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Geração do conhecimento nas organizações A importância da gestão do conhecimento As quatro formas de conversão do conhecimento: socialização, externalização, combinação e internalização Fases do processo de criação do conhecimento Unidade 1 - Dialética entre Conhecimento Tácito e Explícito #115143758 #115143757 #115143759 #115143760 Geração do conhecimento nas organizações https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=Zd4Ht/k9emm4A6tkYZf51Q== Geração do conhecimento nas organizações Dialética entre conhecimento tácito e explícito | Tópico 2: Geração do conhecimento nas organizações Por mais que o contexto da inovação seja um desafio para a gestão das organizações, principalmente no começo, pois envolve o estabelecimento e a implementação do modelo de gestão, há diversos benefícios que precisam ser considerados. Afinal, se a empresa deixar de inovar, ela está escolhendo seguir um caminho que pode ser curto. No entender de Prahalad e Krishnan (2008, p. 2), “para serem bem-sucedidos na gestão da inovação, os gestores devem ser singulares na abordagem à inovação e na mobilização da organização. O novo jogo é sobre mais eficiência e mais inovação”. Já Tidd, Bessant e Pavitt (2008) vão mais além e consideram que a inovação deve ser um processo central para a organização. Dessa forma, é possível compreender que a inovação orienta e influi as ações da gestão do conhecimento e a gestão de pessoas, bem como a infraestrutura organizacional e a tecnologia. Capítulo 1 de 1 Geração do conhecimento nas organizações Em administração, há a teoria contingencial, a qual compreende que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. Dessa forma, ao se pensar em gestão, é necessário considerar os aspectos externos e internos. Nesta disciplina, serão enfatizados os fatores referentes à empresa. A começar pela estrutura organizacional, é válido verificar o que esse conceito compreende. De acordo com Daft (1999 p. 31), a estrutura organizacional indica subordinações, o agrupamento de pessoas em departamentos e inclui o projeto de sistemas que garante comunicações eficazes, além de coordenação e integração entre os departamentos. Para Mintzberg (2003, p. 12), a estrutura organizacional é definida como “a soma total das maneiras pelas quais o trabalho é dividido em tarefas distintas e, depois, como a coordenação é realizada entre essas tarefas”. Nesse tocante, Terra (2012) traz contribuições relevantes sobre a estrutura organizacional para empresas inovadoras. Para ele, organizações com estruturas mais flexíveis possuem melhores aproveitamentos da competência e da experiência das pessoas, assim como de sua articulação para projetos de inovação. Isso se compara com empresas de estruturas rígidas e funcionais – inspiradas nos modelos da era industrial – as quais possuem dificuldade para se reorganizar e formar equipes ad-hoc (para esta finalidade), já que, nessas organizações, as mudanças envolvem alto grau de formalismo e descrição detalhada de cargos. Nas organizações inovadoras, a estrutura formal e os cargos possuem menos importância do que a experiência e o conhecimento efetivo das pessoas, pois, para essas organizações, as competências das pessoas dizem mais do que o cargo que elas ocupam. Nesse aspecto, usufruem de equipes multidisciplinares e estruturas matriciais com pessoas que podem ser tanto de dentro da empresa quanto Além da estrutura organizacional, uma empresa requer uma combinação de habilidades especializadas, como também conhecimentos, que são representados pelos seus especialistas. de fora. Assim, a estrutura mais horizontal facilita o desempenho das atividades, bem como o fluxo do conhecimento, que permite cooperação e coordenação entre departamentos na estrutura organizacional (TROTT, 2012). Ainda com relação à estrutura organizacional, Geisler e Coral (2009) trazem a contribuição de uma articulação da inovação na empresa por meio de dois componentes básicos: um núcleo operacional com responsabilidades de sistematização de informações, a integração entre as áreas da empresa, a interação com parceiros e mercado e o gerenciamento da carteira de projetos; e o comitê estratégico, com a função de aprovar as ideias e os projetos e viabilizar as ações de inovação na empresa. Destaca-se que, ao unir a proposta do núcleo operacional, o comitê estratégico e a adoção de equipes multifuncionais, é possível ter uma estrutura organizacional voltada para a inovação por meio de articulações extra departamentais, o que propicia flexibilidade e agilidade para as ações e os processos organizacionais. Assim, além da estrutura organizacional, uma empresa requer uma combinação de habilidades especializadas, como também conhecimentos, que são representados pelos seus especialistas. Não se trata apenas da participação de profissionais ligados ao P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), embora sejam de suma importância, mas também do marketing, da contabilidade, do financeiro, da produção, enfim, das outras áreas organizacionais que fazem parte do negócio. Essa natureza híbrida fornece à organização a capacidade de compreender assuntos de diversas áreas de conhecimento. Para Trottt (2012, p. 90), “a capacidade de administrar essa diversidade de saberes e competências constitui o cerne do processo de inovação”. Em outras palavras, é importante orquestrar o trabalho em equipe na organização para ter condições de se sobressair no mercado competitivo e globalizado. Nesse tocante, embora a ênfase em eficiência seja importante, é necessário que a organização ceda espaço à criatividade, que adote técnicas que estimulem o trabalho dos profissionais e que ofereça um espaço físico para que pessoas possam dedicar parte do seu tempo para a geração de ideias. Se, por um lado, é importante que a organização seja criativa, por outro, as pessoas que a compõem também precisam pensar e agir de forma criativa. Quais seriam as qualidades dessas pessoas? Kneller (1978) e King e Anderson (1995) fizeram diversos estudos, e Terra (2000) apresenta uma síntese das características mais comuns: FIGURA 04 – Características do criativo tolerância para a incerteza e ambiguidade;1 autoconfiança;2 atitude não convencional;3 originalidade;4 motivação intrínseca;5 inteligência acima da média;6 determinação para o êxito;7 humor;8 inconformismo.9 Fonte: Elaborado pelo autor FIGURA 05 – A ocorrência de ideias no sistema produtivo Fonte: Elaborado pelo autor João, que trabalha em uma empresa de criação de quadros de bicicleta, está com um problema para resolver. Precisa criar um produto que atenda ao cliente e aumente as vendas de sua empresa, mas sua empresa insiste em querer fabricar um quadro de bicicleta de maneira tradicional muito parecido com aqueles produzidos por todos os outros concorrentes, que são muitos. Então, João teve um insight, uma ideia de criar um quadro de bicicleta totalmente novo, capaz de ser diferente e melhor que todos os outros concorrentes. Mas ao apresentar sua ideia para seu líder, A lista é relativamente grande, mas isso não significa que, para uma pessoa ser considerada criativa, tenha que apresentar todas essas características. Sir Ken Robinson, um renomado estudioso sobre criatividade, costuma defender que a paixão que uma pessoa possui pelo que faz é um grande diferencial, permitindo-a ter mais criatividade. Além disso, é importante não generalizar, pois essas são as qualidades mais recorrentes. No entanto, em virtude de sexo, faixa etária, formação e ocupação profissional, pode haver variações ou outras características. Logo, é possível compreender que a criatividade anda de mãos dadas com a inovação, já que a inovação, geralmente, acompanha ou decorre de uma ideia criativa. Para inovar, é necessário ter um ambiente organizacional propício, e isso reforça a importância das organizações investirem em ambiente,cultura e modo de gestão que estimulem a criatividade, a fim de ter produtos e/ou serviços inovadores e que agreguem valor à organização. Além disso, conforme Terra (2012), para ter inovação, é necessário um trabalho coletivo por parte da organização, que mobilize e articule os recursos organizacionais para gerar resultados concretos no mercado. Outro ponto importante da dimensão organizacional são as contribuições que o