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TCC Izabel Cristina Costa_Comunicação em mídias digitais_Estácio EAD 2019

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Universidade Estácio Online 
Pós-graduação em Comunicação e Mídias Digitais 
 
 
 
 
 
Izabel Cristina Costa 
 
 
 
 
Artigo: Idosos e Tecnologias da Informação e Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos, São Paulo, 2019. 
 
Resumo 
 
O envelhecimento da população é uma realidade inquestionável, que pode 
significar ou não uma vida prazerosa. Para que o aumento da longevidade seja 
positivo, é necessário que os idosos tenham uma boa qualidade de vida. Segundo a 
OMS – Organização Mundial da Saúde – o termo “ativo” no contexto do 
envelhecimento, refere-se à “participação contínua na vida social, econômica, cultural, 
espiritual e cívica”, indo muito além da possibilidade de ser física e profissionalmente 
ativo. O número de pessoas com mais de 60 anos que está constantemente conectada 
têm crescido consideravelmente e a tendência é o seu aumento, embora haja ainda 
uma parcela deste público à margem das chamadas TIC – Tecnologias da Informação 
e Comunicação – uma vez que existe certa visão estereotipada de que a Internet é 
pensada especialmente para os jovens. 
 
Palavras-chave: envelhecimento da população, idosos, tecnologia, Internet, 
qualidade de vida. 
 
 
Tecnologias da Informação e Comunicação e envelhecimento da população 
 
Observa-se uma grande transformação demográfica iniciada no último século: 
a evidência de uma população cada vez mais envelhecida e a constatação de que 
esta é uma realidade incontornável. Trata-se da consequência de desenvolvimentos 
científicos e técnicos, das alterações econômicas e do aumento da conscientização 
conferida à educação, à higiene e à saúde pública. Estes fatores contribuíram para a 
possibilidade e o usufruto de uma vida melhor e mais longa. 
Do outro lado, é notório que as TIC – Tecnologias da Informação e 
Comunicação – têm se instalado no dia a dia de todos de forma contundente. Para os 
jovens, nascidos numa época digital, é natural e simples o estabelecimento de uma 
relação íntima, de identificação com estas ferramentas, contudo, para os idosos, essa 
modernidade pode ser mais ou menos aceita, a depender da personalidade e da 
história de vida de cada indivíduo. Os mais abertos e menos temerosos podem 
adaptar-se com mais facilidade, já outros podem se sentir excluídos e à margem desta 
evolução. Os que tiveram acesso às tecnologias anteriores, seja através de suas 
atividades profissionais ou de níveis de escolaridade, terão mais inclinação a 
aprender, já outros podem apresentar resistência, receio ou timidez. 
A pesquisa bibliográfica foi a principal metodologia utilizada neste artigo. A 
investigação permitiu transcorrer temas como: a utilização da Internet na diminuição 
da solidão, no aumento do acesso à informação, na frequência da comunicação entre 
familiares e amigos, e, consequentemente, no aumento da qualidade de vida das 
pessoas idosas. Fontes provenientes de livros e artigos digitais mostraram o evidente 
crescimento populacional dos idosos no mundo, bem como, as alterações que esse 
crescimento trará para a vida em sociedade. 
A observação, outra metodologia utilizada, e o debate com colegas e familiares 
também trouxe grande contribuição para a elaboração deste trabalho, que visa, tão e 
somente, por luz ao tema “idosos x tecnologia” e apontar tarefas e eventuais atitudes, 
comumente atribuídas aos profissionais de comunicação e mídias digitais, que 
poderão trazer avanços e maior facilidade de utilização por parte dos idosos, no uso 
das tecnologias de informação e comunicação. 
 
