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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Equipe de Elaboração Instituto Mineiro de Formação Continuada Coordenação Geral Ana Lúcia Moreira de Jesus Gerência Administrativa Marco Antônio Gonçalves Professor-autor Esp. Marinez da Consolação Saraiva Souza Coordenação de Design Instrucional do Material Didático Eliana Antonia de Marques Diagramação e Projeto Gráfico Cláudio Henrique Gonçalves Revisão Ana Lúcia Moreira de Jesus Mateus Esteves de Oliveira ZAYN –Instituto Mineiro de Formação Continuada Travessa Antônio Olinto, 33 – Centro Carmópolis de Minas – MG CEP: 35.534-000 TEL: (31) 9 8844-2523 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Apresentação Boas-vindas! É com grande satisfação que o ZAYN – Instituto Mineiro de Formação Continuada agradece por escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus estudos. Estamos empenhados em oferecer todas as condições para que você alcance seus objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do processo de aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno. Desse modo, prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro de nossas atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o principal agente de sua formação e que, devido a isso, merece um material didático atual e completo, que seja capaz de contribuir singularmente em sua formação profissional e cidadã. Some-se a isso também, o devido respeito e agilidade de nossa parte para atender à sua necessidade. Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no processo de formação continuada de modo independente e eficaz, honrando pela assiduidade e compromisso discente. Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer a você total assistência e agilidade na condução das tarefas acadêmicas e, em consonância, a interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a modalidade de cursos on-line, você terá autonomia para formular seu próprio horário de estudo, respeitando os prazos de entrega e observando as informações institucionais presentes no seu espaço de aprendizagem virtual. Por fim, ao concluir um de nossos cursos de Doutorado, Mestrado, pós- graduação, segunda licenciatura, complementação pedagógica e capacitação profissional, esperamos que amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha aprimorado seu conhecimento crítico a cerca de temas relevantes ao exercício no trabalho e na sociedade que atua. Ademais, agradecemos por seu ingresso ao ZAYN e desejamos que possa colher bons frutos de todo o esforço empregado na atualização profissional, além de pleno sucesso em cada etapa da sua formação ao longo da vida. Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR ZAYN Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Organização do conteúdo: Profº Esp. Marinez da Consolação Saraiva Souza EMENTA: A supervisão educacional no Brasil em perspectiva histórica e política. Atribuições legais quanto à supervisão educacional no Brasil. Concepções sobre a supervisão educacional. Perfil do supervisor educacional. Papéis e funções do supervisor educacional. Práticas e técnicas da supervisão educacional. O supervisor educacional e a formação de professores. O supervisor educacional e os parceiros de trabalho. O estudo na prática supervisora. Mecanismos que auxiliam o trabalho do supervisor educacional. O supervisor educacional e o processo de avaliação escolar. . O Supervisor escolar: agente de mudanças. O supervisor: gestor, líder, dirigente, organizador e criador. Supervisor: postura crítica e reflexiva. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA UNIDADE 4 . RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM PERSPECTIVA POLÍTICA UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB OLHAR DE UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA UNIDADE 7A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR ESCOLAR UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR UNIDADE 9. O SUPERVISOR ESCOLAR E OS DIFERENTES PAPÉIS NO ESPAÇO ESCOLAR UNIDADE 10. SUPERVISÃO ESCOLAR: ENTRE OS DITAMES DA LEGISLAÇÃO E OS DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA QUESTÕES – VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR ESCOLAR EMENTA: A supervisão educacional no Brasil em perspectiva histórica e política. Atribuições legais quanto à supervisão educacional no Brasil. Concepções sobre a supervisão educacional. Perfil do supervisor educacional. Papéis e funções do supervisor educacional. Práticas e técnicas da supervisão educacional. O supervisor educacional e a formação de professores. O supervisor educacional e os parceiros de trabalho. O estudo na prática supervisora. Mecanismos que auxiliam o trabalho do supervisor educacional. O supervisor educacional e o processo de avaliação escolar. O Supervisor escolar: agente de mudanças.. O supervisor: gestor, líder, dirigente, organizador e criador. Supervisor: postura crítica e reflexiva OBJETIVOS � Analisar os aspectos teórico-históricos da função supervisora no que se refere às responsabilidades dos SE na articulação do processo educativo juntamente com a equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade escolar. � Caracterizar as diferentes abordagens da SE ao longo de sua construção histórica. � Analisar as funções do SE no contexto intra e extra-escolar, indicando estratégias para a sua concretização. � Explicitar os principais meios para os SEs subsidiarem a atividade coordenadora na escola. � Compreender a elaboração de um planejamento educacional visando atuar efetivamente na construção e implementação de projetos pedagógicos em espaços educacionais. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA UNIDADE 4 .RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM PERSPECTIVA POLÍTICA UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB OLHAR DE UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA UNIDADE 7A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR ESCOLAR UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR UNIDADE 9. O SUPERVISOR ESCOLAR E OS DIFERENTES PAPÉIS NO ESPAÇO ESCOLAR UNIDADE 10. SUPERVISÃO ESCOLAR: ENTRE OS DITAMES DA LEGISLAÇÃO E OS DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA QUESTÕES – VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar SUMÁRIO UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR 09 UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR 10 UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA 18 UNIDADE 4. RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL 20 UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM PERSPECTIVA POLÍTICA 25 UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB OLHAR DE UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA 30 UNIDADE 7. A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR ESCOLAR 36 UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR 40 UNIDADE 9. O SUPERVISOR ESCOLAR E OS DIFERENTES PAPÉIS NO ESPAÇO ESCOLAR 44 UNIDADE 10. SUPERVISÃO ESCOLAR: ENTRE OS DITAMES DA LEGISLAÇÃO E OS DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA 52 9 Práticas Pedagógicas doSupervisor Escolar UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR As mudanças pelas quais o mundo passa na atualidade, frente a realidades desafiadoras e complexas como a questão de responder aos desafios de uma sociedade globalizada, centrada na informação e nas tecnologias, requer da escola o repensar de suas ações de maneira que as práticas pedagógicas estejam em contínua e permanente reconstrução. O supervisor escolar e os demais participantes desse processo pedagógico precisam esforçar-se para acompanhar as novas características dessa sociedade que se apresenta de forma complexa, dinâmica e desafiadora. Tratando especificamente do trabalho do supervisor escolar, constatamos que neste início de século o foco do trabalho desse profissional da educação vem se modificando por conta desse cenário. Nesse sentido e ao contrário do que acontecia no passado, fica afastado qualquer indício de que o trabalho do supervisor deva estar centrado no controle puro e simples do trabalho do professor. Dessa forma, podemos constatar que a ação do supervisor escolar está longe de uma função mecanizada e baseada em uma rotina burocrática, como acontecia há décadas atrás, uma vez que, na atualidade, torna-se necessário e espera-se que o mesmo desenvolva ações baseadas na reflexão sobre o processo pedagógico, onde o professor torna-se o principal instrumento dessa reflexão, e não mais um agente a ser controlado no interior das escolas. 