avanço da informática tem oferecido às empresas. Essas contribuições são inegáveis, já que, por meio delas, é possível encontrar conhecimento onde antes havia apenas certa quantidade de dados e informações. Alguns exemplos de aplicações da informática são: “a internet, novas interfaces gráficas, técnicas como data mining (encontro de relações não evidentes entre variáveis), information farming (uso de computador como espaço pessoal para obtenção de informações) e knowledge-based search systems” (TERRA, 2002, p. 149). recebeu a seguinte resposta: este seu desenho não parece ser o que os clientes querem. O que fazer diante de uma situação desta? No cotidiano das empresas, é possível observar que, a cada dia, um novo evento vivenciado produz experiências que podem ser úteis no Entretanto, Terra (2002) salienta que há de se destacar o fator humano nesse cenário, ou seja, a associação entre tecnologia de informação e gestão do conhecimento que está relacionada ao uso de sistemas de informação. Para Davenport (2006, p. 85), uma alternativa “é integrar o conhecimento ao próprio fluxo do processo de trabalho”. Partindo desse pressuposto, entende-se que os profissionais não precisam empreender grandes esforços em buscar conhecimento, já que este está acessível sempre que necessário. Assim, para Terra (2002, p. 153), “as informações e os sistemas de informação têm de ser precisos, imediatamente disponíveis no tempo e no espaço, e têm de estar disponíveis em um formato que facilite o uso”. No cotidiano das empresas, é possível observar que, a cada dia, um novo evento vivenciado produz experiências que podem ser úteis no futuro e deveriam ser conservadas. Como exemplos, podemos citar relatórios de projetos, atas de reuniões, cartas e apresentações. No entanto, há a necessidade de decidir qual conhecimento preservar. Probst, Raub e Romhardt (2002) sugerem que sejam usadas regras de seleção para que se evite documentar qualquer evento, porém evidenciam que “o desafio é separar as experiências valiosas do resto e transferir dados, informações e habilidades valiosos para os sistemas organizacionais em que eles podem ser úteis a toda a empresa”. É possível complementar a abordagem de Probst, Raub e Romhardt (2002) com a colocação de Terra (2002, p. 155), quando este diz que “os sistemas de informação só podem ser úteis à medida que os dados, informações e bases de conhecimento que os alimentam são confiáveis, relevantes e atualizados”. Também é importante considerar que deva existir um relacionamento entre a organização e seus colaboradores, pautado na confiança. Dessa forma, todos se sentirão motivados a compartilhar seus conhecimentos e a utilizar os sistemas como ferramentas para aumentar o estoque e o fluxo de informações na empresa. Caso contrário, é possível que os colaboradores entendam tais sistemas como uma forma de a empresa exercer controle sobre as atividades executadas. Um importante destaque feito por Terra (2002, p. 155) é que “controlar é um verbo que está associado à Era Industrial, enquanto facilitar está associado à Era do Conhecimento”. futuro e deveriam ser conservadas. Neste tópico, foram analisadas as dimensões de infraestrutura, pessoas e tecnologia. Muitas são as dimensões que compõem uma organização: a dimensão formal, a informal, o ambiente financeiro, o ambiente social entre outros. Além disso, foram apresentadas algumas das principais características em relação à conexão com o desenvolvimento dos negócios e com a inovação. A importância da gestão do conhecimento https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=gmFB5j83gsihhi7MvdZnYQ== Introdução à unidade de ensino A importância da Gestão do Conhecimento Dialética entre conhecimento tácito e explícito | Tópico 01: A importância da Gestão do Conhecimento Nome do professor-autor • Juliano Heinzelmann Reinert Introdução à unidade de ensino Capítulo 1 de 2 Introdução à unidade de ensino Nesta unidade, iremos falar de gestão do conhecimento e as tecnologias da informação. Veremos questões que envolvem o conhecimento organizacional, seus processos de criação e transferência nas organizações. Serão abordados os conceitos básicos para entendimento da gestão do conhecimento como uma ferramenta administrativa de gestão estratégica. Nesse contexto, estudaremos como a gestão da informação pode auxiliar as empresas nos processos de obtenção de vantagem em um novo cenário da economia em que os valores estão deslocados das estruturas físicas e voltados aos recursos humanos. Estudaremos também as estruturas de conhecimento apoiadas na sua capacidade de transformar dados em informações e novos conhecimentos como forma de alcançar inovações em processos, serviços e produtos das empresas. Ao final desta unidade, você será capaz de: Estimule seu conhecimento prévio refletindo sobre as questões: Vamos responder a essas e outras questões no conteúdo a seguir. Bons estudos! C O NT I NU E Qual é o valor do conhecimento para as organizações contemporâneas?1 Criar e compartilhar conhecimento no ambiente corporativo é uma atividade que depende de quais fatores? 2 Quais os métodos e ferramentas podem ser utilizados para fazer que o conhecimento seja compartilhado deliberadamente nas organizações? 3 O cenário organizacional vem apresentando várias mudanças e desafios ao longo dos anos, o que exige cada vez mais o conhecimento de mercado e do negócio, além da eficiência nos processos e eficácia nos resultados. Isso faz com que as organizações percebam que o conhecimento se tornou um recurso econômico indispensável e muito importante para a competitividade. Pois, uma organização que se dispõe continuamente a aprender é uma organização que terá mais facilidades de crescer, adaptar-se e mudar. O ambiente de conhecimento existente nas organizações tem sido compreendido como “estruturalmente muito mais complexo do que aquele que existia há vários séculos” (PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002, p. 14). Capítulo 2 de 2 A importância da Gestão do Conhecimento A valorização do conhecimento nem sempre existiu, historicamente com a ênfase da indústria pela eficiência resultaria em alta produtividade e, neste cenário, o trabalhador não decide sobre suas atividades, apenas as cumpre. Atualmente, tanto no Brasil quanto em diversos países, ainda predomina o paradigma industrial. Para Terra (2012), a evidência da presença do paradigma industrial tem sido um enfoque excessivo em produção, padronização, eficiência e melhoria contínua, porque o modelo mental que conduz esse modo de ver a organização fica pautado em aspectos demasiadamente racionais. No entanto, a discussão quanto à utilização do paradigma industrial versus paradigma do conhecimento não se trata somente das melhorias de processo, redução de custos, ganhos em escalas de produção, investimento em maquinários, mas na busca por uma complementaridade como a individualidade das pessoas, a liberdade de expressão, o uso da criatividade, o contentamento e a satisfação dos indivíduos que compõem a organização; enfim, a consideração da pessoa em sua totalidade, não apenas como um recurso. FIGURA 01 - Um paradigma: A valorização do Conhecimento X Eficiência Operacional Fonte: Elaborado pelo autor A fragmentação do conhecimento, com a multiplicidade de áreas científicas que hoje existe e que, muitas vezes, estudam um tema em comum, corrobora ainda mais com a ação da crescente globalização. Conforme Pereira (2009), é importante conhecer como é composto esse ambiente organizacional, para se transporemos obstáculos gerenciais referentes à gestão do conhecimento. Os componentes fundamentais da base do conhecimento são objetos de discussão entre profissionais de negócios e o mundo acadêmico. Na visão de Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 22), esses elementos são: “símbolos, dados, informações e conhecimento”. A interpretação desse esquema contempla que, a partir da aplicação das regras de sintaxe aos símbolos, estes se tornam dados, os quais, por sua vez, são passíveis de interpretação, desde que ambientados em um contexto específico, fornecendo assim informações ao receptor. No momento em que as informações são interligadas, elas adquirem atributos e podem ser usadas em um campo de atividade específico, transformando-se então em conhecimento. É importante destacar