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Relatório de estágio - Fernanda Helena Da Silva

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO -ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
SICOOB CRED SÃO PAULO
	
	
Fernanda Helena Da Silva
São José Dos Campos
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO -ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Fernanda Helena Da Silva
Trabalho de estágio de curso apresentado à Universidade
Paulista – UNIP – campus Chácara Santo Antonio, como
requisito básico para a obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. Paulo Vinicius
São José dos campos
2020
Fernanda Helena Da Silva 
Sicoob Cred São Paulo
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Graduação em Ciências Contábeis apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
 	/ / 	 
Prof. Paulo Vinicius Universidade Paulista – UNIP
 	/ / 	
 Prof. Universidade Paulista – UNIP
 	/ / 	 
Prof. Universidade Paulista UNIP
DEDICATORIA
Dedico este trabalho a todos os que me ajudaram ao longo desta caminhada.
À minha querida família, que tanto admiro, dedico o resultado do esforço realizado ao longo deste percurso. Quero dedicar ao meu filho Rafael Pietro Dos Santos, que foi a minha motivação para tudo, e todo meu esforço foi por ele.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus por ter me mantido na trilha certa durante este projeto de pesquisa com saúde e forças para chegar até o final.
Sou grato à minha família pelo apoio que sempre me deram durante toda a minha vida.
Agradeço aos colegas de turma, a qual pude adquirir ainda mais conhecimento, onde juntos compartilhamos pensamentos e experiências.
RESUMO
As evidências empíricas indicam uma relação forte entre desenvolvimento financeiro e crescimento econômico. Nesse sentido, o crédito bancário aparece como uma das principais variáveis a ser considerada. Entretanto, num país de grandes dimensões como o Brasil, existem municípios desprovidos de agências bancárias e, portanto, sem acesso ao crédito bancário. As cooperativas de crédito aparecem como instituições alternativas no fornecimento de crédito, com características distintas dos bancos, pois elas assumem os riscos de suas aplicações em prol da comunidade, promovendo o desenvolvimento local através da formação de poupança e do microcrédito direcionado a iniciativas empresariais locais. Este trabalho mostra um breve histórico do cooperativismo no Brasil, além de mensurar o impacto das cooperativas de crédito na renda dos municípios brasileiros usando o método de diferenças em diferença.
ABSTRACT
Empirical evidence indicates a strong relationship between financial development and economic growth. In this sense, bank credit appears as one of the main variables to be considered. However, in a large country like Brazil, there are municipalities without bank branches and, therefore, without access to bank credit. Credit unions appear as alternative institutions in the provision of credit, with different characteristics from banks, as they assume the risks of their applications in favor of the community, promoting local development through the formation of savings and microcredit directed at local business initiatives. This work shows a brief history of cooperatives in Brazil, in addition to measuring the impact of credit unions on the income of Brazilian municipalities using the difference in difference method.
LISTA DE FIGURAS 
FIGURA 1 – Principais concorrente ........................................... pág. 14
FIGURA 2 – Produtos Sicoob .....................................................pág. 15
FIGURA 3 – Organograma Geral ...............................................pág. 17
FIGURA 4 – Organograma do Setor ..........................................pág. 18
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................6
DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO................................................9	
4.2RazãoSocial.............................................................................10
4.3Origem......................................................................................10 
4.4Evolução . ...................................................................................11
4.5Endereço...................................................................................12 
4.6 Ramo de Atividade...................................................................13
4.8PrincipaisConcorrentes.............................................................14
 	4.9Principais produtos....................................................................15
DESCRIÇÃO DA ÁREA ESTAGIADA
 4.10 Nome do Departamento / Setor..............................................16
4.11. Organograma geral................................................................17
4.11.1 Organograma específico......................................................18
4.12Descrição das Funções Contidas no Organograma................18
4.13Descrição das Atividades Executadas.....................................19
VISAO TEÓRICA E CONTEXTUAL DO PROBLEMA
4.14Problematização.......................................................................20 
4.15Contextualização teórica referente ao problema.........................21
DESENVOLVIMENTO
4.16Análise Teórica...........................................................................23 
CONCLUSÃO...................................................................................44
 	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................45
APÊNDICES 
A Cadastro do Estudante.................................................................46 
B Ficha de Acompanhamento..........................................................47
C Declaração da Empresa Estagiada..............................................48
INTRODUÇÃO 
Esse trabalho tem por objeto de estudo o Sistema de Cooperativas de Crédito (SICOOB) Cred São Paulo, que tem agências em diversas cidades do vale do paraíba. Será apresentado a descrição da empresa, dentre seus setores, funções, descrição da área estagiada, dando ênfase a problematização relacionada no trabalho sobre o capital social dividido entre os cooperados. O cooperativismo e sua doutrina podem ser considerados um paralelo ao capitalismo e à lógica de exploração, pois esta forma de organização social adota princípios democráticos que incentivam a participação dos indivíduos além de distribuir os resultados do trabalho dos envolvidos. A forma societária que viabiliza o cooperativismo é a organização cooperativa, empreendimento definido pela Lei 5.764/71 no seu capítulo II artigo 4º sendo uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades.
Dando ênfase ao tema sobre a participação dos cooperados no capital social do Sicoob.
O conceito de capital social vem recebendo considerável atenção, particularmente entre sociólogos, economistas e cientistas políticos, além de organizações públicas e privadas (ARAÚJO, 2003). Segundo Régis, Dias e Bastos (2006), o conceito de capital social surgiu no âmbito dos estudos das redes sociais. Para os autores, a sociologia norte-americana foi quem primeiro utilizou o conceito de capital social para demonstrar a importância das redes sociais informais na construção de relações sociais, nas quais interesses pessoais e coletivos se imbricam.
O objetivo deste estudo é identificar e analisar os principais elementos do capital social que vem sendo desenvolvidos nas cooperativas. Será utilizado a tese dos autores FRANKE, Walmor, BULGARELLI, Waldírio, FILHO, Flávio Luz, GIDE, Charles, PINHO, Diva Benevides, Rolf Eschenburg, Andrade (2009), Schulze (1987), Coleman (1988),Putnam (2006), Fukuyama (2000), Bourdieu (1980), Lin (1999), Adler & Kwon (2002), e complementando com leis que regem as diretrizes do capital social.
A relação jurídica entre cooperativa e cooperativa está sujeita a disciplina jurídica especial e é separada das demais relações jurídicas, inclusive societárias, e sua regulamentação, se não for respeitada, leva à desnaturação do empreendimento.
A Lei nº 5 764/71 é um diploma relativo à ordem jurídica das cooperativas que, nos termos do art. 3 [1] e 4 [2] estabelecem o conceito estrutural de que a cooperativa é uma pessoa jurídica constituída por vontade do grupo, limitada pela dificuldade econômica, o que significa que a empresa deve apenas prestar serviços diretos, nomeando membros do grupo para contribuir com bens ou serviços para com a finalidade de realizar atividades de benefício comum.
A partir dos conceitos explicitamente contidos no acima mencionado O diploma legal pode ser dividido nos seguintes elementos que constituem uma relação jurídica cooperativa:
- Existência da empresa (capital dividido em ações [3]);
- As pessoas incluídas na cooperativa celebram um acordo de parceria (direitos e obrigações);
 - A obrigação decorrente do contrato empresarial é que essas pessoas contribuam com bens ou serviços para o bem comum no domínio da sua atividade económica;
 - Distinguir a atividade econômica da cooperativa da atividade econômica da cooperativa;
há apenas um escopo em uma cooperativa: a prestação de serviços aos associados.
 
Com base nestes elementos, pode-se concluir que a condição de proprietário da empresa é formada por pessoas físicas ou jurídicas que celebram um contrato social, tornando-se legalmente sócias da empresa e abandonando a sua natureza jurídica existente, possuindo uma parte da empresa, através do capital aí envolvido, ou seja, parte (quota) , e responsabilizando-se pela atuação da empresa no mercado.                       
Desta forma, o sócio é o dono da empresa juntamente com os seus pares, tem o capital envolvido e responsabilidade perante terceiros, celebra contrato societário e compromete-se a contribuir com bens e serviços para a realização de atividades de benefício comum. Conclui-se que em uma estrutura cooperativa é simultaneamente proprietário, usuário e fornecedor.
 
Porém, o capital social, além da propriedade da sociedade, desempenha um papel distinto do das outras sociedades, pois o “uso” é o lema básico da associação, o capital existe para abrigar essa faixa. Assim, o capital é um instrumento que dá direito de uso da estrutura e ao mesmo tempo possibilita a criação dessa estrutura que será disponibilizada a um cooperado (usuário e fornecedor). Este não é um investimento no mercado de ações.
Na medida em que o capital social é uma "forma de propriedade de uma empresa", este conceito é regulado pelos artigos 21, III [4] e 24 [5].
 
O Art. 21 III estabelece que o Regulamento deve conter as seguintes informações:
 
Arquivo. Capital social mínimo (um conceito completamente diferente de capital social, porque o capital social é dinâmico e volátil, e o capital social mínimo é um elemento que molda o caráter jurídico dos cooperados. O capital social mínimo é o mínimo necessário que cada cooperativa deve subscrever. operação aritmética de multiplicação do número mínimo de membros (vinte, nos termos do artigo 6º (I) da Lei 5.764 / 71) pelo número mínimo de ações que cada membro deve subscrever (valor estatutário).
