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Perspectivas de Análise e Reflexão 
E, isso não poderia ser diferente, pois como assinala Forquin (1992) “a 
questão do currículo como forma institucionalizada de estruturação e de 
programação de conteúdos de ensino deveria estar no centro de toda reflexão 
sociológica sobre educação”. (1992,p.28) 
Complementando a afirmativa de Forquin, é preciso ressaltar que nesta 
estruturação e programação dos conteúdos que comporão o currículo, a 
cultura será o ponto central, que deve ser problematizado, pois é inevitável 
considerar que vem ocorrendo uma verdadeira “revolução cultural” na 
sociedade contemporânea, marcada pela globalização e pelas grandes 
transformações tecnológicas, que afetam tanto a organização societária como 
a vida cotidiana. 
Conforme aponta Hall (1997), 
“Por bem ou por mal, a cultura é agora um dos elementos mais 
dinâmicos – e mais imprevisíveis - da mudança histórica no novo 
milênio. Não deve nos surpreender, então, que as lutas pelo 
poder sejam crescentemente simbólicas e discursivas, ao invés 
de tomar, simplesmente, uma forma física e compulsiva, e que 
as próprias políticas assuma progressivamente a feição de uma 
política cultural.“ 
 
Assim, a reflexão sobre o que a escola deve ensinar está em profundamente 
vinculada ao debate sobre como as transformações sociais vêm interferindo na 
construção das identidades dos sujeitos e de que forma a cultura assume um 
papel central nesse processo.