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OCORRÊNCIA DE ZOONOSES PARASITÁRIAS INTESTINAIS ENCONTRADAS EM FEZES COLETADAS DE AMBIENTES PÚBLICOS DA CIDADE DE BLUMENAU, SANTA CATARINA, BRASIL

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*Acadêmico do Curso de Biomedicina do Grupo Uniasselvi/Fameblu. E-mail: ejrenato@hotmail.com 
**Farmacêutico-Bioquímico. Doutor em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas. Docente do Grupo 
Uniasselvi/Fameblu. E-mail: marcus.nascimento@uniasselvi.edu.br 
OCORRÊNCIA DE ZOONOSES PARASITÁRIAS 
INTESTINAIS ENCONTRADAS EM FEZES 
COLETADAS DE AMBIENTES PÚBLICOS DA 
CIDADE DE BLUMENAU, SANTA CATARINA, 
BRASIL 
 
 
Edecarlos de Jesus Renato* 
Marcus Vinicius Pereira dos Santos Nascimento** 
 
 
RESUMO 
 
Zoonoses são doenças típicas de animais, que podem ser transmitidas ao homem e vice-
versa. Geralmente, essas doenças envolvem parasitas que tem como hospedeiro normal 
um animal, mas que acidentalmente infecta o homem. Tendo em vista a crescente 
mudança de hábitos da população na constituição de suas famílias, que optam por não 
gerar filhos, mas optam por ter como companhia animais de estimação, atrelado ao 
cultural hábito da família brasileira de possuir em suas casas animais de estimação (cães 
e gatos, pincipalmente), tratando-os como membro familiar para a troca de afeto e 
carinho, aumentando a concentração de cães e gatos nas residências, além de haver 
grande número de animais domésticos errantes e abandonados nas vias públicas (sendo 
este o meio transfronteiriço de contato entre animal doméstico via passeio X “animal de 
rua” X animais soltos que retornam para “casa”), ocorre o risco do aparecimento e 
disseminação desenfreada de zoonoses em todo e qualquer lugar do Brasil, com 
potencial infecção em humanos. O objetivo desse estudo foi estudar e classificar as 
principais zoonoses parasitárias intestinais encontradas em fezes coletadas nas ruas, 
calçadas, praças, bancos de areia, entre outros meios em que há circulação simultânea 
de pessoas e animais na cidade de Blumenau-SC, mapeando a incidência dos principais 
agentes causadores de doenças parasitárias zoonóticas (utilizando o método de 
sedimentação espontânea Hoffman, Pons & Janer). Das 98 amostras examinadas, 59 
(60,20%) apresentaram positividade, com contaminação das fezes, onde foi detectada a 
presença de um potencial zoonótico nessas amostras, com uma maior frequência das 
espécies Ancilostoma spp. (34,69%), Toxocara spp (18,36%) e Giardia spp.(6,12%). 
 
Palavras-chave: Cães e Gatos. Fezes. Infecções Parasitárias, Parasitas, Zoonoses. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade de 
Blumenau-SC é composta por uma população estimada em 357.199 pessoas, sendo que 
o último censo realizado foi em 2010 (o censo ocorre a cada dez anos), e a população 
era composta por 309.011 habitantes (IBGE, 2019). De acordo com o Instituto Pet 
Brasil, estima-se que há 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos em todo o 
território nacional (IPB, 2019). Em Blumenau-SC, de acordo com o Centro de 
Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (CEPREAD), mesmo que o censo 
animal não tenha sido realizado no município, estima-se que na cidade existem 
aproximadamente 116 mil cães e gatos, mas que esse número poderá se apresentar 
2 
 
muito maior num censo futuro, já que o censo animal realizado em algumas 
comunidades carentes aponta que o número de apenas cães é de 2,04 para cada 
habitante dessas comunidades (BLUMENAU, 2017). 
 