que o conhecimento é potencialmente ilimitado, é adquirido por cada indivíduo, não é herdado e nem concebido e para adquirir o conhecimento existem níveis hierárquicos nos quais são importantes, conforme Figura 2. FIGURA 02 – Relações entre níveis na hierarquia conceitual Fonte: REHÄUSER; KREMAR apud PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002. (Adaptado). Os símbolos 1,0 e %, utilizados em conjunto, representam: 10%. Isso é um dado não contextualizado: está “solto”. Ao fornecer um contexto para os 10%, por exemplo, expectativa de crescimento nas vendas, tem-se então uma informação. Quando essa informação se interliga às demais informações – ampliar as vendas por meio de campanhas novas de marketing e adotar uma nova estratégia de posicionamento, ocorre a transformação em conhecimento. Desse modo, a partir da interpretação adequada por parte dos gestores com relação à diferença, ao significado e ao relacionamento existente entre dados, informações e conhecimentos, é possível desenvolver uma abordagem integrada para a gestão do conhecimento. No entanto, é necessário fazer um alerta quanto à dissociação desses conceitos, a qual tem sido prática comum nas empresas. De acordo com Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 23): Assim, verifica-se que a divisão das funções de trabalho é resultante da falta de coordenação entre as áreas envolvidas. Então, ainda que o gerenciamento tenha ocorrido de forma adequada, se os colaboradores envolvidos não tiverem as habilidades necessárias para fazer uso das informações disponibilizadas ou com base nessas informações gerar novas descobertas que influenciam significativamente suas rotinas de trabalho, o valor gerado será pequeno ou nulo. Dessa forma, sugere-se que se adote uma visão integrada, conforme a Figura 3. O departamento de tecnologia da informação é, muitas vezes, responsável somente por estruturar e manter o “lado dos dados e informações”. A seção de treinamento de pessoal está presente para ensinar habilidades individuais, enquanto o departamento de pesquisa e desenvolvimento é responsável pela inovação do produto. FIGURA 03 – O continuum de dados/conhecimento Fonte: PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002. (Adaptado). Tendo em vista esse conjunto de dados/conhecimento, é possível perceber que a gestão do conhecimento está além da gestão da informação. Notadamente, diversos são os conceitos adotados para gestão da informação. Para fins de compreensão, apresenta-se a seguir, na videoaula, o conceito de Choo (2003), o qual aborda a gestão da informação como um ciclo de atividades informacionais que são inter-relacionadas em uma perspectiva baseada em processos que compreendem a tecnologia da informação, os recursos informacionais, a política informacional e o processo informacional. Para Choo (2003), a gestão da informação “busca explorar os recursos de informação para que a organização seja capaz de se adaptar às mudanças do ambiente interno e externo” (CHOO, 2003, p. 40). VIDEOAULA – Gestão da Informação e do Conhecimento Apesar de a definição de Gestão da Informação apresentar uma visão sistêmica, a Gestão do Conhecimento (GC) pode ser entendida como um “guarda-chuva” mais amplo, pois vai além do gerenciamento da informação. Ela visa ao desenvolvimento de competências humanas integradoras e à potencialização de inovações. Conforme Terra 13 (2000, p. 70), a GC está “ligada à capacidade das empresas em utilizarem e combinarem as várias fontes e tipos de conhecimento organizacional para desenvolverem competências específicas e capacidade inovadora”. Por meio do conjunto de dados/conhecimento proposto, evidencia-se um uso mais estruturado dessas informações, incorporado ao contexto de tarefa e processos, que é dependente do conjunto – o que fornece subsídios para uma atuação consistente da empresa. Por conseguinte, ao se adotar uma visão integrada, é possível assegurar que a base de conhecimento da empresa está sendo bem utilizada e que possui um caráter contínuo. Destaca-se que, conforme Probst, Raub e Romhardt (2002), a gestão do conhecimento deve ser capaz de lidar tanto com as matérias-primas do conhecimento quanto com o conhecimento propriamente dito, porque toda organização tem sua própria maneira de lidar com dados, informações e conhecimento e cria as próprias estruturas, funções e sistemas para essa finalidade. É válido enfatizar ainda que, de acordo com o autor, “a gestão do conhecimento não transformará a empresa; seu objetivo é, simplesmente, sensibilizar a administração em todos os níveis para a importância do conhecimento como um recurso”. Diante desse contexto é importante reforçar que uma organização sensibilizada a gerar novos conhecimentos é uma organização que está no caminho de promover a gestão do conhecimento por meio da interação entre os membros da organização. É o que veremos na próxima unidade. As quatro formas de conversão do conhecimento: socialização, externalização, combinação e internalização https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=/gV78bGA%203mDSpqh32VieA== As formas de conversão do conhecimento Modelos de Gestão da Informação Conceito e Tipos de Conhecimento Modelo de Criação do Conhecimento Organizacional Uma nova estrutura organizacional: contextos favoráveis à criação de conhecimento Dialética entre conhecimento tácito e explícito | Tópico 3: As formas de conversão do conhecimento Em organizações do conhecimento é fundamental utilizar informações para criar um significado e tomada de decisão, para haver maior inteligência é essencial incorporá-lo em produtos, serviços e sistemas. De onde surge o movimento e grande interesse em torno do conhecimento no meio acadêmico e nas organizações? Observa-se que, na transição de uma sociedade industrial para uma sociedade informacional e do conhecimento, os recursos intangíveis passam a ter destaque. Segundo Nonaka e Takeuchi (1997), o valor do recurso “conhecimento” decorre, sobretudo, de quatro aspectos: Capítulo 1 de 5 As formas de conversão do conhecimento Primeiro Da sua natureza subjetiva, ou seja, ele é criado na mente das pessoas e, portanto, depende do ponto de vista do indivíduo, da sua sensibilidade e experiência pessoal. Segundo O conhecimento é o principal insumo do processo de inovação, isto é, a inovação depende da conversão contínua dos conhecimentos tácito e explícito. Terceiro O conhecimento é dependente do contexto, pois ele está associado a um determinado tempo e espaço. Quarto O conhecimento é um recurso dinâmico, pois emerge das interações sociais entre os indivíduos e está em constante processo de transformação. Tais atributos conferem singularidade ao recurso “conhecimento”. Assim, de acordo com Nonaka e Takeuchi (1997), a emergência desse paradigma baseado no conhecimento e na inovação, somado ao crescente surgimento de diferentes tecnologias, trazem desafios para as organizações. Dentre outras implicações, a organização se vê compelida a gerar continuamente novos conhecimentos, e a gestão desse recurso intangível passa a ser uma das suas principais atividades. Isso implica, entre outros aspectos, no mapeamento, na criação, no registro, na aplicação, na disseminação interna e na transferênciaexterna do conhecimento, de modo a contribuir para a geração de inovações em processos, produtos e serviços. Nessa perspectiva, a organização passa a ser visualizada como uma instituição que integra conhecimentos especializados. Alvarenga Neto (2005) define “organizações do conhecimento” como aquelas empresas que fazem uso estratégico do conhecimento para atuação em três arenas distintas: a construção de sentido coletivo (sensemaking); a criação de conhecimento, por meio de processos de aprendizagem organizacional; e, por fim, a tomada de decisão com base na premissa da racionalidade limitada. Estudos da corrente denominada de “teoria da criação do conhecimento organizacional” têm buscado compreender as características do recurso “conhecimento”, os contextos favoráveis à sua criação e os mecanismos facilitadores desse processo. Por exemplo, se o conhecimento é incorporado no indivíduo, pois, um problema central da teoria organizacional seria como superar as dificuldades de compartilhamento entre os indivíduos no ambiente organizacional (NONAKA; KROGH; VOELPEL, 2006). Antes de entrar na teoria