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Anato I - com nomes dos monitores

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ANATOMIA 
HUMANA I 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila teórico-prática para turma de Enfermagem 
Esse material foi desenvolvido por uma compilação de monitores de diversos 
períodos. São eles: 
Robson – 2018.1/2 e 2019.1/2; 
Geniere – 2018.1/2 e 2019.1/2; 
Iracy – 2017.1/2, 2018.1/2 e 2019.1/2; 
Denisson – 2017.1/2; 
Milena – 2017.1/2; 
Alana – 2017.1/2; 
Vinícius – 2017.1/2; 
Lucas – 2017.1/2, 2018.1/2 e 2019.1/2. 
Alisson – 2019.1/2; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
TERMINOLOGIA ANATÔMICA...................................................................................3 
SISTEMA ESQUELÉTICO...........................................................................................4 
SISTEMA ARTICULAR..............................................................................................47 
SISTEMA MUSCULAR..............................................................................................65 
SISTEMA CARDIOVASCULAR.................................................................................93 
SISTEMA RESPIRATÓRIO.....................................................................................125 
SISTEMA DISGESTÓRIO........................................................................................136 
SISTEMA URINÁRIO...............................................................................................146 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO.................................................................151 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO.....................................................................157 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
TERMINOLOGIA ANATÔMICA 
Antes de iniciar o estudo da anatomia, é necessário ter conhecimento dos termos 
comumente utilizados na disciplina: 
1. Linha: margem óssea linear suave; 
2. Crista: margem óssea proeminente; 
3. Tubérculo: pequena saliência arredondada; 
4. Tuberosidade: grande saliência arredondada; 
5. Trocânter: grande saliência arredondada (é exclusiva ao fêmur); 
6. Maléolo: saliência arredondada semelhante à cabeça de um martelo; 
7. Espinha: projeção óssea afilada; 
8. Processo: nome geral para projeções ósseas; 
9. Fissura: abertura óssea em forma de fenda; 
10. Forame: passagem através de um osso; 
11. Fossa: área oca ou deprimida (normalmente é usada para articular estruturas); 
12. Fóvea: área plana lisa, geralmente coberta por cartilagem, onde um osso 
articula-se com outro; 
13. Sulco: depressão óssea alongada; 
14. Côndilo: área articular arredondada, que geralmente ocorre em pares; 
15. Epicôndilo: pequena proeminência óssea situada superior ou adjacente ao 
côndilo; 
16. Incisura: entalhe na margem de um osso; 
17. Capítulo: cabeça articular pequena e redonda; 
18. Cabeça: extremidade grande e redonda de um osso longo. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
INTRODUÇÃO: o crânio é um compartimento ósseo de forma esferoidal que abriga e 
protege o encéfalo. Ele é formado por 22 ossos onde apenas 1 é móvel, a mandíbula. 
Ele apresenta cavidades para nervos que participam da gustação, audição, equilíbrio, 
visão e olfação, além de possuir aberturas (em sua maioria são forames) para 
passagem de ar, alimento, artérias, veias, entre outras coisas. 
ANATOMIA CRANIANA 
VISCEROCRÂNIO: parte relacionada aos órgãos digestivos e respiratórios. Composto 
por 14 ossos, que são:
a. Nasais; 
b. Lacrimais; 
c. Zigomáticos; 
d. Maxilas; 
e. Conchas nasais inferiores; 
f. Palatinos; 
g. Vômer; 
h. Mandíbula.
NEUROCRÂNIO: configura a cavidade craniana que aloja e protege o encéfalo e as 
meninges cranianas. É composto por um teto em forma de cúpula (calvária) e um 
assoalho (base). O neurocrânio é composto por 8 ossos, a saber: 
a. Frontal; 
b. Occipital; 
c. Esfenóide; 
d. Etmóide; 
e. Parietais; 
f. Temporais;
SUTURAS CRANIANAS: as suturas são articulações entre os ossos. Elas serão 
estudadas de maneira mais aprofundada na parte de sistema articular. Alguns 
exemplos: 
a. Sutura coronal (frontal): junção entre os ossos frontal e parietais; 
b. Sutura sagital: junção dos ossos parietais (parte superior e mediana); 
c. Sutura lambdóidea: junção dos ossos parietais e occipital. 
PONTOS CRANIOMÉTRICOS/CEFALOMÉTRICOS/DE MENSURAÇÃO: pontos 
utilizados para medir, comparar e descrever a topografia do crânio. 
a. Ptério: junção das suturas escamosa, esfenoescamosa, esfenoparietal, coronal 
e esfenofrontal, ou seja, junção da asa maior do esfenoide, parte escamosa do 
temporal, frontal e parietal.
5 
 
b. Lambda: junção das suturas lambdóidea e sagital. 
c. Bregma: junção das suturas coronal e sagital. 
d. Vértice: ponto superior mais proeminente do crânio, no meio, com o crânio na 
posição anatômica. 
e. Astério: junção das suturas: parietomastóidea, occiptomastóidea e lambdóidea. 
f. Glabela: ponto no osso frontal, superiormente à raiz do nariz; é mais acentuada 
em homens. Além de ser um ponto utilizado para a divisão do crânio em calota 
e base, em conjunto com a protuberância occipital interna. 
g. Ínio: ponto mais proeminente da protuberância occipital externa. 
h. Násio: ponto de encontro das suturas frontonasal e internasal. 
i. Gnátio: localizado na mandíbula na parte sagital mediana, anterior e inferior da 
mandíbula. 
j. Gônio: localizado no ângulo da mandíbula. 
DIVISÃO DA BASE DO CRÂNIO 
a. Fossa craniana anterior: limitada pela margem posterior da asa menor do 
esfenoide, processo clinóide anterior e o sulco pré-quiasmático, contrala-
teralmente. É importante destacar algumas estruturas presentes nessa fossa: 
forame cego, lâmina crivosa ou cribiforme, crista galli (etmoidal), forames 
crivosos, crista frontal, impressões digitadas dos giros do lobo frontal do 
telencéfalo, jugo esfenoidal, parte orbital do osso frontal. 
b. Fossa craniana média: limitada pela margem superior da parte petrosa do 
temporal e dorso da sela turca, contralateralmente. As estruturas presentes 
nessa fossa são: asa maior do esfenoide, sela turca (tubérculo, fossa 
hipofisial/hipofisária e dorso da sela), processo clinóide médio, processo 
clinóide posterior, eminência arqueada, sulco do seio petroso superior, canal 
óptico, fissura orbital superior, impressão digitadas dos giros do lobo temporal 
do cérebro, entre outros. 
c. Fossa craniana posterior: aloja o cerebelo. As estruturas presentes nessa 
fossa são: clivo (parte basilar do occipital), meato acústico interno, sulco do 
seio petroso inferior, sulco do seio sigmoide, sulco do seio transverso, sulco do 
seio occipital, sulco do seio sagital superior do osso occipital, crista occipital 
interna, protuberância occipital interna, forame magno, entre outras. 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO: os ossos da calvária de um recém-nascido são 
separados por membranas fibrosas, denominadas fontículos ou fontanelas. Durante a 
lactância, a palpação dos fontículos permite determinar o progresso do crescimento 
dos ossos frontal e parietais, o grau de hidratação e o nível de pressão intracraniana 
do bebê, além de na hora do parto, essas estruturas auxiliarem na passagem do 
recém-nascido. 
a. Fontículo anterior; 
b. Fontículo posterior; 
 
c. Fontículo esfenoidal; 
d. Fontículo mastóideo; 
As fontanelas devem ter maleabilidade, para que, durante o parto, os ossos da cabeça 
do feto possam mover-se e adequar-se ao diâmetro do canal vaginal. Além disso, 
devem proporcionar espaço para o crescimento ósseo da caixa craniana. O 
abaulamento das fontanelas pode ser provocado por hidrocefalia (acúmulo de líquido 
cerebrospinal nos ventrículos cerebrais) e pressão intracraniana alta. O abaixamento 
das fontanelas pode ser provocado pela pressão intracraniana baixa ou por um baixo 
grau de hidratação. 
MENINGES CRANIANAS: são membranas de revestimento do encéfalo imedi-
atamente internas ao crânio. Elas protegemo encéfalo, compõem a estrutura de sus-
tentação das artérias, veias e seios venosos. As meninges são: 
DURA-MÁTER: é uma camada fibrosa externa espessa e resistente, possuindo seu 
próprio sistema de vasos e nervos. Apresenta duas camadas: periosteal (mais 
externa, presa ao crânio e contém as artérias meníngeas médias) e meníngea (mais 
interna). Está separada da aracnoide-máter pelo espaço subdural, onde se encontra 
uma pequena quantidade de líquor. 
Na região vertebral existe apenas a camada meníngea, a qual está separada do 
periósteo do canal vertebral pelo espaço chamado espaço epidural/extradural, onde é 
feita a anestesia epidural/peridural, geralmente aplicada na região lombar. Nessa 
anestesia, o fármaco se difunde e atinge os forames intervertebrais, encontrando-se 
com as raízes nervosas. Durante a aplicação, são atravessadas as seguintes 
estruturas: pele → tela subcutânea → ligamento interespinhoso → ligamento amarelo. 
8 
 
PREGAS DURAIS: invaginações (pregas) durais que dividem a cavidade do crânio 
em compartimentos, formando divisões parciais (septos durais) entre algumas partes 
do encéfalo e oferecendo suporte para outras partes. Essas pregas incluem: 
a. Foice do cérebro: é a maior dentre as demais pregas, está presa anteriormente 
na crista etmoidal e na crista frontal até protuberância occipital interna 
posteriormente, encontrando-se à tenda do cerebelo, com a qual se funde. 
b. Tenda do cerebelo: a segunda maior invaginação da dura-máter, cobre o 
cerebelo na fossa posterior, se fixa posteriormente ao osso occipital (na 
protuberância occipital interna), ao longo do sulco do seio transverso, lateral à 
margem da parte petrosa do temporal e anterior aos processos clinóides 
posteriores. A foice do cérebro fixa-se a ele e o mantém elevado, conferindo 
aparência semelhante à de uma tenda. 
c. Foice do cerebelo: é uma pequena projeção na linha mediana da fossa pos-
terior que se fixa na crista occipital interna + protuberância occipital interna e 
superior à tenda do cerebelo. 
d. Diafragma da sela: a menor invaginação da dura-máter, é uma pequena 
saliência horizontal que cobre a fossa hipofisial do esfenoide, e fica suspensa 
entre os processos clinóides médios e posteriores. 
SEIOS VENOSOS DURAIS: são espaços existentes entre as camadas periosteal e 
meníngea da dura-máter. Eles formam uma rede complexa de canais que drenam 
sangue venoso do encéfalo e dos ossos do crânio. As grandes veias da superfície do 
encéfalo e a maior parte do sangue dele é drenada através deles para a veia jugular 
interna. Os seios são: 
a. Seio sagital superior: tem início na crista etmoidal e termina perto da 
protuberância occipital interna para drenar na confluência dos seios. 
b. Seio sagital inferior: drena para o seio reto. 
c. Seio reto: está entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo, onde se une à 
confluência dos seios e geralmente se desembocam no seio transverso. É 
formado pela união do seio sagital inferior com a veia cerebral magna. 
d. Seios occipitais: loca origina-se perto do forame magno e segue lateralmente 
na crista occipital interna até a confluência dos seios. 
e. Seios esfenoparietais: está localizado na borda superior da asa menor do osso 
esfenoide. 
9 
 