De acordo com o IPB (2019), esses números confirmam uma tendência cada vez 
mais frequente: as pessoas e famílias buscam um animal de estimação para companhia, 
dar e receber carinho, afeto e atenção; sendo mais relevante que os dados numéricos 
sobre a quantidade de animais domésticos, é importante o comportamento dos donos em 
relação aos animais, pois se tratando de imunização de animais domésticos, o percentual 
de vacinação de cães e gatos contra a raiva, por exemplo, é baixo, com variações 
percentuais no Brasil, que varia de 60 a 80% das imunizações contra essa doença 
(IBGE, 2015); visto que isso é frequentemente observado em diversas localidades, o 
baixo índice de vacinação é agravado pelo hábito de soltar cães nas ruas e de alimentar 
os cães de rua aproximando-os das famílias, mas não cuidando-os, o que dificulta a taxa 
de reposição da população animal e dificultando o controle de zoonoses (Domingos et 
al., 2007). 
 
Deplazes et al. (2011), afirmam que zoonoses são as doenças bacterianas, virais 
ou parasíticas transmissíveis entre humanos e outros animais vertebrados, e vice-versa, 
em condições naturais. A ocorrência de helmintos e protozoários em animais 
domésticos gera potencial zoonótico, porque esses animais dividem o convívio com o 
homem, principalmente cães e gatos, que estão presentes na sua vida, e suas fezes 
podem albergar uma série de parasitos de importância em saúde pública (MATESCO et 
al., 2006). O risco de transmissão de zoonoses é aumentada pela intensa movimentação 
transfronteiriça de animais em vias e praças públicas e sua presença em áreas de 
convívio e de residência, sem uma devida higienização, como ocorre em humanos 
(DEPLAZES et al., 2011). 
 
As infecções por helmintos e enteroprotozoários estão entre os mais frequentes 
agravos do mundo, pois quando o parasita está presente no seu hospedeiro, ele busca 
benefícios que garantam sua sobrevivência. De um modo geral, essa associação tende 
para um equilíbrio, pois a morte do hospedeiro é prejudicial para o parasito. As 
enteroparasitoses podem afetar o equilíbrio nutricional, pois interferem na absorção de 
nutrientes, induzem sangramento intestinal, reduzem a ingestão alimentar e ainda 
podem causar complicações significativas, como obstrução intestinal, prolapso retal e 
formação de abscessos, em caso de uma superpopulação, podendo levar o indivíduo à 
morte (COSTA, 1999). Reforçado por Barutzki e Schaper (2003) as enteroparasitoses 
podem causar diferentes sintomas clínicos, dependendo da espécie e quantidade de 
parasitos, sendo os sintomas mais comuns os gastrintestinais, como anorexia e perda de 
peso, anemia e desidratação e, em casos mais severos, deficiências do crescimento e até 
a morte. 
 
Pegoraro, Agostini e Leonardo (2011), afirmam que os principais parasitas com 
potencial zoonótico são os protozoários e helmintos do gênero Ancylostoma, 
Dipylidium, Giardia, Trichuris, Toxocara e Toxoplasma, que contaminam seu 
hospedeiro seja através da ingesta, penetração cutânea ou de forma transplacentária. 
 
Alves, Gomes e Silva (2005) afirmam que o conhecimento destes parasitas é 
importante, tanto pelo caráter zoonótico (para que medidas profiláticas para o seu 
controle possam ser adotadas) como pelos danos diretos que estes causam em seus 
hospedeiros. Assim, a possibilidade de transmissão para humanos, principalmente 
3 
 
crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas é evitada, visando uma boa qualidade 
de vida para humanos e animais. 
 
 Visto a notável importância das zoonoses para a saúde pública, o objetivo do 
presente trabalho é pesquisar e classificar, a partir de análise microscópica, quais os 
principais helmintos e protozoários com potencial zoonótico que podem ser encontrados 
em fezes coletadas de vias públicas, praças, calçadas, bancos de areia e terrenos, 
fazendo o levantamento de dados de sua frequência e ocorrência, quantificando-os, a 
fim de traçar um perfil de doenças zoonóticas e sua potencial infectividade e 
patogenicidade, tanto em animais quanto em humanos que com eles transitam, 
convivam e dividam o meio. 
 