da criação do conhecimento organizacional de Nonaka e Takeuchi (1997), é fundamental compreender as fases que envolvem o gerenciamento da informação na organização. C O NT I NU E Segundo Choo (2003), a organização aprende por meio dos processos de gestão da informação realizados no âmbito da instituição. Gerenciar informações refere-se ao conjunto de processos organizacionais que envolvem o mapeamento, a captura, a criação, o armazenamento, o compartilhamento, a disseminação e a aplicação de informações. Além de ser um processo fundamental para apoiar o processo decisório, a gestão da informação contribui para a aprendizagem contínua da organização e para a geração de inovações. O uso efetivo da informação não diz respeito somente ao seu acesso. Envolve também um processo complexo de atividades de administração da informação e se inicia com a identificação das informações das quais a organização precisa. Em termos de processo, pode-se visualizar a gestão da informação a partir das seguintes fases: Capítulo 2 de 5 Modelos de Gestão da Informação Assista a videoaula que fala sobre a gestão da informação que envolve um processo complexo nas atividades da administração da informação. VIDEOAULA – Gestão da Informação Choo (2003) propõe um modelo processual de administração da informação que envolve um ciclo contínuo de sete etapas, quais sejam: Tomando como referência tal modelo, veja na figura 6 o esquema que contempla fases do ciclo de gestão da informação. FIGURA 06 - Ciclo da gestão da informação Fonte: Elaborado pelo autor. (Adaptado). identificação da necessidade de informação; aquisição de informação; organização e armazenamento de informação; desenvolvimento de produtos e serviços de informação; distribuição da informação; uso da informação; comportamento adaptativo. Dessa forma, Choo (2003) reconhece a importância da gestão da informação em três arenas: criação de significado, construção do conhecimento e tomada de decisão. A primeira fase consiste na interpretação, pelos indivíduos, das informações obtidas, que oferece significado e sentido aos dados. A segunda etapa envolve o processo de criação do conhecimento organizacional, a partir da conversão contínua do conhecimento explícito em tácito e vice-versa. Por fim, a arena de tomada de decisão refere-se ao uso das informações tratadas nos processos decisórios, reconhecendo-se, todavia, o princípio de racionalidade limitada de Simon (1971). Ou seja, o indivíduo é limitado cognitivamente e não consegue considerar a totalidade das informações na tomada de decisão. Com base em sua visão de mundo, a pessoa filtra determinadas informações e toma a decisão com base nessa percepção. Assim, não se pode considerar que as soluções decorrentes das nossas decisões sejam ótimas e efetivas, mas apenas satisfatórias. Segundo McGee e Prusak (1994), um modelo de gestão da informação deve ser genérico, pois a informação possui diferentes significados dependendo do segmento de atuação da empresa e do seu modelo de gestão, e os gestores podem atribuir diferentes níveis de importância às atividades do processo de gestão da informação. Nessa linha, os autores propõem o seguinte modelo de gerenciamento das informações no contexto organizacional, que contém algumas das etapas relacionadas na figura 7 FIGURA 07 - Tarefas do processo de gerenciamento das informações Fonte: Elaborado pelo autor. (Adaptado). É fundamental a identificação da necessidade, assim como a coleta e a informação antes do desenvolvimento e distribuição das informações. C O NT I NU E A distinção entre as definições de dado, informação e conhecimento, sendo este último o recurso mais estruturado dos três. Ele tem origem na mente das pessoas e depende do contexto em que foi criado. O conhecimento é uma mistura de experiências, valores e informações contextuais. Nas organizações, ele está presente não só em documentos e registros, mas também em rotinas, processos, práticas, normas organizacionais e na mente dos profissionais da organização. Na teoria de criação do conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997), o conhecimento é, em primeiro lugar, uma crença justificada (justified true belief), o que significa que os indivíduos justificam a veracidade de suas observações com base em sua percepção do mundo. Enquanto a epistemologia tradicional enfatiza a natureza absoluta e estática do conhecimento, os mesmos autores consideram o conhecimento como um processo humano dinâmico de justificar a crença pessoal em relação à “verdade”. Capítulo 3 de 5 Conceito e Tipos de Conhecimento Segundo os autores, o conhecimento contém duas dimensões, conforme Figura 8: a epistemológica e a ontológica. Do ponto de vista ontológico, o conhecimento é criado somente por meio das pessoas. Isso significa que uma organização não pode criar conhecimento sem indivíduos. A organização apoia os indivíduos criativos ou lhes proporciona contextos para a criação do conhecimento. Quanto à dimensão epistemológica, o conhecimento pode ser classificado em tácito e explícito. Esses dois tipos de conhecimentos são complementares e interagem nas diversas atividades organizacionais. FIGURA 08 - Dimensões ontológica e epistemológica do conhecimento Fonte: Elaborado pelo autor. (Adaptado). O conhecimento tácito é pessoal, baseado em experiências e enraizado no contexto onde foi criado. Representa o recurso ligado aos sentidos, experiências, percepções e intuições. Ou seja, ele nunca é livre de valores humanos e ideias. Dadas essas características subjetivas, o conhecimento tácito é mais difícil de ser formalizado e comunicado. Boa parte desse conhecimento fica submersa na mente do indivíduo (NONAKA; TAKEUCHI, 1997; POSSOLLI, 2012). Esse conhecimento pode ser segmentado em duas dimensões. A primeira é a dimensão técnica (o know- how do indivíduo), e a segunda é a parte cognitiva, que reflete a visão de mundo das pessoas. Já o conhecimento explícito pode ser codificado com mais facilidade, ou seja, expresso em números, esquemas, textos e gráficos. Portanto, esse tipo de saber é mais fácil de ser comunicado e transferido. Como por exemplo: uma metodologia, um procedimento ou um projeto de um produto. A figura 9 apresenta conceitos e exemplos do conhecimento tácito e explícito. FIGURA 09 - Tipos de conhecimento: tácito e explícito Conhecimento explícito O conhecimento EXPLÍCITO pode ser codificado com mais facilidade, ou seja, expresso em termos numéricos, textuais ou gráficos. Exemplo: Processo e projeto de um produto. Conhecimento tácito O conhecimento TÁCITO é pessoal, baseado em experiências e difícil de formalizar. Exemplo: Experiência e know-how. Fonte: Elaborado pelo autor. (Adaptado). Nonaka e Takeuchi (1997) argumentam, contudo, que o conhecimento tácito é difícil de ser articulado na linguagem formal,sendo o tipo de conhecimento mais importante. Quando se percebe a relevância do conhecimento tácito, começa-se a considerar a inovação de uma forma diferente. Não se trata apenas de reunir diversos dados e informações. É fundamental valorizar os insights, as intuições, os aspectos menos formais e mais subjetivos do conhecimento. Diversas pesquisas chamam atenção para o impacto do tipo de conhecimento no processo de criação e compartilhamento desse recurso “intra” e “interfirma”. Enquanto o conhecimento tácito se torna coletivo mediante processos de socialização, a transferência de conhecimento explícito pode ocorrer por meio de sistemas tecnológicos e processos mais estruturados, pois ele pode ser transformado em artefatos como regras, rotinas e manuais como afirmam Nonaka e Takeuchi (1997). A despeito da categorização do conhecimento tácito e explícito, estes podem ser constantemente transformados, dependendo das atividades que são conduzidas no contexto organizacional. Aliás, a inovação depende da conversão contínua do saber tácito em explícito e vice-versa (NONAKA; TAKEUCHI, 1997; POSSOLLI, 2012). O conhecimento percorre diferentes dimensões, isto é, surge no nível individual e se expande até envolver toda a organização e sua rede de parcerias. Portanto, o conhecimento pode existir nos indivíduos, nos grupos e equipes, na organização e para além das fronteiras organizacionais, a partir da transferência do conhecimento para outras empresas. A figura 10 apresenta essas dimensões. FIGURA 10 - Dimensões