f. Seios cavernosos: está localizado lateralmente à sela turca. Unindo os seios 
cavernosos direito e esquerdo encontram-se os seios intercavernosos (cruzam 
a sela turca). Além disso, eles recebem o seio esfenoparietal e continua com 
os seios petrosos superior e inferior. 
g. Seios petrosos superiores: começam na extremidade posterior do seio 
cavernoso e seguem até os seios transversos no local onde esses seios 
curvam-se inferiormente para formar os seios sigmoides, passam pela margem 
superior da parte petrosa do osso temporal. 
h. Seios petrosos inferiores: começam na extremidade posterior do seio 
cavernoso inferiormente. Cada seio petroso inferior segue em um sulco entre a 
parte petrosa do temporal e a parte basilar do osso occipital. Eles recebem o 
sangue do seio cavernoso e drenam na veia jugular interna no forame jugular. 
i. Seios transversos: seguem lateralmente a partir da confluência dos seios, 
formando sulcos no osso occipital até a base petrosa do osso temporal, onde 
continua-se com os seios sigmoides que termina na veia jugular interna. 
j. Seios sigmóideos: seguem trajetos em forma de S na fossa posterior do crânio. 
São continuações dos seios transversos, formam sulcos nos ossos parietais, 
temporais e o occipital. Terminam nas veias jugulares internas, após atravessar 
o forame jugular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
ARACNÓIDE-MÁTER: é uma camada fina, avascular e que reveste a superfície 
interna da dura-máter, mas não está aderida a ela. Deixa pequenas impressões, como 
as fovéolas granulares. É separada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que 
existe tanto no crânio quanto na região vertebral. Esse espaço contém muito líquor, e 
termina quase na borda inferior da vértebra S2. O líquor pode ser retirado pelo espaço 
subaracnóideo na região lombar inferior sem risco de lesionar a medula, já que ela 
termina ao nível da borda inferior do corpo de L1 ou ao nível da borda superior do 
corpo de L2. Nessa altura da coluna pode ser adicionado um anestésico no espaço 
subaracnóideo sem risco de lesão na medula espinhal, procedimento conhecido como 
anestesia raquidiana/raquimedular, pois não há a presença da medula espinhal. 
Durante a aplicação da anestesia, são atravessadas as seguintes estruturas: 
Pele → tela subcutânea → ligamento interespinhoso → ligamento amarelo (resistente) 
→ espaço peridural/epidural → dura-máter → espaço subdural (pouco gotejamento 
de líquor) → aracnóide-máter → espaço subaracnóideo (muito líquor) → pia-máter. 
PIA-MÁTER: é uma camada ainda mais fina e delicada localizada bem perto à 
superfície da medula espinhal e da superfície do encéfalo. 
NERVOS CRANIANOS: são feixes de fibras sensitivas ou motoras que inervam 
músculos ou glândulas, conduzem impulsos de receptores sensitivos ou têm uma 
associação de fibras motoras e sensitivas. São denominados nervos cranianos porque 
emergem através de forames ou fissuras no crânio. Existem 12 pares de nervos 
cranianos, numerados de I a XII. 
i. Nervo olfatório: nervo sensitivo que leva as aferências olfativas. Caminho: 
forames crivosos da lâmina cribriforme (etmóide); 
ii. Nervo óptico: nervo sensitivo responsável pela visão. Caminho: canal óptico. 
Obs.: não há 100% de troca das fibras no quiasma óptico. Isso permite que o 
trato óptico direito conduza impulsos do campo visual esquerdo e vice-versa. 
Caso um dos nervos seja afetado, não haverá perda total da visão. 
iii. Nervo óculo-motor: nervo motor que inerva os músculos reto superior, reto 
inferior, reto medial e oblíquo inferior. Caminho: fissura orbital superior. 
iv. Nervo troclear: nervo motor que inerva o m. oblíquo superior. Caminho: fissura 
orbital superior. 
11 
 
v. Nervo trigêmeo: Nervo misto responsável pela sensibilidade da face, da boca 
e dos movimentos da bochecha. Caminho: fissura orbital superior (ramo oftál-
mico), forame redondo (ramo maxilar) e forame oval (ramo mandibular). 
vi. Nervo abducente: nervo motor que inerva o músculo reto lateral. Caminho: 
fissura orbital superior. 
vii. Nervo facial: nervo misto inerva os músculos da face e glândulas. Caminho: 
sai pelo forame estilomastóideo e entra pelo meato acústico interno. 
viii. Nervo vestibulococlear: nervo sensitivo que é relacionado a equilíbrio e au-
dição. Caminho: meato acústico interno (temporal). 
ix. Nervo glossofaríngeo: nervo misto relacionado ao paladar e deglutição. 
Caminho: forame jugular. 
x. Nervo vago: nervo misto, sendo o principal nervo do sistema nervoso au-
tônomo, responsável por inervar o coração, por ex. Caminho: forame jugular. 
xi. Nervo acessório: nervo motor responsável pela motricidade do pescoço. 
Caminho: foramemagno e forame jugular. 
xii. Nervo hipoglosso: nervo motor da língua. Caminho: canal do nervo hipoglo-
sso.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
GUIA DOS ACIDENTES ANATÔMICOS ÓSSEOS: 
FRONTAL: 
a. Faces: anterior, posterior, orbital e nasal (lateral); 
b. Margens: parietal, supra orbital e lateral (temporal); 
c. Porções: vertical (escamosa) e horizontal (teto das cavidades nasais e 
orbitais); 
d. Articula-se com: parietal, zigomáticos, nasais, maxilas, lacrimais, etmóide e 
esfenóide; 
e. Suturas relacionadas: coronal, frontonasal, frontomaxilar, frontolacrimal, 
frontozigomática, esfenofrontal, frontoetmoidal; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Túber frontal; 
2. Arcos superciliares; 
3. Glabela; 
4. Incisura ou forame supra orbital: passam nervos/vasos supra orbitais; 
5. Processo zigomático; 
6. Espinha nasal; 
7. Linha temporal inferior; 
8. Face temporal: aloja o músculo temporal; 
9. Crista frontal; 
10. Sulcos dos ramos anteriores da artéria meníngea média; 
11. Sulco do seio sagital superior; 
12. Fovéolas granulares; 
13. Forame cego: passagem da veia emissária nasal; 
14. Fossa da glândula lacrimal: aloja a glândula lacrimal; 
15. Espinha ou fóvea troclear: é usada como polia para mudar o vetor de força do 
músculo oblíquo superior (inervado pelo nervo troclear); 
16. Incisura etmoidal: encaixa o etmoide pela lâmina etmoidal; 
17. Seio frontal; 
18. Impressões digitadas dos giros cerebrais; 
19. Sutura frontal/metópica (caso persista); 
20. Fossa do saco lacrimal; 
13 
 
OCCIPITAL: 
a. Faces: externa (posterior) e interna (anterior); 
b. Margens: lambdóidea e mastoidea; 
c. Porções: escamosa, lateral e basilar; 
d. Articula-se com: parietal, temporal, esfenóide e a 1ª vértebra cervical (atlas).; 
e. Suturas: lambdóidea, occiptomastóidea; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Cristas occipitais interna e externa; 
2. Protuberância occipital externa; 
3. Canal do hipoglosso; 
4. Côndilos occipitais: articulam-se com a 1ª vértebra cervical (C1/atlas); 
5. Fossa condilar; 
6. Linhas nucais inferior, superior e suprema (variação); 
7. Processo jugular; 
8. Incisura jugular; 
9. Tubérculo jugular; 
10. Processo intrajugular; 
11. Canal condilar: passagem de veia emissária; 
12. Forame magno: passa artérias vertebrais, medula espinhal, meninges, liga-
mentos alares, ligamento do ápice do dente, membranas atlanto-occipitais 
anterior e posterior, artéria espinhal anterior, bulbo do tronco encefálico; 
13. Protuberância occipital interna; 
14. Faces articulares dos côndilos occipitais; 
15. Fossas occipitais superiores ou cerebrais: aloja os lobos occipitais do cérebro; 
16. Fossas occipitais inferiores ou cerebelares: aloja os hemisférios cerebelares; 
17. Eminência cruciforme: divide a parte interna em quatro fossas. 
18. Sulco do seio sagital superior; 
19. Sulco do seio transverso; 
20. Sulco do seio sigmoide; 
21. Sulco do seio petroso inferior; 
22. Clivo occipital; 
23. Tubérculo faríngeo;
14 
 
TEMPORAL: 
a. Faces: temporal (externa/lateral) e cerebral (interna); 
b. Margens: parietal (escamosa), occipital (occiptomastóidea) e esfenoidal; 
c. Porções: escamosa, mastóidea, petrosa e timpânica; 
d. Articula-se com: parietal, zigomático, esfenóide, occipital e mandíbula; 
e. Suturas: escamosa, esfenoescamosa, occiptomastóidea, temporozigomática, 
e o contato com a mandíbula é uma articulação (ATM). 
Acidentes anatômicos gerais:
1. Incisura parietal; 
2. Processo zigomático; 
3. Processo estilóide: fixa os músculos estiloglosso, e estilofaríngeo e os ligamen-
tos estilomandibular e estilohioideo; 
4. Crista supramastóidea; 
5. Fovéola suprameática; 
6. Incisura mastóidea: fixa o ventre posterior do músculo digástrico; 
7. Fissura timpanomastóidea; 
8. Forames mastoideos; 
9. Sulco da artéria temporal média; 
10. Poro e meato acústico externo; 
11. Poro e meato acústico interno; 
12. Fissura petrotimpânica; 
13. Fossa mandibular; 
14. Tubérculo articular; 
15. Processo mastoideo: fixação do 
músculo esternocleidomastóide-
o; 
16. Fossa jugular; 
17. Processo intrajugular; 
18. Forame estilomastóideo: saída 
do nervo VII; 
19. Abertura externa do canal caróti-
co; 
20. Abertura interna do canal 
carótico; 
21. Ápice da porção petrosa; 
22. Sulco da artéria occipital; 
23. Bainha do processo estiloide; 
24. Fossa subarqueada; 
25. Eminência arqueada: dentro 
dela estão os canais 
semicirculares; 
26. Sulco do seio sigmoide; 
27. Sulco do seio petroso superior; 
28. Margem superior da porção 
petrosa; 
29. Espinha suprameática.
15 
 
ESFENÓIDE: 
a. Faces: temporal (externa), cerebral (interna), maxilar e orbital; 
b. Margens: zigomática, frontal, parietal e escamosa; 
c. Divide-se em: corpo, asa maior, asa menor e processo pterigóideo; 
d. Articula-se com: zigomáticos, temporais, parietais, palatinos, frontal, occipital, 
etmóide e vômer; 
e. Suturas: esfenozigomática, esfenoescamosa, esfenoparietal, esfenopalatina, 
esfenofrontal, vomeroesfenoidal, esfenoetmoidal; esfenoccipital. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Crista esfenoidal: articula-se com o etmóide (lâmina perpendicular); 
2. Corpo do esfenoide; 
3. Asa maior do esfenoide; 
4. Asa menor do esfenoide; 
5. Fissura orbital superior: passa veia oftálmica superior e nn. III, IV, R1 do V e VI; 
6. Espinha do esfenoide; 
7. Processo pterigoide e suas lâminas; 
8. Crista infratemporal: limitação da face temporal e maxilar; 
9. Incisura pterigoidea; 
10. Hâmulo pterigoideo: circundado pelo m. tensor do véu palatino; 
11. Canal pterigoideo: serve para passagem do nervo pterigoideo; 
12. Forame redondo: passagem para o ramo maxilar do nervo trigêmeo; 
13. Seio esfenoidal; 
14. Impressões cerebrais; 
15. Sulco carótico/carotídeo: passagem da artéria carótida interna; 
16. Sela turca; 
17. Dorso da sela turca; 
18. Tubérculo da sela turca; 
19. Jugo/limbo esfenoidal; 
20. Fossa hiposifial/hipofisária: aloja a glândula hipófise/pituitária.
 
