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PRATICAS-PEDAGOGICAS-DO-SUPERVISOR-ESCOLAR

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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO 
SUPERVISOR ESCOLAR 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe de Elaboração 
Instituto Mineiro de Formação Continuada 
 
Coordenação Geral 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
 
Gerência Administrativa 
Marco Antônio Gonçalves 
 
Professor-autor 
Esp. Marinez da Consolação Saraiva Souza 
 
Coordenação de Design Instrucional do Material Didático 
Eliana Antonia de Marques 
 
Diagramação e Projeto Gráfico 
Cláudio Henrique Gonçalves 
 
Revisão 
Ana Lúcia Moreira de Jesus 
Mateus Esteves de Oliveira 
 
 
 
ZAYN –Instituto Mineiro de Formação 
Continuada 
Travessa Antônio Olinto, 33 – Centro 
Carmópolis de Minas – MG 
CEP: 35.534-000 
TEL: (31) 9 8844-2523 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Apresentação 
Boas-vindas! 
É com grande satisfação que o ZAYN – Instituto Mineiro de Formação 
Continuada agradece por escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus 
estudos. Estamos empenhados em oferecer todas as condições para que você alcance 
seus objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do processo de 
aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno. 
Desse modo, prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro 
de nossas atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o principal 
agente de sua formação e que, devido a isso, merece um material didático atual e 
completo, que seja capaz de contribuir singularmente em sua formação profissional e 
cidadã. Some-se a isso também, o devido respeito e agilidade de nossa parte para 
atender à sua necessidade. 
Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no processo de 
formação continuada de modo independente e eficaz, honrando pela assiduidade e 
compromisso discente. 
 Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer a você 
total assistência e agilidade na condução das tarefas acadêmicas e, em consonância, a 
interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a modalidade de cursos on-line, 
você terá autonomia para formular seu próprio horário de estudo, respeitando os prazos 
de entrega e observando as informações institucionais presentes no seu espaço de 
aprendizagem virtual. 
Por fim, ao concluir um de nossos cursos de Doutorado, Mestrado, pós-
graduação, segunda licenciatura, complementação pedagógica e capacitação 
profissional, esperamos que amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha 
aprimorado seu conhecimento crítico a cerca de temas relevantes ao exercício no 
trabalho e na sociedade que atua. Ademais, agradecemos por seu ingresso ao ZAYN e 
desejamos que possa colher bons frutos de todo o esforço empregado na atualização 
profissional, além de pleno sucesso em cada etapa da sua formação ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS 
PEDAGÓGICAS DO 
SUPERVISOR ESCOLAR 
ZAYN 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 
 
 
Organização do conteúdo: 
Profº Esp. Marinez da Consolação Saraiva Souza 
 
 
EMENTA: 
A supervisão educacional no Brasil 
em perspectiva histórica e política. 
Atribuições legais quanto à 
supervisão educacional no Brasil. 
Concepções sobre a supervisão 
educacional. Perfil do supervisor 
educacional. Papéis e funções do 
supervisor educacional. Práticas e 
técnicas da supervisão educacional. 
O supervisor educacional e a 
formação de professores. O 
supervisor educacional e os parceiros 
de trabalho. O estudo na prática 
supervisora. Mecanismos que 
auxiliam o trabalho do supervisor 
educacional. O supervisor 
educacional e o processo de 
avaliação escolar. 
. O Supervisor escolar: agente de 
mudanças. O supervisor: gestor, líder, 
dirigente, organizador e criador. 
Supervisor: postura crítica e reflexiva. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
UNIDADE 1. SOBRE A 
SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
UNIDADE 2. O PAPEL DO 
SUPERVISOR ESCOLAR 
 
UNIDADE 3. O PAPEL E 
ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR 
PEDAGÓGICO DENTRO DA 
ESCOLA 
 
UNIDADE 4 . RELEVÂNCIA E 
ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR 
EDUCACIONAL 
 
UNIDADE 5. A SUPERVISÂO 
EDUCACIONAL NO BRASIL EM 
PERSPECTIVA POLÍTICA 
 
UNIDADE 6. A SUPERVISÃO 
EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB 
OLHAR DE UMA EDUCAÇÃO 
LIBERTADORA 
 
UNIDADE 7A FUNÇÃO DO 
PEDAGOGO COMO SUPERVISOR 
ESCOLAR 
 
UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR 
SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR 
 
UNIDADE 9. O SUPERVISOR 
ESCOLAR E OS DIFERENTES 
PAPÉIS NO ESPAÇO ESCOLAR 
 
UNIDADE 10. SUPERVISÃO 
ESCOLAR: ENTRE OS DITAMES DA 
LEGISLAÇÃO E OS DESAFIOS DA 
PRÁTICA PEDAGÓGICA 
 
QUESTÕES – VERIFICAÇÃO DA 
APRENDIZAGEM 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 
CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
 
Disciplina: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO SUPERVISOR 
ESCOLAR 
 
 
 
EMENTA: A supervisão educacional no Brasil em perspectiva histórica e política. 
Atribuições legais quanto à supervisão educacional no Brasil. Concepções sobre 
a supervisão educacional. Perfil do supervisor educacional. Papéis e funções do 
supervisor educacional. Práticas e técnicas da supervisão educacional. O 
supervisor educacional e a formação de professores. O supervisor educacional e 
os parceiros de trabalho. O estudo na prática supervisora. Mecanismos que 
auxiliam o trabalho do supervisor educacional. O supervisor educacional e o 
processo de avaliação escolar. O Supervisor escolar: agente de mudanças.. O 
supervisor: gestor, líder, dirigente, organizador e criador. Supervisor: postura 
crítica e reflexiva 
 
 
OBJETIVOS 
 
� Analisar os aspectos teórico-históricos da função supervisora no que se 
refere às responsabilidades dos SE na articulação do processo educativo 
juntamente com a equipe pedagógica, professores, alunos e comunidade 
escolar. 
� Caracterizar as diferentes abordagens da SE ao longo de sua construção 
histórica. 
� Analisar as funções do SE no contexto intra e extra-escolar, indicando 
estratégias para a sua concretização. 
� Explicitar os principais meios para os SEs subsidiarem a atividade 
coordenadora na escola. 
� Compreender a elaboração de um planejamento educacional visando atuar 
efetivamente na construção e implementação de projetos pedagógicos em 
espaços educacionais. 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR 
 
UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO 
DENTRO DA ESCOLA 
 
UNIDADE 4 .RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM PERSPECTIVA 
POLÍTICA 
 
UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB OLHAR DE 
UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA 
 
UNIDADE 7A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR ESCOLAR 
 
UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR 
 
UNIDADE 9. O SUPERVISOR ESCOLAR E OS DIFERENTES PAPÉIS NO 
ESPAÇO ESCOLAR 
 
UNIDADE 10. SUPERVISÃO ESCOLAR: ENTRE OS DITAMES DA 
LEGISLAÇÃO E OS DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA 
 
QUESTÕES – VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR 09 
 
UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR 10 
 
UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR 
PEDAGÓGICO DENTRO DA ESCOLA 
18 
 
UNIDADE 4. RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR 
EDUCACIONAL 
20 
 
UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM 
PERSPECTIVA POLÍTICA 
25 
 
UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB 
OLHAR DE UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA 
30 
 
UNIDADE 7. A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR 
ESCOLAR 
36 
 
UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR ESCOLAR 40 
 
UNIDADE 9. O SUPERVISOR ESCOLAR E OS DIFERENTES PAPÉIS 
NO ESPAÇO ESCOLAR 
44 
 
UNIDADE 10. SUPERVISÃO ESCOLAR: ENTRE OS DITAMES DA 
LEGISLAÇÃO E OS DESAFIOS DA PRÁTICA PEDAGÓGICA 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
Práticas Pedagógicas doSupervisor Escolar 
UNIDADE 1. SOBRE A SUPERVISÃO ESCOLAR 
 
 
 