10 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Conviver com a diversidade é um dos desafios pelo qual passa a escola moderna e, ao supervisor escolar, cabe trabalhar essa realidade com os professores no sentido de explicitar as contradições e os conflitos consequentes dessa diversidade. A leitura que se deve ter da escola hoje, é de uma escola singular, porém inserida numa pluralidade e, ao supervisor, compete fazer com que o professor reflita sobre esse fato e aja de maneira tal, que suas ações locais se reflitam globalmente. Também é importante ressaltar que o supervisor escolar deva se colocar na função de problematizador frente ao ofício do professor a fim de fazer com que este reflita constantemente sobre sua ação na e para a educação. Ainda cabe ao supervisor escolar ter clareza e levar os professores a refletirem sobre o fato de que o conhecimento é um dado relativo, ou seja, que os procedimentos utilizados pelos professores não devem mais se apresentar de forma linearizadas, uma vez que a produção deles se dá em um movimento de ensinar e aprender. Além disso, também é necessário que o supervisor tenha uma atitude clara diante do processo ensino-aprendizagem, diante da função social da escola e de todos os outros aspectos que envolvem o fazer na e pela educação. E ainda, é na proposta pedagógica da escola que o supervisor deve ver uma possibilidade de reconstrução da mesma, propondo momentos de reflexão, confrontando a ação, principalmente dos docentes, com o que se apresenta na proposta e desta com a realidade social da escola. UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR A educação é um processo de transformação do ser humano no qual faz com que ele desenvolva suas potencialidades de acordo com o ambiente em que vive, para que isto ocorra o ser humano precisa de referências sendo como principais as referências familiares, sociais e culturais. O ser humano adquire diferentes maneiras e hábitos como o modo de ser, agir, pensar e sentir com essas diferenças ocorre mudanças que se dão através do processo de globalização; que é uma nova concepção de sociedade na qual estamos completamente envolvidos sendo que esse envolvimento se dá desde o nascimento e passa por diversas experiências cotidianas no meio familiar, social e escolar, até mesmo quando morremos, pois estamos em constante transformação. 11 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Ao longo da vida passamos a conviver com diferentes fontes de saberes tanto dentro como fora das experiências escolares e em cada experiência dessas aprendemos as diferentes maneiras e atitudes. Com a globalização podemos perceber grandes desafios para a escola, pois esta vem ocupando um espaço significativo na rotina diária de crianças e jovens, pois além da arte de ensinar ela passa a transmitir valores que são fundamentais para a vida em sociedade. Hoje em dia a escola constitui um espaço de aprendizagem completa, ou seja, um tipo de aprendizagem onde se estudam desde os conteúdos curriculares até a formação de cidadãos. Atualmente a escola deixa de ser um ambiente sombrio e opressivo como era no passado passando a ser um estabelecimento de diálogo e liberdade com desenvolvimento harmônico e prazeroso em seu ambiente, pois os profissionais da educação tratam à cultura e valores morais e éticos. Para que isto possa ocorrer é preciso que o trabalho do profissional da educação se constitua num compromisso político, pedagógico e coletivo para poder cumprir melhor a tarefa de formar cidadãos, dentro desta expressão percebe-se que há uma hierarquia dentro do contexto escolar. Ocorre-se o trabalho do educador e para que esse trabalho possa ter sentido precisa se do trabalho dos demais membros do ambiente escolar. Nas quais entra o aluno, o professor, o supervisor, diretor e demais membros da escola. O supervisor escolar, objeto de pesquisa do presente estudo, cuja função é orientar o grupo de professores, desafiar, instigar, questionar, motivar, despertando neles o desejo, o prazer, o envolvimento com o trabalho desenvolvido e dividindo as alegrias dos resultados obtidos. A ação do supervisor escolar é atribuída a funções complexas, de apoio e parceria com o professor o tipo de relação que ele estabelece com o grupo de professores, ao qual lidera, passa a ser a essência do desenvolvimento de seu trabalho. O Supervisor Escolar, portanto, é o profissional organizador ou orientador do trabalho pedagógico desenvolvido pelos professores em uma escola. Dentro desse trabalho no decorrer desse trabalho será aprofundada a atuação do supervisor pedagógico frente às avaliações externas que vem ocorrendo ultimamente no Brasil. O objetivo deste trabalho é conhecer as principais questões da supervisão escolar dentro do mecanismo de avaliação escolar externa no qual se encontra dentro da pratica 12 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar pedagógica, política, cultural ressaltando a eficiência entre a comunicação entre o supervisor escolar e o professor. A avaliação escolar externa é um tipo de investigação propícia ao supervisor escolar quanto à revisão de seus procedimentos cabe ao supervisor escolar reorientar o professor a seguir caminho da aprendizagem que propiciem um melhor resultado externo. Este resultado passa a se tornar como sinal para uma reflexão e autocrítica para o professor perceber o que se pode melhorar dentro de sala de aula. O papel do supervisor escolar Em relação a todos os profissionais das instituições de ensino o supervisor é quem estabelece o posicionamento de fazer, agir, movimentar e envolver-se interagindo na comunidade dos relacionamentos na escola, em sala de aula nas quais os alunos estão inseridos. Para Medina (1997), o trabalho do supervisor, centrado na ação do professor não pode ser confundido como assessoria ou consultoria, por ser um trabalho que requer envolvimento e comprometimento. Segundo a autora o supervisor escolar tem como objeto de trabalho a produção do professor – o aprender do aluno – e preocupa-se de modo especial com a qualidade dessa produção. Portanto, o objeto de trabalho do supervisor é a aprendizagem do aluno através do professor, onde ambos trabalham como numa equipe um dependendo do outro. Considera-se o papel fundamental do supervisor: ser o grande harmonizador do ambiente da escola. Para Alves (1994), o supervisordeve ser o profissional encarregado do controle de qualquer ação, o supervisor escolar deve ser o encarregado de promover a interação entre teoria e prática, entre pensamento e ação. Segundo a autora o supervisor escolar é um profissional que faz o elo entre os diferentes setores da escola que cuidam diretamente com o ensino e a aprendizagem, e com as relações com os pais dos alunos. O supervisor escolar tem como objeto de trabalho não só os professores e alunos, mas sim os pais de alunos também. Quanto a Rangel (2001), o supervisor escolar faz parte do corpo de professores e tem sua especificidade do seu trabalho, caracterizado pela coordenação das atividades didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de oportunidades coletivas de estudo. 13 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Segundo Pires (1990) o supervisor escolar tem diferentes qualidades. Suas principais qualidades dentro é efetivamente deve ser capaz de promover a interação entre os grupos que atuam na escola, zelar pela qualidade do ensino, colaborar diretamente com os professores, com os alunos e suas famílias, e acima de tudo, se transformá-los em instrumentos capazes de facilitar mudanças. O papel do supervisor passa, então, a ser redefinido com base em seu objeto de trabalho, e o resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o aluno que aprende passa a construir o núcleo do trabalho do supervisor na escola. (MEDINA 1997, p 22). Podemos perceber que o papel do supervisor escolar é fazer uma ligação entre professor, pais e alunos. O supervisor escolar deve ser claro e preciso em seus conceitos para atingir o objetivo de seu trabalho. Para que o supervisor escolar consiga atingir seus objetivos ele deve traçar o perfil da escola dentro do projeto político pedagógico sempre orientando, ajudando os professores, alunos e pais. Estes sim devem fazem com que o trabalho escolar seja um modelo de busca e aprendizado em seu dia a dia. O supervisor escolar nunca deve esquecer que sempre deve haver uma comunicação dialógica entre ele e os demais membros da comunidade escolar, pois o diálogo é fundamental. Aprofundando-se bem claramente no Projeto Político Pedagógico de uma Escola (PPP), percebe-se que as funções do supervisor dentro do contexto escolar devem estar voltadas para o planejamento, a organização, e a programação de atividades curriculares capazes de delinear mudanças. A valorização do processo e dos meios eficazes para objetivar as metas da escola e principalmente em termos de aprendizagem e mudanças dos alunos em termos de valores, morais e éticos (MINAS GERAIS, 2000). Dentro do mesmo dimensionamento, segundo a secretaria estadual de educação de Minas Gerais (SEE/MG), a presença do supervisor escolar na dinâmica que gerencia todas as ações da escola, o processo didático e do conhecimento que se ensina, aprende e (re) constrói, é importantíssimo; uma vez que pode incentivar e promover o ensino e a aprendizagem. A ação supervisora, desenvolvida nas escolas, deve ser essencialmente a de acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com especial atenção, em ambos os casos, aos fundamentos determinados na LDB 9.394/96; propiciar oportunidades de estudo e interlocução aos professores, em atividades coletivas, que reúnam professores que desenvolvem um mesmo conteúdo nas diversas séries e níveis escolares; propiciar 14 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre o material didático. (RANGEL, 2001, p. 40). Para Rangel (2001) no que se refere à descrição de métodos e técnicas de ensino, a ação supervisora pode incentivar o estudo de princípios metodológicos, enfatizando, nas sessões de estudo, elementos pontuais para a escolha do método, atitudes de estudo (ler, debater, avaliar, reelaborar conceitos e práticas). Como afirma Lima (2006), dificilmente a supervisão escolar será totalmente aceita por todos os profissionais da escola, principalmente no que se refere às mudanças, pois muitos profissionais são resistentes às mudanças, no entanto