 
16 
 
PARIETAL: 
a. Faces: cerebral (interna/côncava/medial) e externa (convexa/lateral); 
b. Margens: frontal (coronal), occipital (lambdóidea), escamosa e sagital; 
c. Ângulos (encontro de margens): frontal, esfenoidal, occipital e mastoideo; 
d. Localização: formam a parede súperolateral do crânio; 
e. Articula-se com: parietal contralateral, frontal, occipital, esfenoide e temporal; 
f. Suturas relacionadas: sagital, coronal, lambdóidea, esfenoparietal e escamo-
sa; 
Acidentes anatômicos gerais:
1. Túber parietal; 
2. Linha temporal superior; 
3. Linha temporal inferior; 
4. Fossa parietal; 
5. Fovéolas granulares; 
6. Forame parietal; 
7. Sulco do seio sigmoide; 
8. Sulcos dos vasos meníngeos médios: são ascendentes, convergem no ângulo 
esfenoidal; 
9. Sulco do seio sagital superior.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
ETMÓIDE: não será estudado separadamente, apenas articulado. 
a. Face: orbital; 
b. Localização: na base do crânio, na zona anterior medial; 
c. Articula-se com 13 ossos: lacrimal, nasal, maxila, conchas nasais inferiores, 
palatino, esfenoide, frontal e vômer; 
d. Suturas: lacrimoetmoidal, nasoetmoidal, etmomaxilar, conchoetmoidal, pala-
tinoetmoidal, esfenoetmoidal, frontoetmoidal, vomeroetmoidal; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Crista etmoidal/crista Galli; 
2. Lâmina cribiforme; 
3. Forames cribriformes; 
4. Lâmina perpendicular; 
5. Células etmoidais; 
6. Labirinto etmoidal; 
7. Concha nasal média; 
8. Concha nasal superior. 
PALATINO: não será estudado separadamente, apenas articulado. 
a. Faces: nasal, palatino, medial e lateral; 
b. Articula-se com 8 ossos: palatino oposto, maxila, conchas nasais inferiores, 
esfenoide, vômer e etmóide; 
c. Suturas: palatina mediana, palatina transversa, esfenopalatina, vomeropala-
tina, etmopalatina e conchopalatina; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Sulco palatino maior: passa o nervo palatino.
2. Lâmina perpendicular;3. Lâmina horizontal; 
4. Processo piramidal; 
5. Processo esfenoidal; 
6. Processo orbital; 
7. Incisura esfenopalatina; 
8. Forame palatino maior; 
9. Forame palatino menor; 
10. Crista da concha nasal supe-
rior; 
11. Espinha nasal posterior. 
 
18 
 
VÔMER: não será estudado separadamente, apenas articulado. 
a. Articula-se com 6 ossos: palatino (2), maxila (2), etmóide e esfenoide; 
b. Suturas: vomeropalatina, vomeromaxilar, vomeroetmoidal, vomeroesfenoidal; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Asa do vômer; 
2. Parte cuneiforme do vômer; 
3. Crista coanal; 
4. Sulco da artéria esfenopalatina;
NASAL: Não será estudado separadamente, apenas articulado. 
- Localização: face convexa na vista anterior e lateral; 
- Articula-se com 4 ossos: maxila (1), frontal, etmóide e nasal oposto; 
- Suturas: nasomaxilar, frontonasal, nasoetmoidal e internasal; 
 
CONCHA NASAL INFERIOR: não será estudado separadamente, apenas articulado. 
- Localização: face convexa na vista medial; 
- Articula-se com 4 ossos: maxila (1), palatino (1), lacrimal (1) e etmóide; 
- Suturas: conchomaxilar, conchopalatina, lacrimoconchal e etmoconchal; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Crista da concha do palatino; 
2. Crista da concha da maxila. 
 
 
 
 
 
19 
 
LACRIMAL: não será estudado separadamente, apenas articulado. 
a. Articula-se com 4 ossos: maxila, conchas nasais inferiores, frontal e etmóide; 
b. Suturas: lacrimomaxilar, lacrimoconchal, frontolacrimal e lacrimoetmoidal; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Crista lacrimal posterior; 
2. Crista lacrimal anterior; 
3. Fossa lacrimal: aloja o saco lacrimal. 
 
ZIGOMÁTICO: 
a. Faces: lateral, orbital, temporal (medial) e infraorbital; 
b. Articula-se com 4 ossos: maxila (1), temporal (1), esfenoide e frontal; 
c. Suturas: zigomáticomaxilar, temporozigomática, esfenozigomática e 
frontozigomá-tica; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Processo frontal do osso zigomático; 
2. Processo temporal do osso zigomático; 
3. Forame zigomáticofacial; 
4. Forame zigomático-orbital. 
 
MANDÍBULA 
a. Faces: interna e externa; 
b. Divide-se em: base, corpo e ramo; 
c. Articula-se com 2 ossos: temporal (2); 
d. Suturas: não existem, se conecta com os temporais por meio da ATM 
(articulação temporomandibular); 
Acidentes anatômicos gerais:
1. Ângulo da mandíbula; 
2. Processo coronóide: aloja o músculo temporal (músculo da mastigação); 
3. Processo condilar: se encaixa na fossa mandibular (temporal); 
20 
 
4. Côndilo da mandíbula; 
5. Face articular do côndilo da mandíbula: diminui o atrito e facilita o deslizamento; 
6. Incisura da mandíbula; 
7. Tuberosidade massetérica: fixa o músculo masseter (músculo da mastigação), 
que auxilia no fechamento da boca. O masseter estende-se desde o zigomático 
(no arco) à tuberosidade massetérica. 
8. Protuberância mentual; 
9. Forame mentual: passagem para a artéria e o nervo mentual; 
10. Arco alveolar; 
11. Processo alveolar; 
12. Cavidade alveolar; 
13. Eminência alveolar; 
14. Forame da mandíbula: passagem para o nervo alveolar inferior e para artéria 
alveolar inferior; 
15. Língula da mandíbula: fixa o ligamento esfenomandibular; 
16. Sulco milo-hioideo: fixa o músculo milo-hioideo; 
17. Tuberosidade pterigoidea: fixa o músculo pterigoideo medial (um dos músculos 
da mastigação); 
18. Toro da mandíbula; 
19. Linha milo-hioidea: fixação do músculo milo-hioideo; 
20. Fóvea submandibular: aloja a glândula submandibular; 
21. Fóvea sublingual: aloja a glândula sublingual e a glândula parótida; 
22. Fossa digástrica: fixa o ventre anterior do músculo digástrico; 
23. Processo geniano; 
24. Espinhas genianas superiores; 
25. Espinhas genianas inferiores; 
26. Fossa retromolar; 
27. Linha oblíqua: fixa o músculo abaixador do lábio inferior; 
28. Fóvea pterigoidea: fixa o músculo pterigoideo-lateral (músculo da mastigação). 
 
 
21 
 
MAXILA: 
a. Faces: orbital, infratemporal, anterior, palatina e nasal; 
b. Margens: infraorbital (orbital) e lacrimal; 
c. Articula-se com 9 ossos: maxila oposta, zigomático, palatino, concha nasal 
inferior, nasal, lacrimal, frontal, vômer e etmóide; 
d. Suturas: intermaxilar, zigomáticomaxilar, palatina transversa, conchomaxilar, 
nasomaxilar, lacrimomaxilar, frontomaxilar, vomeromaxilar e etmomaxilar; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Espinha nasal anterior; 
2. Processo zigomático da maxila; 
3. Processo frontal da maxila; 
4. Eminência alveolar: “onda” dos dentes; 
5. Processo alveolar: entre os dentes; 
6. Cavidade alveolar; 
7. Arco alveolar; 
8. Fossa canina: fixa o músculo levantador do ângulo da boca; 
9. Tuberosidade/túber da maxila; 
10. Sulco infraorbital: passagem para a artéria infraorbital; 
11. Incisura lacrimal; 
12. Processo palatino; 
13. Crista nasal; 
14. Forame infraorbital: passam a. e n. infraorbitais; 
15. Crista lacrimal anterior; 
16. Crista conchal; 
17. Sulco lacrimal; 
18. Seio maxilar;
19. Forame incisivo (maxilas juntas); 
20. Sulco incisivo (maxilas separadas); 
21. Sulcos e espinhas palatinas; 
22. Sutura palatina mediana; 
23. Sutura palatina transversa; 
24. Fossa do saco lacrimal; 
22 
 
25. Incisura nasal*; 
26. Osso incisivo*; 
27. Sutura incisiva*; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Complementação teórica 
Músculos extrínsecos dos olhos: 
1. Oblíquo superior (inervado pelo nervo IV): rotação medial (adução) e depressão 
(abaixamento) do olho; 
2. Oblíquo inferior (inervado pelo nervo III): rotação lateral (abdução) e elevação 
do olho; 
3. Reto superior (inervado pelo nervo III): elevação do olho; 
4. Reto inferior (inervado pelo nervo III): depressão do olho; 
5. Reto medial (inervado pelo nervo III): adução; 
6. Reto lateral (inervado pelo nervo VI): abdução; 
Fonte: Anatomia orientada para a clínica – Moore, 7ª edição, pág.1076). 
23 
 