Valor da cota parte e sua equivalência em reais.
Limites mínimos de assinatura por membro. Isto significa que apenas a pessoa que fez a subscrição pelo montante mínimo especificado no Regulamento após a entrada em vigor do procedimento de inscrição.
Condição de retirada.
 
Não há especulação sobre as participações em cooperativas por serem insustentáveis ​​e intransferíveis para estranhos na sociedade, em consonância com a Lei das Cooperativas de 2002 e o Código Civil [6], havendo um novo lançamento a cada título no interesse dos cooperados. associados, de forma que a cooperativa implemente, fortaleça e melhore a prestação de serviços aos associados.
DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 
O Sicoob é o maior sistema financeiro cooperativo do país. É composto por cooperativas financeiras e empresas de apoio, que em conjunto oferecem aos associados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, uso de meios eletrônicos de pagamento, dentre outros. Ou seja, tem todos os produtos e serviços bancários, mais não é banco. É uma cooperativa financeira, onde os clientes são os donos e por isso os resultados financeiros são divididos entre os cooperados.
Missão
"Gerar soluções financeiras adequadas e sustentáveis, por meio do COOPERATIVISMO, aos associados e às suas comunidades".
 
Visão
"Ser reconhecido como a principal instituição financeira propulsora do desenvolvimento econômico e social dos associados".
 
Valores
Transparência, Comprometimento, Respeito, Ética, Solidariedade e Responsabilidade
 
4.2 RAZÃO SOCIAL
SICOOB CRED SAO PAULO 
4.3 Origem
O cooperativismo teve origem no movimento operário, no período de desenvolvimento do capitalismo industrial, em reação à extrema exploração de quem trabalhava em fábricas, sem qualquer assistência social e direitos trabalhistas, onde a mão-de-obra de crianças, mulheres e, posteriormente, de homens, garantiam uma alta mais-valia aos proprietários dos meios-de-produção, como analisou Marx. Nesse sentido, as práticas associativas só seriam permitidas aos trabalhadores na segunda década do século dezenove, e “na Inglaterra, o direito de associação é reconhecido em 1826, mas o direito de greve só em 1875”.
 Data do ano de 1844 o estabelecimento da primeira cooperativa, de consumo, organizada por uma tecelã e por vinte e sete tecelões, vinte e oito trabalhadores, no total, oriundos do já referido movimento operário, famintos e decepcionados com os teóricos utópicos deste sistema; o dia 24 de dezembro ficou registrado como o do surgimento do cooperativismo.
Surgimento do Sicoob
As datas históricas dessas cooperativas são memoráveis: a mais antiga é a de Caçapava/SP, constituída em 10 de dezembro de 1992 com 28 médicos. Já em 13 de novembro de 1996, a cooperativa de São José dos Campos ganha vida. Mais tarde, em 15 de julho de 1997 surge o Vale Histórico, com 25 médicos.
Em 1º de julho de 2008, a cooperativa Vale Histórico contava com 842 cooperados, enquanto São José dos Campos possuía 558 e Caçapava 268. Juntas, formaram a cooperativa “Vale do Paraíba”. Já a Sudeste Paulista teve sua constituição em 29 de maio de 2002, no auditório da Sociedade Médica de Sorocaba, com a presença de 25 sócios-fundadores.
 
4.4Evolução
ABRIL/2016: a Cooperativa “Vale do Paraíba” passou a fazer parte do sistema Sicoob denominado “SICOOB VALE DO PARAÍBA”. No mesmo ano, no mês de dezembro, a Cooperativa “Sudeste Paulista” passou a fazer parte do sistema Sicoob denominando “SICOOB UniMais SUDESTE PAULISTA”. Da união dessas duas cooperativas, em 1º de dezembro de 2017, nasce uma nova cooperativa muito mais forte e sólida.
 
AGOSTO/2019: recebemos a autorização do Banco Central do Brasil (BACEN) para ampliação da área de ação e atuação como Cooperativa de Livre Admissão. Com esse importante passo para o crescimento do cooperativismo de crédito paulista, passamos a ser denominados SICOOB CREDSAOPAULO.
 
O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, Sicoob, possui 4,4 milhões de cooperados em todo o país e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por 450 cooperativas singulares, 16 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação). Integram, ainda, o Sistema, o Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob) e suas subsidiárias (empresas/entidades de: meios eletrônicos de pagamento, consórcios, DTVM, seguradora e previdência) provedoras de produtos e serviços especializados para cooperativas financeiras. A rede Sicoob é a quinta maior entre as instituiçõesfinanceiras que atuam no país, com mais de 2,9 mil pontos de atendimento. As cooperativas integrantes do Sistema oferecem aos cooperados serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, aquerencia de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras.
Os depósitos em cooperativas financeiras têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Esse fundo garante os depósitos e os créditos mantidos nas cooperativas singulares de crédito e nos bancos cooperativos em caso de intervenção ou liquidação extrajudicial dessas instituições. Atualmente, o valor limite dessa proteção é o mesmo em vigor para os depositantes dos bancos.
4.5 Endereço
O endereço onde foi realizado o estágio é na sede de são José dos Campos, porém temos as demais agências que fazem parte do Sicoob Cred São Paulo, são elas: 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Sede
Rua Pedro de Toledo, 78, Vila Adyana, São José Dos Campos – SP
Vale Sul
Avenida Andrômeda, 227, lojas 256/257, Jardim Satélite, São José Dos Campos – SP
Guaratinguetá
Av. Juscelino Kubitscheck de Oliveira, 869, Campo Do Galvão, Guaratinguetá – SP
Cruzeiro
Av. Nesralla Rubez, 500, Centro, Cruzeiro – SP
Caçapava
Rua Marquês de Herval, 116, Centro, Caçapava – SP
Lorena
Rua Major Oliveira Borges, 174, Centro, Lorena – SP
Jacareí
Rua Floriano Peixoto, 176, Centro, Jacareí – SP
Caraguatatuba
Rua Sebastião Mariano Nepomuceno, 419, Centro, Caraguatatuba – SP
Sorocaba
Av. Antônio Carlos Comitre, 570, Campolim, Sorocaba – SP
Itu
Av. Adolfo Augusto Pinto, 99, Itu novo centro, ITU – SP
Indaiatuba
Rua das Primaveras, 1050, Jardim Pompeia, Indaiatuba - SP
4.6 Ramo de atividade
Cooperativa de crédito (também chamada de cooperativa financeira) é uma associação entre pessoas que buscam administrar suas finanças, com mais vantagens do que em um banco comum.
As cooperativas de crédito oferecem, em geral, os mesmos produtos e serviços financeiros que um banco – cartões, contas, pagamentos, aplicações, empréstimos, financiamentos etc. E como instituições financeiras, também têm seu funcionamento regulado pelo Banco Central.
As vantagens do modelo são tantas que, em todo Brasil, 7,8 milhões de pessoas e empresas já são associadas a cooperativas de crédito. E esse número tem aumentado a cada dia.
Juntas, as quatro maiores cooperativas financeiras do país já são, hoje, o sexto maior banco de varejo brasileiro. Além disso, segundo dados do Banco Central, as cooperativas de crédito já possuem a segunda maior rede de agências do país, atrás apenas do Banco do Brasil.
4.8 Principais concorrentes
O concorrente direto do Sicoob é o Sicredi, que também é uma cooperativa de crédito regida por um banco cooperativo Sicredi. Dentre os bancos atuais como Santander, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco, e demais, eles também se tornam concorrentes, pois a cooperativa Sicoob oferece produtos os quais os bancos também oferecem. 
Figura 1 - Principais concorrentes 
4.9 Principais produtos
FIGURA 2 - PRODUTOS SICOOB 
No Sicoob Cred São Paulo, há uma ampla opção de produtos sugeridos aos cooperados, é oferecido produto tanto para pessoa física como a pessoa Jurídica, dentre todos os produtos que o Sicoob Cred São Paulo oferece, estão os principais:
Contas: Com uma conta no Sicoob, você tem acesso a soluções financeiras completas, crédito facilitado, atendimento personalizado e benefícios que só uma cooperativa de crédito pode oferecer. Portfólio completo de produtos e serviços, Taxas muito mais atrativas, ampla rede de atendimento em todo país, canais digitais que agilizam sua rotina de forma gratuita e segura.
Cartões: Um cartão que é feito de valores e foi criado para
cooperar em todos os momentos. Com bandeiras: Visa, Master, Cabal.
Crédito: Consignado – Crédito Pessoal – Microcrédito – Crédito imobiliário Financiamentos.
Investimentos: RDC (recibo de depósito cooperativo) – LCA (Letra de crédito do agronegócio) – POUPANÇA.
Previdência: previdência complementar, é uma forma de poupar dinheiro para o futuro.
DESCRIÇÃO DA ÁREA ESTAGIADA
4.10 Nome do Departamento / Setor
O departamento da área estagiada se chama CAPES, setor de cadastro dos cooperados. Onde é realizado o cadastro dos novos cooperados, e atualização cadastral dos cooperados já existentes, é realizado também as aberturas de contas pessoa física e jurídica. A documentação é recebida via um sistema chamado Docware que serve também para arquivo dos documentos, assim extinguindo o arquivo físico desses documentos de abertura e atualização cadastral. As contas são abertas com prazo de 48 horas, é realizado toda a análise dos documentos enviados para abertura e atualização, é realizado também a consulta de verificação da veracidade dos documentos. 