As mudanças pelas quais o mundo passa na atualidade, frente a realidades 
desafiadoras e complexas como a questão de responder aos desafios de uma sociedade 
globalizada, centrada na informação e nas tecnologias, requer da escola o repensar de 
suas ações de maneira que as práticas pedagógicas estejam em contínua e permanente 
reconstrução. 
O supervisor escolar e os demais participantes desse processo pedagógico 
precisam esforçar-se para acompanhar as novas características dessa sociedade que se 
apresenta de forma complexa, dinâmica e desafiadora. 
Tratando especificamente do trabalho do supervisor escolar, constatamos que neste 
início de século o foco do trabalho desse profissional da educação vem se modificando 
por conta desse cenário. 
Nesse sentido e ao contrário do que acontecia no passado, fica afastado qualquer 
indício de que o trabalho do supervisor deva estar centrado no controle puro e simples do 
trabalho do professor. 
Dessa forma, podemos constatar que a ação do supervisor escolar está longe de 
uma função mecanizada e baseada em uma rotina burocrática, como acontecia há 
décadas atrás, uma vez que, na atualidade, torna-se necessário e espera-se que o 
mesmo desenvolva ações baseadas na reflexão sobre o processo pedagógico, onde o 
professor torna-se o principal instrumento dessa reflexão, e não mais um agente a ser 
controlado no interior das escolas. 
10 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Conviver com a diversidade é um dos desafios pelo qual passa a escola moderna e, 
ao supervisor escolar, cabe trabalhar essa realidade com os professores no sentido de 
explicitar as contradições e os conflitos consequentes dessa diversidade. 
A leitura que se deve ter da escola hoje, é de uma escola singular, porém inserida 
numa pluralidade e, ao supervisor, compete fazer com que o professor reflita sobre esse 
fato e aja de maneira tal, que suas ações locais se reflitam globalmente. 
Também é importante ressaltar que o supervisor escolar deva se colocar na função 
de problematizador frente ao ofício do professor a fim de fazer com que este reflita 
constantemente sobre sua ação na e para a educação. 
Ainda cabe ao supervisor escolar ter clareza e levar os professores a refletirem 
sobre o fato de que o conhecimento é um dado relativo, ou seja, que os procedimentos 
utilizados pelos professores não devem mais se apresentar de forma linearizadas, uma 
vez que a produção deles se dá em um movimento de ensinar e aprender. 
Além disso, também é necessário que o supervisor tenha uma atitude clara diante do 
processo ensino-aprendizagem, diante da função social da escola e de todos os outros 
aspectos que envolvem o fazer na e pela educação. 
E ainda, é na proposta pedagógica da escola que o supervisor deve ver uma 
possibilidade de reconstrução da mesma, propondo momentos de reflexão, confrontando 
a ação, principalmente dos docentes, com o que se apresenta na proposta e desta com a 
realidade social da escola. 
 
UNIDADE 2. O PAPEL DO SUPERVISOR ESCOLAR 
 
A educação é um processo de transformação do ser humano no qual faz com que 
ele desenvolva suas potencialidades de acordo com o ambiente em que vive, para que 
isto ocorra o ser humano precisa de referências sendo como principais as referências 
familiares, sociais e culturais. 
O ser humano adquire diferentes maneiras e hábitos como o modo de ser, agir, 
pensar e sentir com essas diferenças ocorre mudanças que se dão através do processo 
de globalização; que é uma nova concepção de sociedade na qual estamos 
completamente envolvidos sendo que esse envolvimento se dá desde o nascimento e 
passa por diversas experiências cotidianas no meio familiar, social e escolar, até mesmo 
quando morremos, pois estamos em constante transformação. 
11 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Ao longo da vida passamos a conviver com diferentes fontes de saberes tanto 
dentro como fora das experiências escolares e em cada experiência dessas aprendemos 
as diferentes maneiras e atitudes. 
Com a globalização podemos perceber grandes desafios para a escola, pois esta 
vem ocupando um espaço significativo na rotina diária de crianças e jovens, pois além da 
arte de ensinar ela passa a transmitir valores que são fundamentais para a vida em 
sociedade. 
Hoje em dia a escola constitui um espaço de aprendizagem completa, ou seja, um 
tipo de aprendizagem onde se estudam desde os conteúdos curriculares até a formação 
de cidadãos. Atualmente a escola deixa de ser um ambiente sombrio e opressivo como 
era no passado passando a ser um estabelecimento de diálogo e liberdade com 
desenvolvimento harmônico e prazeroso em seu ambiente, pois os profissionais da 
educação tratam à cultura e valores morais e éticos. 
Para que isto possa ocorrer é preciso que o trabalho do profissional da educação se 
constitua num compromisso político, pedagógico e coletivo para poder cumprir melhor a 
tarefa de formar cidadãos, dentro desta expressão percebe-se que há uma hierarquia 
dentro do contexto escolar. Ocorre-se o trabalho do educador e para que esse trabalho 
possa ter sentido precisa se do trabalho dos demais membros do ambiente escolar. Nas 
quais entra o aluno, o professor, o supervisor, diretor e demais membros da escola. 
O supervisor escolar, objeto de pesquisa do presente estudo, cuja função é orientar 
o grupo de professores, desafiar, instigar, questionar, motivar, despertando neles o 
desejo, o prazer, o envolvimento com o trabalho desenvolvido e dividindo as alegrias dos 
resultados obtidos. 
A ação do supervisor escolar é atribuída a funções complexas, de apoio e parceria 
com o professor o tipo de relação que ele estabelece com o grupo de professores, ao qual 
lidera, passa a ser a essência do desenvolvimento de seu trabalho. O Supervisor Escolar, 
portanto, é o profissional organizador ou orientador do trabalho pedagógico desenvolvido 
pelos professores em uma escola. 
Dentro desse trabalho no decorrer desse trabalho será aprofundada a atuação do 
supervisor pedagógico frente às avaliações externas que vem ocorrendo ultimamente no 
Brasil. 
O objetivo deste trabalho é conhecer as principais questões da supervisão escolar 
dentro do mecanismo de avaliação escolar externa no qual se encontra dentro da pratica 
12 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
pedagógica, política, cultural ressaltando a eficiência entre a comunicação entre o 
supervisor escolar e o professor. 
A avaliação escolar externa é um tipo de investigação propícia ao supervisor escolar 
quanto à revisão de seus procedimentos cabe ao supervisor escolar reorientar o professor 
a seguir caminho da aprendizagem que propiciem um melhor resultado externo. Este 
resultado passa a se tornar como sinal para uma reflexão e autocrítica para o professor 
perceber o que se pode melhorar dentro de sala de aula. 
 