 
2 MÉTODO 
 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa quantitativa com caráter analítico 
descritivo onde se avaliou a presença de ovos e larvas de helmintos e cistos de 
protozoários encontrados em amostras fecais colhidas de locais públicos da cidade de 
Blumenau/SC. 
 
O método utilizado foi o de sedimentação espontânea (Método de Hoffmann, 
Pons & Janer ou Lutz), devido ao seu amplo espectro na observação e identificação de 
espécies parasitas, além do seu baixo custo. 
 
 De acordo com Cimerman (2005),o princípio de sedimentação em água é 
utilizado para evidenciar ovos pesados de helmintos quando a sedimentação ficar por 
um período de tempo de no mínimo uma hora, e para os ovos leves e larvas de 
helmintos e cistos de protozoários quando a sedimentação for por um período de 24 
horas. 
 
A pesquisa foi realizada através da busca de fezes, num total de 98 amostras do 
meio ambiente, de forma aleatória (rua, calçada, parques, gramados, bancos de areia), 
conforme sua composição (fezes formadas, diarreicas ou secas), sendo coletadas com o 
auxílio de uma espátula de madeira estéril para cada amostra, acondicionadas em 
coletores individuais e também estéreis, respeitando-se um limite mínimo de 5 metros 
entre uma amostra e outra, para fins de não contaminação e identificadas por numeração 
nos coletores, e registrado num documento à parte com as seguintes informações: a) 
amostra #01 a #98; b) data, horário, local/endereço (bairro “x”, praça “y”); c) condição 
climática no momento da coleta; d) estado/condição da amostra. Essa coleta foi 
realizada entre o período de 19/11/2019 até 15/12/2019. Posteriormente, foi 
encaminhada ao laboratório de Parasitologia do Centro Universitário Leonardo da 
Vinci, armazenadas sob refrigeração, pelo período compreendido entre a coleta e o 
preparo do exame parasitológico de fezes (EPF). 
 
Segundo Cimerman (2005), a técnica de Hoffmann, Pons & Janer, ou Lutz é 
feita adicionando dois gramas de fezes em um béquer ou borrel contendo 5 ml de água, 
onde o material foi desintegrado e homogeneizado; em seguida, coou-se esta suspensão 
num recipiente cônico (copo de sedimentação), que deve ter uma peneira e uma gaze 
dobrada em quatro partes, adicionando água e deixando a amostra em repouso por um 
período entre 02 até 24 horas, onde houve a sedimentação. Para análise da amostra, 
utilizou-se uma pipeta de Pasteur, recolhendo do fundo do copo uma gota de sedimento, 
que foi colocado sobre uma lâmina de vidro, aplicando uma gota de lugol e colocando 
4 
 
uma lamínula sobre o mesmo, onde foi realizada análise e observação ao microscópio 
óptico, com ampliação da objetiva de 40x, visualizando-se duas lâminas para cada 
amostra. Os dados observados foram registrados em arquivo (foto) e feito comparação 
morfométrica para identificação dos achados. 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Com base na literatura científica, as espécies que possam provavelmente estar 
nas amostras de fezes em praças e vias públicas são parasitas pertencentes aos gêneros 
Ancylostoma, Dipylidium, Giardia, Trichuris, Toxocara e Toxoplasma. 
 
No presente estudo, das 98 amostras coletadas nas ruas de Blumenau-SC e que 
foram analisadas, 59 (60,20%) estavam contaminadas, sendo um número elevado, em 
relação ao resultado de Pegoraro, Agostini e Leonardo (2011), que fizeram um estudo 
sobre parasitas intestinais encontrados em fezes na região de Maringá, onde houve a 
prevalência de 38,0% de amostras contaminadas. Comparando ao estudo realizado por 
Brenner et al. (2005), que analisou 252 amostras fecais de cães e gatos nos municípios 
do Rio de Janeiro e Niterói, o resultado foi 32,14% de amostras positivas para parasitas 
intestinais com potencial zoonótico. Levando em consideração esses dados, são 
números significativos do ponto de vista médico e sanitário, pois a frequência 
apresentada de contaminação tem potencial zoonótico de infecção. 
 