4.11 – Organograma Geral
Figura 3 - organograma geral 
4.11.1 – Organograma Específico
Setor CAP
Figura 4 - organograma do setor 
4.12 Descrição das Funções Contidas No Organograma
Análise de crédito: a análise de crédito é realizada para garantir que a pessoa realmente terá condições de pagar o crédito pedido. O que depende muito da
renda e relacionamento com o mercado. A partir da avaliação, poderão variar
O valor liberado;
A taxa de juros; e
A quantidade de parcelas.
O primeiro objetivo da avaliação é garantir que a cooperativa vai receber o dinheiro liberado. Outro ponto é saber o número de dívidas que a pessoa tem com ele. Dessa forma, a pessoa não corre o risco de comprometer toda sua renda. Feito toda a análise, se estiver tudo dentro das regras da análise, é realizada a liberação do crédito a pessoa que o solicitou.
Contrato: a função da pessoa que fica responsável pelos contratos, é recepcionar os contratos que foram enviados ás agências para o colhimento das assinaturas dos respectivos solicitantes do crédito, quando esses contratos são recepcionados é feito uma conferência do mesmo, se os dados estão corretos, se foi assinado nos campos corretos, se a assinatura concilia ao que a pessoa assina no documento que foi incluso no cadastro.
Cadastro: É realizado o cadastro dos novos cooperados, e atualização cadastral dos cooperados já existentes, é realizado também as aberturas de contas pessoas físicas e jurídicas. A documentação é recebida via um sistema chamado Docware que serve também para arquivo dos documentos, assim extinguindo o arquivo físico desses documentos de abertura e atualização cadastral. As contas são abertas com prazo de 48 horas, é realizado toda a análise dos documentos enviados para abertura e atualização, é realizado também a consulta de verificação da veracidade dos documentos. 
Cobrança: A função da pessoa responsável pela cobrança é verificar os inadimplentes e cobrá-los, ofertando opções de acordos, envio de boletos de quitação. É realizado também a emissão de relatórios dos cooperados que se encontram inadimplentes, onde é feito o contato com o mesmo para regularizar os débitos, conforme o andamento da cobrança, se for sem sucesso, é encaminhado ao jurídico da empresa, onde são tomadas outras medidas cabíveis a empresa. 
4.12 – Descrição das Atividades Executadas
No setor do cadastro é realizado a inclusão de novos cadastros (cooperados, avalistas etc.), onde é incluído todos os documentos tanto de pessoa física como de pessoa jurídica:
· Documento de identificação
· Documento de constituição da empresa
· Comprovante de estado Civil
· Documentos dos Sócios da empresa
· Comprovante de endereço (pessoa física e ou jurídica)
· Comprovante de renda 
· Declaração de Faturamento
Também é realizado quando já cooperado, a atualização dos documentos,
Como comprovante de endereço e renda que possuem validade de 90 dias.
Todos esses documentos ficam arquivado em uma plataforma chamada SISBR onde é realizado o cadastro e abertura das contas, e em um sistema chamado Docware, que seria o arquivo eletrônico, assim extingue-se o arquivo físico de papeis. 
É realizado o cadastro e inclusão de Balanço Patrimonial e DRE, das empresas para realização de CRL(classificação de risco de limites) das empresas.
4.13 – Problematização 
Atualmente todas as empresas encontram-se inseridas em um mercado extremamente competitivo, onde todas as informações precisam ser hábeis e eficientes. Por esse motivo, o Sicoob Cred São Paulo, segue regras rigorosas referente ao cadastro, onde é regido pelo MIG (Manual de Instruções Gerais), onde constam tudo sobre documentação aceita pela cooperativa, consultas e relatórios. Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos bancos, como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Os associados têm poder igual de voto independentemente da sua cota de participação no capital social da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e a adesão é livre e voluntária.
Por meio desta pesquisa pretende-se responder a seguinte questão: Como o SICOOB Cred São Paulo administra essa participação dos cooperados no capital social da cooperativa? 
4.14 – Contextualização teórica referente ao problema.
O resultado positivo da cooperativa é denominado sobra e é distribuído entre os associados na proporção das operações que cada um realiza na cooperativa. Dessa forma, o lucro retorna para a comunidade cooperativa. Porém, além de repartir as sobras, o cooperado tem o direito de participar da distribuição de eventuais prejuízos, em ambos os casos na proporção dos serviços a que tem direito. Isso é muito raro, pois as cooperativas são monitoradas pelo Banco Central. Por lei, a Assembleia Geral Ordinária é realizada no Sicoob Cred São Paulo, e delibera sobre a distribuição do resultado do ano anterior. Com base no resultado apurado, são destinados recursos e reservas legais e o valor remanescente é dividido proporcionalmente entre os colegas de acordo com critérios determinados pela assembleia.
Ao contrário das empresas, as cooperativas são organizações cujo desenho empresarial se baseia em fundamentos ideológicos e doutrinários e estão sujeitas a regulamentações específicas. Diferentemente das empresas, onde o voto é proporcional ao capital de cada investidor, em uma cooperativa, cada associado tem direito a um voto na tomada de decisões. Além disso, a composição dos resultados - considerados superavitários - é proporcional ao tamanho da atividade de cada um e não ao seu capital como nas empresas. Em geral, a forma organizacional específica de uma cooperativa significa que ela busca maximizar os serviços para seus associados ao invés do desempenho, o que pode impedir a cooperativa de maximizar seus resultados e economia ótima (BIALOSKORSKI NETO, 1998).
A história inicial do sistema cooperativo nunca deu muita atenção à formação de capital nas cooperativas. A primeira cooperativa de consumo alemã: a Associação do Pão 1847 não tinha patrimônio líquido em seus livros contábeis, o que significa que o patrimônio não era necessário para o conceito de cooperativa. Da mesma forma, o Decreto Cooperativo Brasileiro 22.239, de 1932, artigo 30, parágrafo 3º, previa a existência de cooperativas, como a Caixa Rural Raiffeisen, sem qualquer exigência de capital social. Mesmo se o capital não fosse importante, que papel o capital realmente desempenha? Metade é uma função e sua funcionalidade é adequada para a participação em atividades comerciais entre sócios e cooperativas. Acreditação de voto único para governança democrática e uma estrutura cooperativa personalista. Não é o capital que importa, mas os parceiros. 
Como associações humanas, sua união forma a base orgânica da cooperativa, ao contrário das associações de capital, nas quais os sócios geralmente têm um objetivo, que é obter lucros proporcionais ao capital investido. Nestes casos, o capital é o objetivo de gerar lucro proporcional ao investimento. Nas sociedades de capitais, impactio societatis, de autoria de FRANKE, Walmor, Cooperative Law - Cooperative Law. São Paulo: Saraiva, 1973, p.12 na função do espírito de lucro, enquanto nas cooperativas prevalece a intenção de cooperação e colaboração de seus sócios. Assim, o capital nas cooperativas é um meio de utilização de seus objetivos, não merecendo uma posição separada ou mesmo privilegiada, como nas empresas de capital típicas. 
O capital como meio reflete a natureza econômica e social da cooperativa, e essa característica fica clara na análise da relação que se estabelece entre as ações e a função da cooperativa como prestadora de serviço, uma vez que as ações cooperativas podem ser mais precisamente descritas como uma contribuição de direitos de serviço ou de participação. Por outro lado, o superávit resultante das operações não é baseado no capital, mas sim no tamanho da participação operacional de cada sócio como critério de distribuição, superando o patrimônio líquido. 
É possível distinguir com maior clareza a distinção fundamental entre cooperativa e sociedade anónima, com base no vínculo pessoal e financeiro que se estabelece entre os sócios e as respetivas sociedades. A participação financeira ocorre em uma cooperativa de títulos constituída após o candidato ser aceito como membro. Em uma sociedade de capital, o oposto é verdadeiro: é o vínculo financeiro que gera a interdependência pessoal. Assim, um sócio cooperativo se refere a ela não como resultado de uma participação patrimonial, mas como resultado de uma relação muito pessoal. Ver: a) uma cooperativa em fase de constituição não necessita de capital integralizado mínimo para sua constituição. Entre os requisitos mínimos dos estatutos (artigo 15.º da Lei n.º 5 764/714), apenas devem ser declarados o valor e o número de ações de cada membro fundador. Os sócios fundadores realizam o pagamento do capital depois de a cooperativa adquirir personalidade jurídica;
DESENVOLVIMENTO
4.16 – ANÁLISE TEÓRICA 
Segundo BULGARELLI, Waldírio. Sistema tributário cooperativo. São Paulo: Saraiva, 1974, página 127. 3 UTUMI, Américo et al. O problema das cooperativas no desenvolvimento econômico. São Paulo, 1973, p.294. 4 A lei em vigor (Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971) foi revogada pela Constituição Federal de 1988. Em diversos dispositivos. b) a integralização de capital é um seguimento e complemento da inscrição na lista de associados e resulta das próprias fases do registo, nomeadamente: - 1. aprovação do pedido de admissão; —Aquisição de uma segunda ação e; —3. Assinando o livro de registro. O candidato a membro de uma cooperativa adquire essa característica associativa antes mesmo de efetuar o pagamento das ações. A assinatura é parte de um conjunto de regras às quais ela se submeteu voluntariamente. Portanto, basta cumprir o regimento interno da cooperativa para obter o estatuto de associação;
A subscrição e, posteriormente, a integralização de capital são atividades complementares, nos termos do art. 30, Lei nº 5.764 / 71. Ambos são consequência de um ato de aceitação ou adoção que se consolida com a aprovação do pedido de admissão pela administração; (c) a natureza jurídica das ações, visto que são inalienáveis, indissociáveis ​​dos sócios, não herdadas, o que confirma que se trata de um “vínculo jurídico pessoal e não patrimonial que se estabelece entre a cooperativa e os sócios. Mesmo em caso de transferência de ações com a necessária anuência (artigo 26.º da Lei n.º 5.764/71), a qualidade de acionista não é transferida para outro acionista. 
