas, especialmente os modelos de cápsulas duras, por contém uma simplicidade em sua composição, na qual concede ao preparo magistral inúmeras elaborações de doses individualizadas (ROSA et al., 2010). Em fator desse alto crescimento das formas farmacêuticas sólidas, a partir disso vem os riscos ao ingerir/consumir produtos manipulados fora das conformidades exigidas, com isso fez crescer a preocupação, pelas autoridades fiscalizadoras (ANVISA), em motivo dos cumprimentos das Boas Práticas de manipulação, especificamente das cápsulas gelatinosas duras, se tonando essencial e lei determinas, tempo de prateleira/validade e documentar todos os procedimentos realizados a fim de padronizar o procedimento (BRASIL, 2005). Acredita-se ser de suma magnitude estabelecer e legalizar todas as metodologias/procedimentos de manipulação e documenta-los, com propósito de normalizar todo o processo e posterior ser utilizado para capacitação dos manipuladores (PINHEIRO et al., 2008). Diante desse cenário, com o progresso tecnológico, com a frequência do surgimento de princípios atuais direcionado ao campo da Tecnologia farmacêutica e no emprego de fabricação de fármacos/medicamentos, isso demonstra que os profissionais procurem cada vez mais conhecimentos técnicos, com a finalidade de em todo o tempo estarem informados, sendo de extrema importância essa atualização pois demonstra um grande embate direto na aplicabilidade das Boas Práticas de Fabricação (BRASIL, 2011). O objetivo do trabalho e da aula laboratorial realizada foi observar e colocar em prática os ensinamentos adquiridos na matéria de farmacotécnica, sendo um deles, encapsulamento de forma farmacêutica sólida. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Procedimento Para Manipulação 1. Passo: processo em que o manipulador deverá pesar os pós especificados na ficha de pesagem, observando as respectivas quantidades; 2. Passo: a pesagem deverá ser precisa e muito cuidadosa; 3. Passo: ao iniciar a pesagem, tarar a balança com papel de pesagem sobre o prato; 4. Passo: pesar os pós um a um com o auxílio de espátula. 5. Passo: os pós devidamente pesados deverão ser pulverizados em gral de porcelana ou de vidro individualmente; 6. Passo: misturar os pós em um único gral seguindo a REGRA DO MISTÃO ou REGRA GEOMÉTRICA (maior sobre o menor); 7. Passo: passar o conteúdo para uma provera graduada a verificar o volume obtido por aquela quantidade de pó; 8. Passo: verificar a necessidade de diluente e escolher a cápsula ideal de acordo com o volume obtido no passo 7 dividido pela quantidade de cápsulas da formulação; 9. Passo: com o auxílio de um saco plástico, misturar bem os pós e o distribuir sobre a placa encapsuladora; 10. Passo: encapsular; 11. Passo: lustrar as cápsulas; 12. Passo: Realizar o controle de qualidade. OBS: A Farmacopeia Brasileira (FB) 4ª edição determina que a quantidade necessária para realizar o teste de peso das cápsulas duras é de 20 unidades, independente do total da amostra produzida. Também preconiza a determinação do peso médio, uma variação individual de mais ou menos 10% para o valor declarado de cápsula de até 300mg e de mais ou menos 7,5% para o valor declarado de cápsula acima de 300mg (BRASIL, 1988). 13. Passo: acondicionar. 2.2 Prescrição Receituário Identificação do Emitente Nome Completo: Dr. José Fagundes CRM: 2568 UF: MT End: Av. Manoel Aparecido, 85 Cidade: Cáceres UF: MT Tel: (65) 3223-5896 1ª Via - Paciente ________________________ Carimbo Médico Paciente: Kelly Oliveira Martins Endereço: Rua Comandante Balduino,561 - Centro UF: MT Prescrição: Uso Interno (oral) 20 Data: 19/10/2020 Identificação do Comprador Nome Completo: Identidade: UF: Em Endereço: Cidade: Tel: Identificação do Fornecedor : Assinatura do Farmacêutico Car Data: ___/___/___ 1. Paullinia cupana Kunth (Guaraná em pó) 500mg 30 cápsulas Excipiente qsp 1 cápsula Tomar 1 cápsula ao dia Validade: 6 meses 2.3 Indicações Cápsulas para auxiliar como: Antioxidante; Funciona como energético natural; Facilita a capacidade de concentração e de raciocínio; Ajuda a diminuir o excesso de glicose e colesterol; Regula o intestino; Estimulando o movimento intestinal, o que é um efeito benéfico para as pessoas que sofrem de prisão de ventre; Além disso, o guaraná é bem-sucedido no tratamento de outras complicações do intestino, incluído gases e diarreia, pois ajuda a desintoxicar e a limpar o sistema. 