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Petição Usucapião Urbana

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ(A) DE DIREITO DA _ VARA CIVEL DA COMARCA DE CASCAVEL - ESTADO DO PARANA
JOÃO SANTANA, brasileiro, solteiro, zelador, inscrito no RG n.º000.000.000-0, CPF n.º 000.111.222-44, endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua Diamante n.º12, Angra dos Reis, Cascavel-PR, por intermédio de seu advogado, com endereço profissional à...e endereço eletrônico..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 183 da Constituição Federal C/C art. 1240 do Código Civil C/C art. 9º da Lei 10.254/2001, propor
AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA
Em face de PEDRO VENANCIO, brasileiro, viúvo, mestre de obras, inscrito no RG n.º 1111111111, CPF sob n.º 555.666.777-88, endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Linha curva branca, Marechal Cândido Rondon-PR.
I – DOS FATOS
	Na data de 15 de março de 2011 o autor adquiriu, pela importância de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), mediante contrato particular de cessão de direitos possessórios, firmado com a pessoa de Maria da Silva, a posse do imóvel urbano com benfeitorias de matrícula n.º 123456, 2º Serviço de Registo de imóveis da Comarca de Cascavel, quadra 36, localizado na Rua Diamante, n.º 12, Angra dos Reis, Cascavel-PR, tendo sua metragem de 240 m² e suas confrontações: leste para Rua Topázio; Oeste para Rua Jaspe; Norte para Rua Diamante; e, Oeste para Rua Rubi, constando no Cartório do Registro de Imóveis como proprietário o Sr. Pedro Venâncio, ora requerido.
	Pois bem, no instrumento foi pactuado entre as partes que o requerente, de imediato, tomaria sua posse e recairia sobre si os encargos de pagamento dos tributos acerca do imóvel, tais como, taxas, IPTU, dentre outros. Desse modo, possuindo o animus domini, buscando constituir sua moradia definitiva no imóvel.
	O proprietário, Sr. Pedro Venâncio, nunca apareceu, ou se quer intentou por qualquer meio, reivindicar quaisquer direitos sobre o bem imóvel, configurando-se a posse mansa, pacífica e ininterrupta do requerente, desde o seu início.
II – DO DIREITO
2.1 Dos requisitos da usucapião
	De acordo com o disposto na Constituição a propriedade privada somente se justifica legítima na medida em que cumpre sua função social, atendendo às exigências fundamentais expressas no plano diretor, conforme art. 182, § 2º da CF. Conforme exposto pelo doutrinador Luiz Gonçalves: 
[...] a propriedade, embora seja perpétua, não pode conservar este caráter senão enquanto o proprietário manifestar a sua intenção de manter o seu domínio, exercendo uma permanente atividade sobre a coisa possuída; a sua inação perante a usurpação feita por outrem, durante 10, 20 ou 30 anos, constitui uma aparente e tácita renúncia ao seu direito. De outro lado, à sociedade interessa muito que as terras sejam cultivadas, que as casas sejam habitadas, que os móveis sejam utilizados; mas um indivíduo que, durante largos anos, exerceu esses direitos numa coisa alheia, pelo seu dono deixada ao abandono, é também digno de proteção. (CUNHA GONÇALVES, Luiz da, 1952, p. 207 – 208).
Sobre o tema, também versa o professor Fábio Ulhoa (2012) o que segue sobre a usucapião: 
Na usucapião, o possuidor adquire o direito de propriedade sobre a coisa possuída, enquanto o seu antigo titular o perde. O objeto da prescrição, contudo, varia segundo seja extintiva ou aquisitiva: naquela, extingue-se a pretensão do sujeito prejudicado pelo passar do tempo; nesta última, o sujeito beneficiado pelo transcurso do tempo adquire o direito de propriedade. 
