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CURSO DE PSICOLOGIA COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO PROFESSOR (A): RENILZA REIS CALDAS ALUNO (A): ADRIANA MELLO DELFINO RESENHA CRÍTICA: CAPÍTULO UM DA OBRA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO INTRODUÇÃO: O que é a Psicologia do Desenvolvimento. In: RAPPAPORT, Clara Regina; FIORI, Wagner da Rocha; DAVIS, Cláudia. Psicologia do Desenvolvimento: Teorias do Desenvolvimento - Conceitos Fundamentais. 7. ed. São Paulo: E.P.U, v. 1, 1981. cap. 1, p. 1-10. Adriana Mello Delfino Muitos de nós já ouvimos pessoas mais velhas dizerem que, quando eram crianças ou adolescentes, a forma como eram tratadas era bem diferente de hoje em dia. E isso é verdade. As relações das famílias com as crianças sofreram grandes transformações com o passar do tempo, sendo que a forma como compreendemos a infância e a adolescência hoje é bem recente. Segundo a obra apresentada, até o século XX, as crianças eram tratadas como 'pequenos adultos', sendo vistas muitas vezes como substituíveis, e como seres produtivos que tinham uma função utilitária na sociedade, especificamente economia familiar. Não só realizavam todo tipo de tarefas como também participavam de atividades de adultos, inclusive orgias e enforcamentos em praça pública. A disciplina também era agressiva, o que só passou a se modificar a partir do estudo científico mais profundo da criança, ainda neste século. Felizmente, a ciência do comportamento infantil foi aos poucos se desenvolvendo, e possuía o objetivo, primeiramente, de descrever os comportamentos típicos de cada faixa etária e organizar extensas escalas de desenvolvimento, de forma que se pudesse medir e comparar esses dados. Dessa forma, a psicologia infantil se mostrou importante à medida que descreve, explica e relaciona os eventos e fenômenos ocorridos na infância com comportamentos que surgem na vida adulta, o que se dá através de pesquisa e coleta de dados. Ao estudar e identificar diferentes aspectos das fases da vida, a Psicologia do Desenvolvimento apoia a construção e aperfeiçoamento do indivíduo em cada uma delas. É fácil imaginar, em vista disso, que o profissional desta área pode trabalhar em diferentes frentes, como uma vasta área de atuação, da qual destacamos a interferência na educação. Não obstante a sua importância, essa é ainda uma área nova e pouco explorada na ciência, cujos métodos apresentam consideráveis falhas, que podem afetar a validade e credibilidade dos dados obtidos. Esses procedimentos possuem sérias limitações, pois não permitem ao pesquisador ter uma visão adequada do processo como um todo. Alguns trabalhos aproveitaram métodos de investigação usados em estudos clínicos e explorações da personalidade humana, como as entrevistas e os questionários. Esses, no entanto, acabam por sofrer influências de expectativas sociais e tabus, assim como diversas outras variáveis que não se pode prever. Uma outra oscilante que pode interferir no processo de compreensão do desenvolvimento é o nível sócio-econômico-educacional do indivíduo. Nesse rol de dispositivos também entram como exemplo a observação naturalística e o método situacional, que também apresentam graves distorções. Os autores, concluem, então, visto que os métodos tradicionais manifestam falhas e os novos são apenas testes, que apenas com o progresso na área de pesquisas e a ponderação exigente às metodologias, pode-se chegar a um método mais preciso e exato. Complementamos, portanto, que o método, não há dúvida, é cientificamente frágil. Fugindo, muitas vezes, ao controle, à medida e à quantificação. Entretanto, um mérito não se lhe pode negar, valioso do ponto de vista histórico. Ao contrário de se buscar a explicação apenas em um posicionamento racional, procura-se antes de tudo descrever ou classificar o que se vê, ou como se vê. E se explicar, partindo-se do que se vê, embora essa explicação seja ainda muitas vezes ingênua. Uma solução proposta, que serve para todas as áreas do conhecimento, seria basear conclusões em múltiplos estudos sobre o mesmo tema, para aumentar sua credibilidade. Ademais, é inegável a importância da Psicologia do desenvolvimento no trabalho tanto com crianças, como adolescentes e adultos, visto que possibilita a compreensão da construção do indivíduo em sua cultura, e possíveis desajustes que podem ocorrer durante esse processo, que podem resultar em problemas emocionais, sociais e distúrbios. A partir disso encontram-se uma série de aplicações práticas, na escola, na clínica, na assistência social, na medicina, na área acadêmica, familiar e mais, contribuindo assim, com um novo olhar para a sociedade.