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RESENHA DO PIBID

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
Departamento de Educação - Campus XIV – Conceição do Coité- ba
COLEGIADO DE LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA E LITERATURAS
Bolsistas- Andreia, Bianca Guirra, Gabriela Mendes, Isabela Jesus, Mauricio Máximo, Mayana Boaventura, Perla Veronica, Rafaela e Valdinete Oliveira.
RESENHA PIBID 2019 
A PERPECTIVA INTERCULTURAL NO ENSINO DE LINGUAS: UMA RELAÇAO ENTRE CULTURAS
O texto a perspectiva intercultural no ensino de línguas: uma relação “entre culturas” da escritora Edleise Mende, a qual é professora associada da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde atua na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLinC). Também professora visitante na Universidade de Georgetown, Virgínia, Estados Unidos (2014) e na Universidade de Hyderabad, em Telangana, Índia (2017). Dedica-se a estudos sobre a língua portuguesa e os contextos culturais que a abrigam, com interesse principalmente nos seguintes temas: ensino e aprendizagem de língua portuguesa, materna e estrangeira (em seus variados contextos); formação de professores de língua portuguesa; avaliação e produção de materiais didáticos para o ensino de línguas; abordagens interculturais e críticas para o ensino de línguas; educação linguística e multilinguíssimo; políticas e projetos para a promoção, a projeção e a difusão da língua portuguesa no mundo. 
O texto é composto por dois subtítulos, o primeiro sendo uma relação ‘ entre culturas, discorre sobre a perspectiva intercultural de realizar uma mudança de foco no ensino de aprendizagem de língua dando mais ênfase as questões culturais, deixando de tratar as culturas apenas como conteúdos informativos sobre definido país, região grupo e comunidade. Já o segundo reforça a ideia da importância da reflexão e do planejamento para implementação de iniciativas no ensino\aprendizagem intercultural.
As discussões que têm sido travadas no âmbito do ensino/aprendizagem de língua em uma perspectiva intercultural objetivam empreender uma mudança de foco e, sobretudo, de postura, que incorpore as questões culturais ao conjunto de práticas pedagógicas de professores, mais diretamente e de pesquisadores da linguagem de uma maneira geral. Isso significa elaborar teorias e procedimentos pedagógicos que fujam do conhecido esquema de tratar a cultura como conjunto de conteúdos informativos e exóticos sobre determinado país, região, comunidade ou grupo especifico, tem a existência e funcionamento independente de toda rede social que a envolve.
Faz-se necessário, incorporar cultura e as relações interculturais como forma de inclusão e cooperação dos participantes do processo de aprendizagem, ou seja, adotar a perspectiva da cultura como meio de promover a integração e o respeito á diversidade dos povos, à diferença, permitindo ao aprendiz encontrar-se com a outra cultura sem deixar de ser ele mesmo. A expectativa é que os aprendizes se tornem “falantes interculturais”, que venham a ser bem-sucedidos no desenvolvimento de relações humanas com representantes de outras culturas, por exemplo, elas interagem com representantes de diferentes grupos sociais O conceito de “falante intercultural” ou “mediador” surge em oposição à ideia de um falante nativo ideal. Essa seria uma “dimensão intercultural” no ensino de línguas, pois o falante poderia ser capaz de se relacionar em diferentes contextos culturais, podendo evitar os estereótipos culturais, que podem ser negativos para a aprendizagem de qualquer língua estrangeira.
Ao assumirmos uma postura pedagógica culturalmente sensível, aos sujeitos participantes do processo de aprendizagem, devemos ter em conta que esta deve ser sempre uma relação dialética em duas vias: da língua cultura alvo em direção à língua/cultura do aprendiz e da língua/cultura do aprendiz em direção à língua cultura-alvo. Por esse motivo, uma pedagogia de valorização da cultura deve ter como base essa relação-que mais do que cultural, ou além de cultural, é intercultural ou entrecultural”. 
No caso do ensino de línguas estrangeiras a partir dessa perspectiva de abordagem, os termos são interpretados como de se compreender o ‘outro’ e a sua linguagem nacional. As diferentes denominações para o termo cross-cultural (muito frequentemente usado em língua inglesa) ou intercultural, destacados por Kramsch, mostram como as diferentes disciplinas e campos do saber atribuem significados diversos ao termo, a depender da sua perspectiva teórica.
Não há encontro entre culturas ou entre povos distintos sem que esteja presente uma intrincada rede de forças e tenções que são provenientes do embate de diferentes visões de mundo. Não há encontro de diferenças sem conflito. A depender do contexto no qual se dá a interação, ou seja, se as culturas gozam do mesmo prestigio social e político se não estão em situação de dominador e dominado, se o encontro é movido pelo desejo de obter conhecimento e aprendizado mútuos, entre tantas outras possibilidades, além de conflitos, choques e negociações naturais, ou melhor, acima de, podem estar presentes a cooperação mútua, a partilha de conhecimentos, os desejos de comunhão e integração e, sobretudo o respeito pelo outro, pela diferença.
Desse modo, promover o diálogo de culturas significa estarmos abertos para aceitar o outro e a experiência que eles trazem para o encontro a partir do seu ponto de vista, é permitir que as nossas próprias experiências possam dialogar com as do outro de modo intersubjetivo; é colocarmo-nos junto ao outro quando interpretamos o mundo à nossa volta, o mundo que nos abriga. Sugerimos a leitura do texto a estudantes de licenciatura de língua inglesa e áreas a fins e interessados na área de ensino de cultura e interculturalidade.

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