COLUNA VERTEBRAL: a coluna vertebral possui como função a proteção da medula 
espinhal e seus nervos, manter a postura corporal, sustentar o corpo humano e 
participar da locomoção, processo denominado marcha. 
A coluna apresenta, em vista lateral, quatro curvaturas fisiológicas, a saber: 
a. Lordose cervical (ventralmente convexa); 
b. Cifose torácica (ventralmente côncava); 
c. Lordose lombar (ventralmente convexa); 
d. Cifose sacral (ventralmente côncava); 
e. Lordose coccígea (ventralmente convexa). 
As curvaturas sacral e coccígea têm seus nomes frequentemente condensados, 
chamando-se, genericamente, de curvatura sacrococcígea. As curvas torácica e 
pélvica (sacrococcígea) são denominadas curvas primárias, pois só elas estão 
presentes durante a vida fetal. As curvaturas cervical e lombar são denominadas 
curvas de compensação ou secundárias, e aparecem depois do nascimento, a 
primeira quando a criança pode sustentar sua cabeça e sentar-se ereta, e a segunda 
quando ela aprende a andar. 
Entretanto, essas curvaturas, para serem consideradas fisiológicas, devem ser 
extremamente leves, pois, caso sejam acentuadas, serão consideradas patológicas, 
quadro clínico denominado escoliose (curvatura anormal no plano coronal). 
Começaremos agora o seu estudo e de suas unidades componentes: as vértebras. 
Elas são denominadas levando-se em conta a região da coluna onde elas se 
encontram, a saber: regiões cervical (com 7 vértebras), torácica (com 12 vértebras), 
lombar (com 5 vértebras), sacral (com 5 vértebras, geralmente fundidas) e coccígea 
(com 4 a 5 vértebras, geralmente fundidas). 
Elas são denominadas levando em conta sua posição e região, por exemplo: a sétima 
vértebra cervical é denominada C7 (C de cervical, 7 de sétima vértebra), o mesmo 
acontece com T1, L2, S3, Co4 (Co deve ser usado para que não exista confusão com 
a nomenclatura das cervicais). 
Começando pelas mais craniais (superiores), estudaremos as vértebras cervicais. 
Obs.: Entre as vértebras há a presença de discos intervertebrais. Cada discointervertebral é formado por um anel fibroso, uma parte fibrosa externa, composta de 
24 
 
lamelas concêntricas de fibrocartilagem, que formam a circunferência do disco 
intervertebral e uma massa central gelatinosa, denominada núcleo pulposo. Caso 
ocorra um repetido movimento de flexão rotacionada, o núcleo pulposo pode forçar o 
anel fibroso, e este pode romper, causando o extravasamento do núcleo pulposo, 
quadro clínico denominado hérnia de disco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÉRTEBRAS CERVICAIS 
ATLAS: ou C1, é chamada de atlas em homenagem à mitologia grega, pois, tal qual 
o titã homônimo, ela sustenta o globo da cabeça. Ela é particularmente interessante, 
haja vista que não possui corpo, apenas dois arcos, um anterior e outro posterior, e 
duas massas laterais, além de não ter processo espinhoso, corpo, lâminas e ter forma 
anular. Essas características tornam atlas uma vértebra atípica. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Processos articulares superiores e suas faces articulares: se articulam com os 
côndilos do occipital (articulação atlanto-occipital); 
2. Processos articulares inferiores e suas faces articulares: se articulam com áxis; 
3. Arco anterior de atlas; 
4. Arco posterior de atlas; 
5. Forame vertebral; 
6. Processo transverso; 
7. Forame transversário: passagem para a artéria vertebral; 
8. Fóvea do dente; 
Anel fibroso 
Núcleo 
pulposo 
Lamelas (fibras) do anel 
fibroso 
25 
 
9. Tubérculo anterior; 
10. Tubérculo posterior; 
11. Sulco da artéria vertebral; 
12. Tubérculo para o ligamento transverso do atlas.
ÁXIS: ou C2, é chamada assim porque a etimologia de áxis faz menção a eixo, haja 
vista que essa vértebra forma o eixo sobre o qual atlas gira, levando consigo a cabeça 
(p. ex., quando a pessoa diz “não” com a cabeça). O dente é mantido em posição 
contra a face posterior do arco anterior do atlas pelo ligamento transverso do atlas. 
Por possuir o dente, áxis é classificada como uma vértebra atípica. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Face articular superior: articula-se com atlas; 
2. Face articular inferior: articula-se com C3; 
3. Arco vertebral; 
4. Lâminas do arco vertebral: formam o processo espinhoso; 
5. Processo espinhoso: bífido e curto; 
6. Processo odontóide (dente de áxis), suas faces articulares, seu ápice e seu 
colo; 
7. Pedículos do arco vertebral; 
8. Faces articulares dos processos articulares; 
9. Corpo vertebral 
10. Processo transverso; 
11. Forame transversário; 
12. Forame vertebral; 
13. Sulco do nervo espinhal.
Obs.: 
a. Articulação atlanto-axial lateral: face articular superior de áxis + face articular 
inferior do atlas; 
b. Articulação atlanto-axial medial: face articular anterior do processo odontóide + 
fóvea do dente do atlas; 
 
 
26 
 
C3 a C6: são vértebras consideradas típicas, haja vista que apresentam formatos e 
estruturas idênticas, variando apenas em tamanho, à medida que se tornam mais 
inferiores. Por esse motivo, todos os acidentes anatômicos listados são comuns a 
todas elas. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Corpo vertebral; 
2. Processo uncinado (unco) do corpo; 
3. Arco vertebral; 
4. Forame vertebral; 
5. Pedículo do arco vertebral; 
6. Lâmina do arco vertebral; 
7. Processo espinhoso: bífido e curto; 
8. Processo transverso; 
9. Face articular do processo articular superior; 
10. Face articular do processo articular inferior; 
11. Incisura vertebral superior; 
12. Incisura vertebral inferior; 
13. Sulco do nervo espinhal; 
14. Forame do processo transverso; 
15. Tubérculo anterior; 
16. Tubérculo posterior. 
C7: ela é a vértebra de transição entre as cervicais e as torácicas, por isso, apesar de 
ser cervical, compartilha características intermediárias com as vértebras torácicas. É 
conhecida também como vértebra proeminente, uma vez que seu processo espinho é 
longo e bastante proeminente, grande o bastante para avançar dorsalmente em 
relação a outros processos espinhosos cervicais e, por ser o processo mais cranial 
que é possível de ser palpado, serve de referência para identificação de outras 
estruturas, como outros processos espinhosos, na coluna vertebral. É atípica pelas 
características acima, além de processo espinhoso não bífido. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Corpo vertebral; 
2. Arco vertebral; 
27 
 
3. Forame vertebral; 
4. Pedículo do arco vertebral; 
5. Unco e suas faces; 
6. Lâmina do arco vertebral; 
7. Processo espinhoso não bífido; 
8. Processo transverso; 
9. Forame transverso; 
10. Face articular do processo articular superior; 
11. Face articular do processo articular inferior; 
12. Incisura vertebral superior; 
13. Incisura vertebral inferior; 
14. Processo espinhoso não bífido: característica das torácicas. 
VÉRTEBRAS TORÁCICAS: As vértebras torácicas apresentam diferenças substan-
ciais em relação às cervicais, haja vista que apresentam fóveas costais para se 
articularem com as costelas, que partem delas em direção ao osso esterno, possuem 
processos espinhosos bífidos e não terem forames transversários. 
Acidentes anatômicos:
1. Forame vertebral; 
2. Incisura superior da vértebra; 
3. Incisura inferior da vértebra; 
4. Pedículo do arco vertebral; 
5. Processo articular superior; 
6. Processo articular inferior; 
7. Face articular superior; 
8. Face articular inferior; 
9. Lâmina do arco vertebral; 
10. Processo transverso; 
11. Epífise anular; 
12. Fóvea costal inferior do corpo vertebral; 
13. Processo espinhoso: afilado e não bífido; 
14. Fóvea costal do processo transverso: exceto em T11 e T12; 
28 
 
15. Fóvea costal: apenas 1 de T10 – T12 (T10 possui a superior, T11 e T12 são as 
flutuantes, possuem uma no meio) e a T1 possui apenas a inferior; 
16. Face intervertebral do corpo vertebral: encontro de uma vértebra com outra, 
com o disco intervertebral no meio, para diminuir o choque e dar mais mobilida-
de.
VÉRTEBRAS LOMBARES: são vértebras de grande porte e resistência, haja vista 
que estão em um nível bastante distal da coluna vertebral, suportando, dessa forma, 
uma parcela significativa do peso corporal. 
Acidentes anatômicos gerais:
1. Corpo vertebral; 
2. Forame vertebral; 
3. Arco vertebral; 
4. Face intervertebral do corpo vertebral; 
5. Pedículo do arco vertebral; 
6. Lâmina do arco vertebral; 
7. Processo espinhoso: mais achatado lateralmente, mais laminar e mais fino; 
8. Parte interarticular; 
9. Processo transverso; 
10. Processo acessório; 
11. Processo mamilar; 
12. Face articular do processo articular superior; 
13. Face articular do processo articular inferior; 
14. Incisura vertebral superior; 
15. Incisura vertebral inferior; 
16. Epífise anular; 
17. Forame da veia basilar (veia basivertebral, para Marcos); 
18. Processo mamilar; 
19. Processo acessório; 
20. Processo costal. 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÉRTEBRAS SACROCOCCÍGEAS:
1. Base do sacro: formado pela superfície de S1; 
2. Promontório: ponto mais medial, na anterior e na superfície de S1; 
3. Asa do sacro (d/e); 
4. Face articular do processo articular superior; 
5. Abertura superior do canal sacral; 
6. Forames sacrais anteriores (I-IV): passagem para os nervos espinhais; 
7. Forames sacrais posteriores (I-IV): passagem para os nervos espinhais; 
8. Linhas sacrais transversas: onde estariam os discos intervertebrais; 
9. Ápice do sacro: se articula com o cóccix; 
10. Face auricular: se articula com o ilíaco; 
11. Face posterior ou dorsal; 
12. Tuberosidade sacral; 
13. Crista sacral mediana: união dos processos espinhosos; 
14. Crista sacral medial (intermédia): união dos processos articulares; 
15. Crista sacral lateral: união dos processos articulares; 
16. Canal sacral; 
17. Hiato sacral; 
Ligamento longitudinal posterior Veia basivertebral 
(por transparência) 
Veia lombar 
ascendente 
30 
 