Com o falecimento do sócio, o capital não é transferido para os herdeiros de cujus, pois a morte de um particular exclui o caráter associativo da mesma (art. 35 (II)). Desse modo, a qualidade nominal do estoque remove a natureza especulativa do capital; d) Os motivos da cessação do estatuto de sócio são da responsabilidade dos sócios e excluem a possibilidade de permanência como sócio devido aos vínculos contratuais normais. A relação estatutária é institucional e não contratual. Demissão (Art. 32), Eliminação (Art. 33) e Exclusão (Art. 34) encerram a relação institucional ou pessoal. O vínculo paternonão se esgota com a extinção do vínculo associativo, o que é confirmado pela tese do autor do FILHO, Flávio Luz, na nota sobre autoria - Direito Cooperativo. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores, 1962, p. 102. ainda a própria relação pessoal que existe entre cooperativas e associados; e) A existência de um livro de registo e a inscrição obrigatória dos seus membros constituem prova da natureza da pessoa (artigos 23.º e 30.º). 
Isso dá à cooperativa confiança no interesse da segurança jurídica. Por meio da arte. 23 pontos I e II deduzem a força da personalidade. A participação no patrimônio líquido é registrada na conta corrente das associadas (art. 23, entre outros, III). Conclui-se que as relações sociais / cooperativas são de natureza institucional, baseadas na estrutura personalista da cooperativa, e não na participação financeira. O sistema cooperativo não suprime o capital, mas assume a forma de um regulador da produção. Visto que o capital não tem prioridade sobre os fatores de produção, o domínio econômico final da maioria dos capitais é abolido e a estrutura democrática de uma sociedade cooperativa é preservada. Incentivos à capitalização A falta de consciência dos associados quanto à submissão ao aderir a uma cooperativa acarreta efeitos que posteriormente se manifestam inevitavelmente em: apatia e indiferença dos sócios à gestão e ao controle da empresa cooperativa. 
A participação limitada em assembleias gerais é o exemplo mais visível deste fenômeno; em uma posição assumida por alguns sócios, chamada de Sabotador e Desajustado. O parceiro externo usa ativos não individuais sem incorrer em quaisquer custos. Os sabotadores prometem contribuir com o custo de produção de bens não pessoais, mas não participam realmente. Ambos os tipos de parceiros têm formas de parasitismo porque é um parasita que vive às custas dos outros.
Em relação à espécie humana, o parasitismo é definido por GIDE, Charles, como uma entidade que depende da vida a partir do trabalho alheio. El cooperativismo. Cooperativismo. Buenos Aires, 1974, página 188. 7 GIDE, Charles. Op. Cit., P. 191. Se a doutrina e a lei cooperativas tratam a separação do capital como um tópico relativamente importante, este não é o caso dos pensadores econômicos nas ciências cooperativas que veem a capitalização a cooperativa como tema de fundamental importância e fator de crescimento e eficiência do cooperativismo. 
O pensador da economia cooperativa questiona como incentivar os parceiros com o reconhecimento da necessidade de geração de capital? 
A falta de incentivos financeiros é o maior entrave ao desenvolvimento do cooperativismo, que se mantém sob o princípio da capitalização da filiação, pois os juros pagos não atraem capitalistas. O mesmo raciocínio foi apresentado por Waldírio Bulgarelli: porque um mero modesto interesse ao qual a doutrina cooperativa e a própria legislação aludiriam não seria atraente o suficiente para induzir os produtores rurais de massa a uma forte adesão. A limitação da taxa de juros sobre o capital e o limite de um voto por pessoa obrigam a cooperativa a oferecer incentivos não financeiros que induzam os sócios a capitalizar e continuar operando. Trata-se de buscar incentivos sem o consequente direito de obter mais poder de decisão da administração cooperativa. 
É sabido que os sócios potencialmente mais fortes, ao adquirirem novas ações, questionam o maior poder de decisão, visto que a sua responsabilidade social corresponde ao capital subscrito. Sabe-se também que o sistema cooperativo não permite compensação na forma de prêmio de capitalização e, consequentemente, a capitalização fraca é um inconveniente, pois qualquer organização cooperativa que não enfrente honestamente a necessidade e apropriação de resultados de balanço positivo e, infelizmente, distorce a ação conjunta. 
A questão fundamental se concentra no seguinte dilema: como superar o desestímulo em capitalizar, em razão da limitação do voto unipessoal? 
Segundo PINHO, a Diva Benevides. A doutrina cooperativa nos regimes capitalista e socialista, página 94. 9 BULGARELLI, Waldírio. Op. Cit., P. 130. 10 UTUMI, América. Op. Cit., P. 36. Uma solução para este problema pode ser: 2.1) não devolução de sobras de material, o que combina uma oferta de melhores preços, menores custos ou melhor prestação de serviços; 2.2) forma compulsória de capitalização com base na produção entregue à cooperativa; 2.3) despesas de capital renováveis; 2.4) correção monetária de capital; 2.5) tributação de contas correntes. Destaca-se a análise das seguintes sugestões, sem excluir outras: 2.1. Sem retorno em espécie de sobras A proposta combina uma oferta de melhores preços, menores custos ou melhor prestação de serviços.
A doutrina cooperativa considerou o princípio da devolução das sobras como uma ideia brilhante dos Rochdalianos, expressa por Charles Gide. Toda a legislação sobre cooperativas prevê o reembolso de acordo com critérios operacionais. Segundo Gide, esse seria um princípio que aproximaria o sistema cooperativo do modelo capitalista porque pagava pelo esforço e pelas oportunidades individuais. Reinhardt pensa o contrário: de acordo com a legislação societária, é uma obrigação embutida na Cooperativa para com seus sócios. O método de devolução das sobras, entretanto, pode ser direto ou indireto. O primeiro é um retorno em espécie. O segundo é na forma de empréstimo para realizar um novo serviço ou reter e ao mesmo tempo converter as sobras em novas ações. 
A forma intermediária está relacionada aos investimentos e sua finalidade é determinada pelos próprios associados. Acontece que normalmente o interesse dos acionistas nas Assembleias Gerais se manifesta na distribuição direta do excedente, o que é contrário aos interesses da administração que trata dos aspectos de capitalização nas cooperativas. Uma administração dinâmica tem interesses voltados para o desenvolvimento do cooperativismo e para isso precisa de capitalização. O excedente ficaria retido e representaria um investimento dos acionistas, pois se a Cooperativa se esforçar para se expandir, será uma forma de manter recursos para distribuição. Para tanto, a administração deverá demonstrar aos parceiros as vantagens desse investimento. É aqui que começa a complexa trajetória de desenvolvimento da cooperativa, sustentada por investimentos disponibilizados pelos próprios associados, uma vez que nem todos os sócios aceitam a tese de desenvolvimento de negócios na modalidade testada. 
Por outro lado, um baixo retorno sobre o capital investido não atrai um investidor cooperativo. Daí o conflito entre os sócios e a administração. Os interesses não são mais idênticos. A existência desse conflito mina a teoria tradicional da lealdade entre sócios e gerentes. Quanto maior o número de cooperados, maior o conflito de interesses. Um dos representantes da ciência cooperativa, Dr. Eschenburg, confirma a existência deste conflito: Com o desenvolvimento da empresa orgânica, a gestão emancipou-se e a identidade original de promoção de parceiros e política corporativa tornou-se um problema. Depois de verificar a existência de um conflito de falta de identidade de interesses entre os sócios e o conselho de administração, significa que a administração poderá gerir os negócios da cooperativa contra os interesses dos próprios sócios.
Surge a questão de saber se o fato trai a própria instituição cooperativa, que se caracteriza por uma sociedade de pessoas com estrutura democrática, em que os sócios tomam decisões e a administração é fiel executora da política dos sócios?
Por enquanto, ele questiona formas de superar o conflito de não reconhecimento de interesses na distribuição das sobras. Eschenburg baseia-se no princípio da superioridade administrativa sobre os parceiros. Analisando o comportamento dos acionistas nas assembleias gerais e a própria ordem do dia, a pesquisa do mesmo autor mostra que a administração, ao centralizar melhor as informações, administra facilmente a assembleia geral no interesse da sua políticade gestão. Segundo o mesmo autor, uma possível agitação seria muito custosa, portanto, de acordo com a teoria ESCHENBURG de Rolf, o consentimento é recusado. Essa posição dominante levou, por exemplo, à excelente capitalização das cooperativas alemãs: 50%, e em algumas cooperativas de consumo a falta de retorno do excedente é de até 90% do patrimônio líquido.