O cenário 
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, 19,7% da população idosa brasileira 
utiliza a Internet. Dez anos antes, os usuários eram 6,5%. O número de idosos dessa 
faixa etária que utiliza o celular também aumentou, de 15,2% em 2006 para 69,6% em 
2018. De acordo com o levantamento, o Brasil tinha 28 milhões de idosos no ano 
passado, ou 13,5% do total da população. Em dez anos, chegará a 38,5 milhões, 
17,4% do total de habitantes. Em 2050, o percentual de idosos no Brasil deve chegar 
a 29,3%. Isso dá ideia da quantidade de pessoas nesta faixa etária fará uso da 
Internet num futuro próximo. 
O aumento da população de internautas da melhor idade ainda mais expressivo 
do que nas pesquisas anteriores, deverá aparecer no próximo Censo Demográfico do 
IBGE, que acontecerá em 2020. 
Dados fornecidos pelo Google e outras fontes externas mostram que hábitos 
da população terão um grande impacto em nossa sociedade, sendo necessário que 
as empresas, governos, instituições de serviços públicos se adaptem a esse público. 
Na sociedade atual, o discurso diz que ninguém deve ser deixado de fora, que 
todos têm a oportunidade de conhecer e comunicar-se; que estamos numa sociedade 
global e conectada. O fato é que as tecnologias da informação e comunicação vão 
além dos simples processos de comunicação: elas estão transformando diversas 
áreas da atividade humana. 
 