existem possibilidades para eliminar e/ou diluir estas barreiras. Percebe-se que a supervisão pedagógica tem o sentido de promover e preparar para a mudança, algumas medidas que serão sempre necessárias. Como afirma Pires (1990), o supervisor pedagógico pode amenizar e/ou canalizar os possíveis conflitos para que o processo de mudanças ocorra naturalmente. Para o autor, precisa-se de um tempo necessário ao processamento dessas mudanças e as dificuldades para seu alcance tendem a ser tanto maiores quanto mais complexas forem às modificações pretendidas. As mudanças ligadas aos conhecimentos são as mais fáceis; supõem a apreensão de novas informações ou o enriquecimento de informações anteriores acumuladas. Os objetivos da escola sejam administrativos, didáticos pedagógicos e até os relacionamentos interpessoais na escola e mesmo entre as famílias dos alunos, serão facilitados à medida que o supervisor pedagógico desempenhe suas tarefas objetivamente; quando ele facilita aos professores a aquisição de informações relativas a conteúdos e metodologias, quando ele permanece como centro irradiador de todas as ações desenvolvidas na escola (RANGEL, 2001). Frente os resultados encontrados na escola o supervisor apresenta-se como um líder, pois ele coloca resultados, dinamiza encontro e orienta conceitos e práticas na escola. O supervisor reúne conhecimento para buscar soluções para as questões escolares fazendo do espaço escolar intercambio de experiências buscando sempre uma alternativa para um novo caminhar. 15 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar O papel do supervisor na avaliação externa Nas duas ultimas décadas foi implantado o sistema de avaliação educacional externa no qual vem crescido muito no Brasil o interesse amplo por avaliações externas. Segundo Castro (2009) se há uma política que avançou no Brasil, nos últimos 15 anos, foi à implantação dos sistemas de avaliação educacional. Neste período, inúmeras iniciativas deram forma a um robusto e eficiente sistema de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino, consolidando uma efetiva política de avaliação educacional. [...] essa avaliação educacional é considerada hoje uma das mais abrangentes e eficientes do mundo, pois a política de avaliação engloba diferentes programas, tais como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb, o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, o Exame Nacional de Cursos – ENC, conhecido como Provão e, posteriormente, substituído pelo Exame Nacional de Desempenho do Ensino Superior – Enade, o Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos – Enceja, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – Sinaes, a Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb (CASTRO, v. 23, 2009). A autora relata que o objetivo da avaliação escolar externa e da avaliação educacional no Brasil é hoje, sem dúvida, instrumento fundamental do processo de prestação de contas à sociedade e de enriquecimento do debate público sobre os desafios da educação no país; pois essas avaliações permitem a construção de um diagnóstico no sistema de ensino nos quais esses diagnósticos são focados na aprendizagem e na escola. Nessa realização de avaliações em grande escala percebe-se que essas avaliações permitem a construção de um diagnóstico no sistema de ensino; revelando resultados em diversos momentos no percurso escolar do educando para conhecer melhor a dinâmica dos processos e resultados dos sistemas educacionais gerando correções e distorções no ensino, podendo observar se a escola esta ensinando aquilo que é necessário ensinar. Para Castro (2009) apud Ferrer e Arregui (2003), esta convergência em torno das avaliações “estandarizadas” éderivada de visões, perspectivas e interesses distintos quanto ao papel dos sistemas educativos: melhorar as economias nacionais, estabelecendo vínculos mais fortes entre escolarização, emprego, produtividade e mercado; melhorar os resultados de aprendizados relacionados às competências e habilidades exigidas pelo mercado de trabalho; obter um controle mais amplo dos sistemas educativos nacionais sobre os conteúdos curriculares e a avaliação; reduzir os 16 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar custos dos governos na educação; e ampliar a contribuição da comunidade para a educação por meio de sua participação na tomada de decisões escolares. Em relação a esses resultados e perspectivas a maioria dos autores que opinam em relação ao tema defendem a necessidade de melhorar a eficiência dos sistemas educativos e de fomentar a responsabilidade social e profissional pelos resultados da educação. Na verdade ainda não aprendemos a usar, de modo eficiente, os resultados das avaliações para melhorar a escola, a sala de aula, a formação de professores, na qual a avaliação perde sentido para os principais protagonistas da educação: alunos e professores. Frente esses resultados, surgiu a necessidade e a importância da valorização do supervisor escolar. Com esses resultados o supervisor formula, implementa e ajusta melhorias para que o professor ministre melhor suas aulas atingindo padrões de qualidade compatíveis com as novas exigências pelo qual acaba sendo um ciclo, um dependendo do outro. Para castro (2009), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb, o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem e mais recentemente a Prova Brasil apresentam distintas características e possibilidades de usos de seus resultados para que as informações avaliativas sirvam também para o próprio processo de formulação, implementação e ajuste de políticas educacionais. Pode-se perceber que o principal desafio é definir estratégias de uso dos resultados para melhorar a sala de aula e a formação dos professores, de modo a atingir padrões de qualidade compatíveis com as novas exigências da sociedade do conhecimento. Considerações finais Atualmente estamos passando por mudanças em nosso que cotidiano que por muitas vezes não sabemos o como conduzir, essas mudanças vem ocorrendo em maneiras tão proporcionais que vem interferindo em todos os ambientes pelo qual circulamos. Em termos de escola, por exemplo, esta vem enfrentando dificuldades de ordem social e econômica, sejam elas públicas ou privadas, o que se reflete diretamente no desenvolvimento do trabalho pedagógico desenvolvido. Cabendo ao Supervisor escolar se responsabilizando por fatores que ele deve interferir e intervir para um melhor resultado nas avaliações escolares com a finalidade de contribuir efetivamente com a qualificação do trabalho docente passando a se encontrar em novos desafios e com o 17 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar objetivo de formar-se para poder formar, servir para poder liderar, agir para poder transformar. Referências ALVES, Nilda (coord.) Educação & Supervisão. São Paulo. Cortez Editora: Autores Associados, 1994. CASTRO, M.H.G. Sistemas de avaliação da educação no Brasil: avanços e novos desafios. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 23, n. 1, p. 5-18, jan./jun. 2009. Disponível em: <http://www.seade.gov.br>; <www.scielo.br>. Acesso em: fevereiro de 2012 FERRER, J.G.; ARREGUI, P. Provas internacionais de aprendizado aplicadas na América Latina e seu impacto na qualidade da educação: critérios para futuras aplicações. Rio de Janeiro, Preal, 2003. LIMA, Elma Correa. Refletindo políticas públicas e educação. In: Supervisão e Orientação Educacional: perspectivas de integração na escola. Cortez Editora, 2006. MEDINA, Antônia da Silva. Supervisão Escolar: da ação exercida à ação repensada. Porto Alegre : EDIPUCRS, 1995. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Propostas curriculares para o Ensino Fundamental e Médio. Belo Horizonte:SEE/MG, 2000. NUNES, Marília Forgearini. Supervisão e Novas tecnologias. Disponível: http://www.centrorefeducacional.com.br/superfect.htm. Acesso, 05/14/2011. PIRES, Maria Ribeiro. O Papel do Profissional na Escola. In. Revista do Departamento de Ensino do 2º Grau. SEE/MG, 1990 RANGEL, Mary (org.). Supervisão Pedagógica: Princípios e práticas. Campinas, SP: Papirus, 2001. 18 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA Dentro das inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, de ordem econômica, política,social, ideológica, a escola, como instituição de ensino e de práticas pedagógicas, enfrenta muitos desafios que comprometem a sua ação frente às exigências que surgem.Assim, os profissionais, que nela trabalham, precisam estar conscientes de que os alunos devem ter uma formação cada vez mais ampla, promovendo o desenvolvimento das capacidades desses sujeitos. Para tanto, torna-se necessária a presença de um supervisor pedagógico consciente de seu papel, da importância de sua formação continuada e da equipe docente, além de manter a parceria entre pais, alunos, professores e direção. De acordo com o Regimento Escolar, Artigo nº. 129/2006-Resolução CEE/TO, "a função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia, coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas com o processo de ensino e aprendizagem, visando sempre à permanência do aluno com sucesso." Já segundo Clementi (apud Almeida), cabe ao supervisor "acompanhar o projeto pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também é importante que compreenda as reais relações dessa posição." Partindo desse pressuposto, podem-se identificar as funções formadora, articuladora e transformadora do papel desse profissional no ambiente escolar. Considerando a função formadora, o supervisor precisa programar as ações que viabilizem a formação do grupo do grupo para qualificação continuada desses sujeitos.Consequentemente, conduzindo mudanças dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, produzindo impacto bastante produtivo e atingindo as necessidades presentes. Assim, muitos formadores encontram na reflexão da ação, momentos riquíssimos para a formação. Isso acontece à medida que professores e supervisores agem conjuntamente observando, discutindo e planejando, vencendo as dificuldades, expectativas e necessidades, requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros do grupo, atingindo aos objetivos desejados. As relações interpessoais permeiam a prática do supervisor que precisa articular as instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua atenção. 