da criação do conhecimento Fonte: Elaborado pelo autor. (Adaptado). Diante desse contexto, entende-se que o conhecimento tácito e o explícito são as duas formas de conhecimento presentes nas organizações, elas se complementam, pois o conhecimento é produto da interação entre todos os colaboradores de toda organização bem como sua rede de parceiros. C O NT I NU E Dentre os principais autores que discutem o processo de criação de novos conhecimentos, podem-se citar Nonaka e Takeuchi (1997). A criação do conhecimento organizacional é o processo de tornar o conhecimento criado pelos indivíduos disponível e que amplia e conecta ao sistema de conhecimento de uma organização. A criação de conhecimento pode ser entendida, também, como um processo contínuo por meio do qual os indivíduos superam os limites individuais e as restrições impostas por hábitos passados e, a partir de um novo contexto, constroem uma nova visão do mundo e novos conhecimentos. Capítulo 4 de 5 Modelo de Criação do Conhecimento Organizacional O conhecimento é criado por meio das interações sociais entre os indivíduos ou entre indivíduos e seu meio ambiente. Portanto, essa conversão é um processo “social” entre as pessoas e não confinada dentro de um único sujeito. Nonaka e Konno (2000) propõem um modelo de criação de conhecimento que consiste em três elementos: Assista a videoaula que explica melhor esse modelo de criação do conhecimento. VIDEOAULA – BA Contextos favoráveis à criação do conhecimento O processo SECI: criação do conhecimento por meio da conversão contínua do conhecimento tácito em explícito e vice-versa; 1 Contexto “Ba”: contexto compartilhado para a criação do conhecimento;2 Os ativos de conhecimento, as entradas, saídas e os moderadores do processo de criação de conhecimento. 3 A criação do conhecimento é uma espiral que se desenvolve a partir desses três elementos, que possibilita a superação das antigas rotinas por meio da aquisição de um novo contexto, uma nova visão do mundo e de novos conhecimentos. Ao utilizar os ativos de conhecimento existentes, uma organização cria novos conhecimentos por meio do processo “SECI” que ocorre em “Ba”, onde novos conhecimentos se tornam a base para uma nova espiral de criação do conhecimento (NONAKA; KROGH; VOELPEL, 2006). Em relação ao modelo de conversão do conhecimento (processo “SECI”), os autores pressupõem que o conhecimento é criado por meio da interação contínua entre o saber tácito e o explícito, a partir de quatro modos de conversão (NONAKA; TAKEUCHI, 1997; POSSOLLI, 2012): 1. socialização; 2. externalização; 3. combinação; 4. Internalização. A Figura 11 apresenta o processo SECI. FIGURA 11 - Modelo de conversão do conhecimento Fonte: NONAKA; KONNO, 1998. (Adaptado). Pode-se perceber a existência de quatro processos básicos de conversão do conhecimento, a saber: socialização, processo que promove a interação entre dois tipos de conhecimento tácito e tem como processo final a criação de um novo conhecimento do tipo tácito; externalização, processo que converte conhecimento tácito em explícito; internalização, processo inverso ao da externalização e responsável pela conversão do conhecimento explícito em tácito; e, finalmente, a combinação, processo que realiza a conversão de conhecimento explícito em novo conhecimento explícito. A socialização consiste na conversão do conhecimento tácito para um novo conjunto de saberes tácitos. Ou seja, a partir de atividades de socialização onde os indivíduos compartilham experiências, sentimentos e modelos mentais, novos conhecimentos tácitos são desenvolvidos. Nesse caso, é comum o uso de mecanismos informais e pouco estruturados, que possibilitem o encontro pessoal, o trabalho colaborativo, o diálogo frequente, atividades de observação e de prática. O segredo para aquisição de conhecimento tácito é a experiência. Sem alguma forma de experiência compartilhada, é difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio de outro indivíduo (NONAKA; TAKEUCHI, 1997; POSSOLLI, 2012). A externalização, por sua vez, de acordo com os autores, consiste na transformação do conhecimento tácito em explícito, por meio do uso de conceitos, metáforas, analogias, esquemas e modelos. Nessa fase, os indivíduos se esforçam para transformar os seus conhecimentos intangíveis e suas experiências em artefatos concretos (modelos teóricos, planilhas, textos, imagens, figuras, regras), para que tais recursos possam ser compartilhados e utilizados por outros grupos. Já a combinação consiste na transformação do conhecimento explícito em um novo conjunto de conhecimentos explícitos, geralmente, mais sistematizados e complexos. Está relacionada, também, ao processo pelo qual o indivíduo compartilha os seus conhecimentos explícitos para serem integrados às bases de conhecimento da organização. Por fim, a internalização é o processo pelo qual os indivíduos transformam o conhecimento explícito em tácito, similar ao que se denomina de learnig by doing. Ou seja, quando os indivíduos são submetidos a processos de aprendizagem, eles internalizam alguns conhecimentos explícitos disponíveis no contexto organizacional. A criação do conhecimento não pode ser gerenciada por meio de processos tradicionais de gestão, que implica atividades de planejamento, controle e avaliação. A principal função dos líderes, nesse caso, é criar o contexto favorável para a multiplicação desse processo ao longo da organização. C O NT I NU E Um dos objetivos centrais da teoria do conhecimento é identificar as condições que estimulam a geração de novos conhecimentos no ambiente organizacional. Nonaka e Konno (1998) definem esse contexto como “Ba” e revelam que, na ausência desse ambiente, a inovação nas organizações tende a ocorrer de forma limitada. O conhecimento precisa de um contexto (psicológico) para ser criado, e o “Ba” oferece esse espaço. Aspectos sociais, históricos e culturais do ambiente influenciam o processo de criação do conhecimento e fornecem as bases para os indivíduos interpretarem a situação, dando a ela um significado. Portanto, “Ba” é o local onde a informação é interpretada para se tornar um conhecimento (NONAKA; KONNO, 1998). Capítulo 5 de 5 Uma nova estrutura organizacional: contextos favoráveis à criação de conhecimento “Ba” é um espaço compartilhado, complexo e dinâmico, caracterizado por uma rede de interações entre os indivíduos. Pode ser um ambientefísico, virtual ou mental, onde o conhecimento é adquirido por meio de experiências individuais ou de reflexões a partir da experiência dos outros (NONAKA; KROGH; VOELPEL, 2006). De acordo com Alvarenga Neto (2005), tal contexto encontra-se em constante evolução definida pela qualidade dos relacionamentos emergentes e possibilita acesso a conhecimentos relevantes dos quais a organização necessita. O contexto “Ba” envolve a presença de cinco requisitos: Intenção – O processo de criação do conhecimento requer a construção de uma intenção sobre o tipo de conhecimento que a organização precisa, e quais os mecanismos necessários para sua obtenção. Tal visão representa o parâmetro mais importante para os indivíduos avaliarem o valor de um determinado conhecimento. Assim, em vez de confiar apenas no comportamento do próprio indivíduo, a organização pode engaja-lo por meio de uma causa coletiva (NONAKA; KONNO, 1998). Autonomia – A autonomia também é um requisito indispensável no processo criativo. Além de gerar um engajamento das pessoas nas atividades de criação do conhecimento, ideias originais emergem de indivíduos autônomos, transformando-se em ideias organizacionais. Flutuação e caos criativo – Quando a organização passa por um período de flutuação, os indivíduos enfrentam um colapso de padrões e rotinas, estimulando-os a refletir sobre os modelos existentes. “Em outros termos, começamos a questionar a validade de nossas atitudes em relação ao mundo” (NONAKA; KONNO, 1998, p. 89). Essas Gerenciar o conhecimento emergente em “Ba” requer uma forma diferente de liderança, baseada no comprometimento, na confiança e na conexão social. Portanto, mais do que um processo administrativo no sentido convencional, os líderes criam o contexto favorável para a interação e a construção conjunta, que fortalece os mecanismos de coordenação entre as pessoas e provem uma visão de conhecimento compartilhado pelos membros da