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Trabalho de Anestesiologia Alunos: Cleber Silva; Nelso Motta Junior Distúrbios sanguíneos Os profissionais de saúde bucal devem estar cientes do impacto dos distúrbios hemorrágicos no tratamento de pacientes odontológicos. Reconhecimento inicial de um distúrbio hemorrágico, o que pode indicar a presença de um processo patológico sistêmico, pode ocorrer na prática odontológica. Além disso, os cuidados dentários profiláticos, restauradores e cirúrgicos de pacientes com distúrbios hemorrágicos são mais bem realizados por médicos que conhecem a patologia, complicações e opções de tratamento associadas a essas condições. Muitos distúrbios hemorrágicos, como hemofilia e doença de von Willebrand, ocorrem nas famílias; portanto, uma história familiar de distúrbios hemorrágicos deve ser cuidadosamente eliciada. Se um paciente estiver tomando medicamentos anticoagulantes, será importante consultar seu médico antes de qualquer procedimento cirúrgico de grande porte. Além disso, vários medicamentos podem interferir na hemostasia e prolongar o sangramento. Drogas de abuso, como álcool ou heroína, também podem causar sangramento excessivo, causando dano ao fígado, resultando na produção alterada de fatores de coagulação. O uso de drogas injetáveis ilícitas acarreta um risco aumentado de transmissão de patógenos virais que pode levar a hepatite viral e função hepática alterada Um exame geral do paciente pode indicar tendência a sangrar. Quando houver suspeita de um distúrbio hemorrágico, devem ser realizados exames laboratoriais, incluindo hemogramas e estudos de coagulação. Além das doenças congênitas, os defeitos de coagulação podem ser adquiridos e de uma variedade de fontes. Em doenças hepáticas, a síntese de fatores de coagulação pode ser reduzida devido a danos ou obstrução do parênquima. Esses pacientes podem ter uma variedade de distúrbios hemorrágicos, dependendo da extensão da doença hepática. As opções de tratamento para defeitos hemostáticos na doença hepática incluem vitamina K e infusão de plasma fresco congelado (efeito imediato, mas temporário) para tempo de protrombina prolongado e tempo de tromboplastina parcial; crioprecipitado para reposição da deficiência de fator VIII; e terapia de reposição para coagulação intravascular disseminada. Os procedimentos Protodônticos geralmente não envolvem um risco considerável de sangramento. O trauma deve ser minimizado por ajustes cuidadosos após a inserção. O tecido oral deve ser manuseado delicadamente durante as várias fases clínicas da fabricação da prótese para reduzir o risco de equimoses. O ajuste cuidadoso das próteses é necessário para reduzir o trauma nos tecidos moles. A terapia ortodôntica pode ser realizada sem complicações hemorrágicas, embora deva ser tomado cuidado que os aparelhos não colidam com os tecidos moles e deve-se dar ênfase a uma higiene oral excelente e atraumática. Questoes: 1. Quais cuidados devem ser tomados ao atender um paciente hemofílico ou portador da Doença de Von Willebrand? Primeiramente, assim que o dentista desconfiar dessa condição sistêmica do paciente (se ainda não tiver sido diagnosticada) é solicitar o hemograma ao paciente e encaminhá-lo ao profissional da área médica. Durante o atendimento odontológico, como são pacientes que tendem a ter algum excesso de sangramento é interessante atentar em alguns momentos, tais quais: usar cuidadosamente sugador e bomba a vácuo, com o objetivo de evitar formações de lesões na mucosa e induzir a formação de hematomas; cuidar com a formação de vácuo no momento em que for realizado as moldagens para confecção de prótese, principalmente no palato mole; durante a realização de tomadas radiográficas periapicais, proteger as bordas da película radiográfica, evitando cortar a mucosa desse paciente; e utilizar isolamento absoluto com o objetivo de proteger as mucosas do paciente. 2. Quais são os complexos enzimáticos pró-coagulantes em que os mecanismos hemostáticos estão associados? Fatores dependentes de vitamina K (II, VII, IX, X) associadas a cofatores (V e VIII). Referências: SENA, Tais S.; PINHEIRO FILHO, Silvio R.; LYRA, Isa M.. Distúrbios da hemostasia em crianças portadoras de cardiopatias congênitas. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo , v. 32, n. 2, p. 149-154, 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 84842010000200015&lng=en&nrm=iso>. access on 06 Nov. 2018. Epub Apr 30, 2010. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842010005000036. MARQUES, Rogério Vera Cruz Ferro et al . Atendimento odontológico em pacientes com Hemofilia e Doença de von Willebrand. Arq. Odontol., Belo Horizonte , v. 46, n. 3, set. 2010 . Disponível em <http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-0939201000030 0008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 nov. 2018.