19 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Conforme Almeida (2003), na formação docente, "é muito importante prestar atenção no outro, em seus saberes, dificuldades", sabendo reconhecer e conhecer essas necessidades propiciando subsídios necessários à atuação. Assim, a relação entre professor e supervisor, à medida que se estreita e ambos crescem em sentido prático e teórico(práxis), concebe a confiança, o respeito entre a equipe e faborece a constituição como pessoas. Na parceria escola X família, esse peofissional é requerido para estreitar esses laços e mantê-los em prol da formação efetiva dos educandos à medida que cada instância assuma seu papel social diante desse ato indispenásavel e intransponível. Como ressalta Alves(apud Reis,2008) "homens que através de sua ação transformadora se transformam. É neste processo que os homens produzem conhecimentos, sejam oa mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam aqueles que resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias explicativas." Assim, é papeldo supervisor favorecer a construção de um ambiente democrático e participativo, onde se iincentive a produção do conhecimento por parte da comunidade escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos. Os órgãos colegiados são espaços que proporcionam essa formação à medida que a participação, o compromisso e o protagonismo de seus componentes, pais, alunos, professores, coordenação e direção, ocasionem transformações significativas nesse ambiente. Cabe ao supervisor atuar coletivamente e visualizar esses espaços como oportunidades para o desempenho das suas funções. Apesar das inúmeras responsabilidades desse profissional já descritas e analisadas aqui, o supervisor pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar, tais como tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional. Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a própria formação, independente da instituição e de cursos específicos, correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo e fatores de ordem pessoal que podem interferir em sua prática. Muitas vezes, a escola e o supervisor se questionam quanto à necessidade desse profissional e chegam à conclusão que esse sujeito pode promover significativas mudanças, pois esse trabalha com formação e informação dos docentes, principalmente. O espaço escolar é dinâmico e a reflexão é fundamental a superação de obstáculos, socialização de experiências e fortalecimento das relações interpessoais. 20 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar O supervisor pedagógico é peça fundamental no espaço escolar, pois busca integrar os envolvidos no processo ensino-aprendizagem mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor e a sua, desenvolvendo habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente na construção de uma educação de qualidade. UNIDADE 4. RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL Por: ROBERTO GIANCATERINO O supervisor escolar faz parte do corpo de professores e tem a especificidade do seu trabalho caracterizado pela coordenação – organização em comum – das atividades didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de oportunidades coletivas de estudo. Conforme Alarcão (1996), no contexto brasileiro, a supervisão apresenta-se como uma prática relativamente recente. Remonta aos anos 70 e surgiu no cenário sócio-político-econômico, historicamente, como a função de controle. Esta opinião pode ser vista nas palavras de Rangel et alli (2001:12) relatam que: A supervisão passa de escolar, como é freqüentemente designada, a pedagógica e caracteriza-se por um trabalho de assistência ao professor, em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização do desenvolvimento de processo ensino-aprendizagem. A sua função continua a ser política, mas é uma função sociopolítica crítica (...). Nesta perspectiva, na atualidade pode-se inferir que o papel do supervisor está atrelado à gestão da escola como um todo. Uma vez que ele busca junto com o professor minimizar as eventuais dificuldades do contexto escolar em relação ao ensino- aprendizagem. Ao falar em supervisão, é preciso situá-la quanto ao nível e ao âmbito de ação. A supervisão da qual se fala neste contexto é a que se realiza na escola, integrada à equipe docente, com âmbito de ação didática e curricular. É preciso, entretanto, reconhecer outros níveis centrais e intermediários da função supervisora, à qual incumbem ações de naturezas pedagógicas, administrativas e de inspeção. Todavia, são históricos, também os conceitos sobre a função do Supervisor, se configuraram a partir de práticas e paradigmas implícitos em discursos que legitimaram a ideologia, em quase todos os casos, dominante. Como o período da ditadura não é um fato histórico tão distante, muitos ainda não se desvencilharam totalmente de seus efeitos, 21 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar o que é compreensível quando encontramos entendimentos acerca da Supervisão que remontam ao espírito ditatorial com manifestos numa linguagem e práticas em consonância com termos como fiscalização e inspeção. A estruturação do Serviço de Supervisão se deu sobre esta ótica, o que hoje levam muitos a confundir aspectos técnicos com administrativos, até porque o contexto que gerou a Supervisão Escolar é decorrente de uma política perpetuadora da estratificação social. “É neste contexto, que emerge a Supervisão Escolar como um meio de controlar o que foi planejado ao nível central” (Silva, 1987:72). De acordo com Silva Júnior e Rangel (1997), em seu início a Supervisão Escolar foi praticada no Brasil em condições que produziam o ofuscamento e não a elaboração da vontade do supervisor. E esse era, exatamente, o objetivo pretendido com a supervisão que se introduzia. Para uma sociedade controlada, uma educação controlada; um supervisor controlador e também controlado. Lima (in Rangel 2001), acredita que, com a implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1997), a supervisão educacional foi considerada uma grande aliada do professor na implementação, associada à avaliação crítica, desses parâmetros. Contudo, para que se possa alcançar esse objetivo, é necessário que a supervisão seja vista de uma perspectiva baseada na participação, na cooperação, na integração e na flexibilidade. Nesse sentido, reconhece-se a necessidade de que o supervisor e o professor sejam parceiros, com posições e interlocuções definidas e garantidas na escola. A questão conceitual é extremamente importante, uma vez que ela determina uma prática, num determinado contexto, em determinada época. Esta ação pode ser restrita ou abrangente, burocrática ou pedagógica, política ou subserviente, alienada ou comprometida. Permite optar por uma ação fundamentada, que, aliás, deve ser a característica de um Supervisor Escolar. A natureza conceitual subsidiará a ação, consciente ou inconscientemente. E ação consciente é privilégio dos comprometidos, dos que realmente têm maturidade para optar, para planejar e executar Atribuições do supervisor escolar • Coordenar e organizar os trabalhos de forma coletiva na escola, oferecer orientação e assistência aos professores, bem como fornecer aos mesmos materiais e sugestões de novas metodologias para enriquecer a prática 22 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar pedagógica; • Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento dos conteúdos, bem como sugerir novas metodologias que os avaliem na prática pedagógica e aperfeiçoem seus métodos didáticos; • Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e o trabalho do professor junto ao aluno auxiliando em situações adversas. Silva Júnior e Rangel (1997) pontuam que, o supervisor, como qualquer profissional, em seu curso de formação e em sua prática, prepara-se para atuar como especialista, no caso, como supervisora do processo curricular, seja em sua formulação, execução, avaliação ou reorientação. E é instrumentalizada para coordenar o processo de construção coletiva do projeto político-pedagógico da escola. Ressaltam também que a supervisão escolar não se detenha em sua superfície, mas atinja camadas mais profundas, onde se encontram as raízes de questões que envolvem o trabalho educativo. É sabido que exercer a função de supervisor requer uma visão nobre - a visão geral de fundamentos, princípios e conceitos do processo didático. Conforme Silva Júnior e Rangel (1997) a ação supervisora, implica ter-se uma concepção clara a respeito: • Da escola como instituição social fincada numa sociedade que temsua base no sistema