 O helminto mais encontrado foi o Ancilostoma spp., presente em 34,69% (34/98) 
das amostras analisadas; Toxocara spp,, com incidência de 18,36% (18/98), seguido do 
protozoário Giardia spp.com 6,12% (6/98). Houve o aparecimento de ovos de Trichuris 
vulpis em 3,06% (3/98) das amostras, cistos de Entamoeba histolytica em 2,04% (2/98) 
e 1,02% (1/98) de cápsula ovígera de Dipylidium caninum. Houve o aparecimento de 
Fasciola hepática em 5,10% (5/98), que pode ter cães e gatos como hospedeiros de 
forma acidental, mas caso venha a parasitar o homem, causa a fasciolose, que pode 
causar um quadro clínico grave de saúde, conforme Silva et al. (2008). A Entamoeba 
histolytica pode causar em cães a colite hemorrágica (FRADE et al., 2017), e no 
homem, é um patógeno importante causador de morbi-mortalidade: a amebíase (SILVA 
et al, 2005) (QUADRO 1) e (FIGURA 1). 
 
QUADRO 1- PREVALÊNCIA DE ESPÉCIES DE ENTEROPARASITOSES ENCONTRADAS NAS 
AMOSTRAS FECAIS COLETADAS EM VIAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU-SC 
Espécie Amostras positivas 
(n=98) 
Porcentagem (%) 
Ancilostoma spp. 34 34,98 
Toxocara spp. 18 18,36 
Giardia spp. 6 6,12 
Trichuris vulpis 3 3,06 
Entamoeba histolytica 2 2,04 
Dipylidium caninum 1 1,02 
FONTE: Elaborado pelos autores (2020) 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 1- PREVALÊNCIA DE ESPÉCIES DE ENTEROPARASITOSES ENCONTRADAS NAS 
AMOSTRAS FECAIS COLETADAS EM VIAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU-SC 
 
FONTE: Elaborado pelos autores (2020) 
 
 Além de amostras positivas com uma espécie parasita, ocorreu o aparecimento 
de associação parasitária dupla em 12 amostras (12,24%) e também associação 
parasitária tripla em 01 amostra (1,02%), configurando assim, um maior risco de 
propagação de zoonoses (QUADRO 2). 
 
QUADRO 2- PREVALÊNCIA DE ASSOCIAÇÃO PARASITÁRIA ENCONTRADAS NAS 
AMOSTRAS DE FEZES COLETADAS EM VIAS PÚBLICAS DE BLUMENAU-SC 
Associação parasitária Quantidade Porcentagem (%) 
Dupla 12 12,24 
Tripla 01 1,02 
FONTE: Elaborado pelos autores (2020) 
 
 Nas amostras de fezes coletadas nas vias públicas de Blumenau-SC, 34,69% das 
amostras analisadas são positivas para Ancilostoma spp., sendo um número menor do 
que o encontrado por Júnior, Araújo e Medeiros (2015), que nas ruas de Natal-RN 
encontraram em vias públicas cerca de 45% de amostras contaminadas, do total das 60 
amostras de fezes coletadas. Já Rocha, Weber e Costa (2019), registraram um número 
excessivamente alto, com 72,10% de amostras parasitadas com ovos e larvas de 
ancilostomídeos. Castro e Santos (2006) realizaram um estudo no qual a maior 
prevalência foi de Ancilostoma spp., com a presença de 10,84% de amostras 
contaminadas; índices superiores e inferiores com a presença de amostras positivas de 
Ancilostoma spp .tem sido verificado em alguns estudos em cidades brasileiras, tais 
como os de Leite et al. (2006), com 11,30% de contaminação, de Stalliviere et al. 
(2013), que encontrou 12,20% ; em praias de Laguna-SC, Blazius et al. (2005) teve 
como resultado 37,93% das suas amostras com ovos e larvas de ancilostoma, um 
resultado próximo ao encontrado por Guimarães et al. (2004), que coletou solo de 
creches e escolas, positivando 33,3% das amostras. 
 
