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Avaliação pré-operatória

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Avaliação pré-operatória
O preparo é divido em 3 situações: o preparo geral; o preparo específico para o procedimento; o preparo de acordo com 
a condições do paciente. 
 o 1º passo é uma abordagem 
clínica para avaliar se o paciente será 
submetido ao procedimento cirúrgico. Se 
realiza a anamnese e exame físico, 
avaliação dos sistemas orgânicos, 
antecedentes patológicos, medicações em 
uso e exames complementares quando 
indicados. 
Exames complementares deve ser 
solicitado em determinadas circunstâncias 
como idade, tipo de cirurgia e doenças 
prévias. Quaisquer exames realizados nos 
últimos 12 meses são aceitos. Não vale a 
pena se não tem indicação. 
Nas cirurgias de emergência ou em pacientes com déficit cognitivo, podem ser pedidos alguns exames para avaliar o 
estado clínico geral do paciente. 
 os preditores mais importantes são: idade, estado físico do paciente, o porte da 
cirurgia e a natureza (eletiva ou emergência). 
Avaliação de ASA Tipo de cirurgia 
 
Risco cardiovascular as complicações cardiovasculares correspondem a causa mais importante de morbimortalidade, 
pois os pacientes com doenças cardiovasculares prévias tem apresentam uma capacidade aumentar o débito cardíaco em 
respostas que ocorrem no pré-operatório podem não ser suficientes para manter a perfusão tecidual adequada quando 
for submetido a um procedimento maior. 
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Realizado também a avaliação do estado funcional, que mede a capacidade física do paciente. Importante para 
estratificação de risco para o paciente e, portanto, pode definir a indicação de uma avaliação mais detalhada ou não.
HAS: é ideal que o paciente esteja com PA inferior a 140/90 mmHg no momento da cirurgia. Não sendo ideal reajustar 
doses logo antes da cirurgia e o paciente deve manter as medicação até a data da cirurgia (inclusive no dia da cirurgia). 
Cardiopatia isquêmica: paciente com angina estável crônica não se tem nenhuma contraindicação. A terapia 
antianginosa deve ser mantida no pré-operatório. Em função do risco, paciente com 6 meses desde o IAM, deve-se 
reagendar procedimento previamente marcado. 
Insuficiência cardíaca congestiva: nos pacientes não compensados, mortalidade chega 15%. Deve-se considerar o uso 
de diuréticos. Pacientes devem ir para UIT com monitorização não invasiva até 72h após. 
Valvulopatias: estenose aórticas críticas, pois os pacientes não conseguem aumentar seu débito cardíaco na REMIT. 
Doença vascular periférica: pacientes com isquemia de membros ou aneurisma de aorta, por exemplo, sugerem que o 
paciente também tenha doença coronariana, o que sugere realização de testes não invasivos (cintilografia, eco de 
estresse). 
Risco respiratório as alterações da mecânica e da função são encontradas após quase todos os tipos de cirurgia, sendo 
as cirurgias de mais risco são as realizadas no tórax e abdome superior. 
21
DPOC: devem realizar espirometria e gasometria 
arterial. Se capacidade ventilatória forçada inferior a 
70%, ou relação VEF1/CVF < 50, se tem maior risco. 
Além disso, pacientes com PaCO2 > 45 tem maior risco 
também. 
Asmáticos: geralmente não tem maiores problemas, a 
não ser que estejam em crises (adiar cirurgias). 
Obesidade: funciona geralmente como paciente DPOC, 
em razão da diminuição da complacência, há uma 
restrição do movimento respiratório, isto é, 
hipoventilação e retenção de CO2. 
Manejo deve-se orientar o paciente para: 
Função renal a maioria dos problemas que acontece nos 
pacientes com insuficiência renal pela incapacidade do rim 
de lidar com sobrecarga ou déficit de fluidos que podem 
ocorrer no período pré-operatório. Os pacientes que tem um 
clearence da creatinina de 15 a 20 ml/min (pré-dialíticos) 
geralmente suficiente para a homeostase em condições, 
entretanto podem evoluir com edema. Pacientes com DCE 
entre 5 a 10 ml/min se tem risco de hipercalemia pela lesão 
tecidual, devendo ser realizada diálise 24h antes e no dia 
seguinte uma nova diálise para se fazer a correção de volume de fluídos. Em pacientes com diálise peritoneal, deve ser 
substituída pela hemodiálise. 
Função hepática normalmente, o paciente que tem função hepática limítrofe, vive bem e sem manifestações hepáticas 
maiores, até o momento que ela se torna de fato insuficiente. Portanto, esses pacientes estão aparentemente sadios e em 
função do trauma cirúrgico, pode desenvolver problemas. Pacientes com história de etilismo ou infecção pelo vírus da 
hepatite C, deve-se atentar a possibilidade de cirrose. Os pacientes com insuficiência hepática podem apresentar estado 
nutricional deficitário e alterações da coagulação. Deve-se calcular o grau da disfunção hepatocelular, através da 
classificação de Child-Pugh que leva em consideração 2 critérios clínicos (ascite e alterações neurológicos) e 3 
laboratoriais (bilirrubina, albumina e protrombina). 
Paciente A: sem restrições 
maiores; resposta normal; 
recuperação da função hepática 
também normal. 
Paciente B: algumas limitações; 
resposta alterada em todas as 
cirurgias; boa tolerância com 
preparo adequado; regeneração 
limitada. 
Paciente C: graves limitações da 
função hepática; má resposta, 
independente do preparo; 
ressecção hepática contraindicada; cirurgia só de urgência, quando for o caso. 
Pode-se pedir TP, fator V e plaquetopenia (denota presença de circulação colateral). 
22
Avaliação nutricional importante principalmente para cirurgias que manipulam a via digestiva. Os principais 
parâmetros: perda de mais de 10% do peso corporal; albumina < 3mg/dL; transferrina <150; contagem de linfócitos 
baixa; teste de alergia cutânea. A desnutrição é um estado de imunossupressão, provoca expansão do extracelular com 
edema e diminuição da massa celular. 
O paciente pode apresentar complicações tais como infecções, debilidade muscular progressiva e pior cicatrização. 
Diante disso, o paciente, no preparo pré-operatório, oferecer enteral (preferida) ou parenteral. 
Avaliação hematológica todos os casos de anemia devem ser 
investigados, pois a anemia sempre tem uma causa. Na anemia 
crônica, que se desenvolve de forma lenta, o volume plasmático tende 
a aumentar para compensar a diminuição da massa de células 
vermelhas, então esses paciente com Hb > 6 g/dL geralmente não tem 
indicação de transfusão pré-operatória, pois estão compensados 
hemodinamicamente; caso contrário (< 6 g/dL) transfusão. 
Os disturbios da hemostasia envolvem o conhecimento da 
história detalhada do paciente, que é mais importante que as 
provas de coagulação (TP e TTPA). A principal 
contraindicaçào envovem as trombocitopenias (<100.000 contraindica cirurgias oftalmicas e neurológicas; 
<50.000 qualquer procedimento cirugico). 
Em relação aos disturbios tromboembólicos, os riscos são: idade, tipo de procedimento, cancer, obesidade, 
veias varicosas, doença inflamatória intestinal, gravidez e uso de estrógenos. A medida profilática deve ser 
adotada em todas as situações, que envolvem o uso da heparina não-fracionada subcutanea ou de baixo peso 
molecular, uso de meias elásticas de compressão ou compressão pneumática intermitente. 
-operatório o preparo, antes de tudo, inicia com as orientações ao paciente. 
Dieta o jejum tem por intuito a prevenção de aspiração de conteúdo gástrico durante a IOT, portanto o jejum serve 
para que paciente venha com estomago vazio para a operação e se previna síndrome de Mendelson (broncopneumonia 
por broncoaspiraçào de conteúdo gástrico). O jejum é de 6h-8h, água de 2h e preparados com maltodextrina 2-3h. 
Medicações os anticoagulantes orais 
necessitam de supensão prévia, necessitam 
ser internados antes da cirugia, com parada de 
5 dias antes do paciente, internação com uso 
de heparina. Antiagregantes plaquetários 
devem ser suspensos em paciente com baixo 
risco vascular em pelo menos 7 a 10 dias 
antes, gingo biloba também. 
AINES, não alteram a funçào plaquetária de 
forma reversível, podendo ser suspensos 48h 
antes da cirurgia. 
Antidepressivos, apenos os inibidoresda 
monoaminoxidase (IMAO) devem ser 
suspensos 3 a 5 dias antes. 
Antidiabéticos devem ser suspensas no dia da cirurgia pelo fato de não se alimentarem nesse dia e evitar hipoglicemia. 
Tricotomia não deve ser feita em casa, pois aumenta a incidencia de contaminaçào bacteriana. Evitar o uso de laminas, 
não deve ser realizada em áreas extensas e deve ser realizada somente na sala cirúgica. 
23
Preparo da pele orientar banho e boa higiene do paciente, uso de soluções degermantes. Campo operatório preparado 
em 2 tempos, com detergente antisséptico e clorexidina. Cateterismo somente quando tiver necessidade indiscutível.
 