capitalista; • Do sentido que têm a educação e o ensino; • Da posição que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos agentes educacionais; • Da posição que o próprio supervisor se atribui como agente do ensino e da educação; • Do objeto específico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de observar o cotidiano, para através dele, transformar sua ação. 23 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Relevância da supervisão educacional É relevante, haja vista que a mesma atua no sentido da construção de uma competência docente coletiva. Visa ao acompanhamento ao aluno com ajuda de professores, para um bom desenvolvimento do ensino-aprendizagem, bem como ajuda no fornecimento de materiais alternativos, para tornar conteúdos mais atrativos visando sempre uma melhoria na aprendizagem; Procura soluções para situações que permeiam o relacionamento aluno-professor, pois é uma pessoa apta e disponível para atender problemas individuais, bem como elevar os bons trabalhos realizados. objetivos, conteúdos e finalidades. Assim sendo, sua primeira característica é a complexidade de sua função. A função de supervisor acopla funções de orientador, assistente social, psicólogo, visando prestar suporte às atividades dos professores no desenvolvimento do currículo escolar. relações entre professores, alunos, objetivos, conteúdos, avaliação e recuperação da aprendizagem; - Da especificidade dos temas dos programas; De fundamentos da aprendizagem e da dinâmica da sala de aula, como a diversificação metodológica; De processos e recursos da avaliação e recuperação da aprendizagem. Entraves à eficácia no trabalho do supervisor Falta de conhecimento dos professores da função do supervisor na escola, avaliação crítica do seu próprio desempenho e um esforço continuado de aperfeiçoamento como técnico e como pessoa. Só dessa forma conseguirá a mobilização das energias dos professores no sentido dos objetivos educacionais perseguidos (VILLAS BOAS, 2003). Funções exercidas pelo Supervisor Educacional - Atuar no desenvolvimento do currículo e desta forma, assegurar o relacionamento e a ordenação seqüencial dos conteúdos. - Dinamizar o processo educacional e promover a melhoria qualitativa do ensino. 24 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar - Elaborar o plano anual de atividades do Serviço de Supervisão Pedagógico. - Promover estudos para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido no processo ensino-aprendizagem. - Supervisionar a execução do Plano Pedagógico, a fim de que se processe a integração do Corpo Docente em relação a objetivos, conteúdos programáticos e técnicas de direção de aprendizagem, sistema de controle de aproveitamento e normas de conduta. - Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando as causas de aproveitamento insuficiente. - Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento de estudos de recuperação e de adaptação. - Julgar, auxiliado pelos professores, da equivalência ou da insuficiência de conteúdos curriculares, em casos de recebimento de transferências, e das formas de adaptação a serem adotadas, quando necessário. - Responsabilizar-se, na esfera de sua competência, pela integração do Serviço de Supervisão Pedagógica com outros serviços da instituição de ensino, principalmente com o Serviço de Orientação Educacional. - Informar os professores a respeito ao papel que o supervisor deve desempenhar a função que lhe cabe. - A escola deveria ter também o orientador educacional para fazer o trabalho diretamente com pais e alunos. - Dialogar mais com os professores, sempre buscando um melhor atendimento para se fazer um trabalho em conjunto cada vez mais satisfatório sempre visando o aluno. - A escola deveria contar com apoio na orientação pedagógica, sem a qual a função deste recai sobre a supervisão. 25 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM PERSPECTIVA POLÍTICA RESUMO A supervisão educacional foi oficializada com a LDB de 71, mas a ideia de supervisão existe desde a época dos Jesuítas intricada nas funções de prefeito de estudos e de inspetor. Contemporaneamente, a supervisão tem caráter político e transformador. Palavras-chaves: supervisão, educação, história, política. 1. INTRODUÇÃO Nesse presente artigo abordaremos a Supervisão Educacional em caráter crítico, político e social. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dá respaldo para a função de supervisor no art. 64 - “A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós- graduação á critério da instituição de ensino, garantida nesta formação, a base comum nacional.” Os aspectos socioeconômicos e políticos influenciaram a ação supervisora por toda a história educacional brasileira. Apesar de ser reconhecida oficialmente pela LDB de 1971, a ideia de Supervisão tem origem no Período Colonial, quando foi organizado o primeiro sistema educacional brasileiro. A educação – um ato político Antes de entramos na perspectiva política da supervisão educacional, faremos uma análise sobre o que é a educação dentro dessa perspectiva. A educação é uma manifestação de atividade social. Apesar de esquematizar a educação partindo da posição que o homem precisa ser moldado pela sociedade, a relação estabelecida entre o indivíduo e a sociedade através da educação, está fundamentada nas suas origens. No momento em que se desenvolvem seus conceitos sobre homem e suas relações com a sociedade situando à educação não como mecanismo de ajustá-lo as estruturas sociais, mas como fator dinamizante delas, 26 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar através do ato inovador do indivíduo. A educação não é efetiva numa realidade isolada a radicalização do processo capitalista associado é uma opção acelerada da modernização. Com o objetivo de alcançar o modelo implantado atingindo a acumulação do capital, se fez necessário a formação de certo profissional, daí as implicações do modelo econômico na educação: qualificar profissionais técnicos para atender as necessidades do mercado de trabalho. De acordo com esta ideologia a contribuição da educação é dupla, trata-se de uma educação técnica, reduzida aos aspectos técnicos que deturpa o sentido da verdadeira ação educativa e global, garantia da reprodução das relações sociais de produção feita através dos aparelhos ideológicos do Estado: igrejas, família, os sistemas jurídicos, político e sindical, os meios de informação e a escola - o maior e mais eficaz aparelho ideológico do Estado. Não existe uma forma única de educação nem a escola é o único lugar onde ela acontece tampouco é o melhor lugar e o professor o único praticante. A educação é uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam; ela é a “expressão da sociedade” (DICK, 2006) sua missão principal é transformar sujeitos e mundos em “alguma coisa melhor” (BRANDÃO, 1995). Entretanto na prática a mesma educação que educa pode deseducar e correr o risco de fazer o contrário do que pensa que faz ou que inventa que pode fazer. O ensino formal é o momento em que a educação se sujeita á pedagogia, cria situações próprias para seu exercício, produz os métodos, estabelece regras e tempos e constitui executores especializados. È quando surgem escola, aluno, professor, diretor e supervisor. A educação é uma prática social que subsiste dentro da sociedade e da cultura e que funciona sob determinação de exigências, princípios e controles sociais. Atua sobre a vida e o crescimento da sociedade emdois sentidos: no desenvolvimento de suas forças produtivas e de seus valores culturais. É um conjunto de elementos significativos que são resultados das dinâmicas das inter-relações e busca a promoção do homem histórica e circunstancialmente situado, ou seja, é um ato político. Contudo, a esperança que temos consiste em não acreditar na ilusão que os avanços tecnológicos irão revolucionar a educação, mas acreditar no ato humano existente tanto no trabalho pedagógico quanto no ato político de reivindicar uma nova escola e um novo mundo igual e livre, onde a educação continua sendo movimento e ordem, sistema e contestação. O velho e o novo juntos numa relação recíproca, sem autoritarismo, com crítica e bom senso. 