De acordo com Santarém, Giuffrida e Zanin (2004), a Larva Migrans Cutânea, é 
uma enfermidade que tem sido registrada em diversos países, sendo muito frequente em 
regiões litorâneas, e no Brasil, é causada pelo Ancilostoma braziliense que, conforme 
6 
 
Capuano (2006), parasita o intestino delgado de cães e gatos e o A. caninum encontra-se 
apenas no intestino delgado de cães. 
 
 De acordo com Neves (2011), essa síndrome pode ser denominada como 
dermatite serpiginosa, dermatite pruriginosa, mas também conhecida popularmente 
como “bicho geográfico”. Segundo Ré et al. (2011), pelo fato do ser humano não ser um 
hospedeiro habitual ocorre uma “localização errática do verme”, pois ele não consegue 
realizar seu caminho habitual, que seria encontrar a circulação sanguínea, dirigindo sem 
rumo pelas camadas superficiais da pele. De acordo com Rey (2010), a larva migrans 
cutânea é encontrada em todo mundo, sendo um problema frequente em praias e 
terrenos arenosos poluídos com fezes animais, onde o calor e a umidade favorecem o 
desenvolvimento das larvas até o estágio infectante. Santarém, Giuffrida e Zanin (2004) 
relatam que a infecção por larva migrans cutânea ocorre com o contato direto da larva 
infectante (L3) com a pele do ser humano, que após a penetração da epiderme,migram 
pelo tecido subcutâneo ocasionando reações inflamatórias, caracterizadas por intenso 
prurido e erupções de aspecto serpiginoso, sendo frequente em membros inferiores. 
 
A presença de Dipilidium caninum, foi de 1,02% de positividade (1/98), número 
próximo ao encontrado por Evaristo et al. (2018), que encontraram 1,61% de amostras 
contaminadas com esse parasito, de fezes coletadas de praças públicas de Pedro Osório 
e Serrito-RS. De acordo com Rodrigues, Alencar e Medeiros (2016), na literatura o D. 
caninum é o cestódeo mais comum em cães e com incidência baixa. Lima et al. (2014) 
foram de encontro à essa afirmação, pois encontraram um número um maior e uma 
prevalência de 24,7% de amostras contaminadas nas fezes de cães residentes do 
município de São Cristóvão-SE. 
 
Conforme Lemos e Oliveira (1985), Dipylidium caninum é um parasito habitual 
do intestino delgado do cão e que eventualmente tem sido observado também no 
homem, sendo que inquéritos sobre a incidência de helmintos causadores da dilipidiose 
varia entre 46 a 80% em algumas localidades brasileiras. Segundo Rodrigues, Alencar e 
Medeiros (2016), a dipilodiose é uma doença parasitária em que o Dipylidium caninum, 
em sua forma adulta infecta o intestino delgado de cães, felinos e acidentalmente o 
homem, tendo os hospedeiros intermediários as pulgas e piolhos carregando em sua 
cavidade geral o parasito no estádio larval. Os cães ingerem o hospedeiro intermediário 
infectado com larvas cisticercoides, contraindo a doença, e eliminando proglotes 
grávidas (que possuem forma de semente de pepino) nas fezes, onde as proglótides que 
estão no ambiente são consumidas por larvas de pulgas. Neves (2011) afirma que esse 
helminto mede de 15 a 20 centímetros por 03 milímetros de diâmetro, com rosto retrátil, 
armado com quatro fileiras de ganchos. Suas proglotes se assemelham a sementes de 
abóbora, e seus ovos estão contidos dentro de uma cápsula ovígera, podendo 
compreender cerca de 20 ovos em cada cápsula. 
 