Desse modo, nítida é a legitimidade do advento da usucapião, desde que cumpridas as determinações constantes no art. 183 da CF, em seu capitulo sobre Política Urbana; o art. 1240 do Código Civil e art. 9º a 14º da Lei 10.257/01, vide Estatuto da Cidade, requisitos esses, quais sejam:
a) Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados: o imóvel em discussão possui a área de 240 m², conforme documento comprobatório anexo, a planta do imóvel.
b) Pelo prazo de cinco anos: ora, conforme narrado anteriormente, o autor reside no imóvel desde o ano de 2011 até recentemente, em 2019, com posse caracteriza pelo animus domini, intentando o domínio sobre o imóvel;
c) ininterruptamente e sem oposição: em nenhum momento houve interrupção de qualquer pessoa, a fim de reivindicação de direitos sobre o bem, caracterizando posse mansa, pacífica e ininterrupta;
d) utilizando-a para sua moradia ou de sua família: o autor utiliza o imóvel como sua moradia permanente;
e) adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural: o possuidor não é proprietário de quaisquer outros imóveis, seja urbano ou rural, bem como não foi beneficiado por usucapião anterior, conforme certidões emitidas por Cartórios de Registro de imóveis e declaração atestando a inexistência de propriedade de outro imóvel.
Ainda, para maior segurança e embasamento da tese, expõe
2.2 Dos confinantes 
 	Dispõe o Código de Processo Civil acerca das intimações e citações, especificamente no que diz respeito aos confinantes que: 
Art. 246. A citação será feita: § 3o Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada.
	Desse modo, se faz necessária tal medida, a fim de que sejam citados os confinantes: Alice Morais; Jeremias Silvério e Marta Fernandes, domiciliados à...
2.3. Da qualificação do imóvel
 	Trata-se do seguinte imóvel urbano com benfeitorias: matrícula n.º 123456, 2º Serviço de Registo de imóveis da Comarca de Cascavel, quadra 36, localizado na Rua Diamante, n.º 12, Angra dos Reis, Cascavel-PR, tendo sua metragem de 240 m² e suas confrontações: leste para Rua Topázio; Oeste para Rua Jaspe; Norte para Rua Diamante; e, Oeste para Rua Rubi, constando no Cartório do Registro de Imóveis como proprietário o Sr. Pedro Venâncio, ora requerido.
III – PEDIDOS
	Diante o supracitado, requer-se à Vossa Excelência o que segue:
a) Seja recebida e autuada a presente ação, em todos os seus termos;
b) Seja citado o réu para, querendo, contestar a presente, na obrigatoriedade de comparecer as audiências de conciliação e instrução/julgamento, bem como apresentar contestação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
c) Requer se digne Vossa Excelência a determinar a citação dos confiantes para, querendo, discutam acerca da área do imóvel, nos termos do art. 246 CPC;
d) Que seja expedido mandado de averbação a fim de registar em cartório a posse do autor quanto ao imóvel em discussão;
e) Pugna pela intervenção do Ministério Público, conforme estipulado no §1º do art. 12 da Lei 10.257/01; 
f) A intimação para que se manifestem na causa, os representantes da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e Municípios;
g) Requer, ainda, que, ao final seja julgada totalmente procedente a demanda, condenando o réu à transferência da propriedade do imóvel;
h) Condenação do réu ao pagamento dos honorários e custas processuais.
Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente a prova documental e testemunhal.
Dá-se à causa o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).
Cascavel, 28 de março de 2019
Advogado
OAB/XX
QUESTÕES:
1) Nulidade absoluta consiste em um vício irreparável no processo, não é passível de convalidação por se tratar de matéria de ordem pública, sendo imprescindível ao processo e possível de ser decretada de ofício pelo magistrado, a qualquer tempo. Ex: citação inválida do réu. Quanto à nulidade relativa, também sendo encontrada como nulidade “não cominada” ou “sanável” e, ao oposto da nulidade absoluta, não pode ser decretada de ofício pelo juiz, exigindo sempre provocação da parte no momento processual adequado, convalidando-se sem haver a provocação.
Dispõe o CPC sobre o tema em seus artigos: 
Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenandoas providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados.
§ 1o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.
§ 2o Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta
2) B: I e II apenas.

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