27 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Perspectiva política A supervisão escolar caracteriza-se como função em relação ao sistema e disfunção em relação à educação porque cumpre as funções implícitas, decorrentes da política vigente racional, funcionalista, tecnicista, ingênua, acrítica, direcionada, conservadora, executora, perpetuadora da estratificação social, acontece na escola com os serviços burocráticos. A supervisão educacional caracteriza-se como uma função comprometida com a educação porque cumpre com as funções explicitas; é capaz de opção, percepção da realidade, como função política, reflexiva, critica consciente, assumida, inovadora, decisória, transformadora, libertadora, criativa em todas as direções. Situa-se nas questões e serviços da educação, sua ação extrapola os limites da escola pra alcançar os aspectos estruturais e sistêmicos; traz consigo envolvidos os serviços das "instancias intermediária e centrais do sistema e da política da educação”. O supervisor educacional é um profissional especialista em educação e, como função política, reflexiva, critica consciente, assumida, inovadora, decisória, transformadora, libertadora, criativa em todas as direções. Segundo Saviani, a Supervisão em educação é entendida como uma função educativa, como tal, tem a característica técnico-política de instrumentalizar o povo para determinados fins de participação social. Dependendo da perspectiva de quem educa, tal instrumentalização leva a uma participação que pode ou não estar de acordo com os interesses do povo. Todavia, a grande maioria dos supervisores não se dá conta de sua função política e dá ênfase a função técnica priorizando procedimentos, fragmentando o processo pedagógico e reforçando á dominação da elite. A função do supervisor no contexto histórico brasileiro é fundamentalmente político e não técnico como se difunde. Para não contribuir para esse reforçamento o supervisor deve mudar de atitude, assumindo seu papel político explicitamente. Antes de qualquer coisa o supervisor é educador e precisa estar comprometido com a mudança, não somente ter a habilitação em Pedagogia - não um pré requisito - mas ser consciente do processo histórico e do seu lugar dentro da escola e fora dela. Ele necessita compreender e ultrapassar a percepção da escola brasileira na sociedade capitalista buscando a transformação, tendo clareza das suas posições políticas e educativas sendo sujeito ativo desse processo histórico - dele e dos atores- para que se procedam as mudanças requeridas no momento atual. Segundo Nogueira, a categoria ao se posicionar por ser agente de transformação da realidade social vigente, por uma nova política nacional de supervisão educacional e 28 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar pelo comprometimento com a concepção de educação e de escola que atenda aos anseios da sociedade brasileira numa perspectiva democrática e democratizadora, proclama que o supervisor educacional não quer nem aceita ser o elemento executor e reforçador do sistema instituído, apesar de reconhecer que continua sendo mesmo contra sua vontade. Será no interior de uma escola democrática, destinada á formação das potencialidades dos indivíduos onde a supervisão poderá tornar-se uma ação coletiva dos agentes educativos apropriadores do mundo objetivo, autônomos e conscientes. ação supervisora - três dimensões básicas: atitudinal, procedimental e conceitual. A dimensão atitudinal estar ligada a um valor, a ética, a moral, á todos os valores de uma prática. O supervisor precisa construir uma a prática pedagógica transformadora, humanista, libertadora, livre, solidária e justa. dimensão procedimental - Outro campo de formação e domínio está relacionado com o saber-fazer, com encontrar caminhos para concretizar aquilo que se buscam, métodos, técnicas, procedimentos, habilidades, Práxis (transformação das idéias em ações concretas, pra dialeticamente transformar a própria consciência, envolvendo não apenas a reflexão e emoção, mas a correspondência a determinadas condições objetivas, visando estabelecer na escola a dinâmica constante ação/reflexão em reciprocidade, para se ter uma apropriação critica da prática e da teoria ,Diálogo problematizador - franco e aberto tendo com referência o PPP- legitimar as falas, as perguntas, as dúvidas incentivando os professores a reavaliarem o sentido da sua prática resgatar o valor e o sentido do ensino como espaço de transformação). eixo central- qualificação do processo de ensino - interação com os docentes, a visão estratégica e atualizada e a redução do caráter burocrático ao mínimo. A escola O supervisor pode se valer de oportunidades para conseguir o seu objetivo máximo: melhorar a situação ensino- aprendizagem através de aperfeiçoamento do professor. Seriam ocasiões possíveis, criadas e utilizadas pelo supervisor para realizar a sua tarefa. As reuniões de pais e mestres são uma dessas oportunidades, elas devem constituir oportunidade de crescimento pessoal e todas as pessoas envolvidas devem ser 29 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar participantes ativos, serve para o estudo conjunto das responsabilidades de todos os atores educacionais, pelos resultados obtidos, precisa ser planejada para atender aos objetivos previstos, ser realizada com número pequeno de pessoas para que os presentes se manifestem e se conheçam , o que torna-se impraticável se houver uma multidões de pais e mestres, de bem realizados podem integrar a escola na comunidade . Ainda podemos incluir entre as oportunidades as visitas (Verificação da aplicação), demonstrações, estudos (cursos, treinamentos, reciclagens, correspondência, leitura, etc.), publicações (apostilas, plaquetas, imprensa, boletins, etc.), entrevistas, conferências ou qualquer tipo de contato individual, contribuições de outras pessoas experientes com a educação. Formação de professores O supervisor atuará no processo de formação continuada dos professores em certos momentos de toda a equipe escolar. Segundo o PNE (Plano Nacional de Educação) A supervisão educacional tem o compromisso de garantir a qualidade de ensino da educação da formação humana, com um trabalho articulado e orgânico entre a real qualidade do trabalho pedagógico que subsidiará novas políticas e novas formas de administração escolar visando à mudança. Etimologicamente, supervisão significa "visão sobre" e está intrinsecamente ligado á gestão escolar. Como responsável pela qualidade do processo de humanização do homem através da educação, nesse contexto atual estabelece outros compromissos que ultrapassam as especificidades do espaço escolar, sem dele abandonar. Garantir conteúdos emancipatórios trabalhando-os com profundidade em toda sua complexidade e transitoriedade comprometendo-se com a administração da educação concretiza os rumos traçados pelas políticas educacionais e publicas que as norteiam. Este compromisso se manifesta num acompanhamento e estudo de todas as relações estabelecidas entre as tomadas de decisões, as determinações sociais e políticas queas gestam e as conseqüências e como subsidio da administração da educação, como “prática de apoio a prática educativa”, envolvendo-a na participação direta da construção coletiva da libertação humana e da escola. A supervisão educacional pode atuar como participe da construção da sociedade quando reconhece o seu papel como ator social e exercer a sua função política com consciência e comprometimento. 30 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB OLHAR DE UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA Por: ROBERTO GIANCATERINO Roberto Giancaterino RESUMO No atual contexto da educação brasileira, cresce a importância do supervisor educacional, que representa uma das pessoas que procura direcionar o trabalho pedagógico na escola em que atua para que se efetive a qualidade em todo o processo educacional. Sabe-se que o Supervisor Escolar é um servidor especializado em manter a motivação do corpo docente, deve ser um idealista, definindo claramente que caminhos tomar, que papéis se propõe a desempenhar, buscando constantemente ser transformador, trabalhando em parceria, integrando a escola e a comunidade na qual se insere. É nessa moldura que o presente artigo caracteriza a função do supervisor no contexto social, político e econômico da Educação. Palavras-chaves: Supervisão Escolar, Professores, Processo Educacional, Educação Libertadora. Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação humana. Educar é uma tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e continuidade. As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso, as transformações são decorrentes de ações. No entanto, as ações isoladas não surgem efeito. É preciso que o trabalho seja realizado em conjunto, onde a comunidade participe em prol de uma educação de qualidade baseada na igualdade de direitos. Com base em tais considerações, o supervisor escolar representa um profissional importante para o bom desempenho da educação escolar, o grupo escolar, o qual deve opinar, expor seu modo de pensar e procurar direcionar o trabalho pedagógico para que se efetive a qualidade na educação. Na atualidade o supervisor se direciona para uma ação mais científica e mais humanística no processo educativo, reconhecendo, apoiando, assistindo, sugerindo, participando e inovando os paradigmas, pois tem sua “especialidade” nucleada na conjugação dos elementos do currículo: pessoas e 31 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar processos. Desse modo, caracteriza-se pelo que congrega, reúne, articula, enfim soma e não divide. Neste contexto, compreender e caracterizar a função supervisora no contexto educacional brasileiro não ocorre de forma independente ou neutra. Essa função decorre do sistema social, econômico e político e está relacionada a todos dos determinantes que configuram a realidade brasileira ou por eles condicionada. O desenvolvimento da sociedade moderna representa motivos de muita reflexão, principalmente pelo fato de que a área educacional possui muitos problemas e que diretamente vinculam-se as demais atividades sociais visto que são tais profissionais que irão atuar junto ao mercado de trabalho. Existe uma preocupação com a formação humana e com a forma com que o educando vem obtendo o conhecimento científico. Acredita-se na viabilidade de fazer do ambiente escolar um espaço construtivo, que desperte o interesse do educando para aprender e fazer do professor um mediador do saber. Trata-se de ignorar as velhas práticas educacionais e acreditar na possibilidade de construir uma sociedade onde o homem tenha consciência do seu papel e da sua importância perante o grupo. Acredita-se que se existem falhas no sistema educacional a melhor maneira de redimensionar o trabalho é assumir o compromisso de fazer do trabalho educacional uma meta a ser atingida por todos. Nessa busca incessante por uma nova postura de trabalho, o professor possui um papel fundamental, por isso, deve recuperar o ânimo, a sede e a vontade de educar e fazer do ensino uma ação construtiva. Deve agir como um verdadeiro aprendiz na busca pelo conhecimento e fazer desta ferramenta um compromisso social. Conforme Freire (1998), a educação libertadora passou a inspirar novos conceitos que orientam uma nova sociedade baseada nos princípios de liberdade, de participação e de busca pela autonomia. 