O papel do supervisor escolar 
 
Em relação a todos os profissionais das instituições de ensino o supervisor é quem 
estabelece o posicionamento de fazer, agir, movimentar e envolver-se interagindo na 
comunidade dos relacionamentos na escola, em sala de aula nas quais os alunos estão 
inseridos. 
Para Medina (1997), o trabalho do supervisor, centrado na ação do professor não 
pode ser confundido como assessoria ou consultoria, por ser um trabalho que requer 
envolvimento e comprometimento. 
Segundo a autora o supervisor escolar tem como objeto de trabalho a produção do 
professor – o aprender do aluno – e preocupa-se de modo especial com a qualidade 
dessa produção. Portanto, o objeto de trabalho do supervisor é a aprendizagem do aluno 
através do professor, onde ambos trabalham como numa equipe um dependendo do 
outro. Considera-se o papel fundamental do supervisor: ser o grande harmonizador do 
ambiente da escola. 
Para Alves (1994), o supervisordeve ser o profissional encarregado do controle de 
qualquer ação, o supervisor escolar deve ser o encarregado de promover a interação 
entre teoria e prática, entre pensamento e ação. 
Segundo a autora o supervisor escolar é um profissional que faz o elo entre os 
diferentes setores da escola que cuidam diretamente com o ensino e a aprendizagem, e 
com as relações com os pais dos alunos. O supervisor escolar tem como objeto de 
trabalho não só os professores e alunos, mas sim os pais de alunos também. 
Quanto a Rangel (2001), o supervisor escolar faz parte do corpo de professores e 
tem sua especificidade do seu trabalho, caracterizado pela coordenação das atividades 
didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de oportunidades coletivas de estudo. 
13 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Segundo Pires (1990) o supervisor escolar tem diferentes qualidades. Suas 
principais qualidades dentro é efetivamente deve ser capaz de promover a interação entre 
os grupos que atuam na escola, zelar pela qualidade do ensino, colaborar diretamente 
com os professores, com os alunos e suas famílias, e acima de tudo, se transformá-los 
em instrumentos capazes de facilitar mudanças. 
O papel do supervisor passa, então, a ser redefinido com base em seu objeto de 
trabalho, e o resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o aluno que 
aprende passa a construir o núcleo do trabalho do supervisor na escola. (MEDINA 1997, p 
22). 
Podemos perceber que o papel do supervisor escolar é fazer uma ligação entre 
professor, pais e alunos. O supervisor escolar deve ser claro e preciso em seus conceitos 
para atingir o objetivo de seu trabalho. 
Para que o supervisor escolar consiga atingir seus objetivos ele deve traçar o perfil 
da escola dentro do projeto político pedagógico sempre orientando, ajudando os 
professores, alunos e pais. Estes sim devem fazem com que o trabalho escolar seja um 
modelo de busca e aprendizado em seu dia a dia. O supervisor escolar nunca deve 
esquecer que sempre deve haver uma comunicação dialógica entre ele e os demais 
membros da comunidade escolar, pois o diálogo é fundamental. 
Aprofundando-se bem claramente no Projeto Político Pedagógico de uma Escola 
(PPP), percebe-se que as funções do supervisor dentro do contexto escolar devem estar 
voltadas para o planejamento, a organização, e a programação de atividades curriculares 
capazes de delinear mudanças. A valorização do processo e dos meios eficazes para 
objetivar as metas da escola e principalmente em termos de aprendizagem e mudanças 
dos alunos em termos de valores, morais e éticos (MINAS GERAIS, 2000). 
Dentro do mesmo dimensionamento, segundo a secretaria estadual de educação de 
Minas Gerais (SEE/MG), a presença do supervisor escolar na dinâmica que gerencia 
todas as ações da escola, o processo didático e do conhecimento que se ensina, aprende 
e (re) constrói, é importantíssimo; uma vez que pode incentivar e promover o ensino e a 
aprendizagem. 
A ação supervisora, desenvolvida nas escolas, deve ser essencialmente a de 
acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com especial atenção, em ambos os 
casos, aos fundamentos determinados na LDB 9.394/96; propiciar oportunidades de 
estudo e interlocução aos professores, em atividades coletivas, que reúnam professores 
que desenvolvem um mesmo conteúdo nas diversas séries e níveis escolares; propiciar 
14 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre o material didático. (RANGEL, 2001, 
p. 40). 
Para Rangel (2001) no que se refere à descrição de métodos e técnicas de ensino, a 
ação supervisora pode incentivar o estudo de princípios metodológicos, enfatizando, nas 
sessões de estudo, elementos pontuais para a escolha do método, atitudes de estudo (ler, 
debater, avaliar, reelaborar conceitos e práticas). 
Como afirma Lima (2006), dificilmente a supervisão escolar será totalmente aceita 
por todos os profissionais da escola, principalmente no que se refere às mudanças, pois 
muitos profissionais são resistentes às mudanças, no entanto existem possibilidades para 
eliminar e/ou diluir estas barreiras. 
Percebe-se que a supervisão pedagógica tem o sentido de promover e preparar 
para a mudança, algumas medidas que serão sempre necessárias. 
Como afirma Pires (1990), o supervisor pedagógico pode amenizar e/ou canalizar os 
possíveis conflitos para que o processo de mudanças ocorra naturalmente. Para o autor, 
precisa-se de um tempo necessário ao processamento dessas mudanças e as 
dificuldades para seu alcance tendem a ser tanto maiores quanto mais complexas forem 
às modificações pretendidas. As mudanças ligadas aos conhecimentos são as mais 
fáceis; supõem a apreensão de novas informações ou o enriquecimento de informações 
anteriores acumuladas. 
Os objetivos da escola sejam administrativos, didáticos pedagógicos e até os 
relacionamentos interpessoais na escola e mesmo entre as famílias dos alunos, serão 
facilitados à medida que o supervisor pedagógico desempenhe suas tarefas 
objetivamente; quando ele facilita aos professores a aquisição de informações relativas a 
conteúdos e metodologias, quando ele permanece como centro irradiador de todas as 
ações desenvolvidas na escola (RANGEL, 2001). 
Frente os resultados encontrados na escola o supervisor apresenta-se como um 
líder, pois ele coloca resultados, dinamiza encontro e orienta conceitos e práticas na 
escola. O supervisor reúne conhecimento para buscar soluções para as questões 
escolares fazendo do espaço escolar intercambio de experiências buscando sempre uma 
alternativa para um novo caminhar. 
 
 
 
 
15 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
O papel do supervisor na avaliação externa 
 
Nas duas ultimas décadas foi implantado o sistema de avaliação educacional 
externa no qual vem crescido muito no Brasil o interesse amplo por avaliações externas. 
Segundo Castro (2009) se há uma política que avançou no Brasil, nos últimos 15 
anos, foi à implantação dos sistemas de avaliação educacional. Neste período, inúmeras 
iniciativas deram forma a um robusto e eficiente sistema de avaliação em todos os níveis 
e modalidades de ensino, consolidando uma efetiva política de avaliação educacional. 
 
[...] essa avaliação educacional é considerada hoje uma das mais abrangentes e 
eficientes do mundo, pois a política de avaliação engloba diferentes programas, 
tais como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb, o Exame 
Nacional do Ensino Médio – Enem, o Exame Nacional de Cursos – ENC, 
conhecido como Provão e, posteriormente, substituído pelo Exame Nacional de 
Desempenho do Ensino Superior – Enade, o Exame Nacional de Certificação de 
Jovens e Adultos – Enceja, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – 
Sinaes, a Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb 
(CASTRO, v. 23, 2009). 
 
 
A autora relata que o objetivo da avaliação escolar externa e da avaliação 
educacional no Brasil é hoje, sem dúvida, instrumento fundamental do processo de 
prestação de contas à sociedade e de enriquecimento do debate público sobre os 
desafios da educação no país; pois essas avaliações permitem a construção de um 
diagnóstico no sistema de ensino nos quais esses diagnósticos são focados na 
aprendizagem e na escola. 
Nessa realização de avaliações em grande escala percebe-se que essas avaliações 
permitem a construção de um diagnóstico no sistema de ensino; revelando resultados em 
diversos momentos no percurso escolar do educando para conhecer melhor a dinâmica 
dos processos e resultados dos sistemas educacionais gerando correções e distorções no 
ensino, podendo observar se a escola esta ensinando aquilo que é necessário ensinar. 
Para Castro (2009) apud Ferrer e Arregui (2003), esta convergência em torno das 
avaliações “estandarizadas” éderivada de visões, perspectivas e interesses distintos 
quanto ao papel dos sistemas educativos: melhorar as economias nacionais, 
estabelecendo vínculos mais fortes entre escolarização, emprego, produtividade e 
mercado; melhorar os resultados de aprendizados relacionados às competências e 
habilidades exigidas pelo mercado de trabalho; obter um controle mais amplo dos 
sistemas educativos nacionais sobre os conteúdos curriculares e a avaliação; reduzir os 
16 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
custos dos governos na educação; e ampliar a contribuição da comunidade para a 
educação por meio de sua participação na tomada de decisões escolares. 
Em relação a esses resultados e perspectivas a maioria dos autores que opinam em 
relação ao tema defendem a necessidade de melhorar a eficiência dos sistemas 
educativos e de fomentar a responsabilidade social e profissional pelos resultados da 
educação. Na verdade ainda não aprendemos a usar, de modo eficiente, os resultados 
das avaliações para melhorar a escola, a sala de aula, a formação de professores, na 
qual a avaliação perde sentido para os principais protagonistas da educação: alunos e 
professores. Frente esses resultados, surgiu a necessidade e a importância da 
valorização do supervisor escolar. 
Com esses resultados o supervisor formula, implementa e ajusta melhorias para que 
o professor ministre melhor suas aulas atingindo padrões de qualidade compatíveis com 
as novas exigências pelo qual acaba sendo um ciclo, um dependendo do outro. 
Para castro (2009), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb, o 
Exame Nacional do Ensino Médio – Enem e mais recentemente a Prova Brasil 
apresentam distintas características e possibilidades de usos de seus resultados para que 
as informações avaliativas sirvam também para o próprio processo de formulação, 
implementação e ajuste de políticas educacionais. 
Pode-se perceber que o principal desafio é definir estratégias de uso dos resultados 
para melhorar a sala de aula e a formação dos professores, de modo a atingir padrões de 
qualidade compatíveis com as novas exigências da sociedade do conhecimento. 
 
Considerações finais 
 
Atualmente estamos passando por mudanças em nosso que cotidiano que por 
muitas vezes não sabemos o como conduzir, essas mudanças vem ocorrendo em 
maneiras tão proporcionais que vem interferindo em todos os ambientes pelo qual 
circulamos. Em termos de escola, por exemplo, esta vem enfrentando dificuldades de 
ordem social e econômica, sejam elas públicas ou privadas, o que se reflete diretamente 
no desenvolvimento do trabalho pedagógico desenvolvido. Cabendo ao Supervisor 
escolar se responsabilizando por fatores que ele deve interferir e intervir para um melhor 
resultado nas avaliações escolares com a finalidade de contribuir efetivamente com a 
qualificação do trabalho docente passando a se encontrar em novos desafios e com o 
17 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
objetivo de formar-se para poder formar, servir para poder liderar, agir para poder 
transformar. 
 
Referências 
 
ALVES, Nilda (coord.) Educação & Supervisão. São Paulo. Cortez Editora: Autores 
Associados, 1994. 
 
