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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CAPITAL DO ESTADO Y. PROCESSO DE ORIGEM Nº:... RAFAELA, menor impúbere, representada por sua genitora MELINA, ambas já qualificadas nos autos da Ação em epígrafe que move em face de EMERSON, também já qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por sua procuradora signatária, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO com fundamento no Artigo 1.015, I do Código de Processo Civil, conforme razões anexas: Requer ainda, a juntada da cópia integral do processo para o cumprimento do disposto no Artigo 1.017 do Código de Processo Civil, bem como a juntada da guia de preparo, devidamente recolhida conforme o Artigo 1.016 do Código de Processo Civil, informando-se assim o nome e endereço do advogado da Agravante, ora Recorrente. Nesses termos, Pede deferimento. Local:..., Data:... Advogado(a): ... OAB/UF: ... DOS FATOS. A autora, ajuizou Ação de Alimentos em face do Réu, suposto pai. Apesar de o nome do Réu não constar da Certidão de Nascimento de menor, ele realizou, em 2014, voluntária e extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa representante da Autora, exame de DNA, no qual foi apontada a existência de paternidade de Emerson em relação a menor. Na petição inicial, a autora informou ao juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que o réu, por seu turno, não exercia emprego formal, mas vivia de “bicos” e serviços prestados autônoma e informalmente, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. A Ação de Alimentos foi instruída com os seguintes documentos: cópias do laudo do exame de DNA, da certidão de nascimento de Rafaela, da identidade, do CPF e do comprovante de residência de Melina, além de procuração e declaração de hipossuficiência para fins de gratuidade. Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y indeferiu o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de alimentos provisórios com base em dois fundamentos: (i) inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava da certidão de nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623053/artigo-1015-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622816/artigo-1017-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10622931/artigo-1016-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora. A referida decisão, que negou o pedido de tutela antecipada para fixação de alimentos provisórios, já foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico. DA RAZÃO. Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanado a inexistência de verossimilhança da paternidade e de que o nome com Agravado não constava certidão de nascimento da Agravante, em 2014 foi realizado o exame de DNA, ainda que que tenha sido feito extrajudicialmente, foi possível a comprovação através do mesmo a paternidade do Agravado em relação à sua filha Rafaela. No que diz respeito à pensão alimentícia também indeferida pelo juízo de primeiro grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma que sobrevive através de “bicos” por parte do Agravado, cabe ressaltar que o Agravado presta serviços de forma autônoma possibilitando-o em adquirir através de diversos trabalhos, quaisquer tipos de renda, inclusive valores que possa ultrapassar um salário mínimo por mês, portanto, conforme o §1º do art. 1694 do CC em relação ao binômio necessidade do alimentado, diz que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidade do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. E em relação a possibilidade do alimentante, vale ressaltar que o art. 1695 do CC diz que: “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.” O alimentante por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia , desde que a quantia a ser paga não prejudique seu sustento próprio. Portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem tem o direito de receber alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los. DO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO. Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por termos do art. 1019, I do CPC, acarretará prejuízos à alimentada, ora Agravante, sem contar em longa batalha judicial sendo que o feito poderia ser devidamente de pronto julgado, com resolução do mérito. DO PEDIDO. Diante De todo o exposto, requer a Vossa Excelência: 1- pedido de deferimento de tutela antecipada recursal (“efeito suspensivo ativo”), a fim de que sejam fixados alimentos provisórios; 2- Da reforma integral da decisão, para que sejam fixados alimentos provisórios em favor da agravante; 3- pedido de intimação do advogado da parte contrária para contrarrazões; 4- requerimento de intimação do MP; Nesses termos, Pede deferimento. Local: ..., Data: ... Advogado(a):... OAB/UF: ...
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