32 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Passerino (1996:39) estabelece alguns conceitos fundamentais da educação libertadora, sendo que estes se tornam suporte desta nova concepção do supervisor educacional: • Práxis via análise do cotidiano: é preciso olhar a realidade presente em sala de aula e os conceitos trazidos pela criança para refletir os métodos e modo como devem ser trabalhos no espaço escolar; • Diálogo inclui conflito: o diálogo representa uma possibilidade de desenvolvimento das relações interpessoais de modo a permitir a análise e o desocultamento da realidade. Ser dialógico é permitir que cada educando exponha seu modo de pensar mesmo que este não seja coerente com a sua visão. Todavia para administrar os conflitos que podem ser gerados o professor precisa desenvolver uma série de dinâmicas em grupo; • Conscientização a partir da dúvida e do questionamento: o supervisor deve atuar na dinamização de um clima de análise das rotinas da escola para que as mesmas possam ser confrontadas com as novas ideias que se almeja desenvolver. Convém destacar que o processo de desenvolvimento da consciência é lento e requer uma interpretação abrangente do todo; • O método dialético supera a visão parcial: a aplicação do método dialético proporciona uma visão objetiva de toda a realidade permitindo a compreensão entre o velho e o novo. A partir destas o supervisor pode encaminhar estratégica concreta para a superação das dificuldades encontradas. • Participação crítica para a transformação: a escola segundo a visão de educação libertadora, colabora para a emancipação humana à medida que garantem o conhecimento às camadas menos favorecidas da sociedade. Assim sendo, o supervisor, deve ser aquela pessoa que orienta e estimula a concretização de um projeto transformador sob o qual são elaborados esforços coletivos para a obtenção dos êxitos; • Pela democracia, chega-se à liberdade: todo e qualquer trabalho desenvolvido pelo supervisor deve partir dos conceitos de liberdade e democracia, conceitos esses que serão desenvolvidos Assim, descreve Gandin (1983:89), esta ação não é fácil, por que: • Exige compromisso pessoal de todos; • Exige abertura de espaços para a participação; • Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas capacidades; • Requer globalidade (não é participação em alguns momentos isolados, mas é constante); 33 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar • Distribuição de autoridade; • Igualdade de oportunidades em tomada de decisões; • Democratização do saber. A LDB, no seu capítulo IX afirma: “quando se fala em uma nova abordagem pedagógica (...) e avaliação contínua do aluno, tudo isto exige um novo tipo de formação e treinamento ou retreinamento de professores”. Deve, portanto, assumir explicitamente o compromisso de educar os seus alunos dentro dos princípios democráticos. Ela precisa ser um espaço de práticas sociais em que os alunos não só entrem em contato com valores determinados, mas também aprendam a estabelecer hierarquia entre valores, ampliam sua capacidade de julgamento e realizam escolhas conscientes, adquirindo habilidades de posicionar-se em situações de conflito. Considerações Finais Acredita-se que o Supervisor Escolar tem a possibilidadede transformar a escola no exercício de uma função realmente comprometida com uma proposta política e não com o cumprimento de um papel alienado assumido. Deve antes de tudo, estar envolvido nos movimentos e lutas justas e necessárias aos educadores. Semear boas sementes, onde a educação se faz presente e acreditar veemente que estas surtirão bons frutos. A caracterização da Supervisão precisa ser definida e assumida pelo Educador e pelo Supervisor. É uma opção que lhe confere responsabilidade e a tranquilidade de poder. O Supervisor Educacional deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos de análise para detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação; deverá ser capaz de desenvolver e adotar esquemas conceituais autônomos e não dependentes, diversos de muitos daqueles que vem sendo empregados como modelo, pois um modelo de Supervisão não serve a todas as realidades. O Supervisor possui uma função globalizadora do conhecimento através da integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o aluno recebe informações soltas, sem relação uma das outras, muitas vezes inócua. 34 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar Para que o conhecimento ganhe sentido transformador para o aluno é necessário ter relação com a realidade por ele conhecida, e que os conteúdos das diferentes áreas do conhecimento sejam referidos à totalidade de conhecimento. Assim, acredita-se que uma das funções específicas do Supervisor Escolar é a socialização do saber docente, na medida em que há ela cabe estimular a troca de experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para a construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas também do educador coletivo. Lembrando que não cabe ao supervisor impor critérios ou soluções, cabe-lhe sem dúvida, ajudar na construção da conscientização necessária da luta para uma educação libertadora. Frases marcantes “Quando a escola não é importante para os pais, também não é para os filhos”. “Um país se constrói com bons homens e bons livros”. “Enquanto a Educação for utópica em sua complexidade, o sonho é necessário para que possamos trilhar um caminho”. “O trabalho de um homem perpetua quando atravessa os tempos”. “Às vezes, as coisas mais reais do mundo são aquelas que não podemos ver”. “Ceder, nem sempre é sinônimo de derrota, é ser mediador do bom senso para o momento”. “Existe só uma maneira de superar os obstáculos, ultrapassá-los”. “O trabalho enobrece o homem quando ele é digno do seu suor”. “Enquanto houver guerras entre os homens à paz será uma espécie em extinção”. “Um dos maiores atos de covardia do ser humano, não é errar, mas sim, não assumir seu próprio erro”. “O espírito de luz é aquele que transforma as coisas ruins em virtudes”. Contato: prof.giancaterino@terra.com.br 35 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar GESTÃO ESCOLAR O trabalho dos profissionais da educação em especial da supervisão educacional é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas. Precisa ser um constante pesquisador Cabe, portanto ao supervisor escolar estar sintonizado com as necessidades da comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de todos que almejam futuro melhor. O grande sucesso que o supervisor escolar terá em sua vida pessoal será a certeza de ter contribuído para o sucesso de muitas vidas que cruzarão seu caminho no decorrer dos anos da docência. A escola tem, portanto a obrigação de fazer o melhor a seus alunos que buscam neste local o pote no fim do arco-íris. Trabalhando em equipe o supervisor escolar e todos os profissionais envolvidos terão não as melhores condições para desenvolver suas metas mais com certeza terão o apoio moral que faz toda a diferença nos dias atuais. Diante das diferentes e diversificadas funções do supervisor escolar, podemos citar como a de maior relevância a de supervisor, onde a organização do trabalho é comum, onde a unificação dos alunos, professores, equipe pedagógica e direção da escola. É diante destas responsabilidades que se faz necessário mudanças significativas na formação e postura do supervisor escolar, e com isso reconhecendo seus aspectos gerais, onde Ferreira (2003, p.75) diz: Ressignificar e revalorizar a supervisão, reconceitua-se, de modo a compreendê-la, na sua ação de natureza educativa e, portanto sociopedagógica, no campo didático e curricular do seu trabalho, no seu encaminhamento de supervisor. Considerações finais A Supervisão Escolar é um exercício de cidadania, amor, altruísmo e abnegação onde só os fortemente determinados terão êxito. Não como todos acham como riqueza, mas 36 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar sucesso na sua vida emocional. Na sua psique, pois nada dá mais prazer na vida do que ver seres humanos crescendo no seu Saber e se transformando seus sonhos em realidade. Quer ser Supervisor? Excelente, então se dedique e busque de todo o seu coração, pois somente lá poderemos encontrar forças para chegar ao fim da jornada. UNIDADE 7. A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR ESCOLAR Eliane dos Santos Sousa Este trabalho foi desenvolvido visando verificar quais as funções do pedagogo supervisor dentro da instituição escolar, e também a importância do pedagogo e as principais áreas de atuação do pedagogo como supervisor na escola, tendo como enfoque principal a abrangência e objeto da função supervisora dentro da escola. Por meio de pesquisas bibliográficas de diferentes estudiosos, entre eles: Alarcão, Ferreira, Gramsci, Silva, Vasconcelos, percebeu-se crescente preocupação em torno das