CASTRO, M.H.G. Sistemas de avaliação da educação no Brasil: avanços e novos 
desafios. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 23, n. 1, p. 5-18, 
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18 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
UNIDADE 3. O PAPEL E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO 
DENTRO DA ESCOLA 
 
Dentro das inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, de ordem 
econômica, política,social, ideológica, a escola, como instituição de ensino e de práticas 
pedagógicas, enfrenta muitos desafios que comprometem a sua ação frente às exigências 
que surgem.Assim, os profissionais, que nela trabalham, precisam estar conscientes de 
que os alunos devem ter uma formação cada vez mais ampla, promovendo o 
desenvolvimento das capacidades desses sujeitos. 
Para tanto, torna-se necessária a presença de um supervisor pedagógico consciente 
de seu papel, da importância de sua formação continuada e da equipe docente, além de 
manter a parceria entre pais, alunos, professores e direção. 
De acordo com o Regimento Escolar, Artigo nº. 129/2006-Resolução CEE/TO, "a 
função de coordenação pedagógica é o suporte que gerencia, coordena e supervisiona 
todas as atividades relacionadas com o processo de ensino e aprendizagem, visando 
sempre à permanência do aluno com sucesso." 
Já segundo Clementi (apud Almeida), cabe ao supervisor "acompanhar o projeto 
pedagógico, formar professores, partilhar suas ações, também é importante que 
compreenda as reais relações dessa posição." 
Partindo desse pressuposto, podem-se identificar as funções formadora, articuladora 
e transformadora do papel desse profissional no ambiente escolar. 
Considerando a função formadora, o supervisor precisa programar as ações que 
viabilizem a formação do grupo do grupo para qualificação continuada desses 
sujeitos.Consequentemente, conduzindo mudanças dentro da sala de aula e na dinâmica 
da escola, produzindo impacto bastante produtivo e atingindo as necessidades presentes. 
Assim, muitos formadores encontram na reflexão da ação, momentos riquíssimos 
para a formação. Isso acontece à medida que professores e supervisores agem 
conjuntamente observando, discutindo e planejando, vencendo as dificuldades, 
expectativas e necessidades, requerendo momentos individuais e coletivos entre os 
membros do grupo, atingindo aos objetivos desejados. 
As relações interpessoais permeiam a prática do supervisor que precisa articular as 
instâncias escola e família sabendo ouvir, olhar e falar a todos que buscam a sua 
atenção. 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Conforme Almeida (2003), na formação docente, "é muito importante prestar 
atenção no outro, em seus saberes, dificuldades", sabendo reconhecer e conhecer essas 
necessidades propiciando subsídios necessários à atuação. Assim, a relação entre 
professor e supervisor, à medida que se estreita e ambos crescem em sentido prático e 
teórico(práxis), concebe a confiança, o respeito entre a equipe e faborece a constituição 
como pessoas. 
Na parceria escola X família, esse peofissional é requerido para estreitar esses laços 
e mantê-los em prol da formação efetiva dos educandos à medida que cada instância 
assuma seu papel social diante desse ato indispenásavel e intransponível. 
Como ressalta Alves(apud Reis,2008) "homens que através de sua ação 
transformadora se transformam. É neste processo que os homens produzem 
conhecimentos, sejam oa mais singelos, sejam os mais sofisticados, sejam aqueles que 
resolvem um problema cotidiano, sejam os que criam teorias explicativas." 
Assim, é papeldo supervisor favorecer a construção de um ambiente democrático e 
participativo, onde se iincentive a produção do conhecimento por parte da comunidade 
escolar, promovendo mudanças atitudinais, procedimentais e conceituais nos indivíduos. 
Os órgãos colegiados são espaços que proporcionam essa formação à medida que 
a participação, o compromisso e o protagonismo de seus componentes, pais, alunos, 
professores, coordenação e direção, ocasionem transformações significativas nesse 
ambiente. Cabe ao supervisor atuar coletivamente e visualizar esses espaços como 
oportunidades para o desempenho das suas funções. 
Apesar das inúmeras responsabilidades desse profissional já descritas e analisadas 
aqui, o supervisor pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar, tais como 
tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional. 
Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários a pais, 
funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a promoção do projeto 
pedagógico, necessidade de manter a própria formação, independente da instituição e de 
cursos específicos, correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo e fatores de 
ordem pessoal que podem interferir em sua prática. 
Muitas vezes, a escola e o supervisor se questionam quanto à necessidade desse 
profissional e chegam à conclusão que esse sujeito pode promover significativas 
mudanças, pois esse trabalha com formação e informação dos docentes, principalmente. 
O espaço escolar é dinâmico e a reflexão é fundamental a superação de obstáculos, 
socialização de experiências e fortalecimento das relações interpessoais. 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
O supervisor pedagógico é peça fundamental no espaço escolar, pois busca integrar 
os envolvidos no processo ensino-aprendizagem mantendo as relações interpessoais de 
maneira saudável, valorizando a formação do professor e a sua, desenvolvendo 
habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente na 
construção de uma educação de qualidade. 
 
UNIDADE 4. RELEVÂNCIA E ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL 
Por: ROBERTO GIANCATERINO 
 
O supervisor escolar faz parte do corpo de professores e tem a 
especificidade do seu trabalho caracterizado pela coordenação – organização em 
comum – das atividades didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de 
oportunidades coletivas de estudo. 
Conforme Alarcão (1996), no contexto brasileiro, a supervisão apresenta-se 
como uma prática relativamente recente. Remonta aos anos 70 e surgiu no cenário 
sócio-político-econômico, historicamente, como a função de controle. 
Esta opinião pode ser vista nas palavras de Rangel et alli (2001:12) relatam que: 
 
A supervisão passa de escolar, como é freqüentemente designada, a pedagógica 
e caracteriza-se por um trabalho de assistência ao professor, em forma de 
planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização 
do desenvolvimento de processo ensino-aprendizagem. A sua função continua a 
ser política, mas é uma função sociopolítica crítica (...). 
 
Nesta perspectiva, na atualidade pode-se inferir que o papel do supervisor está 
atrelado à gestão da escola como um todo. Uma vez que ele busca junto com o professor 
minimizar as eventuais dificuldades do contexto escolar em relação ao ensino-
aprendizagem. 
Ao falar em supervisão, é preciso situá-la quanto ao nível e ao âmbito de ação. A 
supervisão da qual se fala neste contexto é a que se realiza na escola, integrada à equipe 
docente, com âmbito de ação didática e curricular. É preciso, entretanto, reconhecer 
outros níveis centrais e intermediários da função supervisora, à qual incumbem ações de 
naturezas pedagógicas, administrativas e de inspeção. 
Todavia, são históricos, também os conceitos sobre a função do Supervisor, se 
configuraram a partir de práticas e paradigmas implícitos em discursos que legitimaram a 
ideologia, em quase todos os casos, dominante. Como o período da ditadura não é um 
fato histórico tão distante, muitos ainda não se desvencilharam totalmente de seus efeitos, 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
o que é compreensível quando encontramos entendimentos acerca da Supervisão que 
remontam ao espírito ditatorial com manifestos numa linguagem e práticas em 
consonância com termos como fiscalização e inspeção. 
 
A estruturação do Serviço de Supervisão se deu sobre esta ótica, o que hoje 
levam muitos a confundir aspectos técnicos com administrativos, até porque o 
contexto que gerou a Supervisão Escolar é decorrente de uma política 
perpetuadora da estratificação social. “É neste contexto, que emerge a Supervisão 
Escolar como um meio de controlar o que foi planejado ao nível central” (Silva, 
1987:72). 
 
De acordo com Silva Júnior e Rangel (1997), em seu início a Supervisão Escolar 
foi praticada no Brasil em condições que produziam o ofuscamento e não a elaboração da 
vontade do supervisor. E esse era, exatamente, o objetivo pretendido com a supervisão 
que se introduzia. Para uma sociedade controlada, uma educação controlada; um 
supervisor controlador e também controlado. 
Lima (in Rangel 2001), acredita que, com a implantação dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (MEC, 1997), a supervisão educacional foi considerada uma 
grande aliada do professor na implementação, associada à avaliação crítica, desses 
parâmetros. Contudo, para que se possa alcançar esse objetivo, é necessário que a 
supervisão seja vista de uma perspectiva baseada na participação, na cooperação, na 
integração e na flexibilidade. Nesse sentido, reconhece-se a necessidade de que o 
supervisor e o professor sejam parceiros, com posições e interlocuções definidas e 
garantidas na escola. 
A questão conceitual é extremamente importante, uma vez que ela determina 
uma prática, num determinado contexto, em determinada época. Esta ação pode ser 
restrita ou abrangente, burocrática ou pedagógica, política ou subserviente, alienada ou 
comprometida. Permite optar por uma ação fundamentada, que, aliás, deve ser a 
característica de um Supervisor Escolar. 
A natureza conceitual subsidiará a ação, consciente ou inconscientemente. E 
ação consciente é privilégio dos comprometidos, dos que realmente têm maturidade para 
optar, para planejar e executar 
 
Atribuições do supervisor escolar 
 
• Coordenar e organizar os trabalhos de forma coletiva na escola, oferecer 
orientação e assistência aos professores, bem como fornecer aos mesmos 
materiais e sugestões de novas metodologias para enriquecer a prática 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
pedagógica; 
• Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento dos conteúdos, bem 
como sugerir novas metodologias que os avaliem na prática pedagógica e 
aperfeiçoem seus métodos didáticos; 
• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e o trabalho do 
professor junto ao aluno auxiliando em situações adversas. 
 
