Buscar

TRABALHO ESTUDO DE CASO - GARANTIA PARA PRODUTO COM DEFEITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
NOMES...
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
ESTUDO DE CASO - GARANTIA PARA PRODUTO COM DEFEITO
SÃO PAULO
DATA
NOMES...
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 
ESTUDO DE CASO - GARANTIA PARA PRODUTO COM DEFEITO
Parecer Técnico apresentado como avaliação para a disciplina de APS – Atividade Prática Supervisionada. 
Profª. XXXXXXXXXXXXX.
SÃO PAULO
DATA
Sumário
INTRODUÇÃO
1. PARECER JURIDICO.
1.1. Breve relato do caso.
1.2. Problemas e Soluções ao caso
1.3. Análise da Solução Apresentada pelo PROCON
2. A GARANTIA LEGAL, GARANTIA CONTRATUAL E GARANTIA ESTENDIDA NO ORDENAMENTO JURÍDICO. 
3. FICHA TÉCNICA.
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa atender aos tópicos solicitados na Atividade Prática Supervisiona – APS, o qual seja redigir um parecer jurídico ao caso levantado apresentando os problemas, as soluções ao caso e a fundamentação legal, além se analisar a resposta oferecida pelo PROCON ao caso e por fim redigir um texto sucinto sobre a garantia legal, contratual e estendida.
1. PARECER JURÍDICO
1.1. Breve relato do caso
Consulta-nos o Senhor Cecílio Roque acerca da solução oferecida pelo PROCON ao problema entre o mesmo e a empresa varejista, ao qual seria responsável pelo reparo do seu produto viciado, no caso uma televisão com problemas de imagem e som. 
Inicialmente, o Sr. Cecílio comprou uma televisão numa empresa varejista conhecida no mercado, contratando no ato da compra um seguro de garantia estendida para vigorar após o vencimento do prazo da garantia contratual que era de 2 anos, mesmo adotando todas as medidas corretas e necessárias para instalação do equipamento em sua residência, o aparelho apontou vício quanto a sua qualidade, ou seja, imagem e som de péssima qualidade.
Esclarecemos, de forma sucinta, que no caso em tela o produto possui o chamado vicio aparente e não defeito, conforme doutrina dominante acerca do tema 
“O vício do produto representa imperfeição que, embora não deflagrando acidente de consumo, compromete a sua utilização ou a sua destinação usual, assim também sendo considerada a discrepância entre o produto e as características anunciadas pelo fornecedor. (...) Noutras palavras, o vício é uma falha intrínseca do produto que afeta a potencialidade do seu uso ou o seu valor, tendo sempre presentes as legitimas expectativas do consumidor, já o defeito se caracteriza pelo reflexo externo e danoso do produto quando utilizado ou posto na esfera jurídica do consumidor”. (OLIVEIRA. James Eduardo. 2015)
Neste sentido também é o entendimento da Jurisprudência 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO USADO. VÍCIO DE QUALIDADE DO PRODUTO. ARTIGO 18, §1º, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DANOS MATERIAIS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR. Não havendo nos autos prova de que o defeito foi ocasionado por culpa do consumidor, subsome-se a vertente na regra contida no caput do artigo 18 da Lei n. 8.078/90, o qual consagra a responsabilidade objetiva dos fornecedores de bens de consumo duráveis pelo vício de qualidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, impondo-se o ressarcimento integral dos prejuízos sofridos. (STJ, REsp. 760.262/DF, 3ª T., rel. Min. Sidnei Beneti, Dje 15.4.2008).