Assim, a não devolução de sobras tangíveis pode ser vista como uma forma de compensar a falta de atratividade dos sócios na capitalização voluntária. A frágil estrutura de formação de capital pode ser superada na medida em que a administração tenha supremacia sobre os acionistas ou na medida em que a retenção do excesso de ações como capitalização esteja consagrada no Regulamento. Porém, esta política administrativa está associada à oferta de melhores preços, menores custos ou melhor prestação de serviços pelas cooperativas. Qual o custo da prestação dos serviços e qual política de preços a cooperativa deve conduzir em suas atividades? Que benefícios econômicos e financeiros devem oferecer aos parceiros como estímulo para novas atividades capazes de neutralizar a posição de um parceiro externo, um parceiro sabotador?
Como conseguir sobras que pudessem contornar graves problemas de capitalização da cooperativa? 
A apuração dos custos decorre da prestação dos serviços oferecidos pela cooperativa. Isso, como uma joint venture ou “joint venture”, elimina o mercado entre o empreendimento cooperativo e a economia dos sócios. Os atos jurídicos entre eles são chamados de atos cooperativos. Não é necessário falar de contratos, mas sim de identidade jurídica. A identidade jurídica se manifesta em uma estrutura personalista e democrática que identifica o acionista com o beneficiário dos serviços prestados pela cooperativa. A identidade leva à reciprocidade, concretizada na prática pela prestação de serviços sem lucro (critério de reciprocidade) e sem intermediário (critério de identidade).
A identidade é a base da reciprocidade para alcançar objetivos comuns. Não há mercado nem acordos de compra e venda nas atividades conhecidas como atos cooperativos. É aqui que termina a atividade sem fins lucrativos entre os sócios e a cooperativa. Dada a natureza do delineado, não há razão para maximizar os custos. Consequentemente, a cooperativa não deve operar a um custo superior ao necessário para cobrir seus próprios custos. Isso significaria: a cooperativa deve oferecer aos seus associados bens e serviços com o menor custo possível, ou seja, ao custo do próprio serviço ou do bem entregue. Um sócio cooperado tem interesse em obter os melhores benefícios econômico-financeiros da sua atividade. Sua vontade de cooperar está diretamente relacionada aos benefícios que a cooperativa oferece em relação ao mercado.
A colaboração é uma obrigação, desde que traga mais benefícios do que a concorrência. Qualquer cooperação idealista baseada na ideia de participação cooperativa por meio do altruísmo é excluída. Homo cooperative é ficção. O Homo economicus sempre se junta às negociações, porque cada uma das cooperativas será pautada em seu interesse individual pelo máximo lucro individual da cooperação. 
Qual política comercial a administração deve seguir para garantir o máximo benefício aos membros? 
A questão deve ser analisada para cada tipo de cooperativa. Assim, o sócio da cooperativa agropecuária espera o maior preço da produção entregue. Os membros da cooperativa querem pagar a menor depreciação ou a menor taxa de uso. Trata-se de conciliar esses interesses dos sócios com os da gestão de forma que a cooperativa ainda tenha sobras para capitalizar. A administração de uma cooperativa deve, portanto, focar na melhor prestação possível de serviços que sejam capazes de recompensar (no caso de uma cooperativa agrícola) ou gerar economias (no caso de uma cooperativa de consumo) para o parceiro em um nível superior aos serviços prestados pelo mercado. e continuar oferecendo sobras para gerar capital. Percebe-se que a tese da capitalização, baseada na não devolução do excedente, está intrinsecamente ligada à política de melhor prestação de serviços, resumida pelo menor custo e melhores preços.
Nesse contexto, a política de maximizar fundos indivisos com sobras está errada. Daí a prática cooperativa de liquidação de sobras a favor de fundos indivisíveis que não pertencem a ninguém mas são propriedade coletiva e em caso de liquidação (se houver) foram alocados ao Banco Nacional de Crédito Cooperativo S / A - BNCC e hoje ao Banco Central do Brasil - BACEN. Diversas cooperativas realizaram alterações estatutárias extinguindo fundos indivisíveis e convertendo-os em formas de capitalização, nomeando os resultados alcançados no exercício em conta individual e não coletiva. Tal comportamento é uma conquista importante do sistema cooperativo, pois é uma ferramenta para corrigir essa socialização dos resultados do trabalho e aproxima o colaborador da condição de dono do capital e usuário dos serviços prestados pela cooperativa.
Sentindo-se mais dono, um cooperado certamente usará com mais energia seus direitos de decisão e na vida operacional da cooperativa.
O mecanismo adotado não compromete a capitalização da cooperativa, uma vez que os créditos positivos são registrados como não pagos. Pelo fato de o Estatuto prever salvaguardas de capital em caso de retirada em massa de associados, é possível individualizar efetivamente os resultados obtidos sem prejuízo do fortalecimento da cooperativa como comunidade. Forma obrigatória de capitalização com base na produção entregue à cooperativa O processo de capitalização compulsória envolvendo a retenção de um determinado percentual da produção entregue está presente em quase todas as cooperativas agrícolas. Muitas cooperativas conseguiram levantar capital social, principalmente as produtoras de trigo, soja, café, cacau, algodão, arroz e cana-de-açúcar. 
Como resultado, os produtores desse grão levantaram seu capital em cooperativas de tal forma que a maioria do capital é formada por uma minoria de grandes produtores. A adoção desse processo de capitalização em relação aos demais produtos fornecidos à cooperativa gera um sério risco, que é o desvio da produção, motivado pela obrigatoriedade de entrega dos produtos, com desconto, a título de capitalização. Pela capitalização pouco atrativa, pelo menor retorno sobre o capital investido na cooperativa, diante do sistema de aceitação da produção da maioria das cooperativas sustentada por preços diários, abandono dos preços médios, o que transformou as operações entre sócios e cooperativas praticamente em direito comercial e cooperativo, levando em consideração competição limitada, que muitas cooperativas sofrem em relação às cooperativas privadas e empresas estatais, mantendo uma política de bons preços dos produtos fornecidos às cooperativas, este critério de capitalização não conseguiu superar as dificuldades tradicionais relacionadas ao capital social. 
Além disso, criou uma estrutura administrativa anômala em muitas cooperativas, uma vez que a estrutura dessas cooperativas está diretamente relacionada à estabilidade da associação, onde grandes detentores de capital geralmente têm mais interesse e participação na vida corporativa e econômica da cooperativa. Desta forma, muitas administrações cooperativas estão centralizadas nas mãos de produtores rurais mais capitalizados devido ao maior interesse na administração. Os associados com capitalização mais baixa, naturalmente com entregas de produção mais baixas, estão mais distantes da gestão. Evidências de que a questão fundiária contribuiu para essa estrutura de capitalização. Sem mudar essa estrutura, a desproporção na propriedade e no apoio ao capital social nas cooperativas se aprofundará se o critério de capitalização das cooperativas for mantido. 
Por esses motivos, agravados ainda pelo fato de ser ela a causa da variação da produção, o processo de capitalização compulsória com base em abatimento sobre a produção recebida não é recomendado comopolítica administrativa de longo prazo. Formação de capital rotativo O capital rotativo, constituído em forma de fundo ou não, é um moderno instrumento de capitalização de cooperativas, principalmente daquelas em dificuldades financeiras.
Os associados simpatizam com esse processo, pois os recursos são investidos em benefício da cooperativa, mas esses valores são devolvidos aos sócios, gradativamente, em linha com as características das cooperativas americanas: O plano é comparado a uma roda que puxa água, é usada para gerar energia que faz o maquinário da fábrica funciona, fazendo com que a água volte para o riacho. Este tipo de capitalização tem, portanto, uma relação forte e direta entre quem fornece o capital e quem o recebe, de forma que o patrocinador é também o beneficiário. O reembolso ocorre ao longo do tempo e escalonado ao longo do tempo, sem prejuízo da estabilidade financeira, que visa atingir o mesmo mecanismo de captação de recursos com a adesão, como acontece com uma barragem que começa a devolver o excedente quando cheia.
A legislação brasileira tratou desse assunto pela Resolução nº 10/74 de 22 de janeiro de 1974 do Conselho Nacional das Cooperativas. Portanto, o sistema legal prevê a criação de capital renovável com base nos princípios estabelecidos abaixo: I. O estatuto de uma cooperativa pode permitir a criação de capital renovável, especificando o método de sua criação e as condições para sua retirada dentro do prazo prescrito ou em caso de retirada, remoção ou exclusão de um acionista II. A Assembleia Geral, se expressamente declarada no anúncio da oferta pública, pode constituir capital rotativo, observado o disposto no ponto anterior. III. Quando aplicável, a legislação de capital aplica-se ao capital rotativo, em particular as regras de capital mínimo.
O Regulamento poderá, a partir desta disposição, adotar o seguinte esquema para a formação do capital de giro: Art. reorganização financeira da cooperativa. Art. - Os Sócios poderão retirar seu capital rotativo no prazo de 3 (três) anos, em 3 (três) parcelas: 30% (trinta por cento) ao final do primeiro exercício fiscal; 30% (trinta por cento) no final do segundo ano fiscal e 40% (quarenta por cento) no final do terceiro ano fiscal. 1 §. - Mesmo em caso de destituição, eliminação ou exclusão de membros, as condições para a renúncia atenderão aos mesmos critérios deste artigo. Art. 92 - Os juros de 12% (doze por cento) ao ano serão destinados ao capital rotativo, cujo valor será pago nos termos do artigo anterior.