 Silva Júnior e Rangel (1997) pontuam que, o supervisor, como qualquer profissional, em 
seu curso de formação e em sua prática, prepara-se para atuar como especialista, no 
caso, como supervisora do processo curricular, seja em sua formulação, execução, 
avaliação ou reorientação. E é instrumentalizada para coordenar o processo de 
construção coletiva do projeto político-pedagógico da escola. 
 Ressaltam também que a supervisão escolar não se detenha em sua superfície, mas 
atinja camadas mais profundas, onde se encontram as raízes de questões que envolvem 
o trabalho educativo. 
 É sabido que exercer a função de supervisor requer uma visão nobre - a visão geral de 
fundamentos, princípios e conceitos do processo didático. 
Conforme Silva Júnior e Rangel (1997) a ação supervisora, implica ter-se uma concepção 
clara a respeito: 
• Da escola como instituição social fincada numa sociedade que temsua base no 
sistema capitalista; 
• Do sentido que têm a educação e o ensino; 
• Da posição que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos 
agentes educacionais; 
• Da posição que o próprio supervisor se atribui como agente do ensino e da 
educação; 
• Do objeto específico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de 
observar o cotidiano, para através dele, transformar sua ação. 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Relevância da supervisão educacional 
 
É relevante, haja vista que a mesma atua no sentido da construção de uma competência 
docente coletiva. 
Visa ao acompanhamento ao aluno com ajuda de professores, para um bom 
desenvolvimento do ensino-aprendizagem, bem como ajuda no fornecimento de materiais 
alternativos, para tornar conteúdos mais atrativos visando sempre uma melhoria na 
aprendizagem; 
Procura soluções para situações que permeiam o relacionamento aluno-professor, pois é 
uma pessoa apta e disponível para atender problemas individuais, bem como elevar os 
bons trabalhos realizados. objetivos, conteúdos e finalidades. Assim sendo, sua 
primeira característica é a complexidade de sua função. 
A função de supervisor acopla funções de orientador, assistente social, psicólogo, visando 
prestar suporte às atividades dos professores no desenvolvimento do currículo escolar. 
relações entre professores, alunos, objetivos, conteúdos, avaliação e recuperação da 
aprendizagem; 
- Da especificidade dos temas dos programas; 
De fundamentos da aprendizagem e da dinâmica da sala de aula, como a diversificação 
metodológica; 
De processos e recursos da avaliação e recuperação da aprendizagem. 
 
Entraves à eficácia no trabalho do supervisor 
 
Falta de conhecimento dos professores da função do supervisor na escola, 
avaliação crítica do seu próprio desempenho e um esforço continuado de 
aperfeiçoamento como técnico e como pessoa. Só dessa forma conseguirá a mobilização 
das energias dos professores no sentido dos objetivos educacionais perseguidos (VILLAS 
BOAS, 2003). 
 
 Funções exercidas pelo Supervisor Educacional 
 
- Atuar no desenvolvimento do currículo e desta forma, assegurar o relacionamento e a 
ordenação seqüencial dos conteúdos. 
- Dinamizar o processo educacional e promover a melhoria qualitativa do ensino. 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
- Elaborar o plano anual de atividades do Serviço de Supervisão Pedagógico. 
- Promover estudos para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido no 
processo ensino-aprendizagem. 
- Supervisionar a execução do Plano Pedagógico, a fim de que se processe a integração 
do Corpo Docente em relação a objetivos, conteúdos programáticos e técnicas de direção 
de aprendizagem, sistema de controle de aproveitamento e normas de conduta. 
- Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando as causas de aproveitamento 
insuficiente. 
- Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento de estudos de recuperação 
e de adaptação. 
- Julgar, auxiliado pelos professores, da equivalência ou da insuficiência de conteúdos 
curriculares, em casos de recebimento de transferências, e das formas de adaptação a 
serem adotadas, quando necessário. 
- Responsabilizar-se, na esfera de sua competência, pela integração do Serviço de 
Supervisão Pedagógica com outros serviços da instituição de ensino, principalmente com 
o Serviço de Orientação Educacional. 
- Informar os professores a respeito ao papel que o supervisor deve desempenhar a 
função que lhe cabe. 
- A escola deveria ter também o orientador educacional para fazer o trabalho diretamente 
com pais e alunos. 
- Dialogar mais com os professores, sempre buscando um melhor atendimento para se 
fazer um trabalho em conjunto cada vez mais satisfatório sempre visando o aluno. 
- A escola deveria contar com apoio na orientação pedagógica, sem a qual a função deste 
recai sobre a supervisão. 
 
 
 
 
 
 
 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
UNIDADE 5. A SUPERVISÂO EDUCACIONAL NO BRASIL EM 
PERSPECTIVA POLÍTICA 
 
RESUMO 
 
A supervisão educacional foi oficializada com a LDB de 71, mas a ideia de supervisão 
existe desde a época dos Jesuítas intricada nas funções de prefeito de estudos e de 
inspetor. Contemporaneamente, a supervisão tem caráter político e transformador. 
 
Palavras-chaves: supervisão, educação, história, política. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Nesse presente artigo abordaremos a Supervisão Educacional em caráter 
crítico, político e social. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dá 
respaldo para a função de supervisor no art. 64 - “A formação de profissionais de 
educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação 
educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia 
ou em nível de pós- graduação á critério da instituição de ensino, garantida nesta 
formação, a base comum nacional.” Os aspectos socioeconômicos e políticos 
influenciaram a ação supervisora por toda a história educacional brasileira. Apesar de ser 
reconhecida oficialmente pela LDB de 1971, a ideia de Supervisão tem origem no 
Período Colonial, quando foi organizado o primeiro sistema educacional brasileiro. 
 
A educação – um ato político 
 
Antes de entramos na perspectiva política da supervisão educacional, faremos 
uma análise sobre o que é a educação dentro dessa perspectiva. 
A educação é uma manifestação de atividade social. Apesar de esquematizar a 
educação partindo da posição que o homem precisa ser moldado pela sociedade, a 
relação estabelecida entre o indivíduo e a sociedade através da educação, está 
fundamentada nas suas origens. No momento em que se desenvolvem seus conceitos 
sobre homem e suas relações com a sociedade situando à educação não como 
mecanismo de ajustá-lo as estruturas sociais, mas como fator dinamizante delas, 
26 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
através do ato inovador do indivíduo. A educação não é efetiva numa realidade isolada a 
radicalização do processo capitalista associado é uma opção acelerada da modernização. 
Com o objetivo de alcançar o modelo implantado atingindo a acumulação do capital, se 
fez necessário a formação de certo profissional, daí as implicações do modelo econômico 
na educação: qualificar profissionais técnicos para atender as necessidades do mercado 
de trabalho. De acordo com esta ideologia a contribuição da educação é dupla, trata-se 
de uma educação técnica, reduzida aos aspectos técnicos que deturpa o sentido da 
verdadeira ação educativa e global, garantia da reprodução das relações sociais de 
produção feita através dos aparelhos ideológicos do Estado: igrejas, família, os sistemas 
jurídicos, político e sindical, os meios de informação e a escola - o maior e mais eficaz 
aparelho ideológico do Estado. 
Não existe uma forma única de educação nem a escola é o único lugar onde ela 
acontece tampouco é o melhor lugar e o professor o único praticante. A educação é uma 
fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam; ela é a “expressão da 
sociedade” (DICK, 2006) sua missão principal é transformar sujeitos e mundos em 
“alguma coisa melhor” (BRANDÃO, 1995). Entretanto na prática a mesma educação que 
educa pode deseducar e correr o risco de fazer o contrário do que pensa que faz ou que 
inventa que pode fazer. 
O ensino formal é o momento em que a educação se sujeita á pedagogia, cria 
situações próprias para seu exercício, produz os métodos, estabelece regras e tempos e 
constitui executores especializados. È quando surgem escola, aluno, professor, diretor e 
supervisor. 
A educação é uma prática social que subsiste dentro da sociedade e da cultura e 
que funciona sob determinação de exigências, princípios e controles sociais. Atua sobre a 
vida e o crescimento da sociedade emdois sentidos: no desenvolvimento de suas forças 
produtivas e de seus valores culturais. É um conjunto de elementos significativos que são 
resultados das dinâmicas das inter-relações e busca a promoção do homem histórica e 
circunstancialmente situado, ou seja, é um ato político. Contudo, a esperança que temos 
consiste em não acreditar na ilusão que os avanços tecnológicos irão revolucionar a 
educação, mas acreditar no ato humano existente tanto no trabalho pedagógico quanto no 
ato político de reivindicar uma nova escola e um novo mundo igual e livre, onde a 
educação continua sendo movimento e ordem, sistema e contestação. O velho e o novo 
juntos numa relação recíproca, sem autoritarismo, com crítica e bom senso. 
 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
Perspectiva política 
 