CONSUMIDOR E CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONTRATUAL. DEFEITOS EM VEÍCULO ZERO-QUILÔMETRO. EXTRAPOLAÇÃO DO RAZOÁVEL. DANO MORAL. EXISTÊNCIA. JUROS DE MORA. DIES A QUO. CITAÇÃO. DISPOSITIVOS LEGAIS APRECIADOS: ARTS. 18 DO CDC E 186, 405 e 927 do CC/02. 1. Ação ajuizada em 14.5.2004. Recurso especial concluso ao gabinete da relatora em 8.8.2013. 2. Recurso especial em que se discute se o consumidor faz jus à indenização por danos morais em virtude de defeitos reiterados em veículo zero-quilômetro que o obrigam a levar o automóvel diversas vezes à concessionaria para reparos, bem como o dies a quo do cômputo dos juros de mora. 3. O defeito apresentado por veículo zero-quilômetro e sanado pelo fornecedor, via de regra, se qualifica como mero dissabor, incapaz de gerar dano moral ao consumidor. Todavia, a partir do momento em que o defeito extrapola o razoável, essa situação gera sentimentos que superam o mero dissabor decorrente de um transtornou ou inconveniente corriqueiro, causando frustação, constrangimento e angustia, superando a esfera do mero dissabor para invadir a seara do efeito abalo psicológico. 4. Hipótese em que o automóvel adquirido era zero-quilômetro e, em apenas 6 meses de uso apresentou mais de 15 defeitos em componentes distintos, parte dos quais ligados à segurança do veículo, ultrapassando, em muito, a expectativa nutrida pelo recorrido ao adquirir o bem. 5. Consoante entendimento derivado, por analogia do julgamento, pela 2ª Seção, do REsp 1.132.866/SP, em sede de responsabilidade contratual os juros de mora referentes à reparação por dano moral incidem a partir da citação. (STJ, REsp. 1.395.285/SP, 3ª T., rela. Mina. Nancy Andrighi, Dje 11.12.2013)
1.2. Problemas e Soluções ao Caso:
São diversos os problemas verificados no caso objeto deste parecer, sendo eles:
· Vicio aparente do aparelho eletrônico adquirido – o televisor possui vicio quanto a sua qualidade, sendo neste caso, a má qualidade da imagem e do som;
· Dúvidas quanto à cobertura da Garantia Legal, Contratual e Garantia Estendida – o cliente entende ser desnecessário à espera do prazo da garantia legal e requer o uso da garantia legal contratada a termo;
· Possibilidade de acionamento da seguradora quanto ao uso da garantia contratual de 2 anos;
· Insatisfação quanto a solução ofertada pela empresa varejista, que seria o reparo técnico no prazo de 30 dias.
· Prazo para solução dos problemas apresentados pelo aparelho.
Dentre as possíveis soluções aceitáveis e legítimas estão:
· Aguardar o prazo legal do art. 18, § 1º dado pela empresa varejista para o reparo técnico;
· Troca do produto adquirido por outra da mesma espécie;
· Restituição imediata da quantia paga, atualizada e sem prejuízo de perdas e danos;
· Abatimento proporcional do preço;
· Conserto do produto em prazo satisfatório.
· Em caso de estrapolação do prazo legal acionamento a garantia contratual contratada.
Os fundamentos legais utilizados:
· Código de Defesa do Consumidor;
· Doutrinas;
· Jurisprudências.
1.3. Análise da Solução Apresentada pelo PROCON
Embora o produto adquirido por Cecílio na rede varejista tenha apresentado vício logo após a sua instalação, o código de defesa do consumidor em seu Art. 18, prevê que os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis terão o prazo máximo de 30 dias para sanar os vícios apresentados, conforme descrito no texto da lei, transcrito abaixo:
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: (grifo nosso) 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor. 
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometera qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. 
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, 1990)[footnoteRef:1] [1: BRASIL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – LEI Nº 8.708, 11 de Set. de 1990. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>] 
Nesta seara, a jurisprudência também tem consagrado, conforme se verifica nos julgados abaixo, que o cliente deve aguardar o prazo legal de 30 a 90 dias, na ausência dessa possibilidade utilizar os formas de satisfazer sua pretensão.