A invasão tecnológica 
 
A tecnologia invade o nosso dia a dia naturalmente, sem que percebamos. Para 
os jovens tudo isso é muito simples e natural, porém, para os idosos, vindos de uma 
outra geração bem diferente, a adaptação a essa nova situação pode ser mais 
complexa e mais lenta. Ademais, a cada dia surge uma nova palavra, uma nova 
função no computador ou no smartphone, um novo aplicativo ou um novo aparelho 
eletrônico. 
Empresas, instituições, residências, meios de transporte... a sociedade em 
geral tem se informatizado. Ela tem, inclusive, criado um certo grau de dependência 
com tudo o que é eletrônico. Faz parte desta mudança tecnológica tudo o que envolve 
a Internet. Tim O’ Reilly, num ciclo de conferências em outubro de 2004, deu-lhe um 
novo significado, ao se referir a esta como web 2.0. Atualmente estamos na web 4.0. 
Este conceito, que rapidamente se popularizou, foi definido como “mudança para uma 
Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta 
nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que 
aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais forem usados 
pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva” (O’ Reilly, 2004). Esta nova 
dimensão coletiva, de indivíduos ligados entre si que compartilham, colaboram e 
geram conhecimento, está à distância de um clique. Muito mais do que uma 
tecnologia, a Internet torna-se, assim, uma rede de confluência comunicacional, o que 
permite o aparecimento de novas formas de sociabilidade (Castells, 2004). Se esta 
nova sociedade dá preferência às TIC para criação e compartilhamento da 
informação, então facilmente se conclui que quem não tem acesso à tecnologia, 
estará à margem, excluído de toda esta movimentação social. 
Um dos grupos que imediatamente surge entre os potencialmente excluídos é 
o dos idosos, uma vez que foram educados numa época em que saber ler, assinar e 
efetuar cálculos matemáticos básicos era o suficiente para se sentirem inseridos. 
McLuhan (1964) argumentou que as características das tecnologias de 
comunicação moldaram as condições e organizações sociais. Essa linha de raciocínio 
foi sucintamente capturada em sua famosa afirmação de que “o meio é a mensagem”. 
No entanto, o ambiente midiático mudou drasticamente nas últimas décadas 
passando de uma predominante comunicação de massa para um ambiente de redes 
sociais personalizadas (Campbell e Park 2008). Castells (2000) caracteriza a 
sociedade atual como uma nova estrutura social em rede e parafraseia McLuhan ao 
dizer que “a rede social é a mensagem”. 
Entretanto, o número de pessoas na melhor idade que acessam a Internet tem 
crescido. Esse grupo está se tornando cada vez mais consciente das potencialidades 
das novas tecnologias, e da necessidade de seu uso. Idosos utilizam a ferramenta 
principalmente para se comunicar entre os seus, como fonte de informação (saúde, 
medicina), para lazer epara auxiliar na execução de serviços (compras, planejamento 
de viagens, organização financeira) (Nimrod 2010; Pew Internet & American 
Lifeproject 2004). 
A grande quantidade de informação gerada pela sociedade em rede permite 
aos indivíduos novas oportunidades, ao mesmo tempo que exige deles competências 
operacionais e de decodificação. É no contexto de uma sociedade em rede que se 
desenvolve a vida quotidiana de milhões de pessoas, sendo necessária a formação 
dessas pessoas para a utilização adequada das referidas tecnologias, e isso exige 
novas abordagens pedagógicas. 
A centralidade da sociedade em rede também tem contribuído para acentuar 
diversas desigualdades entre países, grupos e pessoas no que diz respeito ao acesso 