A supervisão escolar caracteriza-se como função em relação ao sistema e 
disfunção em relação à educação porque cumpre as funções implícitas, decorrentes da 
política vigente racional, funcionalista, tecnicista, ingênua, acrítica, direcionada, 
conservadora, executora, perpetuadora da estratificação social, acontece na escola com 
os serviços burocráticos. A supervisão educacional caracteriza-se como uma função 
comprometida com a educação porque cumpre com as funções explicitas; é capaz de 
opção, percepção da realidade, como função política, reflexiva, critica consciente, 
assumida, inovadora, decisória, transformadora, libertadora, criativa em todas as 
direções. Situa-se nas questões e serviços da educação, sua ação extrapola os limites da 
escola pra alcançar os aspectos estruturais e sistêmicos; traz consigo envolvidos os 
serviços das "instancias intermediária e centrais do sistema e da política da educação”. 
O supervisor educacional é um profissional especialista em educação e, como 
função política, reflexiva, critica consciente, assumida, inovadora, decisória, 
transformadora, libertadora, criativa em todas as direções. 
Segundo Saviani, a Supervisão em educação é entendida como uma função 
educativa, como tal, tem a característica técnico-política de instrumentalizar o povo para 
determinados fins de participação social. Dependendo da perspectiva de quem educa, tal 
instrumentalização leva a uma participação que pode ou não estar de acordo com os 
interesses do povo. Todavia, a grande maioria dos supervisores não se dá conta de sua 
função política e dá ênfase a função técnica priorizando procedimentos, fragmentando o 
processo pedagógico e reforçando á dominação da elite. A função do supervisor no 
contexto histórico brasileiro é fundamentalmente político e não técnico como se difunde. 
Para não contribuir para esse reforçamento o supervisor deve mudar de atitude, 
assumindo seu papel político explicitamente. Antes de qualquer coisa o supervisor é 
educador e precisa estar comprometido com a mudança, não somente ter a habilitação 
em Pedagogia - não um pré requisito - mas ser consciente do processo histórico e do seu 
lugar dentro da escola e fora dela. Ele necessita compreender e ultrapassar a percepção 
da escola brasileira na sociedade capitalista buscando a transformação, tendo clareza das 
suas posições políticas e educativas sendo sujeito ativo desse processo histórico - dele e 
dos atores- para que se procedam as mudanças requeridas no momento atual. 
Segundo Nogueira, a categoria ao se posicionar por ser agente de transformação 
da realidade social vigente, por uma nova política nacional de supervisão educacional e 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
pelo comprometimento com a concepção de educação e de escola que atenda aos 
anseios da sociedade brasileira numa perspectiva democrática e democratizadora, 
proclama que o supervisor educacional não quer nem aceita ser o elemento executor e 
reforçador do sistema instituído, apesar de reconhecer que continua sendo mesmo contra 
sua vontade. Será no interior de uma escola democrática, destinada á formação das 
potencialidades dos indivíduos onde a supervisão poderá tornar-se uma ação coletiva dos 
agentes educativos apropriadores do mundo objetivo, autônomos e conscientes. 
ação supervisora - três dimensões básicas: atitudinal, procedimental e conceitual. 
A dimensão atitudinal estar ligada a um valor, a ética, a moral, á todos os valores de uma 
prática. 
O supervisor precisa construir uma a prática pedagógica transformadora, 
humanista, libertadora, livre, solidária e justa. 
dimensão procedimental - Outro campo de formação e domínio está relacionado 
com o saber-fazer, com encontrar caminhos para concretizar aquilo que se buscam, 
métodos, técnicas, procedimentos, habilidades, 
Práxis (transformação das idéias em ações concretas, pra dialeticamente 
transformar a própria consciência, envolvendo não apenas a reflexão e emoção, mas a 
correspondência a determinadas condições objetivas, visando estabelecer na escola a 
dinâmica constante ação/reflexão em reciprocidade, para se ter uma apropriação critica 
da prática e da teoria 
,Diálogo problematizador - franco e aberto tendo com referência o PPP- legitimar 
as falas, as perguntas, as dúvidas incentivando os professores a reavaliarem o sentido da 
sua prática 
 resgatar o valor e o sentido do ensino como espaço de transformação). 
eixo central- qualificação do processo de ensino - interação com os docentes, a 
visão estratégica e atualizada e a redução do caráter burocrático ao mínimo. 
 
A escola 
 
O supervisor pode se valer de oportunidades para conseguir o seu objetivo 
máximo: melhorar a situação ensino- aprendizagem através de aperfeiçoamento do 
professor. Seriam ocasiões possíveis, criadas e utilizadas pelo supervisor para realizar a 
sua tarefa. As reuniões de pais e mestres são uma dessas oportunidades, elas devem 
constituir oportunidade de crescimento pessoal e todas as pessoas envolvidas devem ser 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
participantes ativos, serve para o estudo conjunto das responsabilidades de todos os 
atores educacionais, pelos resultados obtidos, precisa ser planejada para atender aos 
objetivos previstos, ser realizada com número pequeno de pessoas para que os presentes 
se manifestem e se conheçam , o que torna-se impraticável se houver uma multidões de 
pais e mestres, de bem realizados podem integrar a escola na comunidade . Ainda 
podemos incluir entre as oportunidades as visitas (Verificação da aplicação), 
demonstrações, estudos (cursos, treinamentos, reciclagens, correspondência, leitura, 
etc.), publicações (apostilas, plaquetas, imprensa, boletins, etc.), entrevistas, conferências 
ou qualquer tipo de contato individual, contribuições de outras pessoas experientes com a 
educação. 
 
 Formação de professores 
 
O supervisor atuará no processo de formação continuada dos professores em 
certos momentos de toda a equipe escolar. Segundo o PNE (Plano Nacional de 
Educação) 
A supervisão educacional tem o compromisso de garantir a qualidade de ensino 
da educação da formação humana, com um trabalho articulado e orgânico entre a real 
qualidade do trabalho pedagógico que subsidiará novas políticas e novas formas de 
administração escolar visando à mudança. Etimologicamente, supervisão significa "visão 
sobre" e está intrinsecamente ligado á gestão escolar. Como responsável pela qualidade 
do processo de humanização do homem através da educação, nesse contexto atual 
estabelece outros compromissos que ultrapassam as especificidades do espaço escolar, 
sem dele abandonar. Garantir conteúdos emancipatórios trabalhando-os com 
profundidade em toda sua complexidade e transitoriedade comprometendo-se com a 
administração da educação concretiza os rumos traçados pelas políticas educacionais e 
publicas que as norteiam. Este compromisso se manifesta num acompanhamento e 
estudo de todas as relações estabelecidas entre as tomadas de decisões, as 
determinações sociais e políticas queas gestam e as conseqüências e como subsidio da 
administração da educação, como “prática de apoio a prática educativa”, envolvendo-a 
na participação direta da construção coletiva da libertação humana e da escola. A 
supervisão educacional pode atuar como participe da construção da sociedade quando 
reconhece o seu papel como ator social e exercer a sua função política com consciência e 
comprometimento. 
 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 
UNIDADE 6. A SUPERVISÃO EDUCACIONAL: MUDANÇAS SOB OLHAR DE UMA 
EDUCAÇÃO LIBERTADORA 
Por: ROBERTO GIANCATERINO 
 
Roberto Giancaterino 
RESUMO 
 No atual contexto da educação brasileira, cresce a importância do supervisor 
educacional, que representa uma das pessoas que procura direcionar o trabalho 
pedagógico na escola em que atua para que se efetive a qualidade em todo o processo 
educacional. Sabe-se que o Supervisor Escolar é um servidor especializado em manter a 
motivação do corpo docente, deve ser um idealista, definindo claramente que caminhos 
tomar, que papéis se propõe a desempenhar, buscando constantemente ser 
transformador, trabalhando em parceria, integrando a escola e a comunidade na qual se 
insere. É nessa moldura que o presente artigo caracteriza a função do supervisor no 
contexto social, político e econômico da Educação. 
 
Palavras-chaves: Supervisão Escolar, Professores, Processo Educacional, Educação 
Libertadora. 
 
 Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo amplamente discutido 
é a educação, no seu sentido de formação humana. Educar é uma tarefa que exige 
comprometimento, perseverança, autenticidade e continuidade. As mudanças não se 
propagam em um tempo imediato, por isso, as transformações são decorrentes de ações. 
No entanto, as ações isoladas não surgem efeito. É preciso que o trabalho seja realizado 
em conjunto, onde a comunidade participe em prol de uma educação de qualidade 
baseada na igualdade de direitos. 
 