“CONSUMIDOR. REPARAÇÃO DE DANOS. GELADEIRA. VÍCIO DE QUALIDADE. NECESSIDADE DE OPORTUNIZAÇÃO DE CONSERTO NO PRAZO LEGAL. PRODUTO NÃO ENCAMINHADO À ASSISTÊNCIA TÉCNICA. ART. 18, § 1º DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR. PRECEDENTES DAS TURMAS RECURSAIS CÍVEIS. Não havendo a autora oportunizado à ré o conserto do bem no prazo previsto no art. 18, § 1º do Código de Defesa do Consumidor, descabe sejam - a comerciante ou a fabricante - obrigadas à troca do produto. Assim, não respeitado pela demandante o trintídio legal, descabe a condenação das rés à substituição do produto ou a restituição do valor pago por ele, bem como à indenização por danos morais, impondo-se a reforma de decisão de primeiro grau para julgar extinta a demanda, por ausência de interesse de agir. Em que pese inexista recurso das Lojas Colombo, afigura-se aplicável ao caso a regra disposta no art. 509 do Código de Processo Civil, tendo em vista a similitude de interesses dos requeridos. RECURSO DA RÉ BRASTEMP PROVIDO. PREJUDICADO O RECURSO DA AUTORA. (TJ-RS, Recurso Cível 71004893533/RS, 1ª Turma Recursal Cível, rel. Marta Borges Ortiz, Dje 16.09.2014)
Não há que se falar na troca imediata do produto, com base na garantia legal, uma vez que a mesma, conforme o Art. 26 do Código de Defesa do Consumidor, se refere ao prazo para que o consumidor possa reclamar dos vícios apresentados nos produtos adquiridos.
O prazo previsto no CDC em seu art. 26, para o caso apresentado é de 90 dias por se tratar de um produto de consumo durável. A contagem do prazo é decadencial e se conta a partir da entrega efetiva do bem, ou produto.
“AÇÃO COM PEDIDO DE RESOLUÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, RESTITUIÇÃO DAS PARCELAS PAGAS E PERDAS E DANOS. COMPRA DE VEÍCULO AUTOMOTOR ZERO QUILÔMETRO, MEDIANTE FINANCIAMENTO COM GARANTIA FIDUCIÁRIA. VÍCIO DO PRODUTO. DEFEITO DE QUALIDADE QUE O TORNA IMPRÓPRIO PARA O USO. RUÍDOS, RESSONÂNCIA E VAZAMENTO NA CAIXA DE CÂMBIO. DESEMPENHO, CONFORTO E SEGURANÇA DO VEÍCULO COMPROMETIDOS. DIVERSAS RECLAMAÇÕES EFETUADAS PERANTE A CONCESSIONÁRIA, DENTRO DO PRAZO DECADENCIAL DE 90 DIAS. NÃOOBSERVADO O PRAZO DE 30 DIAS, PREVISTO NO ART. 18 , § 1º DO CDC , PARA SANAR O VÍCIO. POSSIBILIDADE DE RESCISÃO DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA. INVALIDADE E INEXIGIBILIDADE DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO PERANTE À COMPRADORA. CONTRATO COMPLEXO. DEVOLUÇÃO DA QUANTIA PAGA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.” (TJ-PR, Apelação Cível 4061110/PR)
Diante do exposto no caso mencionado por Cecílio, e visto os fundamentos legais previstos no Código de Defesa do Consumidor, a resposta enviada pelo PROCON ao consumidor está correta de acordo com a LEI 8.078 de 11 de setembro de 1990 - CDC.
2. A GARANTIA LEGAL, GARANTIA CONTRATUAL, E GARANTIA ESTENDIDA NO ORDENAMENTO JURÍDICO.
É pacífico no ordenamento jurídico que o fornecedor não pode se eximir da responsabilidade quanto a garantia dos produtos e serviços oferecidos no mercado. O consumidor encontra amparo no Código de Defesa do Consumidor - Lei 8.070/1990 para ter os seus direitos assegurados, sendo ele a parte hipossuficiente, na relação de consumo.
Assim, o CDC instituí através do Princípio da Adequação, disposto nos arts. 4º, II, “d”, 18, 24, 50 e 70, o fundamento quanto à conformidade do produto colocado no mercado, ou seja, impondo aos fornecedores a obrigação de responder pela salubridade do bem comercializado, não apenas em face do consumidor para o qual o alienou, mas também em face de todos aqueles que posteriormente venham a adquiri-lo. 
Segundo Rizzato Nunes (2015), “a garantia é de adequação, o que significa qualidade para o atingimento do fim a que se destina o produto ou o serviço, para não causar danos ao consumidor, durabilidade, ou desempenho”[footnoteRef:2]. [2: RIZZATTO NUNES, Luiz Antônio. Curso de Direito do Consumidor. 2015.] 