à Internet (Henriques, 2011: 3). Há acesso limitado ou inexistente à rede, e há a 
incapacidade para certos indivíduos, de tirarem partido dela. No caso dos idosos, ser 
excluído digitalmente significa, simultaneamente, não ter acesso e não poder executar 
um conjunto de ações essenciais para as suas necessidades básicas diárias. 
O conceito de inclusão digital emerge, assim, como uma forma de atenuar as 
diferenças entre aqueles que dominam as tecnologias da informação e da 
comunicação e os que não o fazem, tal como acontece com uma parte significativa 
dos idosos no Brasil. Incluir, tecnologicamente, significa apreender o discurso da 
tecnologia, não apenas na ótica de execução e de qualificação, mas também na 
perspectiva de os indivíduos serem capazes de se entusiasmarem com a importância 
e a finalidade do mundo virtual. 
A formação dos idosos, neste sentido, emerge como um meio de alcançarem 
maior autonomia, participação social, conhecimentos, desenvolvimento pessoal, 
aptidões concretas que possibilitem o seu relacionamento com outros indivíduos 
(Vallespir e Morey, 2007: 241). Permite-lhes ainda desfrutar do tempo de forma 
diferente após a saída do mundo profissional. 
Pesquisas mostram que o público da melhor idade busca, através das redes 
sociais, o relacionamento com familiares e amigos, além das notícias sobre as cidades 
em que vivem, preços no comércio, manterem-se a par das notícias políticas, esportes 
e moda. Idosos mais ousados encontraram a beleza das viagens digitais e o valor de 
ler resumos de livros através de um simples clique. A geração mais velha descobriu 
que o Facebook, o Skype e o Whatsapp são ótimas formas de trazer para perto 
familiares e amigos que estavam distantes até então. 
Outra revelação das pesquisas é que os mais idosos ganham “parceiros de 
navegação”: filhos e netos os auxiliam no uso da Internet, seja utilizando o computador 
ou os aparelhos de celular. 
Nas redes sociais, eles identificam outras pessoas da mesma faixa etária que 
também estão online e, assim, usam a ferramenta para criar grupos de discussão para 
questões pertinentes a eles. Questões que vão de demência à depressão, 
divergências políticas e assuntos de família – todos podem dar e receber apoio, 
informação e interação no conforto de suas casas. 
Quando se trata de números, as pesquisas informam que dos 10 milhões de 
novos usuários de Internet, 23% tinham 60 anos ou mais. No mesmo período, a 
população idosa cresceu em cerca de 1 milhão, enquanto a população de 60 anos ou 
mais usuária de Internet cresceu 2,3 milhões. Em 2016, o percentual de idosos 
acessando a Internet em relação ao total de internautas era de 24,7%, e saltou para 
31,1% em 2017, uma variação de 25,9%. Os mais velhos descobriram que nestes 
tempos modernos é impossível levar uma vida sem o uso do celular ou computador. 
A geração mais velha, que até pouco tempo atrás, desconhecia que através da 
web pode-se realizar quase todas as transações bancárias utilizando os aplicativos 
dos bancos, já está menos receosa. Aplicativos para pedir táxi ou outro meio de 
transporte, comida, marcar exames e consultas, aprender idiomas, conhecer pessoas, 
entre muitas outras tarefas que facilitam a vida estão se tornando comuns entre os 
idosos mais audaciosos, os que não apresentam medo da tecnologia. 
Sobre o uso de Internet 
No Brasil, os “vovôs e vovós” do Rio de Janeiro e de São Paulo são os maiores 
fãs da Internet com, respectivamente, 75% e 73% das conexões brasileiras. Na região 
Norte, 58% dos clientes de uma operadora de Internet estão acima dos 60 anos. 
O levantamento aponta que as mulheres de todo o país se mostram mais conectadas: 
65% delas utilizam dados contra 62% dos homens. 
 