18. Cornos sacrais; 
19. Pedículos da S1; 
20. Linha terminal; 
21. Face articular para o ápicedo sacro; 
22. Processo transverso; 
23. Cornos coccígeanos. 
TÓRAX: o esqueleto do tórax é uma caixa osteocartilagínea que se localiza na região 
mais superior do tronco, localizada inferiormente ao pescoço e superiormente ao 
abdome, e contém e protege os principais órgãos da respiração e circulação, além de 
cobrir parte dos órgãos abdominais. A caixa torácica (gradil costal) é formada pelas 
vértebras torácicas, osso esterno, costelas e cartilagens costais situadas lateral e 
ventralmente. 
COSTELAS (I-XII): são fitas ósseas arqueadas que se articulam ao esterno e às 
vértebras, além de possuírem um interior esponjoso contendo medula óssea. Se 
dividem em: 
a. Costelas verdadeiras/vertebroesternais (I-VII): articulam-se diretamente com o 
esterno através das cartilagens costais. Obs.: I é a menor de todas, pelas inci-
suras costais; 
b. Costelas falsas/vertebrocondrais (VII-X): articulam-se indiretamente com o es-
terno e suas cartilagens são unidas às cartilagens das costelas acima delas; 
c. Costelas flutuantes/vertebrais (XI-XII): não se articulam com o esterno, termi-
nam na musculatura abdominal posterior; 
Obs.: Assim como as vértebras, as costelas também podem ser classificadas em típi-
cas ou atípicas. As atípicas são os dois primeiros pares (I e II). 
Características de uma costela típica (III-IX): 
1. Face articular superior; 
2. Face articular inferior; 
3. Cabeça da costela; 
4. Crista da cabeça da costela: articula-se com os discos intervertebrais; 
5. Articulação intra-articular: divide as faces articulares em 2 compartimentos; 
6. Colo da costela; 
31 
 
7. Tubérculo da costela; 
8. Face articular lisa ou para o processo transverso da vértebra: se articula com 
as fóveas costais do processo transverso das vértebras; 
9. Face não-articular rugosa: fixa o ligamento costo-transversário pelas fóveas 
costais; 
10. Corpo da costela; 
11. Ângulo da costela; 
12. Sulco costal: serve para passagem de artéria, veia e nervo intercostal; 
13. Espaço intercostal.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervo intercostal 
Artéria intercostal 
Veia intercostal 
Intercostal externo 
Intercostal interno 
Intercostal íntimo 
Sulco costal da 
costela superior 
Dissecção de parte de 
um espaço intercostal, 
mostrando a disposição 
das artérias, veias e 
nervos intercostais. 
(Gray’s Anatomy for 
Students, 2013). 
32 
 
CARACTERÍSTICAS DAS COSTELAS ATÍPICAS (I-II) 
COSTELA I: A mais encurvada e frequentemente a mais curta de todas, é larga e 
chata, suas faces voltadas cranial e caudalmente e suas bordas voltadas interna e 
externamente. Sua cabeça é pequena, arredondada, e possui uma única face articular 
para articulação com o corpo da primeira vértebra torácica. Não apresenta sulco costal 
e não tem ângulo; 
Acidentes anatômicos: 
1. Cabeça da costela; 
2. Face articular superior: articula-se com T1 
3. Colo da costela; 
4. Corpo da costela; 
5. Sulco da artéria subclávia (mais dorsal); 
6. Sulco da veia subclávia (mais ventral); 
7. Tubérculo do músculo escaleno anterior; 
8. Tubérculo da costela.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
COSTELA II: Muito mais longa que a primeira, mas tem uma curvatura muito 
semelhante. A face interna é lisa e côncava e na sua parte posterior há um pequeno 
sulco costal. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Cabeça; 
2. Colo; 
3. Corpo; 
4. Ângulo; 
5. Crista do colo da costela; 
6. Tubérculo da costela; 
7. Tuberosidade do músculo serrátil anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
2. ESTERNO: 
a. Divide-se em: manúbrio, corpo e processo xifoide; 
b. Anterior: face convexa; 
c. Posterior: face côncava; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Incisura jugular; 
2. Incisura clavicular; 
3. Incisura costal (I-VII): articula-se com as cartilagens; 
4. Sínfise manubrioesternal; 
5. Sincondrose xifoesternal; 
6. Ângulo do esterno.
MEMBRO SUPERIOR 
CLAVÍCULA: Posicionar anatomicamente uma clavícula que está isolada em relação 
a um lado do corpo é uma tarefa inicialmente difícil, uma vez que ela apresenta ambas 
as extremidades muito parecidas. Para descomplicar essa tarefa, observe que a 
extremidade esternal é mais abaulada, enquanto a extremidade acromial é mais 
plana. A face inferior dela apresenta um sulco (para o músculo subclávio) e um tubér-
culo, denominado conóide. Ela pode ser dividida em três terços: medial, médio e 
lateral. 
a. Faces: superior (lisa) e inferior (rugosa); 
b. Margens: anterior (convexa) e posterior (côncava); 
c. Articula-se com: esterno e escápula; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Extremidade acromial (lateral): mais achatada; 
2. Extremidade esternal (medial): mais robusta; 
3. Face articular da extremidade acromial: articula-se com o acrômio (formam a 
articulação acromioclavicular); 
4. Face articular da extremidade esternal: articula-se com a incisura clavicular 
(formam a articulação esternoclavicular); 
5. Impressão do ligamento costoclavicular; 
6. Sulco do músculo subclávio; 
Incisura costal II: 
- Parte dela fica no manúbrio 
(hemifóvea superior); 
- Parte fica no corpo do esterno 
(hemifóvea inferior); 
- Semelhante à incisura costal 
VII. 
Posição anatômica 
- A face lisa é cranial; 
- O tubérculo conóide é PIL 
(posterior, inferior e lateral); 
- Sulco do músculo subclávio 
é voltado caudalmente; 
35 
 
7. Tubérculo conóide: fixa o ligamento conóide; 
8. Linha trapezóidea: fixa o ligamento trapezóide; 
9. Corpo da clavícula. 
ESCÁPULA: 
a. Faces: anterior (costal/côncavo) e posterior (dorsal/convexo); 
b. Margens: lateral, medial e superior; 
c. Articula-se com: úmero e clavícula; 
d. Ângulos: superior, inferior, acromial, lateral e medial; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Incisura escapular: passagem do nervo supraescapular; 
2. Processo coracóide: fixação dos músculos: peitoral menor, coracobraquial 
(coracoumeral) e o tendão da cabeça curta do bíceps braquial; fixação dos 
ligamentos: coracoacromial, coracoumeral, coracoclavicular (ligamento conói-
de e ligamento trapezóide); 
3. Cavidade glenoidal: articula-se com a cabeça do úmero (formam a articulação 
do ombro); 
4. Tubérculo supraglenoidal: fixação do tendão da cabeça longa do músculo 
bíceps braquial; 
5. Tubérculo infraglenoidal: fixação do tendão da cabeça longa do músculo tríceps 
braquial; 
6. Fossa subescapular: fixação do músculo subescapular; 
7. Acrômio: fixação dos músculos deltóide e trapézio, além dos ligamentos acro-
mioclavicular e coracoacromial; 
8. Espinha escapular: fixação dos músculos deltóide e trapézio; 
9. Fossa supra-espinhal: fixação do músculo supra-espinhal; 
10. Fossa infra-espinhal: fixação do músculo infra-espinhal; 
11. Colo escapular; 
12. Incisura espinoglenoidal; 
 
 
36 
 
ÚMERO: o maior e mais longo osso do membro superior, é divisível em um corpo, 
uma cabeça e um côndilo. 
a. Faces: ântero-medial, ântero-lateral e posterior; 
b. Margens: lateral e medial; 
c. Articula-se com: 3 ossos: escápula, rádio e ulna; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Cabeça do úmero: articula-se com a cavidade glenoidal da escápula (formam 
a articulação escapulo-umeral); 
2. Colo cirúrgico; 
3. Colo anatômico; 
4. Tubérculo maior: fixação dos músculos supra-espinhal, infra-espinhal e redon-
do menor; 
5. Tubérculo menor: fixação do músculo subescapular; 
6. Sulco intertubercular (bicipital): passagem do tendão da cabeça longa do 
músculo bíceps braquial; 
7. Tuberosidade deltóidea: fixa o músculo deltóide; 
8. Capítulo do úmero: articula-se com a fóvea da cabeça do rádio; 
9. Tróclea do úmero: articula-se com a incisura troclear da ulna; 
10. Fossa radial; 
11. Fossa coronóidea; 
12. Côndilo do úmero; 
13. Epicôndilo medial: fixação do músculo flexor superficial dos dedos; 
14. Epicôndilo lateral: fixação do músculo extensor dos dedos; 
15. Crista e margem supraepicondilar medial; 
16. Crista e margemsupraepicondilar lateral; 
17. Sulco do nervo ulnar: passagem do nervo ulnar (nervo superficial); 
18. Fossa do olécrano (olecraniana); 
19. Sulco do nervo radial; 
20. Crista do tubérculo maior; 
21. Crista do tubérculo menor; 
22. Forame nutrício;
 
37 
 
4. ULNA: A ulna ocupa o lado medial do antebraço e é paralela ao rádio. Divide-se 
em um corpo e duas extremidades. Sua extremidade proximal, de grande espessura 
e resistência, forma grande parte da articulação do cotovelo; o osso diminui de 
tamanho distalmente. 
a. Faces: anterior, medial e posterior; 
b. Margens: anterior, interóssea e posterior; 
c. Articula-se com: úmero e rádio; 
Acidentes anatômicos gerais:
1. Olécrano (processo olecrânico); 
2. Incisura troclear; 
3. Processo coronóide; 
4. Tuberosidade da ulna: fixação do músculo braquial; 
5. Incisura radial da ulna: articula-se com a circunferência articular da cabeça do 
rádio (formam a articulação rádio-ulnar proximal); 
6. Crista do músculo supinador; 
7. Fossa do músculo supinador; 
8. Corpo da ulna; 
9. Cabeça da ulna; 
10. Circunferência articular da cabeça da ulna: articula-se com a incisura ulnar do 
rádio (formam a articulação rádio-ulnar distal); 
11. Processo estilóide da ulna. 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
5. RÁDIO: É paralelo à ulna e está no lado lateral do antebraço. Sua extremidade 
proximal é pequena e forma apenas uma pequena parte da articulação do cotovelo, 
mas sua extremidade distal é grande e forma a porção principal da articulação do 
pulso. Tem um corpo e duas extremidades. 
a. Faces: anterior (lisa), lateral e posterior (irregular); 
b. Margens: anterior, interóssea e posterior; 
c. Articula-se com: úmero e ulna; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Cabeça do rádio; 
2. Colo do rádio; 
3. Fóvea da cabeça do rádio; 
4. Circunferência articular da cabeça do rádio: articula-se com a incisura articular 
da ulna; 
5. Tuberosidade do rádio: fixação do músculo bíceps braquial; 
6. Processo estilóide; 
7. Incisura ulnar do rádio: articula-se com a circunferência articular da ulna 
(formam a articulação rádio-ulnar distal); 
8. Face articular carpal (divide-se em faces articulares para o semilunar e o 
escafóide). 
Acidentes específicos para alunos do Marcos: 
9. Sulco do músculo abdutor longo do polegar; 
10. Sulco do músculo extensor curto do polegar; 
11. Sulco do músculo extensor radial longo do carpo; 
12. Sulco do músculo extensor radial curto do carpo; 
13. Tubérculo dorsal; 
14. Sulco do músculo extensor longo do polegar; 
15. Sulco do músculo extensor dos dedos; 
16. Sulco do músculo extensor do indicador. 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. OSSOS DO PULSO E MÃO: O esqueleto da mão é subdividido em três segmentos: 
ossos do carpo (carpais), que são os ossos do pulso, os ossos do metacarpo (meta-
carpais), que são os ossos da palma da mão, e as falanges, que são os ossos dos 
dedos. 
40 
 
6.1 OSSOS DO CARPO (CARPAIS): Os ossos carpais são divididos em duas fileiras, 
uma proximal e outra distal. Do lado radial ao ulnar eles são divididos na seguinte 
ordem: 
Escafóide 
Semilunar 
Piramidal 
Pisiforme 
Trapézio 
Trapezóide 
Capitato 
Hamato (uncinado) 
 
6.2 OSSOS DO METACARPO (METACARPAIS): Os ossos metacarpais possuem 
base (extremidade proximal ou cárpica), corpo e cabeça (extremidade distal ou 
digital). São numerados do lado radial para o lado ulnar. 
6.3 FALANGES: Também podem ser divididas em fileiras, a saber: proximal, média e 
distal. Cada dedo possui 3 falanges, exceto o polegar, que possui 2, uma proximal e 
outra distal. As falanges também apresentam base, corpo e cabeça. Na cabeça, 
possuem tuberosidades. 
 