Neste sentido também é o entendimento de James Eduardo Oliveira (2015): 
“A garantia legal de adequação advém da própria Lei Protecionista e representa o respaldo mínimo que assegura ao consumidor a preservação dos seus interesses mais legítimos e elementares. E sendo as disposições da Lei 8.078/900 de ordem pública e por isso mesmo fora do alcance da derrogação convencional dos figurantes das relações de consumo, não pode a garantia legal ser objeto de supressão contratual”[footnoteRef:3]. [3: OLIVEIRA, James Eduardo. Código de Defesa do Consumidor: anotado e comentado – doutrina e jurisprudência. 2015] 
Para o entendimento do prazo da garantia se faz necessário um raciocínio previsto nos artigos 24 e 26 do Código de Defesa do Consumidor. Temos no art. 26 da referida lei, os prazos para que o consumidor possa reclamar dos vícios, e ou, defeitos apresentados pelos produtos, ou serviços adquiridos, e no art. 24 a garantia para o adquirente de que o fornecedor não poderá se eximir da responsabilidade dos produtos ou serviços ofertados, no mercado.
A garantia legal é entendida pela lei como a adequação do produto ou serviço, ou seja, o produto ou serviço, será adequado ao consumo a que se destina, e este não poderá acarretar riscos à saúde, e segurança do consumidor. Devendo serem observados os prazos previstos no art. 26 do CDC, prazo este decadencial.
Garantia Contratual está prevista no art. 50 do CDC, que prevê que está será complementar a garantia legal sendo conferida mediante termo escrito, o consumidor deve ficar atento aos termos previstos na garantia contratual que é ofertada pelo fabricante.
Garantia legal e garantia contratual: A garantia legal contra vícios, cujos prazos são previstos no artigo 26 do CDC, independe de termo expresso (art. 24), não podendo ser condicionada ou afastada em virtude de estipulação contratual entre consumidor e fornecedor. Ao contrário, estabelece o artigo 50 do CDC que a garantia contratual é complementar à legal, devendo ser estabelecida mediante termo escrito. (BRUNO MIRAGEM, Direito do Consumidor, Revista dos Tribunais, 2008, p. 328). – p. 348.
O PROCON orienta que ao adquirir o produto, o consumidor verifique a entrega do termo da garantia contratual, e se o prazo de cobertura previsto no termo, confere com aquele informado pelo fornecedor, a oferta vincula o ofertante.
Quanto a Garantia estendida, está também deve constar em termo, e pode ser entendida como uma espécie de seguro contratada pelo consumidor, vigorando após o prazo da garantia legal de 90 dias para os bens duráveis, e da garantia contratual oferecida pelo fabricante. Nessa garantia o consumidor deve ficar atento aos termos da apólice, visto que, ela se refere estritamenteao previsto no termo, prazo e alcance da cobertura (partes, ou totalidade do bem) podendo se aplicar à apenas parte do bem adquirido.
3. FICHA TÉCNICA
RIZZATTO NUNES, Luiz Antônio. Curso de Direito do Consumidor. 10 ed. São Paulo. Saraiva, 2015
NUNES JUNIOR, VIDAL SERRANO. Código de Defesa do Consumidor Interpretado. São Paulo 6. Ed. Verbatim. 2014
GRINOVER, Ada Pellegrini et al. Código brasileiro de defesa do consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999
OLIVEIRA, James Eduardo. Código de Defesa do Consumidor: anotado e comentado – doutrina e jurisprudência. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015
PROCON. Disponível em: < http://www.procon.al.gov.br/>. Acesso em: 31 de maio 2016.
BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
Guia de normalização para apresentação de trabalhos acadêmicos da Universidade Paulista: ABNT / Biblioteca Universidade Paulista, UNIP. / revisada e atualizada pelas bibliotecárias Alice Horiuchi e Bruna Orgler Schiavi. – 2014. 49p.: il. color. 
STJ, REsp. 760.262/DF, 3ª T., rel. Min. Sidnei Beneti, Dje 15.4.2008
STJ, REsp. 1.395.285/SP, 3ª T., rela. Mina. Nancy Andrighi, Dje 11.12.2013
TJ-RS, Recurso Cível 71004893533/RS, 1ª Turma Recursal Cível, rel. Marta Borges Ortiz, Dje 16.09.2014
TJ-PR, Apelação Cível 4061110/PR
2

Continue navegando