Cistos de Giardia spp. estiveram em 6,12% (6/98) das amostras analisadas, 
sendo um número relativamente baixo, em relação ao que Bartmann e Araújo (2004) 
encontraram (38% de amostras positivas), ao analisar 526 amostras de fezes de cães de 
clínicas veterinárias em Porto Alegre-RS e também em relação a um estudo realizado no 
Hospital de Clínica Veterinária de Blumenau (HCVB), onde Kipper et al. (2018) 
detectaram cistos em 33,3% das 99 amostras de fezes de cães coletadas. O número do 
presente trabalho também difere em relação ao de Mundim et al. (2003), que coletaram 
fezes em canis de Uberlândia-MG, com resultado positivo para Giardia spp. em 41,0% 
das amostras; Beck et al. (2005) encontrou positividade em 40,96% das amostras 
coletas de canis e 27,11% em amostras coletadas de cães de rua; Silva e Araújo (2013) 
7 
 
também encontrou amostras positivas em cães de rua (20%) e em cães com 
proprietários (16,89). 
 
 A Giardia spp. causa giardíase e assim, em animais jovens e humanos diarreia 
intermitente com comprometimento da digestão e absorção de alimentos, o que causa 
desidratação, perda de peso e morte, tem despertado grande interesse de pesquisadores, 
possivelmente por seu potencial zoonótico (Mundim et al., 2002). A Giardia spp. é um 
organismo simples, com características básicas das células eucarióticas (NEVES, 2011); 
de acordo com Adam (2001), o microrganismo que causa giardíase apresenta o estágio 
de trofozoíto (forma vegetativa que adere às microvilosidades intestinais) e cisto (forma 
infectante, pode permanecer e persistir no ambiente em diversas condições). 
 
Conforme Bowman et al. (2006), os cistos infectantes são originados pelos 
trofozoítos antes de serem eliminados nas fezes. Os trofozoítos tem forma de lágrima, 
com a face anterior comprimida, possuindo dois núcleos com endossoma, fazendo-o 
parecer uma raquete de tênis. Wenyon (1965) descreve o cisto o apresentando-o como 
uma forma elíptica e oval, que é protegido por uma parede espessa e rígida e possuindo 
duas membranas internas. Thompson & Monis (2004) afirma que a transmissão se inicia 
pela ingesta de cistos que estão presentes na água, em alimentos contaminados ou em 
fezes infectadas; também pode ocorrer a transmissão direta através da via fecal-oral, de 
animal para animal ou de animal para o homem (ADAM, 2001). 
 
 Apesar do Trichuris vulpis não ter muita relevância zoonótica, houve o 
aparecimento de ovos de t. vulpis em 3 amostras (3,06%), fazendo associação 
parasitária com Ancilostoma spp. e Toxocara spp, assim como observado por Quadros 
et al. (2014), que encontraram em seu estudo sobre co-infecçao parasitária, associação 
em 5,22% das amostras. 
 
 No município de Ribeirão Preto-SP, Capuano e Rocha (2006) encontraram 
amostras positivas para t. vulpis em 15,7% das fezes coletadas em vias públicas; número 
superior foi encontrado por Pasqua e Pedrassani (2012), que detectaram 48,5% de 
amostras positivas em fezes de cães internados no Hospital Veterinário da Universidade 
do Contestado em Canoinhas - SC; número próximo ao encontrado em Blumenau-SC 
foi verificado no estudo de Maestri et al. (2012), que teve positividade em 2,2% das 
amostras de cães de clínica veterinárias, mas número superior em amostras de grupos de 
cães não assistidos (20,0%). 
 
De acordo com Longo et al. (2008), a tricuriose é muito comum em cães, sendo 
geograficamente muito abrangente, principalmente em locais de clima quente e úmido, 
mas não possui uma importância muito relevante como zoonose. 
 