Mais do que apenas interação 
 
Um dos aspectos importantes dos sistemas tecnológicos é sua aplicação nas 
ciências da saúde. Biotecnologia e ciência da computação, por exemplo, são links 
vinculados que permitem diagnósticos médicos, intervenções cirúrgicas, registros 
sistematizados (registros clínicos do paciente, relatórios estatísticos, bancos de dados 
confiáveis) e terapias aplicadas para contribuir com dados precisos e maior controle 
do processo de saúde / doença do paciente. 
 Há um estudo realizado na Alemanha intitulado "Alter und Technik: Studie zu 
Technikkonzepten, Techniknutzung und Technikbewertung älterer Menschen" – cuja 
tradução é Envelhecimento e técnica: estudo de conceitos técnicos, usos técnicos e 
avaliação de tecnologias em idosos – argumenta que, em matéria de envelhecimento, 
a inovação significa desenvolver com criatividade e tecnologias de responsabilidade 
social ao serviço da comunidade longeva. Os objetivos desta investigação são 
incentivar a mobilidade e a funcionalidade, aumentar a autonomia, promover a 
atividade através do reconhecimento de papéis, melhorar a autoestima e maximizar 
as capacidades adaptativas. A adaptação dos idosos no uso das TIC aumenta a 
possibilidade participativa, cria redes de suporte e reduz as chamadas "lacunas 
digitais". 
A aplicação das TIC não é apenas extremamente útil na pesquisa de natureza 
clínica, mas fundamentalmente nas atividades do cotidiano. As tecnologias de 
informação reintroduzem o usuário no mundo, tornam-o capaz de interagir, estimulam 
o reconhecimento e atualizam relacionamentos afetivos. 
Além disso, as tecnologias são orientadas para recriar a vida lúdica. Os jogos 
virtuais podem ser estruturados a partir de fins terapêuticos. Podem existir jogos que 
ajudem a neutralizar ansiedade e a depressão. Também é possível projetar jogos 
inseridos em telefonia celular ergonomicamente adaptada às necessidades 
anatómicas e de mobilidade do indivíduo. 
Há uma abundância de desenhos tecnológicos que podem ser feitos que 
existem no mercado instrumental médico: Meias com sensores para monitorar a 
pressão das extremidades articulares, eletroímãs ou chips articulados para formar 
rede ou "cap" que estimulam certos neurotransmissores e assim combater dores de 
cabeça ou monitorar estados depressivos, bastões e pulseiras que ajudem a controlar 
sinais vitais, entre outros. 
Em termos de mobilidade urbana, a ciência da computação é básica para 
trabalhar lado a lado com engenharia automotiva, por exemplo. 
 O que pode a tecnologia fazer pelas pessoas mais velhas 
Casas inteligentes; dispositivos móveis para monitorizar o estado de saúde ou 
a localização dos indivíduos; sensores concebidos para medir parâmetros bioquímicos 
e sinais vitais; robótica destinada a gerir a tomada de medicação, ingestão de 
alimentos são alguns dos exemplos que podem melhorar a qualidade de vida de 
muitos idosos. 
Estas tecnologias podem ter um propósito preventivo (por exemplo, na 
prevenção de quedas), ou de compensação e assistência em casos de perda de 
funcionalidade (por exemplo, softwares para reabilitação física ou cognitiva). 
Não se pretende, com as aplicações tecnológicas especializadas, substituir o 
cuidado ou a interação humana, claramente insubstituíveis, mas sim, minimizar as 
dificuldades colocadas à prestação de cuidados visando efeitos positivos não só na 
qualidade de vida das pessoas mais velhas, mas tambémna dos seus cuidadores. 
Mercado de trabalho 
Nos últimos anos, uma grande parcela da população pertencente a melhor 
idade tem voltado ao mercado de trabalho. O aumento da expectativa de vida dos 
brasileiros, somando à disposição para manter-se ativo são os principais motivos para 
que o idoso decida voltar a trabalhar. Além disso, muitos buscam uma forma de 
complementar a renda, devido ao baixo valor da aposentadoria. 
Empresas têm enxergado uma grande oportunidade com a inclusão desses 
profissionais, principalmente no setor de serviços e comércio. Os idosos trazem 
experiência profissional e experiência de vida. Para além dos eventuais preconceitos, 
uma empresa comprometida com a responsabilidade social certamente será bem 
vista pela sociedade e seus stakeholders, especialmente se e quando essas ações 
não são movidas apenas por questões de cumprimento de leis e cotas. Ao criar um 
programa para inclusão da melhor idade, as organizações têm muito a ganhar, 
contribuindo para um ambiente sadio e diversificado. 
Algumas empresas têm se destacado com a iniciativa de criar programas para 
contratação de pessoas na melhor idade. Um exemplo é o Grupo Pão de Açúcar que 
emprega mais de 3,4 mil funcionários com mais de 55 anos em todo Brasil. A maioria 
dessas vagas são destinadas para empacotadores, pois não há exigência mínima 
de experiência, porém há oportunidades para setores diversos. 
Outra empresa que oferece oportunidades para profissionais na melhor idade 
é a TOTVS, com seu programa “Geração Sênior”. O objetivo do programa é melhorar 
o atendimento ao cliente. A TOTVS identificou que esses profissionais maduros têm 
mais “jogo de cintura” para desempenhar essas atividades. 
A empresa de Consórcios Ebracon criou o programa Ebracon +50. O objetivo 
é fazer a inclusão de pessoas na melhor idade em todos os departamentos da 
empresa. Uma porcentagem desses profissionais ocupa cargos de liderança na 
empresa e o restante são analistas. 
Apesar de certa mudança de cenário e todas as iniciativas de sucesso citadas, 
ainda existe certa resistência de muitas empresas para contratar idosos, 
principalmente devido há algumas características não tão positivas, tais como: 
• baixa criatividade; 
• falta de adaptação a novas tecnologias; 
• problemas em realizar trabalhos pesados. 
Segundo dados do IBGE, os idosos ativos no mercado de trabalho atuam: 
• no setor de serviços (53%); 
• seguido pelo comércio (22.3%); 
• e indústria (11,9%). 
 
Benefícios ao público idoso 
 
Médicos especialistas atestam que estar conectado com as redes sociais traz 
melhoras na saúde mental e aumenta o bem-estar do idoso. Pesquisadores na área 
concluíram que as pessoas que aprenderam a usar esses meios passaram a se isolar 
menos e se tornaram mais ativas. E isso era um problema até tempos recentes, 
porque os idosos eram isolados – ou se isolavam – dos mais jovens e até mesmo de 
gente de sua própria idade por questões de distância e locomoção. 
Um estudo científico analisou pessoas entre 65 e 95 anos e descobriu que estar 
conectado pode ajudar nos problemas de saúde, ajudando a diminuir, de certa forma, 
a solidão tão comum na melhor idade. Eles se tornam mais competentes e mais 
sociáveis, melhoram as atividades cognitivas e eliminam sintomas de depressão. 
 