 Com base em tais considerações, o supervisor escolar representa um profissional 
importante para o bom desempenho da educação escolar, o grupo escolar, o qual deve 
opinar, expor seu modo de pensar e procurar direcionar o trabalho pedagógico para que 
se efetive a qualidade na educação. Na atualidade o supervisor se direciona para uma 
ação mais científica e mais humanística no processo educativo, reconhecendo, apoiando, 
assistindo, sugerindo, participando e inovando os paradigmas, pois tem sua 
“especialidade” nucleada na conjugação dos elementos do currículo: pessoas e 
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Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
processos. Desse modo, caracteriza-se pelo que congrega, reúne, articula, enfim soma e 
não divide. 
 
 Neste contexto, compreender e caracterizar a função supervisora no contexto 
educacional brasileiro não ocorre de forma independente ou neutra. Essa função decorre 
do sistema social, econômico e político e está relacionada a todos dos determinantes que 
configuram a realidade brasileira ou por eles condicionada. 
 
 O desenvolvimento da sociedade moderna representa motivos de muita reflexão, 
principalmente pelo fato de que a área educacional possui muitos problemas e que 
diretamente vinculam-se as demais atividades sociais visto que são tais profissionais que 
irão atuar junto ao mercado de trabalho. 
 
 Existe uma preocupação com a formação humana e com a forma com que o educando 
vem obtendo o conhecimento científico. Acredita-se na viabilidade de fazer do ambiente 
escolar um espaço construtivo, que desperte o interesse do educando para aprender e 
fazer do professor um mediador do saber. Trata-se de ignorar as velhas práticas 
educacionais e acreditar na possibilidade de construir uma sociedade onde o homem 
tenha consciência do seu papel e da sua importância perante o grupo. 
 
 Acredita-se que se existem falhas no sistema educacional a melhor maneira de 
redimensionar o trabalho é assumir o compromisso de fazer do trabalho educacional uma 
meta a ser atingida por todos. Nessa busca incessante por uma nova postura de trabalho, 
o professor possui um papel fundamental, por isso, deve recuperar o ânimo, a sede e a 
vontade de educar e fazer do ensino uma ação construtiva. Deve agir como um 
verdadeiro aprendiz na busca pelo conhecimento e fazer desta ferramenta um 
compromisso social. 
 
 Conforme Freire (1998), a educação libertadora passou a inspirar novos conceitos que 
orientam uma nova sociedade baseada nos princípios de liberdade, de participação e de 
busca pela autonomia. 
 
32 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 Passerino (1996:39) estabelece alguns conceitos fundamentais da educação 
libertadora, sendo que estes se tornam suporte desta nova concepção do supervisor 
educacional: 
• Práxis via análise do cotidiano: é preciso olhar a realidade presente em sala de 
aula e os conceitos trazidos pela criança para refletir os métodos e modo como devem 
ser trabalhos no espaço escolar; 
• Diálogo inclui conflito: o diálogo representa uma possibilidade de desenvolvimento 
das relações interpessoais de modo a permitir a análise e o desocultamento da 
realidade. Ser dialógico é permitir que cada educando exponha seu modo de pensar 
mesmo que este não seja coerente com a sua visão. Todavia para administrar os 
conflitos que podem ser gerados o professor precisa desenvolver uma série de 
dinâmicas em grupo; 
• Conscientização a partir da dúvida e do questionamento: o supervisor deve atuar 
na dinamização de um clima de análise das rotinas da escola para que as mesmas 
possam ser confrontadas com as novas ideias que se almeja desenvolver. Convém 
destacar que o processo de desenvolvimento da consciência é lento e requer uma 
interpretação abrangente do todo; 
• O método dialético supera a visão parcial: a aplicação do método dialético 
proporciona uma visão objetiva de toda a realidade permitindo a compreensão entre o 
velho e o novo. A partir destas o supervisor pode encaminhar estratégica concreta para 
a superação das dificuldades encontradas. 
• Participação crítica para a transformação: a escola segundo a visão de educação 
libertadora, colabora para a emancipação humana à medida que garantem o 
conhecimento às camadas menos favorecidas da sociedade. Assim sendo, o supervisor, 
deve ser aquela pessoa que orienta e estimula a concretização de um projeto 
transformador sob o qual são elaborados esforços coletivos para a obtenção dos êxitos; 
• Pela democracia, chega-se à liberdade: todo e qualquer trabalho desenvolvido pelo 
supervisor deve partir dos conceitos de liberdade e democracia, conceitos esses que 
serão desenvolvidos Assim, descreve Gandin (1983:89), esta ação não é fácil, por que: 
• Exige compromisso pessoal de todos; 
• Exige abertura de espaços para a participação; 
• Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas capacidades; 
• Requer globalidade (não é participação em alguns momentos isolados, mas é 
constante); 
33 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
• Distribuição de autoridade; 
• Igualdade de oportunidades em tomada de decisões; 
• Democratização do saber. 
 A LDB, no seu capítulo IX afirma: “quando se fala em uma nova abordagem pedagógica 
(...) e avaliação contínua do aluno, tudo isto exige um novo tipo de formação e 
treinamento ou retreinamento de professores”. 
 
 Deve, portanto, assumir explicitamente o compromisso de educar os seus alunos dentro 
dos princípios democráticos. Ela precisa ser um espaço de práticas sociais em que os 
alunos não só entrem em contato com valores determinados, mas também aprendam a 
estabelecer hierarquia entre valores, ampliam sua capacidade de julgamento e realizam 
escolhas conscientes, adquirindo habilidades de posicionar-se em situações de conflito. 
 
Considerações Finais 
 
 Acredita-se que o Supervisor Escolar tem a possibilidadede transformar a escola no 
exercício de uma função realmente comprometida com uma proposta política e não com o 
cumprimento de um papel alienado assumido. 
 Deve antes de tudo, estar envolvido nos movimentos e lutas justas e necessárias aos 
educadores. Semear boas sementes, onde a educação se faz presente e acreditar 
veemente que estas surtirão bons frutos. 
 A caracterização da Supervisão precisa ser definida e assumida pelo Educador e pelo 
Supervisor. É uma opção que lhe confere responsabilidade e a tranquilidade de poder. O 
Supervisor Educacional deverá ser capaz de desenvolver e criar métodos de análise para 
detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação; deverá ser capaz de desenvolver 
e adotar esquemas conceituais autônomos e não dependentes, diversos de muitos 
daqueles que vem sendo empregados como modelo, pois um modelo de Supervisão não 
serve a todas as realidades. 
 O Supervisor possui uma função globalizadora do conhecimento através da integração 
dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o aluno recebe 
informações soltas, sem relação uma das outras, muitas vezes inócua. 
 
34 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
 Para que o conhecimento ganhe sentido transformador para o aluno é necessário ter 
relação com a realidade por ele conhecida, e que os conteúdos das diferentes áreas do 
conhecimento sejam referidos à totalidade de conhecimento. 
 Assim, acredita-se que uma das funções específicas do Supervisor Escolar é a 
socialização do saber docente, na medida em que há ela cabe estimular a troca de 
experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas 
pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para a 
construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas também do 
educador coletivo. 
 Lembrando que não cabe ao supervisor impor critérios ou soluções, cabe-lhe sem 
dúvida, ajudar na construção da conscientização necessária da luta para uma educação 
libertadora. 
 
Frases marcantes 
 
“Quando a escola não é importante para os pais, também não é para os filhos”. 
“Um país se constrói com bons homens e bons livros”. 
“Enquanto a Educação for utópica em sua complexidade, o sonho é necessário para que 
possamos trilhar um caminho”. 
“O trabalho de um homem perpetua quando atravessa os tempos”. 
“Às vezes, as coisas mais reais do mundo são aquelas que não podemos ver”. 
“Ceder, nem sempre é sinônimo de derrota, é ser mediador do bom senso para o 
momento”. 
“Existe só uma maneira de superar os obstáculos, ultrapassá-los”. 
“O trabalho enobrece o homem quando ele é digno do seu suor”. 
“Enquanto houver guerras entre os homens à paz será uma espécie em extinção”. 
“Um dos maiores atos de covardia do ser humano, não é errar, mas sim, não assumir seu 
próprio erro”. 
“O espírito de luz é aquele que transforma as coisas ruins em virtudes”. 
Contato: prof.giancaterino@terra.com.br 
 
 
 
 
35 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
GESTÃO ESCOLAR 
 
O trabalho dos profissionais da educação em especial da supervisão 
educacional é traduzir o novo processo pedagógico em curso na sociedade mundial, 
elucidar a quem ele serve explicitar suas contradições e, com base nas condições 
concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que 
ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente 
democráticas. 
Precisa ser um constante pesquisador 
Cabe, portanto ao supervisor escolar estar sintonizado com as necessidades 
da comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de todos que almejam 
futuro melhor. 
O grande sucesso que o supervisor escolar terá em sua vida pessoal será a 
certeza de ter contribuído para o sucesso de muitas vidas que cruzarão seu 
caminho no decorrer dos anos da docência. 
A escola tem, portanto a obrigação de fazer o melhor a seus alunos que 
buscam neste local o pote no fim do arco-íris. Trabalhando em equipe o supervisor 
escolar e todos os profissionais envolvidos terão não as melhores condições para 
desenvolver suas metas mais com certeza terão o apoio moral que faz toda a diferença 
nos dias atuais. 
Diante das diferentes e diversificadas funções do supervisor escolar, podemos 
citar como a de maior relevância a de supervisor, onde a organização do trabalho é 
comum, onde a unificação dos alunos, professores, equipe pedagógica e direção da 
escola. 
É diante destas responsabilidades que se faz necessário mudanças 
significativas na formação e postura do supervisor escolar, e com isso reconhecendo 
seus aspectos gerais, onde Ferreira (2003, p.75) diz: Ressignificar e revalorizar a 
supervisão, reconceitua-se, de modo a compreendê-la, na sua ação de natureza 
educativa e, portanto sociopedagógica, no campo didático e curricular do seu 
trabalho, no seu encaminhamento de supervisor. 
 