Vasconcellos, Barros e Oliveira (2005) afirmam que as infestações de Trichuris 
vulpis causam anemia e diarreia, podendo haver infecções secundárias por bactérias 
devido às lesões provocadas por esses helmintos. E Rey (2010) afirma que o homem é o 
único hospedeiro do T. trichiura; além dessa espécie, há vários outros parasitas de 
diferentes mamíferos que, embora sejam morfologicamente muito próximas e 
praticamente indistinguíveis, são biologicamente diferentes devido à sua acentuada 
especificidade parasitária, sendo o T. vulpis, do cão; T. suis, do porco; T. ovis, da ovelha 
e do boi, além de outros, não havendo caráter e relevância zoonótica. 
 
De acordo com Sadjjadi e Zibaei (2017), a Larva Migrans Visceral e a Larva 
Migrans Ocular são as síndromes causadas após a ingestão de larvas de Toxocara spp, 
8 
 
que afeta, respectivamente vísceras e olhos. Em Blumenau-SC, no presente estudo, foi 
verificado um razoável número de ovos desse parasita, com 18,36% do de contaminação 
das amostras analisadas. Assim como o ancilostomídeo, a presença de Toxocara spp. 
tem sido frequente em diversos estudos, como os de Junior, Araújo e Medeiros (2015), 
que encontrou 3,3% de amostras contaminadas em fezes coletadas em vias públicas, 
assim como Mergener et al. (2013), que encontrou 11,1% de contaminação em amostras 
de cães errantes (cães de rua). Já Leite et al. (2004), detectou 1,89% de positividade 
para este parasito, em amostras de cães domiciliados. Estudo realizado em três parques 
públicos de Porto Alegre-RS, Mentz et al. (2004) encontrou um número alto de 
positividade das amostras coletadas (77,7%); a alta prevalência de parasitas zoonoses 
pode ser encontrada nas mais diversas cidades do Brasil, como em Monte Negro-RN, 
onde Labruna et al. (2006) encontraram 18,9% de amostras contaminadas por toxocara 
canis, sendo um valor um pouco superior ao encontrado por Blazius et al. (2004), que 
em amostras de fezes coletadas das praias de Itapema-SC, teve positividade em 14,5% 
de 158 amostras analisadas. 
 
De acordo com Moraes (2008), o Toxocara canis é um parasito cosmopolita do 
cão, que produz doença comparável à ascaridíase humana e toxocara cati (do gato), tem 
sido encontrado parasitando o intestino do homem, como parasito transviado, sendo 
capazes de produzir a Larva Migrans Visceral. Mota et al. (2016) afirmam que ela é 
uma zoonosefrequente em crianças, principalmente por causa da geofagia, sendo 
transmitida pela ingesta de ovos do parasita presente no solo, e Tomoda et al. (2018) 
afirmam que a infecção é causada pela ingestão de ovos larvados de T. canis e T. cati, 
presente em alimentos e solo contaminados, e quando cães e gatos defecam em locais 
públicos, acabam contaminando esses ambientes. Ovos, após serem ingeridos, suas 
larvas eclodem no intestino e conseguem migrar para qualquer região do corpo do 
homem, causando alterações nesses locais, sendo eles o cérebro, o fígado, pulmões e 
olhos. 
 