COMPLEMENTO TEÓRICO 
MÚSCULOS RELACIONADOS À ESCÁPULA: 
1. Subescapular: fossa subescapular; 
2. Supra-espinhal: fossa supra-espinhal; 
3. Infra-espinhal: fossa infra-espinhal; 
4. Serrátil anterior: margem medial; 
5. Deltóide: espinha da escápula; 
6. Trapézio: espinha da escápula; 
7. Omohióide: borda superior da escápula; 
8. Cabeça longa do músculo bíceps braquial: tubérculo supraglenoidal; 
9. Cabeça longa do músculo tríceps braquial: tubérculo infraglenoidal; 
10. Cabeça curta do músculo bíceps braquial: processo coracóide; 
11. Coracobraquial (coracoumeral): processo coracóide; 
Fileira proximal Fileira distal 
41 
 
12. Levantador da escápula: ângulo su-perior; 
13. Peitoral menor: processo coracóide; 
14. Rombóide menor: margem medial; 
15. Rombóide maior: margem medial; 
16. Redondo menor: margem lateral; 
17. Redondo maior: margem lateral; 
18. Latíssimo do dorso*/grande dorsal: ângulo inferior.
MÚSCULOS RELACIONADOS AO ÚMERO: 
1. Supra-espinhal: tubérculo maior (origem); 
2. Subescapular: tubérculo maior (origem); 
3. Peitoral maior: crista do tubérculo maior; 
4. Redondo maior: crista do tubérculo menor (origem); 
5. Deltóide: tuberosidade deltóidea (origem); 
6. Infra-espinhal: tubérculo maior (origem); 
7. Redondo menor: tubérculo maior (origem); 
8. Flexor superficial dos dedos: epicôndilo medial; 
9. Extensor dos dedos: epicôndilo lateral; 
10. Bíceps braquial: sulco intertubercular.
 
MEMBRO INFERIOR 
1. QUADRIL: O quadril é composto por algumas partes, a saber: 
a. Pelve óssea: osso do quadril (ilíaco, púbis e ísquio), sacro e cóccix; divide-se 
em: falsa, acima (maior) e verdadeira, abaixo (menor); 
b. Articulações da pelve: sacroilíacas anteriores e posteriores e a sínfise púbica; 
c. Articulação superior da pelve: promontório do sacro, apófise anular posterior, 
margem anterior da asa do sacro, linha arqueada, margem superior do corpo 
do púbis, margem superior da sínfise púbica;
ÍLIO: maior porção do osso do quadril, é a parte superior do osso do quadril. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Asa do ílio; 
42 
 
2. Fossa ilíaca: fixação do músculo ilíaco; 
3. Tuberosidade ilíaca; 
4. Face auricular: articula-se com a face auricular do sacro; 
5. Corpo do ílio; 
6. Espinha ilíaca ântero-superior: fixação do músculo sartório; 
7. Espinha ilíaca ântero-inferior: fixação do reto femoral do músculo quadríceps 
femoral; 
8. Espinha ilíaca póstero-superior: fixação do músculo sartório; 
9. Espinha ilíaca póstero-inferior: fixação do reto femoral do músculo quadríceps 
femoral; 
10. Linha arqueada; 
11. Tuberosidade do glúteo máximo; 
12. Crista ilíaca; 
13. Lábio externo da crista ilíaca: fixação do músculo oblíquo externo do abdome; 
14. Linha intermédia da crista ilíaca: fixação do músculo oblíquo interno do 
abdome; 
15. Lábio interno da crista ilíaca: fixação do músculo transverso do abdome; 
16. Linha glútea anterior; 
17. Linha glútea posterior; 
18. Linha glútea inferior; 
19. Tubérculo obturário anterior; 
20. Tubérculo obturário posterior.
ÍSQUIO: Está localizado posteroinferiormente ao osso do quadril, sendo o respon-
sável por sustentar o peso corporal quando o corpo está sentado, através do túber 
isquiático. 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Ramo do ísquio; 
2. Ramo ísquiopúbico; 
3. Corpo do ísquio; 
4. Incisura isquiática maior: passagem do nervo ciático; 
5. Incisura isquiática menor 
 
43 
 
6. Espinha isquiática: fixação do ligamento sacroespinhal; 
7. Túber isquiático: fixação dos músculos: semimembranáceo, semitendíneo e a 
cabeça longa do bíceps femoral. 
8. Forame obturado; 
9. Sulco obturatório. 
PÚBIS: Está localizado anteroinferiormente ao osso do quadril. 
1. Ramo inferior do púbis; 
2. Ramo superior do púbis; 
3. Eminência iliopúbica; 
4. Tubérculo púbico: fixação do 
5. ligamento inguinal; 
6. Face sinfisial; 
7. Linha pectínea do púbis: 
8. fixação do músculo pectíneo; 
9. Crista obturatória; 
 
FÊMUR 
a. Articula-se com 3 ossos: quadril, patela e tíbia; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Cabeça do fêmur: articula-se com a face semilunar do acetábulo; 
2. Fóvea do cabeça do fêmur: fixação do ligamento redondo da cabeça do fêmur; 
3. Colo do fêmur:é comum de ser fraturado por idosos, motivado por osteopenia 
e osteoporose; 
4. Trocânter maior; 
5. Trocânter menor; 
6. Fossa trocantérica; 
7. Linha intertrocantérica; 
8. Crista intertrocantérica; 
9. Tubérculo quadrado: fixação do músculo quadrado femoral; 
10. Tuberosidade glútea: fixação do músculo glúteo máximo; 
11. Linha pectínea: fixação do músculo pectíneo; 
Correlação clínica: 
Nervo ciático 
Para aplicar uma injeção na região 
glútea, deve-se dividi-la em quadran-
tes: 
 Superior Superior 
 Medial Lateral 
 Inferior Inferior 
 Medial Lateral 
A injeção deve ser aplicada na região 
superior lateral, JAMAIS na região 
inferior medial. 
44 
 
12. Linha áspera: fixação dos adutores da coxa; 
13. Lábio medial da linha áspera; 
14. Lábio lateral da linha áspera; 
15. Face poplítea: fixação do nervo, da artéria, da veia e do músculo poplíteo; 
16. Côndilo medial; 
17. Côndilo lateral; 
18. Epicôndilo medial; 
19. Epicôndilo lateral; 
20. Tubérculo do adutor: fixação do músculo adutor magno; 
21. Linha supracondilar medial; 
22. Linha supracondilar lateral; 
23. Face patelar; 
24. Linha intercondilar; 
25. Fossa intercondilar.
 
PATELA: a patela tem uma função importante, visto que ela serve para aumentar o 
momento da força (torque) que o músculo quadríceps femoral consegue de-
sempenhar para realizar a extensão do joelho, servindo como forma de reduzir o 
esforço nessa tarefa e, consequentemente, a energia gasta para realiza-la. 
a. Faces: anterior (rugosa) e posterior (lisa); 
b. Articula-se com 1 osso: fêmur; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Face articular medial (menor); 
2. Face articular lateral (maior); 
3. Base da patela; 
4. Ápice da patela. 
 
 
 
 
Posição anatômica da patela: 
O ápice deve estar voltado 
inferiormente e a face convexa 
deve estar voltada ventralmente. 
45 
 
TÍBIA: 
a. Faces: medial, lateral e posterior; 
b. Margens: anterior, interóssea e lateral; 
c. Articula-se com 2 ossos: fêmur e fíbula; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Côndilo medial; 
2. Côndilo lateral; 
3. Face articular fibular; 
4. Área intercondilar anterior: fixação do ligamento cruzado anterior; 
5. Área intercondilar posterior: fixação do ligamento cruzado posterior; 
6. Cavidades glenóides (face medial e lateral) / faces articulares superiores; 
7. Tuberosidade da tíbia: fixação do ligamento da patela; 
8. Tubérculo intercondilar lateral; 
9. Tubérculo intercondilar medial; 
10. Linha solear: fixação do músculo sóleo; 
11. Maléolo medial; 
12. Forame nutrício; 
13. Face articular do maléolo medial; 
14. Face articular do maléolo inferior ou dorsal; 
15. Incisura fibular; 
16. Sulco maleolar tibial ou sulco do músculo tibial posterior; 
17. Tubérculo do trato iliotibial (de Gerdy): local de fixação do trato iliotibial. 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
5. FÍBULA: 
a. Faces: medial, lateral e posterior; 
b. Margens: anterior, interóssea e posterior; 
c. Articula-se com 2 ossos: tíbia e tálus; 
Acidentes anatômicos gerais: 
1. Cabeça da fíbula; 
2. Ápice da cabeça da fíbula; 
3. Face articular da cabeça da fíbula: articula-se com a tíbia (formam a articulação 
tibiofibular proximal); 
4. Colo da fíbula; 
5. Corpo da fíbula; 
6. Maléolo lateral.
6. OSSOS DO TORNOZELO E PÉ: O esqueleto do pé é subdividido em três 
segmentos: ossos do tarso (tarsais), equivalentes aos do carpo, os ossos do 
metatarso (metatarsais), que são equivalentes aos ossos do metacarpo, e as falanges, 
que são os ossos dos dedos. 
6.1 OSSOS DO TARSO (TARSAIS): Os ossos carpais são divididos em duas fileiras, 
uma proximal e outra distal. Do lado lateral ao tibial eles são divididos na seguinte 
ordem: 
1. Calcâneo; 
2. Tálus; 
3. Navicular; 
4. Cubóide; 
5. Cuneiforme medial; 
6. Cuneiforme intermédio; 
7. Cuneiforme lateral. 
6.2 OSSOS DO METATARSO (METATARSAIS): Os ossos metatarsais possuem 
base (extremidade proximal), corpo e cabeça (extremidade distal). São numerados do 
lado lateral ao medial. 
Posição anatômica 
- A fossa maleolar está na 
epífise distal e deve estar 
voltada dorsomedialmente. 
 