A outra face da moeda 
 
De acordo com o estudo “Digital Lifestyles: Adults aged 60 and over”, divulgado 
pelo Office of Communications – Ofcom, 2009, realizado em 2008 no Reino Unido, 
“comparado com a população adulta, as pessoas com 60 anos ou mais têm menor 
probabilidade de viverem em lares com televisão digital e Internet e usar com 
regularidade as vantagens dos novos media”. 
Outras pesquisas indicam que somente 20% a 40% de pessoas acima dos 60 
anos utilizam a Internet e entre esses usuários, encontram-se principalmente pessoas 
com alto capital cultural e financeiro (Boulton-Lewis, et al. 2007; Pew Internet & 
American Life Project 2010). 
Fatores como preço dos equipamentos, medo da tecnologia, falta de habilidade 
técnica e dificuldades em ler as letras pequenas na tela podem colaborar para esse 
percentual. A inferioridade dos idosos no mundo digital pode trazer consequências 
pessoais, pois essa frágil literacia midiática entre as pessoas mais velhas faz com que, 
muitas vezes elas se sintam deixadas para trás, não pertencentes ao mundo moderno 
e, consequentemente, menos desejáveis como força de trabalho. 
Também podemos interpretar a resistência de alguns idosos às novas 
tecnologias como consequência de pertencerem a um grupo, cujo conhecimento e 
experiência prática em lidar com o novo é limitado (Hagberg 2012). 
É curioso ouvir de algumas pessoas idosas como a impossibilidade de usar o 
computador e a Internet está associada a termos negativos como “vergonha”, 
“analfabetismo” e “sentir-se mal”. 
Estar ou não no mercado de trabalho revelou-se um fator significativo para a 
domesticação do computador, mas não foi determinante, pois muitos idosos dizem ter 
utilizado o computador depois de estarem aposentados. 
 
O Brasil e a atualidade 
 
A observação do ambiente brasileiro nos faz concluir que não há políticas 
públicas suficientes que abarquem o número atual de pessoas na melhor idade, sendo 
assim, necessário abranger e trabalhar intensamente para alcançar um patamar 
razoável nos próximos anos. 
Ainda com base na observação, a realidade mostra que as estratégias 
nacionais adotadas para sair da crise econômica dos últimos anos consistem, 
basicamente, em medidas relativas às finanças públicas e a recuperação econômica, 
muitas vezes em detrimento das questões sociais. 
Na vida particular dos idosos, podemos inferir que a crise econômica do país 
tem impacto sobre as pessoas mais velhas e seus inerentes comportamentos. 
Cuidados com a saúde e a alimentação são prioridade. Outros serviços, mesmo que 
importantes para o bem-estar, são colocados de lado. 
Dessa forma, é natural que no contexto de crise econômica e social em que 
grande parte dos brasileiros se encontra atualmente, as propostas apresentadas para 
envelhecimento ativo sejam desafiadas, tornando-se, talvez, menos eficazes. 
Hoje, milhares de seniores brasileiros beiram a exclusão social e, por 
conseguinte, a exclusão digital. 
 