2.3.1 Ajuda no controlo de peso: O uso do pó de guaraná ajuda a reduzir o peso por ser rico em cafeína e antioxidantes que aceleram o metabolismo e favorecem o uso da gordura como combustível para o corpo. Além disso, ele tem um efeito de redutor da fome, afastando a vontade de comer entre as refeições. Induz o processo de lipólise, processo este que envolve a libertação de gordura na corrente sanguínea, onde é utilizada como energia durante o exercício físico. 2.4 Advertências 1. Siga corretamente o modo de usar. 2. Pessoas com hipersensibilidade à substância não devem ingerir o produto. 3. Não use o produto com o prazo de validade vencido. 4. Manter em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz, do calor e da umidade. Nestas condições, o produto se manterá próprio para o consumo, respeitando o prazo de validade indicado na embalagem. 5. O produto deve ser mantido fora do alcance das crianças. 6. Este produto não deve ser utilizado por grávidas, lactantes e menores de 18 anos. 3. RESULTADOS OBTIDOS A partir da prescrição analisada iniciou-se o processo de manipulação das cápsulas, primeiramente realizou-se os cálculos para saber a quantidade necessária para pesagem, a baixo: (Guaraná em pó) 500mg x 30cps = 15.000mg – 15g O volume ocupado pelo fármaco (na proveta) foi de 19ml. 19ml / 30cps = 0,633ml 0,950ml x 30cps = 28,5ml 19ml – 28,5ml = 9,5ml de excipiente. Ao analisar os dados obtidos dos cálculos, a melhor cápsula para acondicionamento dofármaco seria a de número 0, mas por motivo da instituição não a ter disponível para uso no laboratório, utilizou-se a cápsula de número 00, por este motivo a quantidade de excipiente usado foi maior, sendo assim os acadêmicos orientados pelo docente. Após todo esse processo de pesagem e encapsulamento averiguou-se o controle de qualidade, onde foi analisado 10 cápsulas das 30 produzidas, orientados pelo docente, mas de acordo com a Farmacopeia Brasileira o teste de peso das cápsulas duras é de 20 unidades, independente do total da amostra produzida. 3.1 Controle de Qualidade 1- 0,798 6- 0,799 2- 0,799 7- 0,790 3- 0,771 8- 0,801 4- 0,780 9- 0,785 5- 0,794 10- 0,793 Para realizar a média soma-se os todos os valores das cápsulas e divide-se por 10. O valor total somado foi 7,91 dividindo-se por 10 terá um valor final de 0,791. Lembrando que a partir do valor da média se calcula 10% a menos e 10% a mais, as cápsulas devem estar dentro da faixa de controle, sendo esta 0,711 a 0,870. Caso não esteja dentro dos parâmetros todo lote é descartado. 4. CONCLUSÃO A partir dos dados obtidos foi possível concluir que a produção e encapsulamento foi realizada de forma correta, levando em consideração os resultados obtidos onde ao final da análise notou-se que todas as cápsulas estavam dentro dos padrões de controle de qualidade. Ademais, a prática foi de suma importância para aprendizagem do acadêmico, logo que os estudos realizados de forma teórica puderam ser colocados em prática, por fim é de grande relevância para a carreira farmacêutica. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O x da manipulação: regras para farmácias magistrais acendem discussão sobre segurança dos medicamentos. Boletim Informativo da Anvisa, n. 56, p. 6-8, 2005. BRASIL. Guia de validação e Controle de Qualidade Analítica: Fármacos em Produtos para Alimentação Animal e Medicamentos Veterinários. Brasília: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2011. PINHEIRO, G. M.; BENAVIDE, V. G.; VOLPATO, N. M. CABRAL, L. M.; SANTOS, E. P. Indicadores para controle de processo na manipulação de cápsulas em farmácia. Revista Brasileira de Farmácia, v. 89, n. 1, p. 28-31, 2008. ROSA, M.; FLORES, F. C.; BECK, R. C. R.; ADAMS, A. I. H.; SILVA, C. B. Influência do processo de mistura de pós na preparação magistral de cápsulas de ibuprofeno. Saúde (Santa Maria), v. 36, n. 2, p. 7-17, 2011.
Compartilhar