47 
 
SISTEMA ARTICULAR 
 “As articulações são uniões ou junções entre dois ou mais ossos ou partes rí-
gidas do esqueleto. As articulações exibem várias formas e funções. Algumas não têm 
movimento (...) outras permitem apenas pequenos movimentos, como os dentes em 
seus alvéolos; e outras têm mobilidade livre, como a articulação do ombro” (MOORE, 
2014). 
1. CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES: podem ser classificadas em fibrosas, 
cartilaginosas e sinoviais, de acordo com o tipo de material pelo qual são unidas. Além 
disso, apresentam subdivisões. 
1) ARTICULAÇÕES FIBROSAS (IMÓVEIS OU SINARTROSES) 
1.1 SUTURA: pequena quantidade de tecido fibroso entreposto nos ossos. São 
classificadas de acordo com o formato da superfície que entra em contato. Seus sub-
tipos são: 
a. Escamosa. Ex: sutura escamosa entre os ossos temporal e parietal; 
b. Denteada ou serreada. Ex: suturas sagital e coronal; 
c. Esquindilese. Ex: articulação do rostro do esfenóide com o vômer; 
d. Plana ou harmônica. Ex: sutura internasal. 
1.2 SINDESMOSE: articulações fibrosas interpostas por grande quantidade de tecido 
fibroso estabelecendo ligação entre os ossos. Ex: sindesmose rádio-ulnar; sindesmo-
se tíbio-fibular. 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
1.3 GONFOSE: uma parte do osso apresenta uma cavidade e a outra parte do osso 
um processo cônico. Ex: cavidade alveolar (mandibular ou maxilar) e raiz do dente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS (SEMIMÓVEIS OU ANFIARTROSE) 
2.1 SINCONDROSE: composta por cartilagem hialina. Pode ser temporária ou perma-
nente. Quando temporária a cartilagem fica por um tempo depois se transforma em 
tecido ósseo, um exemplo é a cartilagem presente entre a diáfise e a epífise dos ossos 
longos. Quando permanente a cartilagem permanece a vida toda. Ex: cartilagem que 
liga as costelas ao esterno; sincondrose temporária na metáfise dos ossos e sincon-
drose xifoesternal. 
2.2 SÍNFISE: composto por cartilagem hialina mais tecido conjuntivo fibroso. Ex: 
sínfise púbica; disco intervertebral (sínfise) e sínfise manubrioesternal. 
3. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS (MÓVEIS OU DIARTROSES) 
Classificada em simples (entre dois ossos) ou composta (mais de 2 ossos). Função: 
permitir movimento no corpo. 
49 
 
As articulações sinoviais incluem a maioria das articulações do corpo. As superfícies 
ósseas são recobertas por cartilagem articular e unidas por ligamentos revestidos por 
membrana sinovial. A articulação pode ser dividida completamente ou incompleta-
mente por um disco ou menisco articular cuja periferia se continua com a cápsula 
fibrosa, enquanto que suas faces livres são recobertas por membrana sinovial. Uma 
das características das articulações móveis é a presença de uma cavidade, entre as 
duas extremidades ósseas, que concorre para que um deslize livremente sobre a 
outra. 
Obs: Para se ter exemplos dos movimentos que essas articulações permitem, basta 
pensar nos que são executados pelos membros superiores e inferiores: andar, 
agachar, sentar-se, manipular e carregar objetos. Sem as articulações dos joelhos, 
cotovelos, pés, mãos e dedos, nenhum desses movimentos seria possível. 
3.1 COMPONENTES DE UMA ARTICULAÇÃO SINOVIAL TÍPICA: 
a. Superfícies ósseas articulares; 
b. Cartilagem articular: reveste as superfícies ósseas articulares, são 
avasculares sendo nutridas e lubrificadas pelo liquido sinovial; 
c. Cápsula articular: reveste a articulação por fora e limita movimentos 
excessivos. Possui uma parte externa constituída de membrana fibrosa (tecido 
conjuntivo fibroso condensado) e uma parte interna constituída de uma 
membrana sinovial (tecido conjuntivo frouxo) que produz o líquido sinovial para 
nutrir a cartilagemarticular; 
d. Cavidade articular: espaço entre as cartilagens, preenchida pelo líquido 
sinovial; 
e. Bolsa/bursa sinovial: membrana com um líquido dentro que amortece 
impactos. Só existe em algumas articulações. Ex: bolsa subacromial no ombro. 
Obs: a inflamação de uma bursa sinovial gera um quadro álgico intenso 
denominado bursite. 
f. Bainha sinovial dos tendões: membrana percorrida intimamente por um 
tendão e que o protege de atritos. Ex: a bainha sinovial que reveste o tensão 
da cabeça longa do músculo bíceps braquial, na epífise proximal do úmero; 
g. Ligamentos: servem para unir os ossos e limitar movimentos excessivos; 
h. Disco articular: facilita a congruência entre as superfícies ósseas articulares, 
separando a cavidade sinovial em duas cavidades separadas. Também serve 
50 
 
para amortecer impacto em certos locais. Ex: meniscos presentes no joelho e 
o disco articular presente na articulação temporomandibular. 
i. Lábio articular: aumenta a profundidade a fim de estabilizar a articulação. Ex: 
lábio articular da cavidade glenoidal escapular. 
Informação adicional: existe uma relação inversamente proporcional entre mobilida-
de e estabilidade de uma articulação. Quanto mais estável uma articulação é, menos 
móvel ela será. A recíproca é verdadeira. Essas articulações também são menos 
suscetíveis a luxações ou subluxações. 
4. EIXOS DE MOVIMENTO: 
Ântero-posterior: formado pela união dos planos anterior e posterior, permitindo os 
movimentos de adução e abdução a partir do eixo fixo. É perpendicular ao plano coro-
nal. 
Crânio-caudal: formado pela união dos planos superior e inferior, permitindo os movi-
mentos de rotação a partir do eixo fixo. É perpendicular ao plano transverso. 
Látero-lateral: formado pela união dos planos lateral direito e esquerdo, permitindo 
os movimentos de flexão e extensão a partir do eixo fixo. É perpendicular a um plano 
sagital. 
5. TIPOS DE MOVIMENTO: 
5.1 Deslizamento: deslizamento de uma superfície sobre outra; 
a. Protração: projeção anterior. 
b. Retração: projeção posterior. 
c. Elevação: projeção inferior-superior. Ex: fechamento da boca; 
d. Depressão: projeção superior-inferior. Ex: abertura da boca. 
5.2 Angular: quando ocorre uma mudança no ângulo da articulação. Ex: flexão, 
extensão, abdução e adução, dorsiflexão e flexão plantar. 
5.3 Rotação: quando um osso gira ao redor de um eixo central. Ex: rotação externa, 
rotação interna, supinação e pronação. 
51 
 
5.4 Circundação: um movimento circular que consiste em uma sequência de flexão, 
abdução, extensão e adução (ou na ordem inversa), de tal forma que a extremidade 
distai da parte se move em círculo. 
6. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: 
a. Não-axial: não tem eixo de movimento, só produz movimentos de deslizamen-
tos. Ex: articulações intercárpicas; 
b. Uniaxial: um eixo de movimento. Permitem 2 tipos de movimento. Ex: articula-
ção do cotovelo, interfalangeanas proximais e distais; 
c. Biaxial: dois eixos de movimento. Permitem 4 tipos de movimento. Ex: articula-
ção do punho; 
d. Triaxial: três eixos de movimento. Permitem 6 tipos de movimento. Ex: articula-
ção do ombro; 
Informação Adicional: o eixo é perpendicular ao plano de movimento. 
7. CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS: 
a. Plana (artrodial): só realizam deslocamento. Ex: articulações intercárpicas e 
articulação temporomandibular. 
b. Trocóide: só realizam rotação. Sendo que, uma das extremidades apresenta 
forma de pivô e a outra extremidade articular tem uma forma de anel. Ex: 
articulações rádio-ulnar e atlanto-axial. 
c. Gínglimo (dobradiça): realizam flexão e extensão. Ex: articulações interfalan-
geanas proximais e distais e do cotovelo. 
d. Selar: realizam flexão/extensão, abdução/adução e circundação. Ocorre um 
encaixe recíproco (relacionamento de extremidades de igual curvatura, 
permitindo a circundação) entre uma face côncava em contato com outra 
convexa, limitando o movimento. Ex: articulações atlanto-occipital e a 
articulação carpo-metacarpal do polegar. 
e. Esferoide: realizam flexão/extensão, abdução/adução, rotação interna/externa 
e circundação. Ex: articulação do quadril e do ombro. 
Obs: Observe que entre as falanges dos dedos, as articulações são trocleares, ou 
seja, similares a dobradiças. As articulações metacarpofalangeanas são do tipo 
condilar, permitindo mais diversidade de movimentos. A carpo-metacárpica do 1º qui-
52 
 
rodáctilo é selar e a dos demais são planas. Isso confere ao polegar uma maior mobi-
lidade em relação aos outros quirodáctilos. 
GUIA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (ATM): é a articulação que permite os 
movimentos mandibulares, essenciais em ações como falar e comer. 
Superfícies articulares: 
a. Fossa mandibular e tubérculo articular do osso temporal; 
b. Côndilo da mandíbula. 
Classificação morfológica: sinovial condilar (elipsóidea). 
Classificação funcional: biaxial. 
Movimentos permitidos: depressão, elevação, protração, retração e didução (lateral-
zação) mandibulares. 
Ligamentos: 
a. Lateral: do tubérculo articular ao colo da mandíbula. Limita a retração. 
b. Estilomandibular: do processo estiloide para o ângulo da mandíbula. 
c. Esfenomandibular: da espinha do esfenoide à língula da mandíbula. 
ARTICULAÇÃO ATLANTO-OCCIPITAL: 
Superfícies articulares: 
a. Faces articulares dos côndilos occipitais; 
b. Faces articulares superiores da 1ª vértebra cervical (atlas). 
Classificação morfológica: sinovial condilar; 
Classificação funcional: biaxial. 
Movimentos permitidos: flexão e extensão (plano sagital e eixo transverso), inclina-
ção lateral direita e esquerda (plano coronal e eixo ântero-posterior) da cabeça. 
Ligamentos: 
a. Atlanto-occipitais laterais (direito e esquerdo); 
b. Membranas atlanto-occipitais (anterior e posterior). 
53 
 