Paciente ictérico todo paciente com obstrução canalicular hepática por calculo ou tumor, por exemplo, fica ictérico, 
e consequente lesão de hepatócitos, translocação bacteriana, deposição de sais biliares nos tubulos renais. Para que isso 
seja prevenido, todo paciente ictérico deve estar internado, hidratados rigorosamente, receber sais biliares por via oral, 
colestiramina, vitamina K e nutrição adequada. 
Paciente diabético principal objetivo é manter glicemia entre 100 e 200. Acima de 250 risco de deiscencia pós op, 
infecçao de ferida, desidratação e cetoacidose. No uso de antidiabéticos orais suspensos no dia da cirurgia e insulina 
administrada em doses menores (2/3 a metade da dose diária na manha da cirurgia), sendo realizado o controle da 
glicemia 
Hipertireoidismo devem ser submetidos a cirurgias com hormonios da tireoide controlados. Medicação deve ser 
mantida 
Feocromocitoma é um tumor que acontece no córtex da glandula suprarrenal, que produz catecolaminas. A 
investigação faz parte de investigação primária, devendo ser descartado quando o paciente se diagnostica hipertensão 
de difícil controle. É importante diminuir a vasocontrição decorrente do estímulo alfa-adrenérgico, através de alfa-
bloquadores, sendo necessário o controle 2-3 semanas antes, isto é, o paciente deve se tornar insensível as catecolaminas. 
Além disso, esses pacientes costumas ser vasocontritos, portanto deve-se realizar uma boa hidratação.

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