Art. - O capital rotativo está sujeito a uma conversão em dinheiro no final de cada exercício, cujo valor resultante desta revisão será incluído no capital. 2.4. Correção monetária de capital A correção monetária do balanço, instituída pelo Decreto Legislativo nº 1598/77 (e caducada pela Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995), previa a atualização monetária do imobilizado e do Patrimônio Líquido, incluído neste último grupo, conta de capital realizado. Na instrução normativa nº 071 de 29.12.78 (DOU 12.27.78), o Secretário da Receita Federal esclareceu na subseção 18.1 que a conta de capital integralizado não receberá em seu saldo produto de correção monetária, que deverá ser transferido para conta especial de Reserva de Capital.
No caso específico da Cooperativa, o tratamento da Correção de Capital foi regulamentado pela Resolução do Conselho Cooperativo Nacional - CNC, nº 25/83, posteriormente revogada e substituída pela Resolução do CNC nº 27/84 (DOU 24.09.84) da seguinte forma: «b) registrar o ajuste de caixa do capital na conta “Reserva de capital” a ser transferida para a conta “Reserva de equalização”, salvo se a Assembleia Geral, em caso de omissão dos estatutos, determinar, a pedido do órgão de administração ou, assim, a pedido de um acionista, incluindo total ou parcialmente na conta de capital das associadas; É possível aumentar o capital a partir da aplicação do Instituto de Correção Monetária? O artigo exige uma explicação de um fato jurídico hipotético e um ajuste e atualidade entre direito e fato. Fato: O capital da Cooperativa X em julho de 1985 era de apenas 12% do valor do saldo de sua correção monetária acumulada. Percebe-se, portanto, que a cooperativa nunca incluiu um ajuste monetário no capital e graças a esse procedimento gerou reservas que podem ser consideradas indivisíveis para a adesão. Essa prática, embora a cooperativa não seja uma sociedade anônima, é frustrante para os associados cujo capital não foi ajustado financeiramente e, portanto, não recupera valor como poder de compra. A inflação o enfraqueceu e isso é um impedimento para novas capitalizações. Com o início da estabilização financeira, a inflação estagnou e o capital voltou a ter seu valor real, no entanto, por vários anos, ele foi severamente punido sem correção.
Como corrigir esta anomalia? 
Da Lei: Até 1977, as pessoas jurídicas corrigiam o grupo do imobilizado com base no Decreto-Lei n.º 1.302 / 73, mas a correção monetária especial não beneficiava o capital das empresas. Pelo Decreto-Lei nº 1598/77, era possível proceder à regularização da conta de capital, sendo o seu registo efetuado em conta reserva, mas sujeito a parcelamento. Por muitos anos, as cooperativas brasileiras aguardaram ansiosamente a disciplina e aplicação do Decreto-Lei nº 1598/77, e foi somente em 1983, pela Resolução nº 25 do Conselho Nacional de Cooperativas, que as cooperativas puderam aumentar seu capital a partir da reserva para ajuste monetário de capital.
No entanto, esta decisão teve que resultar do consenso da assembleia. Na mesma resolução, a reserva especial para atualização monetária foi reconhecida como indivisível. Em 1984, C.N.C. manifestou-se novamente sobre a matéria, rebaixando a resolução nº 27, mas sem alterar o conteúdo da resolução nº. Hoje, diante dessas circunstâncias, devemos nos perguntar: a primeira pergunta:
- A cooperativa pode aumentar seu capital com o saldo apresentado na conta de Ajuste Monetário de Capital?
 O aumento de capital com base no ajuste de capital em dinheiro foi possível nas cooperativas com base na Resolução nº 25 do CNC de 22 de novembro de 1983, e posteriormente alterada pela Resolução nº 27 de 22 de agosto de 1984. O aumento de capital pelo saldo apresentado na reserva para conta de ajuste de capital foi consistente com a lei, desde que o assunto seja levantado em assembleia geral e receba parecer positivo dos acionistas. 94 Em 31 de dezembro de 1995, nos termos do art. 4º da Lei nº 9 249/95, já não é possível aplicar qualquer compensação financeira. Segunda questão: Como o CNC se manifestou na questão da indivisibilidade do ajuste monetário do capital em novembro de 1983 pela Resolução nº 25/83, e a seguir em agosto de 1984 pela Resolução nº 27/84, se criando uma Reserva de Compensação, a cooperativa poderia aumentar seu capital com o Conta de reserva de ajuste de capital?
No item anterior, foi analisada a hipótese de aumento de capital, com base na utilização do saldo apresentado na conta “Reserva para ajuste de capital” e com base em interpretação análoga do art. 43, Lei n.º 5764/71, refere-se que, se a maioria dos membros da assembleia geral assim o entender, é legal aplicar este sistema desde a data da Resolução n.º 25 do CNC até 31 de Dezembro de 1995. 2.5. Tributação das contas correntes dos membros constitui uma forma indireta de capitalização das contas correntes dos membros fiscais, cujos montantes podem ser transferidos para a conta capital. A legalidade de cobrar dívidas de associados juntamente com taxas, incluindo juros, é questionada. Muitos colegas de trabalho se recusam a pagar essas taxas e até mesmo discuti-las no tribunal. Deve-se entender que a cobrança ocorre com base em depósito obrigatório decorrente da cooperativa e não de acordo comercial. 
Diante dessa realidade, há juízes de direito que invocam relações cooperativas complexas sem desconsiderar a natureza jurídica do ato cooperativo. O cerne da questão da determinação dos honorários das contas correntes dos associados devedoreslimita-se à teoria do ato cooperativo, cujo prazo legal está sujeito à proteção constitucional em: 95 Art. 146: Depende de lei complementar: III. Estabelecer disposições de direito tributário, em especial no que diz respeito: (c) ao tratamento tributário adequado das cooperativas praticadas por cooperativas. (CF 1988) Esta lei cooperativa ordinária (Lei 5.764 / 71) deu consistência à lei cooperativa assim entendida: Art.79 - São atos cooperativos aqueles que são praticados entre cooperativas e seus associados, e pelas cooperativas entre si, se forem afiliados para atingir objetivos sociais. Parágrafo único.
O ato cooperativo não implica em ação de mercado ou contrato de compra e venda de produto ou mercadoria. Conforme referido no parágrafo único, verifica-se que o ato cooperativo não tem caráter comercial ou civil (contrato de compra e venda). Mas tem uma natureza jurídica cooperativa. Essa doutrina está pacificada em dezenas de países que defendem a teoria do ato cooperativo. Walmor Franke diria: "A natureza orgânica de uma cooperativa, sua natureza de empresa orgânica ou empresa membro, parte de economias associadas, é comumente expressa na declaração de que a cooperativa é uma extensão", uma extensão (Dec. 60 597/67, Art. 105), uma extensão da parte poupança dos acionistas”. Daí a lição da doutrina dominante no sentido de que o negócio interno entre a cooperativa e a cooperativa (o negócio final) não participa da natureza lucrativa das operações de mercado porque são regidas pelo princípio da identidade ou unidade de propósito, e não há mercado entre a cooperativa e o sócio em relação a essas empresas. Ressalta-se que o cooperado é o dono da cooperativa e não seu cliente, portanto é fácil entender que cabe a ele arcar com os custos de funcionamento da cooperativa. Os custos normalmente estão relacionados à coleta de produtos e entrega de bens e serviços. 
No caso de os associados não cobrirem esses custos durante o exercício fiscal, a cooperativa deve distribuí-los no final do ano, conforme também estipulado na norma legal da cooperativa: FRANKE, Walmor. Op. Cit., P. 26. Art. 21. - O estatuto da cooperativa, além de atender ao disposto no art. 4 deve conter: IV. a forma de devolução aos sócios dos excedentes apurados ou a distribuição dos prejuízos decorrentes da insuficiência de contribuição para as despesas da empresa; (Lei nº 5.764 / 71) O vínculo é associativo de tal forma que: os sócios são uma cooperativa na qual só têm razão de ser se os sócios desejam mantê-la. Mantê-lo significa suportar os custos operacionais que são repassados ​​a você com base nos serviços prestados. No caso de a cooperativa cobrar antecipadamente uma taxa maior, ela é obrigada a devolver esse valor como sobras. A questão da competência para fixar salários na cooperativa ainda precisa ser esclarecida. 
Via de regra, as competências pertencem à administração que trata da gestão cooperativa. Os regulamentos regulam o assunto. Ressalte-se que atualmente a taxa de juros em conta corrente pode ser de no máximo 12% ao ano, conforme determina a Constituição Federal: Art. 192. - O sistema financeiro nacional, destinado a apoiar o desenvolvimento sustentável do país e a servir aos interesses da comunidade, será regulamentado em lei complementar, que incluirá também: parágrafo 3. As taxas de juros reais, incluindo comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente relacionadas com a concessão do empréstimo, não devem exceder doze por cento ao ano; a cobrança acima desse limite será tratada como crime de usura, punida em todas as suas formas nas condições especificadas na lei.