organização. Nesses termos, a principal função dos líderes consiste em promover as condições necessárias para a criação do conhecimento, como a autonomia, o senso de direção, o caos criativo, a diversidade de ideias e a interação social entre os indivíduos. Portanto, eles devem estabelecer o contexto “Ba” para a geração de inovações. Ademais, compete aos líderes promover reuniões, encontros, espaços virtuais e mentais para os incertezas ou esse “caos criativo” fazem com que as pessoas lidem com mais facilidade as situações de ambiguidade e diversidade, condições importantes para a inovação. Redundância – A redundância é outra condição que possibilita que a espiral do conhecimento ocorra em nível organizacional. Este termo pode soar mal devido à sua conotação de duplicação ou desperdício. As informações redundantes permitem que os indivíduos superem as fronteiras funcionais e se conectem com pessoas de outros setores, possibilitando a criação de canais de comunicação incomuns, tornando o conhecimento organizacional mais fluido dentro da organização e mesmo fora dela. Variedade de requisitos – Representa a diversidade de conhecimentos detidos pelos indivíduos e cristalizados na estarão para enfrentarem situações de incerteza e ambiguidade, condições importantes para o processo de aprendizagem. Quanto maior a variedade, mais capacitados os membros da organização (KROGH; VOELPEL, 2006; ALVARENGA, 2005). indivíduos se reunirem e compartilharem ideias, criando um ambiente para que as pessoas sintam liberdade para se expressar e inovar (NONAKA; KROGH; VOELPEL, 2006). Nonaka e Takeuchi (1997) sugerem que um líder que favorece a criação de novos conhecimentos deve ter as seguintes características: Essas condições demandam que as organizações também se adaptem ao novo cenário que orienta à criação e gestão do conhecimento e fazem, nesse momento, que as organizações do conhecimento busquem uma estrutura cada vez mais flexível, menos orientada às hierarquias comuns e estruturas decisões organizadas horizontalmente, enfatizando as relações sociais e comunicações informais, como forma de adaptação a um cenário de cada vez mais instável, incerto e ambíguo. Além da liderança, a estrutura da organização é outra variável que influencia o processo de criação do conhecimento na organização. Diversos estudos discutem a relação entre as estruturas organizacionais e a gestão do conhecimento (BURNS; STALKERS, 1961; NONAKA; KROGH; VOELPEL, 2006). Capacidade de construir uma visão do conhecimento para dar um senso de direção às atividades de criação do conhecimento na empresa. 1 Capacidade de expressar com clareza essa visão.2 Capacidade de justificar a qualidade e relevância do conhecimento criado.3 Disposição para criar o caos criativo na empresa 4 Habilidade de relacionamento interpessoal.5 De modo geral, empresas inovadoras são configuradas em estruturas horizontalizadas, flexíveis e descentralizadas, condições que propiciam uma interação social frequente, com ampla circulação interna do conhecimento e autonomia para os indivíduos se engajarem no processo decisório e nas atividades de inovação. Por outro lado, determinadas estruturas organizacionais mais rígidas e inflexíveis desencorajam o caos criativo, a participação dos indivíduos e o compartilhamento interno de conhecimento, sendo inadequadas quando o objetivo é a excelência na transferência. O esquema apresentado na Figura 12 reúne os elementos fundamentais do contexto “Ba” de criação do conhecimento organizacional. FIGURA 12 - Elementos constituintes do contexto “Ba” Fonte: Elaborado pelo autor. Nonaka e Takeuchi (1997), baseados na teoria de criação do conhecimento, discutem os motivos que explicam a competitividade das empresas japonesas. Os autores defendem que o êxito das empresas japonesas não se deve à sua capacidade de produção; ao acesso a capital de baixo custo; às relações estreitas com clientes, aos fornecedores e órgãos governamentais; ou ao emprego vitalício, embora todos esses fatores sejam importantes, de alguma forma. A principal fonte de competitividade das empresas japonesas advém da sua capacidade de promover a “criação do conhecimento organizacional”, ou seja, a habilidade de criar um novo conhecimento, difundi-lo na organização e traduzi-lo em novas soluções, processos, técnicas, produtos e serviços. Complementarmente, as empresas japonesas têm uma forma diferente de compreender o conhecimento. Reconhecem que o conhecimento explícito (expresso em palavras e números) é somente a ponta do iceberg e percebem a relevância do conhecimento tácito, aquele tipo de saber difícil de ser formalizado e comunicado. A distinção entre o conhecimento explícito e o tácito é a chave para a compreensão das diferenças entre as abordagens ocidental e japonesa. A epistemologia ocidental tende a valorizar mais o conhecimento explícito, que pode ser sistematizado e aplicado com relativa facilidade. Geralmente, não dão elevada importância à subjetividade do sujeito. O ponto de partida para a conversão do conhecimento, na visão japonesa, é reconhecer a necessidade de transcender contradições, a partir da integração de conceitos aparentemente opostos, tais como: tácito/explícito; corpo/mente; individual/organizacional; top-down/bottom-up; burocracia/força-tarefa; A epistemologia japonesa tende a valorizar mais a experiência pessoal, a dimensão subjetiva e criativa das pessoas. Como consequência, enquanto a visão ocidental é mais individual e mecanicista, a japonesa é mais coletiva e orgânica. Quando se fala em capacidade de criação de novos conhecimentos e estabelecimento de contextos “Ba”, pensa-se em várias empresas que possuem essa cultura de valorização da gestão do conhecimento e da inovação. A empresa 3M é uma delas. Basta olhar o seu slogan: “Ciência aplicada à vida”. A 3M é uma companhia global que apresenta soluções inovadoras para as necessidades do dia a dia das pessoas. Possui mais de 35 unidades de negócio, organizadas em seis grupos de negócios: “Consumo e Escritório”,“Display e Comunicação Gráfica”, “Elétricos e Comunicações”, “Cuidados com a Saúde”, “Industrial e de Transportes” e “Produtos e Serviços para Proteção, Segurança e Limpeza”. A seguir, veja algumas condições criadas pela empresa 3M que favorecem a interação pessoal, experimentação, aprendizagem e geração de novas ideias: oriente/ocidente. Autonomia e experimentação contínua; Caos criativo; Diversidade de bases de conhecimentos e ferramentas disponíveis; Fóruns para proposição de novos produtos e técnicas; FIGURA 13 - Ideias da 3M Disseminação contínua de conhecimentos por meio de diferentes canais e mecanismos de transferência; Concessão de prêmios nas atividades de compartilhamento de soluções; Missões para solução de problemas; Criação do “Centro Técnico de Clientes”, permitindo que os consumidores contribuam para o desenvolvimento de novas soluções. Tais mecanismos favorecem um processo contínuo de aprendizagem por meio do qual os indivíduos superam os seus limites individuais e as restrições impostas por hábitos passados. Desse modo, tornam-se capazes de construir uma nova visão de mundo e novos conhecimentos. Os trechos abaixo, retirados do site da empresa, revelam como o conhecimento e a inovação fazem parte da cultura da organização: A 3M investe continuamente em Inovação. Além de toda a tecnologia envolvida no desenvolvimento de cada produto, nós possuímos um espaço exclusivo e aberto às empresas parceiras: o Centro Técnico para Clientes. [...] A inovação 3M de portas abertas para você e sua empresa. [...] A reciclagem de conhecimentos e a troca de experiências são condições essenciais para aprimorar a habilidade de inovar (3M, 2016). Fases do processo de criação do conhecimento https://student.ulife.com.br/Category/Index?lc=wic9NBqsOwTV/Mn/mYRgSw== Fases do processo de criação do conhecimento Bibliogra�a Dialética entre conhecimento tácito e explícito | Tópico 4: Processo de criação do conhecimento Para Sarmento e Correia (2002), a gestão do conhecimento é uma abordagem indicada para resolver problemas de competitividade e de inovação, impostos frequentemente às organizações. Pode-se dizer também, que a gestão do conhecimento é a capacidade de gerenciar identificar e analisar os conhecimentos disponíveis e desejáveis para o desenvolvimento de diversas atividades. Por