Nas amostras coletadas, não foram encontrados formas infectantes da espécie 
Toxoplasma gondii, o que não significa que não haja o potencial zoonótico dos animais 
da cidade de toxoplasmose. Em estudo realizado em uma cidade do Nordeste por 
Câmara, Silva e Castro (2015) utilizaram a técnica de ensaio imunoenzimática (ELISA) 
em 516 gestantes, na qual 77,9% apresentaram sororeatividade para toxoplasmose. 
Souza et al. (2017) realizaram estudos em felinos, onde houve prevalência de anticorpo 
IgG anti-T gondii, com 29,0% de positividade da população analisada, assim como 
Garcia et al. (1998), que analisaram163 soros d felinos, encontrando 73% amostras 
reagentes, e das 189 das amostras caninas 84,1% foram reagentes. Em estudo com 101 
pessoas em Xanxerê-SC, Silva, Figueiredo e Freitas (2015), através de imunoensaios, 
detectaram IgG-anti-toxoplasma em 71% das amostras. Em Lages-SC, a taxa de 
infecção de cães observadas através de sororreagentes foi de 26%, e a de Balneário 
Camboriú-SC, também observado em cães, foi de 18,5%, de acordo com Moura et al. 
(2009). 
 
Essa soropositividade mostra a alta prevalência de animais domésticos 
infectados nessas cidades, fazendo-se necessário e de grande importância realizar outras 
abordagens na detecção e prevenção da toxoplasmose em animais domésticos e errantes 
no município de Blumenau-SC, sendo o ensaio imunoenzimático (ELISA), o ideal. 
 
Cimerman (2005) afirma que o T. gondii é um protozoário parasita intestinal de 
felídeos e de uma grande gama de hospedeiros intermediários animais de sangue quente, 
incluindo neles, o homem. Neves (2011) afirma que a toxoplasmose é uma zoonose e a 
9 
 
infecção é muito frequente em várias espécies de animais, tendo o gato como 
hospedeiro definitivo ou completo, e o ser humano e outros animais os hospedeiros 
intermediários ou incompletos. Sua transmissão realiza-se por vários mecanismos e 
modalidades de infecção: via oral, via respiratória, via mucosa, via genital, via 
transplacentária, via cutânea, por transmissão mecânica por artrópodes, ou transmissão 
biológica por outros artrópodes (MORAES, 2008), sendo um parasita em relação ao 
hospedeiro humano de alta infectividade (manifestação aguda severa) com baixa 
patogenicidade (produção de cistos em diversos tecidos), mas que gera cronicidade 
(CIMERMAN, 2005). 
 
De acordo com Neves et al. (2011), por sua baixa patogenicidade, o toxoplasma 
persiste na fase crônica, sendo assintomático, representando um grande problema de 
saúde, principalmente para mulheres grávidas e o feto (transmissão transplacentária) e 
indivíduos imunocomprometidos. 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A partir do resultado dos dados analisados, conclui-se que há uma alta 
prevalência de animais infectados com zoonoses no município de Blumenau-SC, 
tornando-os vetores e agentes contaminantes de vias públicas sendo, muitas vezes 
negligenciadas pela saúde pública, mas que, ainda sim, tem extrema relevância, 
fazendo-se necessário medidas profiláticas e sanitárias, a fim de diminuir o potencial de 
infecção, visto que mais da metade (60,20%) das amostras coletadas e analisadas 
testaram positivo para algum tipo de zoonose parasitária. Medidas de prevenção e 
tratamento podem ser adotadas, tais como: vacinação periódica em massa de cães e 
gatos; proposta de controle populacional (quantificação) de animais domésticos e 
errantes; o uso consciente e regular de vermífugos; a realização de pesquisa periódica e 
controle de enteroparasitoses intestinais pelos agentes públicos, para fins de 
monitoramento e estudo (registro); e por fim, a conscientização social da coleta eficaz 
de dejetos dos animais em ruas e praças públicas, com a finalidade de reduzir e 
restringir o potencial de infecção humana e de animais nesses ambientes. Em relação ao 
Toxoplasma spp., a sua pesquisa a partir de métodos coproscópicos revela-se 
ineficiente, pois gatos (principal hospedeiro do parasito) tem o hábito de esconder suas 
fezes, tornando a pesquisa pelos mesmos menos acessível. Sendo assim, sugere-se 
realizar a pesquisa do agente causador da toxoplasmose a partir de exames sorológicos, 
tanto em pessoas como nos animais, mapear a sorologia positiva e buscar diminuir 
casos e causas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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