Cursos para aprender a utilizar as TIC 
 
Para estabelecer a chamada inclusão digital, notadamente cidades de maior 
porte e poder aquisitivo e cultural, há um significativo crescimento das aulas criadas 
exclusivamente para quem tem mais de 50 anos e deseja aprender os segredos da 
web. 
Pesquisas mostram que a Internet se tornou uma maneira importante de 
exercitar a mente dos idosos. Quando são treinados no uso dos meios de 
comunicação social, como por exemplo, Skype, Facebook e e-mail, eles têm melhor 
desempenho cognitivo e a experiência melhoria da saúde. Os resultados aparecem 
logo, eles demonstram alegria e se divertem nos teclados. 
Em linhas gerais, os cursos de tecnologia direcionados aos idosos objetivam a 
inclusão digital abrangem o básico do computador e dos aparelhos de celular: 
instruções no uso de e-mail e plataformas de redes sociais. Eles objetivam: 
• Diminuir o índice de marginalização desse público; 
• Incentivar a adaptação à nova era da informação; 
• Favorecer a educação continuada; 
• Apresentar conceitos básicos de tecnologia; 
• Orientar sobre o melhor uso de redes sociais, aplicativos, programas de 
edição de fotos e vídeos; 
• Elevar o idoso a um patamar seguro, onde ele possa explorar as 
possibilidades que a conexão proporciona. 
O ensino à distância, que hoje é dotado de ferramentas tecnológicas que 
flexibilizam o aprendizado, pode ser um caminho para que os idosos sigam atuando 
no mercado de trabalho, mesmo diante de eventuais dificuldades de manuseio de 
alguns dispositivos e plataformas. 
Pessoas idosas podem dominar plenamente a tecnologia, desde que as 
orientaçõessejam mais específicas e que se leve em conta um tempo maior para a 
aprendizagem num primeiro momento, para sua melhor familiarização. 
A melhor idade para consumir 
Vários idosos costumam aliar recursos financeiros, disposição e tempo suficiente 
para gastar. Combinando isso com um maior acesso à tecnologia, o resultado é uma 
geração conectada com um potencial de consumo elevado. 
Um relatório divulgado pelo Google – com números e insights sobre os seniores 
no Brasil – mostrou que o ticket médio da melhor idade no e-commerce chega a ser 
28% maior do que a média geral. Na Black Friday 2018, pessoas com mais de 55 anos 
compraram 1,4% vezes mais celulares do que o público entre 18 e 54 anos. 
Saber atingir esse público pode trazer não apenas ganhos de imagem e 
posicionamento de marca, e sim alavancar significativamente as vendas. 
 
Conclusão 
 Nos últimos anos, associações e movimentos políticos de defesa e promoção 
dos direitos da pessoa idosa passaram a veicular um novo entendimento de velhice. 
Esta passou a estar associada a designações positivas que a projetam num tempo de 
lazer, de liberdade e de autoaperfeiçoamento – são exemplos disso expressões como 
“universidade da melhor idade”, “turismo sênior”, “melhor idade integrada em rede”. 
 Podemos apontar que as apropriações e usos que os idosos, de forma geral, 
dão às tecnologias foram influenciadas pelas suas histórias de vida e que diferenças 
sociais, de classe, culturais, geográficas, de educação, de carreiras profissionais, 
juntas, definiram uma série de expectativas, necessidades e competências que 
marcaram diretamente o modo como eles lidam com as TICs. A visão geral que os 
idosos possuem das tecnologias está longe de ser negativa e esteve quase sempre 
ligada à rapidez da transmissão da informação e de comunicação com os seus. Idosos 
acompanham sim as transformações tecnológicas, embora seja inegável uma parcela 
da população brasileira, pertencente a esta faixa etária, e que hoje se encontra 
excluída. 
 Para a população idosa (e não somente a idosa) que hoje está alheia e excluída 
do mundo digital, há que se tomar providências para diminuir a lacuna entre os 
alfabetizados digitais e os não-alfabetizados digitais. 
 O Brasil carece de políticas públicas voltadas às necessidades básicas dos 
idosos, por conseguinte, a inclusão digital pode ficar restrita e causar ainda mais o 
sentimento de exclusão, num futuro próximo. A exclusão digital trará complicações 
não só para os usuários, mas também, contribuirá para uma menor efetividade dos 
serviços públicos oferecidos, ou seja, um descontentamento geral causado 
simplesmente porque essa população não saberá utilizar o que está sendo oferecido. 
 Vale lembrar que não se trata apenas de interação e de comunicação, mas sim, 
de uma série de produtos e serviços – médicos, de saúde pública, de mobilidade – 
que podem contribuir para a qualidade de vida do indivíduo. 
 Governo, associações, igrejas e iniciativas privadas podem contribuir com 
ações pontuais, no âmbito geográfico mais conveniente a elas, de forma a abarcar as 
cidades de menor porte e as comunidades longevas. 
 O público sênior é um segmento cada vez mais conectado, mas, que não utiliza 
todos os recursos e possibilidades que a tecnologia permite por falta de informação 
ou receio. Para obter (mais) autonomia diante de um computador ou celular, os cursos 
de informática podem ser uma boa opção. Algumas universidades e instituições 
oferecem cursos gratuitos específicos para este público. 
 Aos empresários, é oportuno pensar na implantação de escolas de informática 
e de cursos específicos para este público, bem como na atração de profissionais 
qualificados para ministrar aulas com o devido conhecimento pedagógico. 
 No que confere aos profissionais de comunicação e mídias digitais, marcas e 
empresas devem conhecer as características de consumo da população idosa, criar 
estratégias e campanhas virtuais exclusivas para esse público, pensar produtos e 
serviços, layouts de fácil acessibilidade que atraiam e agradem a melhor idade em 
termos de design, cores, características, usos e aplicações. 
 A utilização das TICs oferece ao idoso mais autonomia, maior bem-estar e 
integração social e, por conseguinte, maior índice de felicidade. 
 