isso, a necessidade de identificar quais são os tipos de conhecimentos necessários para desenvolver a aprendizagem empresarial. Para isso existem os modelos de gestão do conhecimento. Capítulo 1 de 2 Fases do processo de criação do conhecimento Modelos de gestão do conhecimento Para que uma organização seja bem-sucedida atualmente, apenas ter capital para investir em ativos imobilizados (como prédios, estrutura, instalações, galpões, maquinários e ferramental de produção) já não é garantia. Para Fialho et al. (2006, p. 69), “o conhecimento é a espinha dorsal do desempenho da sociedade e organizações contemporâneas”. Assim, o poder econômico de uma empresa está intrinsecamente relacionado ao seu ativo intelectual – ou ativo intangível –, que envolve o conhecimento e a competência das pessoas, os relacionamentos produzidos interna e externamente e o potencial de geração de ideias e produtos. Tendo em vista a importância de gerir adequadamente o conhecimento para competir de forma eficiente e eficaz no mercado global, a GC tem se mostrado uma importante aliada das empresas. Da mesma forma, o capital intelectual influi positivamente em pesquisas inovadoras, assim como subsidia ações que visam ao avanço do desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Como consequência desse pensamento, serão apresentados dois modelos conceituais que orientam as ações de gestão de uma organização em relação à gestão do conhecimento organizacional. Estes modelos são de Probst, Raub e Romhardt (2002) e Terra (2000): possuem abordagens integradas e enxergam a organização de forma sistêmica, o que é importante para a gestão. Muito embora os dois modelos sejam distintos e possuam enfoques diversificados, são importantes para elucidar que há diversas formas de abordar a gestão do conhecimento em uma organização. Para que seja possível direcionar a gestão do conhecimento ao propósito de atender as expectativas de desenvolvimento de habilidades, Probst, Raub e Romhardt (2002) sugerem a utilização de metas do conhecimento, que estariam subdivididas em: Objetivam criar uma cultura empresarial ciente do conhecimento no qual as habilidades dos indivíduos são partilhadas e desenvolvidas. Tal posicionamento permite à Visam definir o conhecimento vital da organização e determinar as habilidades que serão necessárias no futuro. Objetivam a implementação da gestão do conhecimento; fazem a tradução das metas normativas e estratégicas em objetivos concretos. Assim, uma das tarefas da administração é a definição de metas, a fim de orientar os processos essenciais da empresa. Logo, é necessário “concordância sobre as metas estratégicas constituírem o elemento essencial do planejamento estratégico”, conforme Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 40). Ou seja, o benefício advindo desta tarefa (compor o planejamento estratégico com metas estratégicas de conhecimento) é o de promover uma direção geral às atividades da empresa. Dessa forma, as metas passam a influir nas ações e atividades dos trabalhadores. A Figura 14, apresenta um quadro com questões de conhecimento em diferentes níveis de metas. FIGURA 14 – Questões de conhecimento em diferentes níveis de meta Toque para ampliar a imagem Fonte: PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002, p. 43. (Adaptado). As metas de conhecimento em todos os três níveis devem ser complementares entre si e, ainda, somadas para a realização das metas da empresa. Além das metas, Probst, Raub e Romhardt (2002) identificaram algumas atividades que podem ser consideradas processos essenciais da GC e estão muito relacionadas com a tarefa de gerir o conhecimento. A sugestão é que não se busque fazer intervenções isoladas, visando à otimização de apenas parte das atividades, pois os processos estão interligados. Para os autores, essas atividades são: De forma resumida, podemos dizer que a identificação do conhecimento significa analisar e descrever o ambiente de conhecimento da empresa. Conforme Probst, Raub e Romhardt (2002), atualmente há um grande número de empresas com dificuldades para definir um quadro geral de habilidades que contenha informações e dados internos e externos. Isso compromete a eficiência dos negócios, como também afeta a qualidade das decisões. Notadamente, as fontes de conhecimento de uma empresa não necessariamente são oriundas do ambiente interno. O seu relacionamento com clientes, fornecedores, concorrentes e parceiros contribui eficazmente para a aquisição do conhecimento. Nesses casos, a gestão sistemática do conhecimento deve passar por um processo de reflexão que contemple algumas possibilidades, por exemplo: contratar especialistas e adquirir outras empresas inovadoras. Dessa forma, é possível obter o conhecimento necessário. Identificação do conhecimento;1 Aquisição do conhecimento;2 Desenvolvimento do conhecimento;3 Partilha/distribuição do conhecimento;4 Utilização do conhecimento;5 Retenção do conhecimento.6 Para Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 34), “tradicionalmente, o desenvolvimento do conhecimento está ancorado em pesquisas de mercado da empresa e em seu departamento de Pesquisa & Desenvolvimento, entretanto um conhecimento importante pode também brotar de qualquer outra parte da organização”. Assim, há uma abertura para a empresa utilizar a criatividade de todos os seus colaboradores a favor do negócio da organização. Para Probst, Raub e Romhardt (2002), atividades entendidas como simples processos de produção podem ser analisadas, otimizadas e convertidas em novas especializações, quando consideradas sob o ponto de vista da gestão do conhecimento. Ao refletir sobre como é possívellevar o conhecimento ao lugar adequado, é necessário entender que compartilhamento e distribuição de conhecimento organizacional exige “algumas condições prévias para transformar informações ou experiências isoladas em algo que toda a organização possa utilizar” (PROBST, RAUB e ROMHARDT, 2002, p. 34). Com esse objetivo, os autores propõem duas perguntas chaves: Quem deve saber quanto sobre o quê ou ser capaz de fazer o quê e em que nível? Como podemos facilitar o compartilhamento e a distribuição do conhecimento? Para Davenport (2006, p. 65), é importante “gerenciar [...] as circunstâncias externas em que ocorre a distribuição do conhecimento”. Nesse processo, o pressuposto não é de que todos saibam tudo em uma organização, mas que o conhecimento esteja acessível e disponível. Nesse fluxo informacional, a etapa mais importante analisa a transição do conhecimento do indivíduo para o grupo ou a organização. Outro procedimento importante, evidenciado como elemento construtivo, é o desenvolvimento do conhecimento. O objetivo desse processo está, conforme Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 34), “na Ao evidenciar o conhecimento presente em uma organização, possivelmente, surge um questionamento acerca de como é possível garantir que este seja aplicado produtivamente. Nesse aspecto, da utilização do conhecimento, Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 35) salientam que “a identificação e a distribuição bem- sucedidas de conhecimento importante não garantem que ele seja utilizado nas atividades diárias 20 da empresa”. Para os autores, é necessário que a organização se assegure de que habilidades e ativos de conhecimento valiosos sejam efetivamente utilizados. Por fim, para completar o panorama acerca dos processos envolvidos na gestão do conhecimento, conta-se com a retenção do conhecimento, a qual está, efetivamente, ligada à função de gerir, porque “a retenção seletiva de informações, de documentos e de experiências requer gestão” (PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002, p. 35). Os autores enfatizam que os processos para selecionar, armazenar e atualizar regularmente um conhecimento de potencial valor futuro devem ser estruturados cuidadosamente, para que não haja desperdício de uma competência técnica valiosa para a organização. Não obstante, a retenção do conhecimento depende da utilização eficiente de diversos meios de armazenagem disponíveis na organização. É válido destacar que os processos essenciais de gestão do conhecimento produzem um cenário no qual é possível evidenciar quais problemas operacionais podem ocorrer ao se utilizar o conhecimento como recurso. Também