Neste contexto, a isenção de um acionista desta obrigação de cisão significa, na prática, uma violação do princípio da igualdade de tratamento dos acionistas, uma vez que a sociedade teria de suportar um encargo adicional que um determinado acionista recusa. Se todos os membros negassem esse compromisso, isso significaria que a cooperativa seria dissolvida. Portanto, a cooperativa é “o braço alongado do sócio, prestando-lhe serviços, sem fins lucrativos”. Resumo Assim, pode-se verificar que o direito cooperativo brasileiro, no que diz respeito ao capital, está relacionado à doutrina dos países mais avançados na proposta cooperativa e apresenta os mecanismos legais para a superação de conflitos de interesse entre os associados e a cooperativa. Esses conflitos refletem a complexidade do papel do capital, que também é o meio financeiro para o desenvolvimento da cooperativa, mas sem ter poder de comando no processo de tomada de decisão.
Segundo Andrade (2009), as cooperativas podem ser entendidas como autônomas, de auxílio mútuo e controladas democraticamente por seus associados que cumprem seu dever de promover a educação e a formação de seus associados, representantes e funcionários. Essas organizações se caracterizam por serem sociedades de pessoas administradas democraticamente, voltadas para as necessidades do grupo, que unem forças em torno de objetivos comuns em que a pessoa é mais importante do que o capital. Além de apresentar os aspectos simultâneos da associação e da empresa, norteados pelos princípios, valores e filosofia de sua própria natureza, que a qualificam e a diferenciam de outras organizações. Outra característica marcante é que os representantes eleitos pelos associados conduzem a organização e têm que se reportar à assembleia em que cada associado tem direito a um voto, conforme o art. 21 da Lei 5.764 / 71. Assim, a participação qualificada dos associados torna-se fundamental para o desenvolvimento da cooperativa.
Em tese, Schulze (1987) afirma que neste tipo de organização, o sócio como dono do empreendimento deve harmonizar sua participação nos seguintes aspectos: político, econômico e de gestão. Dessa forma, pode definir suas metas e objetivos, capital e atividades, e estabelecer relações com o mercado. Pode-se dizer, portanto, que o cooperativismo é o único setor da economia cuja doutrina privilegia o equilíbrio entre o econômico e o social, além dos desafios que muitas vezes são colocados pelos mercados, mas que ainda precisam manter relações com o mercado. membros de uma cooperativa que sejam proprietários, clientes e fornecedores. Dessa forma, eles serão capazes de cumprir seu papel principal de satisfação dos desejos coletivos em detrimento dos desejos individuais.
Assim, conforme consta dos estatutos da cooperativa, resolvendo assim a questão da problematização:
São direitos dos associados: participar nas assembleias gerais, discutir e votar as matérias nela levantadas, observadas as disposições legais e / ou estatutárias; votar para cargo comunitário, desde que as disposições legais e / ou regulamentares aplicáveis ​​sejam atendidas. propor por escrito as medidas que julgar convenientes aos interesses sociais; beneficiar-se das atividades e serviços prestados pela Cooperativa, de acordo com as disposições estatutárias e instrumentos regulamentares; examinar e solicitar por escrito as informações sobre os documentos, com exceção dos documentos sigilosos, ler o regimento interno da Cooperativa, renunciar à Correção, se lhe parecer conveniente. O membro presente na Assembleia Geral terá direito a 1 (um) voto independentemente do número das suas ações - parcialmente.
A parte restante, reduzida das verbas destinadas à constituição dos fundos obrigatórios, ficará à disposição da Assembleia Geral, que decidirá: a título de repartição entre os sócios, proporcionalmente à atividade desenvolvida com a Cooperativa de acordo com a fórmula prevista pela Assembleia Geral; criando outros fundos ou alocando-os aos fundos existentes; manter a conta de superávit / perdas acumuladas: ou incluir o capital de uma associada nesta conta
Por outro lado, Adler e Kwon argumentam que o conceito de capital social está se tornando cada vez mais popular em muitas disciplinas das ciências sociais, e o número de sociólogos, cientistas políticos e economistas que usam o conceito de capital social está crescendo. eles procuram respostas paraa enorme expansão dos problemas com os quais lutam em seus próprios campos. O conceito pode não ser considerado novo, mas tem sido frequentemente discutido por autores como Coleman (1988), Putnam (2006), Fukuyama (2000), Bourdieu (1980), Lin (1999), Adler & Kwon (2002). alguns desses autores pioneiros do termo.
Fukuyama (2000) define capital social como uma norma informal que promove a colaboração entre dois ou mais indivíduos, e essas normas podem variar desde a reciprocidade entre dois amigos até doutrinas complexas como o Cristianismo ou o Confucionismo. O autor afirma que não é um conjunto de normas que constituem o capital social, elas devem conduzir à cooperação grupal. Estão associadas a virtudes tradicionais como honestidade, comprometimento, desempenho das funções de confiança, reciprocidade e outras a elas associadas (Fukuyama, 2000).
Da mesma forma, Putnam (2006, p. 181) afirma que as normas fortalecem a confiança social, e a reciprocidade é a mais importante delas. O autor divide a reciprocidade em dois tipos: balanceada ou específica e generalizada ou difusa. Reciprocidade sustentável '[...] refere-se à troca simultânea de itens de igual valor; por exemplo, quando os colegas trocam dias de folga […] ”, ou seja, a troca, neste caso, ocorre no mesmo horário entre as partes. Reciprocidade generalizada "[...] diz respeito a uma relação contínua de troca, que a qualquer momento causa um desequilíbrio ou falta de correspondência, mas que pressupõe expectativas mútuas de que a graça concedida hoje será devolvida no futuro [...]" (Putnam, 2006, p. 181). Isso significa que, neste caso, a troca não ocorre imediatamente entre as partes. Uma das partes está fazendo um favor sem receber nada em troca neste momento. Este último obtém assim um "crédito" da outra parte. Assim, essa reciprocidade está diretamente relacionada ao capital social, “[...] o princípio da reciprocidade generalizada é um componente altamente produtivo do capital social [...]” (Putnam, 2006, p. 182).
Em uma perspectiva mais ampla, Coleman (1988) define o capital social por sua função, não sendo uma entidade única, mas muitas entidades diferentes, com dois elementos comuns: todos eles constituem algum aspecto das estruturas sociais e facilitam ações específicas dos atores na estrutura. Segundo o autor, como outras formas de capital, o capital social é produtivo, possibilitando o alcance de determinados objetivos que, na sua ausência, não seriam possíveis. O mesmo autor afirma que o capital social é alcançado por meio de mudanças na relação entre cooperativas e capital social ... 5, que facilitam a ação. Se o capital físico é completamente tangível, ativado de forma material visível, e o capital humano é menos tangível porque está vinculado às habilidades e ao conhecimento de um indivíduo, então o capital social é ainda menos tangível porque existe nas relações interpessoais (Coleman, 1988).
Segundo Coleman (1988), assim como o capital físico e o capital humano facilitam a atividade produtiva, o capital social o faz muito bem. Para o autor, um grupo no qual existe muita credibilidade e confiança mútua é capaz de realizar muito mais do que se comparado a um grupo sem credibilidade e confiança. O mesmo autor apresenta em exemplos práticos as quatro principais fontes de capital social, que incluem: Fortes laços através da comunidade, religião e família; Coexistência por meio de sindicato na mesma cidade, igreja ou escola; Origem cultural; devido às relações de mercado (Coleman, 1988). Putnam (2006, p. 177) escreve que “[...] o capital social diz respeito às características de uma organização social, como confiança, normas e sistemas que contribuem para o aumento da eficiência da sociedade, facilitando ações coordenadas.”
Ao examinar as experiências italianas contemporâneas, Putnam (2006) apresenta o capital social baseado na confiança e na cooperação. Segundo o autor, “[...] o capital social promove a cooperação espontânea [...]” (Putnam, 2006, p. 177). Para ele, o capital social atua como capital convencional, ou seja, quem o possui tende a acumular cada vez mais. Para Putnam (2006), esse tipo de capital costuma estar presente nas cadeias de relações sociais nas quais é permitido transmitir e difundir confiança, transformando essas relações sociais em garantias.
Para Vilpoux e Oliveira (2011), o capital social é utilizado como forma de explicar o desenvolvimento econômico e social além da cooperação entre os indivíduos. O capital social pode resultar de certas relações sociais, como família, vizinhos, amigos, profissionais, entre outros, que possuem características próprias nas quais os padrões e a confiança podem ser enfatizados.
Por outro lado, Bourdieu (1980, p. 2) afirma que o capital social é um conjunto de recursos reais ou potenciais que estão associados a uma rede permanente de relações mais ou menos institucionalizadas de reconhecimento e reconhecimento mútuo, ou seja, a participação em um grupo que não é apenas dotado de propriedades comuns, mas também ligado por conexões constantes e úteis. A quantidade de capital social possuída por uma determinada pessoa depende do alcance da rede de conexões que pode ser efetivamente mobilizada.
Para Lin (1999), capital social é um investimento nas relações sociais com retornos esperados. Isso significa que os indivíduos se envolvem em interações sociais e redes para gerar lucros. Segundo a autora, existem explicações para que os recursos incluídos nas redes sociais melhoraram os resultados das atividades: Facilita o fluxo de informações; Os laços sociais podem influenciar entidades que desempenham um papel fundamental na tomada de decisões que envolvem o ator - são importantes no processo de tomada de decisões sobre um indivíduo; Os recursos dos laços sociais e sua relação reconhecida com o indivíduo podem ser percebidos pela organização ou seus representantes como a certificação das credenciais sociais do indivíduo, algumas das quais refletem o acesso do indivíduo aos recursos por meio de redes e relacionamentos sociais - capital social; As relações sociais servem para fortalecer a identidade e o reconhecimento. 