 
 
 
Bibliografia 
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 http://radar.oreilly.com/archives/2005/10/web_20_compact_definition.html. 
 Acessado em: 28/06/2019. 
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 http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-
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Google: Think with Google - Tendências de consumo e hora de aposentar seu 
 conceito de velho dados e insights sobre os seniores do Brasil. 
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https://www.romanews.com.br/entretenimento/youtube-e-google-sao-queridinhos-dos-avos-conectados/48519/https://www.colunaitalo.com.br/destaque/1834/internet-no-brasil-cresce-e-70-da-
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https://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/viewFile/60176/44537. Acessado em 
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PANDE. Inovação, mercado sênior. Como a terceira idade está participando do 
cenário de consumo. Artigo. Disponível em:https://pande.com.br/inovacao/mercado-
senior-como-a-terceira-idade-esta-participando-do-cenario-de-consumo/. Acessado 
em 31/08/2019. 
 
Anexo 
 
Imagens que corroboram o uso das TIC pelos idosos, porém, cursos e atividades 
como estas ainda estão concentradas em grandes cidades: 
 
1) Manual do Whatsapp_Alexandre Drabeki_Twitter 24.08.2018 
 
https://www.colunaitalo.com.br/destaque/1834/internet-no-brasil-cresce-e-70-da-populacao-esta-conectada
https://www.colunaitalo.com.br/destaque/1834/internet-no-brasil-cresce-e-70-da-populacao-esta-conectada
https://cenie.eu/pt/noticias/tic-e-sua-utilidade-no-processo-de-envelhecimento
https://cenie.eu/pt/noticias/tic-e-sua-utilidade-no-processo-de-envelhecimento
https://seer.ufrgs.br/RevEnvelhecer/article/viewFile/60176/44537
https://pande.com.br/inovacao/mercado-senior-como-a-terceira-idade-esta-participando-do-cenario-de-consumo/
https://pande.com.br/inovacao/mercado-senior-como-a-terceira-idade-esta-participando-do-cenario-de-consumo/
2) Eletrotudo.com, Os melhores celulares para idosos
 
3) NSC Total, minicursos de Whatsapp e Facebook 
 
4) Tudo celular, eventos e notícias 
 
5) Jornal Cruzeiro, Sorocaba

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