se observa que a gestão do conhecimento deve estar conectada à estratégia global da organização, a fim de garantir a eficiência dos processos. Nesse sentido, cabe à administração criar uma estrutura que coordene e dê as orientações necessárias para que sejam feitas intervenções operacionais quando necessário. Para auxiliar nesse processo, Probst, Raub e Romhardt (2002, p. 35) acrescem dois elementos construtivos: objetivos do conhecimento e avaliação do conhecimento, conforme demonstra a figura 15. FIGURA 15 – Processos essenciais da gestão do conhecimento Fonte: PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002, p. 36. (Adaptado). Ao se acrescentarem esses dois elementos construtivos, entende-se que o conceito de gestão do conhecimento transforma-se em um sistema, pois há um direcionamento claro e pontos de avaliação que verificam os processos essenciais de GC. Ou seja, “as metas de conhecimento esclarecem a orientação estratégica da gestão do conhecimento e os objetivos concretos de intervenções específicas” (PROBST; RAUB; ROMHARDT, 2002, p. 35). Em virtude disso, o conjunto de processos apresentado é complementado e finalizado com o processo de avaliação do conhecimento, o qual fornece dados essenciais para o controle estratégico da gestão do conhecimento. O modelo proposto por Terra (2000) também é integrado, aborda diversas áreas organizacionais e compreende que há um fluxo de conhecimento que transita pela organização. Para fins analíticos, o autor propõe sete dimensões referentes à prática gerencial, conforme figura. FIGURA 16 – As sete dimensões do conhecimento Fonte: Gestão do Conhecimento e Cultura da Inovação 24h. Pós Inovação Tecnológica EAD. Apostila, pg 21. (Adaptado). Primeira dimensão – Visão e estratégia – Alta Administração aborda os fatores estratégicos e a definição do papel da alta administração, que deve prezar pela importância do alinhamento entre as políticas de GC e as estratégias organizacionais. Da mesma forma, deve se comprometer com o intuito de utilizar a melhor aplicação dos recursos para a GC. Segunda dimensão – Cultura organizacional refere-se à cultura e aos valores da organização. Centralizada na figura, ela demonstra sua importância perante as demais dimensões, influenciando a implementação e o desenvolvimento de políticas e processos de GC. Para obter sucesso, a empresa necessita que seus trabalhadores estejam engajados com a gestão; nesse sentido, a maneira como eles atuam poderá favorecer ou criar barreiras para a GC. Além disso, a cultura e os valores organizacionais influenciam o comportamento das pessoas, por isso é importante que a empresa incentive atitudes de apoio a mudanças, inovações e aprendizado contínuo. Terceira dimensão – Estrutura organizacional diz respeito ao modo como a empresa está organizada e é gerida. Os modelos gerenciais hierárquico-burocráticos oferecem maiores dificuldades à implementação e desenvolvimento da GC, pois são sistemas impessoais, que desconsideram a individualidade dos trabalhadores; no entanto sabe-se que as pessoas não são robôs e que não têm os mesmos comportamentos. Além disso, as mudanças são muito constantes hoje em dia, e estruturas altamente hierarquizadas dificultam as reações das organizações. Empresas com hierarquias horizontais estão mais aptas, estruturalmente, para flexibilizar adaptações e experimentar novas práticas, estimulando de forma mais adequada o crescimento do fluxo de conhecimento na empresa. Quarta dimensão – Políticas de recursos humanos refere-se à importância das pessoas para a gestão do conhecimento, uma vez que o conhecimento está diretamente ligado a elas. Isso justifica a necessidade de haver políticas adequadas para buscar, atrair, valorizar, cultivar, desenvolver e reter o quadro de pessoal, para que se obtenham posições significativas no mercado, vantagem competitiva e competências diferenciadoras. Quinta dimensão – Sistemas de informação mostra o grande suporte que esse sistema proporciona à GC, uma vez que favorece a comunicação e a geração de conhecimento dentro da empresa – embora, muitas vezes, ele não seja o foco, mas o apoio ao trabalho desenvolvido pelas pessoas. De qualquer forma, seu papel é Para Prahalad e Krihsnan (2008), os processos internos de uma organização são os capacitadores da inovação. Desse modo, é possível compreender a importância da gestão do conhecimento na construção do modelo de negócios da empresa – o qual representa a estratégia organizacional. fundamental, pois promove o compartilhamento de informações e conhecimentos e ainda propicia a retenção de informações de maneira segura. Sexta dimensão – Mensuração de resultados, do modelo de Terra (2000), prioriza a atenção para essa mensuração e o faz por meio de várias perspectivas e de sua comunicação com toda a empresa. Mensurar ativos intangíveis e conhecimento organizacional pode ser entendido como um grande desafio. Por mais que seja difícil fazer verificações quanto ao que foi produzido, que ganhos foram obtidos, que melhorias foram colocadas em prática, quais são as perspectivas de novos desenvolvimentos etc., todas essas mensurações devem fazer parte do cotidiano empresarial. As tarefas devem ser desenvolvidas sempre tendo em vista o contexto da atividade que está em execução, para poder contribuir nos processos de aprendizado e de geração de conhecimento na organização. Sétima dimensão – Ambienteexterno relaciona-se ao aprendizado com o ambiente. Nessa dimensão, há um fluxo de informações, conforme os modelos de quinta e sexta geração de inovação (vistos na disciplina de gestão da inovação). Assim, há um estreitamento das relações com diversos agentes envolvidos com a organização: clientes, parceiros em negócios, alianças comerciais e fornecedores de conhecimento (universidades, por exemplo). Além disso, no engajamento em atividades com a sociedade ou no envolvimento com o cliente/consumidor no processo de criação de produtos e serviços, também há um aporte de conhecimento. Note que os modelos apresentados são conceituais, portanto, carecem de adaptação ao contexto e à realidade de cada empresa, seja micro, pequena, média ou grande. Porém a essência é a mesma; a organização e o planejamento das atividades é que poderão variar em virtude da dimensão e dos recursos organizacionais. O objetivo dessa unidade foi apresentar conceitos e aspectos centrais dos processos de gestão da informação e do conhecimento nas organizações. Por um lado, gerenciar informações envolve um conjunto de atividades organizacionais voltadas para mapeamento, captura, criação, armazenamento, compartilhamento, disseminação e aplicação de informações. Por outro lado, a gestão do conhecimento envolve um conjunto mais complexo de atividades, pois requer a compreensão do lado mais subjetivo do conhecimento, ou seja, do saber tácito, conhecimento repleto de experiências pessoais e elementos informais. Adicionalmente, a unidade aprofundou o estudo do modelo de criação do conhecimento organizacional de Nonaka e Takeuchi (1997). Por meio dessa espiral, percebe-se que o conhecimento é criado por meio da interação contínua entre o saber tácito e o explícito, a partir de quatro modos de conversão: socialização, externalização, combinação e internalização. Por fim, foram discutidas as condições organizacionais favorecedoras da inovação. Ou seja, a criação contínua de novos conhecimentos depende da presença de contextos “Ba”, caracterizados pela autonomia, caos criativo, diversidade, liderança não convencional e estruturas flexíveis e descentralizadas. Assim, conclui-se que gerenciar o conhecimento emergente em “Ba” requer uma forma diferente de liderança, baseada no comprometimento, na confiança e na conexão social. Sugestão de artigos GONZALEZ, Rodrigo Valio Dominguez; MARTINS, Manoel Fernando. Gestão do conhecimento: uma análise baseada em fatores contextuais da organização. Revista Produção, São Paulo, v. 25, p. 834-850, n. 4 dez. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prod/v25n4/0103-6513-prod-0103_6513_145313.pdf>. Acesso em: 19 ago. 2016. SILVA, Luiz da Silva. Gestão do conhecimento: uma revisão crítica orientada pela abordagem da criação do conhecimento. Revista Ciência da Informação, Brasília, v. 33, p. 143-151, n. 2, 2004. Disponível em: . 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