Após apresentar diferentes definições e conceitos de capital social por diversos autores, este trabalho terá como base o capital social descrito por Putnam (2006), por vezes passando por alguns dos conceitos descritos pelos autores divulgados nesta referencial. Para estudar o capital social, a partir da definição dada por Putnam (2006), é necessário referir-se à relação de confiança. Para o autor, a confiança é a base do capital social.
Capital social O conceito de capital social tem sido discutido por sociólogos de várias áreas. Os sociólogos Pierre Bourdieu e James Coleman elevaram o status do capital social a um tema específico de pesquisa na década de 1980, tentando compreender como as pessoas inseridas em uma rede social podem se beneficiar de sua posição ou gerar externalidades positivas para outros agentes. 
Conforme confirmam Becker e Wittmann (2008), analisando de forma interdisciplinar a importância do capital social e das comunidades organizadas para o fortalecimento do desenvolvimento local e regional. Os grupos locais desempenham um papel importante na busca do desenvolvimento em que as estruturas consolidadas no nível micro atuam como suporte para o fortalecimento do nível macro da organização social (MATOS, 2003). Segundo o autor, as organizações de base são construídas sobre o conceito de autonomia na linha de reflexão coerente com a filosofia da prática e comprometidas com a redução da alienação dos atores sociais no nível coletivo e individual e da autonomia em relação às estruturas de poder. como conquista coletiva e instrumento de transformação social. Nesse contexto, o grupo social assume a posição de sujeito de sua própria história, construindo conhecimentos sobre si e seu contexto.
O autor acrescenta que “a práxis tende à autonomia como fim e a utiliza como meio”, ou seja, a prática e a autonomia seriam a base para a construção das organizações coletivas.Os elementos que carregam amplamente a cultura e as visões de mundo são tecnologias metodológicas que não são produtos materiais concretos, mas orientam o conhecimento na prática e, portanto, têm mais a ver com questões qualitativas do que quantitativas. São aspectos relacionados à imagem social, ao inconsciente coletivo, e não são adequados para o ensino de forma teórica, exigindo a vivência e o envolvimento da integridade emocional da pessoa, os quais são compreendidos e incluídos de forma inconsciente (MATURANA, 2002).
No início do século 20, em 1916, Lyda Hanifan introduziu o termo capital social como uma coleção de elementos intangíveis que mais importam no dia a dia das pessoas, como boa vontade, camaradagem, compaixão e relações sociais entre os indivíduos. e família (MILANI, 2004). Esta visão deu início ao chamado Capital social. Albagli e Maciel (2003) afirmam que o termo capital social nasceu no marco da sociologia e denota as vantagens de um indivíduo pertencer a uma comunidade específica. O termo capital social é definido por Bourdieu como um conjunto de recursos presentes ou potenciais que estão associados a um grupo, que por sua vez consiste em um conjunto de entidades que não são apenas dotadas de propriedades comuns, mas estão unidas por relações sólidas (BOURDIEU, 1980). Putnam (1995) afirma que capital social é um conjunto de aspectos da organização social, como redes, padrões e confiança, que facilitam a coordenação e a cooperação para benefício mútuo.
Outra visão, também baseada em uma visão coletiva, sobre capital social é apresentada por Coleman (1990), para quem o capital social é uma variedade de entidades que possuem características comuns por meio da forma de uma estrutura social que facilita determinadas ações dos indivíduos, estão nesta estrutura. O autor afirma que o capital social pode gerar bens públicos, servir como controle social exercido pela sociedade e como fonte de apoio para indivíduos não familiares.
Granovetter (1985), mais especificamente, usa o termo confiança, e um dos incentivos para não trapacear ou trapacear (ou seja, não quebrar a confiança ou agir de má-fé) é o custo da reputação, porque quem tem boa reputação tem melhor informação porque é mais confiável. Consequentemente, na presença de informações perfeitas, as transações acontecem com mais tranquilidade (menos custo e menos espaço para oportunismo). O autor argumenta, portanto, que as relações sociais (redes sociais), e não os sistemas institucionais ou a moralidade convencional, são as principais responsáveis ​​pela construção da confiança na vida econômica.
Na definição de Fukuyama (1996), a sociedade tem mais ou menos capital social dependendo do raio de confiança que seus grupos e comunidades conseguem construir, ou seja, de acordo com o tamanho do círculo de pessoas entre as quais as cooperativas são comuns. Um bom indicador de capital social para Fukuyama seria a maior ou menor capacidade das sociedades de formar grandes organizações empresariais privadas. “Sociedades bem supridas de capital social serão capazes de adotar novas formas organizacionais mais rapidamente do que as menos equipadas conforme a tecnologia e os mercados mudam” (FUKUYAMA, 1996, p. 47).
O autor afirma que o capital social é gerado espontaneamente como resultado de repetidas interações sociais. As normas de colaboração que resultam dessas interações são criadas e transmitidas por meio da religião, tradição ou características históricas.
Para Fox (1996) um ambiente positivo seria a primeira coluna de apoio para estimular a acumulação de capital social. A segunda coluna seria o papel dos atores sociais contribuindo com ideias e motivação para criar capital social. A terceira e última coluna de apoio seria a possibilidade de interação e integração entre as várias organizações existentes, principalmente em comunidades geograficamente isoladas. Salanek Filho (2007) destaca dois elementos-chave do capital social, a criação de uma rede de relacionamentos e o alto nível de confiança que se desenvolve entre os atores pertencentes a essa rede.
Albagli e Maciel (2003) atentam para três formas de capital social descritas por Coleman. O primeiro trata dos níveis de confiança, enfatizando que o capital social é alto em ambientes onde as pessoas confiam umas nas outras. O segundo é o desenvolvimento de canais de informação e ideias, e o terceiro é enfatizado em situações onde os indivíduos trabalham para o coletivo, abandonando os interesses próprios diretos. Em relação ao trabalho de Putnam, a definição de capital social é baseada nos traços da vida social - redes, normas e confiança - que facilitam o trabalho conjunto em prol de objetivos comuns. A confiança é alcançada por meio do conhecimento mútuo entre os membros da comunidade e de uma forte tradição de desempenho comunitário.
Outro elemento enfatizado por Putnam (2002) em relação ao capital social é a característica de comunidade em uma comunidade cívica. A medida desse tipo de comunidade é, segundo o autor, a participação nos negócios públicos, ou seja, a busca do bem público em detrimento dos interesses individuais. Entre os fatores característicos das comunidades cívicas está a igualdade política, valorizando a cooperação, a reciprocidade, a participação no governo, a solidariedade, a confiança e a tolerância. Putnam (2002) afirma que sem essas características, o espírito de cidadania e o propósito de comunidade deixam de existir e as pessoas passam a ser vizinhas comuns que vivem no mesmo espaço territorial.
Segundo Putnam (2002), os indicadores de capital social são agrupados de acordo com sua natureza, como participação política, participação cívica, vínculos informais e confiança na busca de um indicador universal de capital social. Nesse sentido, Putnam (1995), Brehm e Rahn (1997) e Glaeser et al. (2002) destacam os fatores que contribuem para a formação do capital social: divisão étnica, renda, educação, compromisso social, papel da mulher, casamento e família, idade, suburbanização, tipo de emprego e local de origem. Em relação ao crescimento do capital social, Pavarina (2003) aponta a atividade cooperativa como um fator representativo, levando em consideração tanto as cooperativas (como associação de pessoas) quanto o percentual de produtores rurais associados nas cooperativas em suas pesquisas.
As cooperativas operam em um sistema limitado por uma rede criada entre os associados, e o acesso de uma pessoa ao sistema a torna participante do desenvolvimento local. Interação, confiança, definição de objetivos comuns e estruturação de uma rede social são fundamentais para a compreensão do processo colaborativo e da importância relativa do capital social para o desenvolvimento do local, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento do capital social comunitário (SALANKE FILHO, 2007).	
CONCLUSÃO 
Ao final deste artigo, vale fazer algumas observações a respeito do cooperativismo. Nesse sentido, destaca-se que embora a organização cooperativa seja uma instituição com quase duzentos anos, ainda é um projeto de vanguarda. Isso fica evidente quando este modelo [coletivo] é comparado com o comerciante [individual] cuja estrutura privilegia apenas o “dono” ou o grupo selecionado para a representação financeira; nas cooperativas, a governança é democrática e participativa, o que garante o direito à igualdade e à tomada de decisões.
Outro aspecto a se considerar em relação ao cooperativismo é que ele está inserido no plano de economia social por não ter perfil assistencialista ou mercantil. É também um campo que promove uma cultura diferenciada, focando a sua atenção nas necessidades humanas, o que se traduz em valores morais que não são servidos pelo sistema de competição desigual.
Vale destacar também que a experiência do cooperativismo foi o caminho que os ativistas socialistas encontraram, após perderem a referência internacional da ex-URSS, ao tentar trazer para a sociedade a perspectiva de uma renovação pacífica que posteriormente se nacionalizou como o próximo movimento

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