atividades que o pedagogo supervisor realiza ou deve realizar dentro da escola, pois esse profissional é um elemento importante partindo do ponto que ele participa do Projeto Político Pedagógico da escola da sua elaboração com os componentes estruturais, conceituais, os fundamentos e finalidades; e da utilização do que é, e do que se pretende que seja o trabalho educativo. O supervisor é responsável em atuar com o grupo de educadores coordenando e promovendo reflexão no sentido da construção de uma competência docente coletiva. Enfim a supervisão tem um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar é necessário ressaltar sem desconsiderar o restante da equipe, que o supervisor escolar deve ser inovador, ousado, criativo e, sobretudo um profissional de educação comprometido com seu grupo de trabalho. Palavras chaves: Supervisor Escolar/ Funções/ Construção Coletiva/ Prática Desenvolvida. INTRODUÇÃO Sobre a função do supervisor escolar, depara-se com a multiplicidade das tarefas pelas quais respondem habitualmente o supervisor, em realidade, á razão maior de sua 37 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar dificuldade em compartilhar com os demais educadores grande tarefa da organização coletiva do trabalho nas unidades escolares sob sua responsabilidade. Seus problemas se iniciam muitas vezes com a não delimitação de seu próprio local de trabalho, necessariamente móvel e variável conforme as tarefas a desempenhar, e crescem com a ausência habitual da necessária localização do trabalho de seus companheiros professores, obrigados a fragmentação de sua jornada de trabalho e conseqüentemente multiplicação dos locais em que ela se realiza. Visando contribuir para a qualidade do ensino na formação de profissionais competentese compromissados com uma atuação voltada para a melhoria do ensino aprendizagem, necessária para a transformação social, realizou-se esta pesquisa no sentido de ampliar a visão de conhecimento sobre a função que deve desempenhar o supervisor escolar. O objetivo foi conhecer as principais funções de um Supervisor Escolar, possibilitando a divulgação para outros educadores. go. 2. A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA E DO PAPEL DO PEDAGOGO A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, processuais que a própria etimologia da palavra pedagogia explica com seu significado conduzir (por um caminho) até determinado lugar (SAVIANI, 1985). Nesse sentido o educador deve levar educando a ter o mínimo de cultura geral que lhe permita criar ou julgar as soluções justas na vida cotidiana; no caso dos jovens após ter dado condições a certo grau de maturidade e capacidade, orientar para a criação intelectual estimular à iniciativa da prática de certa autonomia. Para que isso ocorra os educadores precisam engajar-se socialmente e politicamente, percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Para isso, antes de tudo se necessita conhecer a sociedade em que atua e o nível social, econômico e cultural dos educandos (SAVIANI, 1985). Foi a partir da pedagogia escolar predominante no horizonte profissional que favoreceu a possibilidade de especificação das diferentes modalidades de ação pedagógica. Usando dizeres de Gramsci (1982 p. 124), “é na escola que se deve ser concebida e organizada a fase decisiva, onde se tende a criar valores, autodisciplina 38 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar intelectual e a autonomia moral necessárias a uma posterior especialização, seja de caráter cientifico ou prático-produtivo”. Para (Saviani, 1985) Pedagogo escolar é aquele que domina sistematicamente e intencionalmente as formas de organização do processo de formação cultural que se dá no interior das escolas. E como especialista em pedagogia escolar deve ter domínio das formas através das quais o saber sistematizado é convertido em saber escolar, tornando-o, transmissível e assimilável na relação entre professor- aluno. E no interior das escolas o pedagogo deve lembrar do seu papel, o qual será providenciar uma organização tal que cada criança, cada educando em especial e os indivíduos das camadas trabalhadoras não vejam frustrados seus anseios de assimilar os conhecimentos metodológicos, e sim possibilitar um conhecimento, uma cultura que possibilite atribuir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade. 4. ABRANGÊNCIA E OBJETO DA FUNÇÃO SUPERVISORA. Segundo Rangel, (apud Ferreira (org) 2002) o objeto especifico da função supervisora em nível escolar é o processo de ensino aprendizagem. E a abrangência do processo de ensino aprendizagem inclui: a supervisão do currículo, a supervisão dos programas, a supervisão da escola de livros didáticos, a supervisão do planejamento de ensino, a supervisão dos métodos de ensino, a supervisão da avaliação, supervisão da recuperação, supervisão e projeto da escola, supervisão e pesquisa. 4.1 A SUPERVISÃO DO CURRÍCULO 4.2 A SUPERVISÃO DOS PROGRAMAS Os programas de cada disciplina são construções coletivas de professores. O sentido da supervisão dos programas é que o supervisor incentive e planeje oportunidades nas quais possam se reunir 4.3 A SUPERVISÃO DA ESCOLHA DE LIVROS DIDÁTICOS. 4.4 SUPERVISÃO DO PLANEJAMENTO DE ENSINO 4.5 A SUPERVISÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO 39 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 4.6 A SUPERVISÃO DA AVALIAÇÃO 4.7 SUPERVISÃO DA RECUPERAÇÃO . 4. 8.SUPERVISÃO E PROJETO DA ESCOLA 4.9.SUPERVISÃO E PESQUISA 5.2. SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL CIDADANIA COMO EDUCAÇÃO INCLUSIVA 6. AS POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO CONCLUSÃO Hoje a escola assume a responsabilidade pelo desenvolvimento integral do aluno, em seus múltiplos aspectos: físico, intelectual, escolar, social, emocional, moral, vocacional, etc. Portanto diante de toda globalização atual, a supervisão não pode passar despercebida. È sempre muito saudável uma observação aqui, outra ali, para que tudo ocorra bem. O bom, o melhor está para acontecer sempre. Por isso, a supervisão foi, é e será sempre necessária. Enfim a supervisão tem um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar é necessário ressaltar sem desconsiderar o restante da equipe, que o supervisor escolar deve ser inovador, ousado, criativo e, sobretudo um profissional de educação comprometido com seu grupo de trabalho. a comunidade educativa pretende lhe dar na linha da proposta pedagógica. 40 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR PROJETO DE LEI N° 290/2003 Deputado Nelson Härter Regulamenta o exercício da profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, e dá outras providências. Regulamenta o exercício da profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, e dá outras providências. Art. .1º. – A profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, regula-se por esta lei. Art. 2º – O Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, tem como objetivo de trabalho articular crítica e construtivamente o processo educacional motivando a discussão coletiva da Comunidade Escolar acerca da inovação da prática educativa a fim de garantir o ingresso, a permanência e o sucesso dos alunos, através de currículos que atendam às reais necessidades da clientela escolar, atuando no âmbito dos sistemas educacionais Federal, Estadual e Municipal, em seus diferentes níveis e modalidades de ensino e em instituições públicas e privadas. Art. 3º – O exercício da profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, é exclusivo dos portadores de diploma de curso superior, devidamente registrado pela Universidade formadora e/ou por Universidade indicada pelo Conselho Nacional de Educação, nas seguintes modalidades; I – de licenciatura plena em Pedagogia, habilitação em Supervisão Educacional, ou Supervisão Escolar; II – de pós-graduação em Supervisão Educacional, ou Supervisão Escolar; III – emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, congêneres, devidamente revalidado e registrado como equivalente ao diploma mencionado nos incisos I e II, na forma da legislação em vigor. Art. 4º – São atribuições do Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, a coordenação do processo de construção coletiva e execução da Proposta Pedagógica, dos Planos de Estudo e dos Regimentos Escolares, além das seguintes: 41 Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar I – investigar, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar o currículo em integração com outros profissionais da Educação e integrantes da Comunidade; II – supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos legalmente; III – velar pelo cumprimento do plano de trabalho dos docentes nos estabelecimentos de ensino; IV – assegurar processo de avaliação da aprendizagem escolar e a recuperação dos alunos com menor rendimento, em colaboração com todos os segmentos da Comunidade Escolar, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino; V – promover atividades de estudo e pesquisa na área educacional, estimulando o espírito de investigação e a criatividade dos profissionais da educação; VI – emitir parecer concernente à Supervisão Educacional; VII – planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional. VIII – propiciar condições para a formação permanente dos educadores em serviço; IX – promover ações que objetivem a articulação dos educadores com as famílias e a comunidade, criando processos de
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