ARTICULAÇÕES DO TRONCO E COLUNA VERTEBRAL 
ARTICULAÇÃO ATLANTO-AXIAL MEDIANA: 
Superfícies articulares: 
a. Fóvea do dente de atlas; 
b. Processo odontóide de áxis. 
Classificação morfológica: sinovial trocóide. 
Classificação funcional: Uniaxial. 
Movimentos permitidos: rotação (eixo longitudinal e plano transverso). 
ARTICULAÇÕES ATLANTO-AXIAIS LATERAIS: 
Superfícies articulares: 
a. Faces articulares inferiores de atlas; 
b. Faces articulares dos processos articulares superiores de áxis. 
Classificação morfológica: Sinovial plana. 
Classificação funcional: Não-axial. 
Movimentos permitidos: não apresentam movimentos. 
Ligamentos: 
a. Transverso de atlas: estabiliza o processo odontóide de áxis na fóvea do den-
te de atlas; 
b. Atlanto-axial anterior: limita a extensão; 
c. Atlanto-axial posterior: limita a flexão; 
d. Do ápice do dente: limita a extensão; 
e. Alares: limita a rotação e a extensão; 
f. Cruciforme: conjunto entre os ligamentos transverso e do ápice do dente. 
Obs: os três últimos ligamentos unem áxis ao occipital. 
ARTICULAÇÕES INTERAPOFISÁRIAS: 
Superfícies articulares: faces articulares dos processos articulares das vértebras. 
Classificação morfológica: sinovial plana. 
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Classificação funcional: não-axial. 
Movimentos permitidos: as articulações interapofisárias não realizam movimento, 
mas permitem o deslizamento das superfícies ósseas articulares, auxiliando nos se-
guintes movimentos: flexão, extensão, inclinação lateral e rotação da coluna vertebral. 
ARTICULAÇÕES COSTOVERTEBRAIS: 
Superfícies articulares: 
a. Fóvea costal da vertebra torácica; 
b. Faces articulares da cabeça da costela. 
Classificação morfológica: sinovial plana. 
Classificação funcional: não-axial. 
ARTICULAÇÕES COSTOTRANSVERSÁRIAS: 
Superfície articular: 
a. Fóvea costal do processo transverso das vértebras torácicas; 
b. Face articular do tubérculo da costela. 
Classificação morfológica: sinovial plana. 
Classificação funcional: não-axial. 
Ligamentos: 
a. Estrelado/radiado da cabeça da costela.b. Costotranversário lateral. 
c. Costotranversário. 
d. Costotranversário superior. 
e. Intra-articular da cabeça da costela. 
LIGAMENTOS DA COLUNA VERTEBRAL: 
a. Longitudinal anterior; 
b. Longitudinal posterior; 
c. Amarelo; 
d. Interespinhal; 
e. Supra-espinhal; 
55 
 
ARTICULAÇÃO ESTERNOCOSTAL 
Superfície articular: 
a. Incisuras costais do esterno; 
b. Extremidade esternal das costelas através das cartilagens costais. 
Classificação morfológica: sinovial plana. 
Classificação funcional: não-axial. 
Ligamentos: 
a. Esternocostal. 
ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS SUPERIORES 
ARTICULAÇÃO ESCAPULO-UMERAL (DO OMBRO): 
Superfície articular: 
a. Cavidade glenoidal da escápula; 
b. Face articular da cabeça do úmero. 
Classificação morfológica: sinovial esferoide. 
Classificação funcional: tri-axial. 
Movimentos permitidos: flexão e extensão, abdução e adução, rotação externa e 
interna e circundação. 
Ligamentos: 
a. Glenoumerais superior, médio e inferior: limitam a rotação lateral; 
b. Coracoumeral; 
c. Transverso do úmero: estabiliza o tendão da cabeça longa do bíceps braquial; 
d. Coracoacromial; 
e. Acromioclavicular; 
f. Coracoclavicular: é formado por partes trapezóide e conóide. 
Obs1: possui um lábio glenoidal a fim de dar profundidade a articulação aumentando 
a estabilidade com bolsa sinovial. 
56 
 
Obs2: na escápula existe o ligamento transverso superior, que fecha a incisura for-
mando um forame para a passagem do nervo supraescapular. 
ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR: 
Superfície articular: 
a. Face articular do acrômio da escápula 
b. Face articular da extremidade acromial da clavícula. 
Classificação morfológica: Sinovial plana. 
Classificação funcional: Não-axial. 
ARTICULAÇÃO ESTERNOLAVICULAR: 
Superfície articular: 
a. Incisura clavicular do esterno; 
b. Face articular da extremidade esternal da clavícula. 
Classificação morfológica: sinovial plana. 
Classificação funcional: não-axial. 
Ligamentos: 
a. Esternoclaviculares anterior e posterior. 
b. Interclavicular. 
c. Costoclavicular. 
Obs: há a presença de disco articular para aumentar a congruência das superfícies 
articulares. 
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO: 
Superfície articular: 
a. Capítulo do úmero e fóvea articular da cabeça do rádio; 
b. Tróclea do úmero com a incisura troclear da ulna. 
Classificação morfológica: sinovial gínglimo. 
Classificação funcional: uni-axial. 
57 
 
Movimentos permitidos: flexão e extensão do cotovelo; 
Ligamentos: 
a. Colateral lateral/radial; 
b. Colateral medial/ulnar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
ARTICULAÇÃO RÁDIO-ULNAR PROXIMAL: 
Superfície articular: 
a. Circunferência articular da cabeça do rádio; 
b. Incisura radial da ulna. 
Classificação morfológica: sinovial trocoidea. 
Classificação funcional: uni-axial. 
Movimentos permitidos: pronação e supinação. 
Ligamento: 
a. Anular da cabeça do rádio: estabiliza a cabeça do rádio na incisura radial da 
ulna. 
b. Corda oblíqua. 
ARTICULAÇÃO RÁDIO-ULNAR DISTAL: 
Superfície articular: 
a. Circunferência articular da cabeça da ulna; 
b. Incisura ulnar do rádio. 
Classificação morfológica: sinovial trocoidea. 
Classificação funcional: uni-axial. 
Movimentos permitidos: supinação e pronação. 
Ligamento: 
a. Rádio-ulnares anterior e posterior. 
ARTICULAÇÃO DO PUNHO: 
Superfícies articulares: Face articular carpal do osso escafoide no rádio e a face 
articular carpal do osso semilunar e a face articular dos ossos carpais semilunar e 
escafoide. 
Classificação morfológica: sinovial condilar; 
Classificação funcional: biaxial; 
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Movimentos permitidos: flexão e extensão, abdução e adução. 
ARTICULAÇÃO MEDIOCARPAL: 
Superfície articular: Faces articulares entre escafoide, semilunar, piramidal e trapé-
zio, trapezoide, capitato e hamato. 
Classificação morfológica: sinovial plana; 
Classificação funcional: não-axial; 
ARTICULAÇÃO CARPOMETACÁRPICA: 
Superfícies articulares: 
a. Face articular do trapézio e a base do 1º osso metacarpal (para o polegar); 
b. Cabeça dos metacarpais e a base das falanges proximais (para os demais 
quirodáctilos). 
Classificação morfológica: sinovial selar (para o polegar) e sinovial plana (2º ao 5º 
quirodáctilos). 
Classificação funcional: biaxial (polegar) e não-axial (2 a 5). 
Movimentos permitidos: adução e abdução, flexão e extensão, didução para o pole-
gar. 
ARTICULAÇÃO METACARPOFALANGEANA: 
Superfícies articulares: 
a. Face articular dos ossos carpais distais; 
b. Base das falanges proximais. 
Classificação morfológica: sinovial gínglimo (polegar) e sinovial condilar (2 ao 5 
quirodáctilos). 
Classificação funcional: uni-axial (polegar) e biaxial (2 a 5). 
Movimentos permitidos: adução e abdução, flexão e extensão, didução para o pole-
gar. 
ARTICULAÇÃO INTERFALANGENA PROXIMAL E DISTAL: 
Superfície articular: 
60 
 
a. Face articular distal dos metacarpos e a face articular da base da falange 
proximal para a articulação interfalangeana proximal; 
b. Face articular da cabeça da falange média e a face articular da base da falange 
distal para a articulação interfalangeana distal. 
Classificação morfológica: sinovial gínglimo. 
Classificação funcional: uni-axial. 
Movimentos permitidos: flexão e extensão. 
ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL/COXOFEMORAL: 
Superfície articular: 
a. Face semilunar do acetábulo do osso do quadril; 
b. Face articular da cabeça do fêmur. 
Classificação morfológica: sinovial esferóide. 
Classificação funcional: triaxial 
Movimentos permitidos: flexão e extensão, adução e abdução, rotação lateral e me-
dial. 
Ligamentos: 
a. Iliolombares: unem a crista ilíaca aos processos costais das vértebras 
lombares; 
b. Sacroilíacos anteriores; 
c. Sacroilíacos posteriores; 
d. Sacrotuberal: une o túber isquiático ao sacro e cóccix; 
e. Sacroespinhal: une a espinha isquiática ao sacro, na face posterior; 
f. Inguinal: une a espinha ilíaca ântero-superior ao tubérculo púbico; 
g. Sínfise púbica: une as faces articulares dos ossos púbicos; 
h. Suprapúbico; 
i. Infrapúbico; 
j. Iliofemoral; 
k. Pubofemoral; 
61 
 
l. Isquiofemoral; 
m. Redondo da cabeça do fêmur: ligamento intracapsular com fixação na fóvea 
da cabeça do fêmur e na incisura do acetábulo pegando também fibras do 
ligamento transverso do acetábulo); 
n. Transverso do acetábulo; 
ARTICULAÇÃO DO JOELHO/TIBIOFEMORAL: 
Superfície articular: 
a. Faces articulares medial e lateral da superfície patelar do fêmur com as faces 
articulares medial e lateral da patela; 
b. Faces articulares dos côndilos medial e lateral do fêmur com as faces 
articulares superiores medial e lateral da tíbia. 
Classificação morfológico: sinovial condilar. 
Classificação funcional: biaxial. 
Movimentos permitidos: flexão e extensão, rotação medial e lateral (quando o joelho 
está flexionado). 
Ligamentos: 
a. Patelar: une o ápice da patela à tuberosidade da tíbia; 
b. Colateral tibial (medial); 
c. Colateral fibular (lateral); 
d. Poplíteo oblíquo; 
e. Poplíteo arqueado; 
f. Transverso anterior do joelho/transverso do joelho: liga os meniscos 
anteriormente; 
g. Meniscofemoral posterior: vai do côndilo medial do fêmur até o menisco 
lateral; 
h. Cruzado anterior: fixa a área intercondilar anterior da tíbia à face medial do 
côndilo lateral do fêmur (limita a anteriorização da tíbia); 
i. Cruzado posterior: fixa na área intercondilar posterior até a face lateral do 
côndilo medial do fêmur (limita a posteriorização da tíbia). 
62 
 
Obs: essa articulação possui bolsas (bursas) sinoviais e discos articulares denomina-
dos meniscos. Além disso, existem ligamentos que estão dentro da cápsula, os intra-
capsulares, e os que estão fora, os extracapsulares. Os extracapsulares são os liga-
mentos poplíteos (posteriormente) e os colaterais (medialmente).

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