Considerações finais 
A Supervisão Escolar é um exercício de cidadania, amor, altruísmo e abnegação onde 
só os fortemente determinados terão êxito. Não como todos acham como riqueza, mas 
36 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
sucesso na sua vida emocional. Na sua psique, pois nada dá mais prazer na vida do que 
ver seres humanos crescendo no seu Saber e se transformando seus sonhos em 
realidade. Quer ser Supervisor? Excelente, então se dedique e busque de todo o seu 
coração, pois somente lá poderemos encontrar forças para chegar ao fim da jornada. 
 
 
UNIDADE 7. A FUNÇÃO DO PEDAGOGO COMO SUPERVISOR 
ESCOLAR 
Eliane dos Santos Sousa 
 
Este trabalho foi desenvolvido visando verificar quais as funções do pedagogo 
supervisor dentro da instituição escolar, e também a importância do pedagogo e as 
principais áreas de atuação do pedagogo como supervisor na escola, tendo como 
enfoque principal a abrangência e objeto da função supervisora dentro da escola. Por 
meio de pesquisas bibliográficas de diferentes estudiosos, entre eles: Alarcão, Ferreira, 
Gramsci, Silva, Vasconcelos, percebeu-se crescente preocupação em torno das 
atividades que o pedagogo supervisor realiza ou deve realizar dentro da escola, pois esse 
profissional é um elemento importante partindo do ponto que ele participa do Projeto 
Político Pedagógico da escola da sua elaboração com os componentes estruturais, 
conceituais, os fundamentos e finalidades; e da utilização do que é, e do que se pretende 
que seja o trabalho educativo. O supervisor é responsável em atuar com o grupo de 
educadores coordenando e promovendo reflexão no sentido da construção de uma 
competência docente coletiva. Enfim a supervisão tem um papel político, pedagógico e de 
liderança no espaço escolar é necessário ressaltar sem desconsiderar o restante da 
equipe, que o supervisor escolar deve ser inovador, ousado, criativo e, sobretudo um 
profissional de educação comprometido com seu grupo de trabalho. 
Palavras chaves: Supervisor Escolar/ Funções/ Construção Coletiva/ Prática 
Desenvolvida. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Sobre a função do supervisor escolar, depara-se com a multiplicidade das tarefas 
pelas quais respondem habitualmente o supervisor, em realidade, á razão maior de sua 
37 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
dificuldade em compartilhar com os demais educadores grande tarefa da organização 
coletiva do trabalho nas unidades escolares sob sua responsabilidade. 
Seus problemas se iniciam muitas vezes com a não delimitação de seu próprio 
local de trabalho, necessariamente móvel e variável conforme as tarefas a desempenhar, 
e crescem com a ausência habitual da necessária localização do trabalho de seus 
companheiros professores, obrigados a fragmentação de sua jornada de trabalho e 
conseqüentemente multiplicação dos locais em que ela se realiza. 
Visando contribuir para a qualidade do ensino na formação de profissionais 
competentese compromissados com uma atuação voltada para a melhoria do ensino 
aprendizagem, necessária para a transformação social, realizou-se esta pesquisa no 
sentido de ampliar a visão de conhecimento sobre a função que deve desempenhar o 
supervisor escolar. 
O objetivo foi conhecer as principais funções de um Supervisor Escolar, 
possibilitando a divulgação para outros educadores. 
go. 
 
2. A IMPORTÂNCIA DA PEDAGOGIA E DO PAPEL DO PEDAGOGO 
A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, processuais que a 
própria etimologia da palavra pedagogia explica com seu significado conduzir (por um 
caminho) até determinado lugar (SAVIANI, 1985). 
 
Nesse sentido o educador deve levar educando a ter o mínimo de cultura geral 
que lhe permita criar ou julgar as soluções justas na vida cotidiana; no caso dos jovens 
após ter dado condições a certo grau de maturidade e capacidade, orientar para a criação 
intelectual estimular à iniciativa da prática de certa autonomia. Para que isso ocorra os 
educadores precisam engajar-se socialmente e politicamente, percebendo as 
possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas 
opressivas da sociedade classista. Para isso, antes de tudo se necessita conhecer a 
sociedade em que atua e o nível social, econômico e cultural dos educandos (SAVIANI, 
1985). 
Foi a partir da pedagogia escolar predominante no horizonte profissional que 
favoreceu a possibilidade de especificação das diferentes modalidades de ação 
pedagógica. Usando dizeres de Gramsci (1982 p. 124), “é na escola que se deve ser 
concebida e organizada a fase decisiva, onde se tende a criar valores, autodisciplina 
38 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
intelectual e a autonomia moral necessárias a uma posterior especialização, seja de 
caráter cientifico ou prático-produtivo”. Para (Saviani, 1985) Pedagogo escolar é aquele 
que domina sistematicamente e intencionalmente as formas de organização do processo 
de formação cultural que se dá no interior das escolas. E como especialista em pedagogia 
escolar deve ter domínio das formas através das quais o saber sistematizado é convertido 
em saber escolar, tornando-o, transmissível e assimilável na relação entre professor-
aluno. E no interior das escolas o pedagogo deve lembrar do seu papel, o qual será 
providenciar uma organização tal que cada criança, cada educando em especial e os 
indivíduos das camadas trabalhadoras não vejam frustrados seus anseios de assimilar os 
conhecimentos metodológicos, e sim possibilitar um conhecimento, uma cultura que 
possibilite atribuir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade. 
 
4. ABRANGÊNCIA E OBJETO DA FUNÇÃO SUPERVISORA. 
Segundo Rangel, (apud Ferreira (org) 2002) o objeto especifico da função 
supervisora em nível escolar é o processo de ensino aprendizagem. E a abrangência do 
processo de ensino aprendizagem inclui: a supervisão do currículo, a supervisão dos 
programas, a supervisão da escola de livros didáticos, a supervisão do planejamento de 
ensino, a supervisão dos métodos de ensino, a supervisão da avaliação, supervisão da 
recuperação, supervisão e projeto da escola, supervisão e pesquisa. 
 
4.1 A SUPERVISÃO DO CURRÍCULO 
 
4.2 A SUPERVISÃO DOS PROGRAMAS 
Os programas de cada disciplina são construções coletivas de professores. O 
sentido da supervisão dos programas é que o supervisor incentive e planeje 
oportunidades nas quais possam se reunir 
 
4.3 A SUPERVISÃO DA ESCOLHA DE LIVROS DIDÁTICOS. 
 
4.4 SUPERVISÃO DO PLANEJAMENTO DE ENSINO 
 
4.5 A SUPERVISÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO 
 
 
39 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
4.6 A SUPERVISÃO DA AVALIAÇÃO 
 
4.7 SUPERVISÃO DA RECUPERAÇÃO 
. 
 
4. 8.SUPERVISÃO E PROJETO DA ESCOLA 
 
4.9.SUPERVISÃO E PESQUISA 
 
 
5.2. SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL CIDADANIA COMO EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA 
 
6. AS POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO 
 
CONCLUSÃO 
Hoje a escola assume a responsabilidade pelo desenvolvimento integral do aluno, 
em seus múltiplos aspectos: físico, intelectual, escolar, social, emocional, moral, 
vocacional, etc. Portanto diante de toda globalização atual, a supervisão não pode passar 
despercebida. È sempre muito saudável uma observação aqui, outra ali, para que tudo 
ocorra bem. O bom, o melhor está para acontecer sempre. Por isso, a supervisão foi, é e 
será sempre necessária. 
Enfim a supervisão tem um papel político, pedagógico e de liderança no espaço 
escolar é necessário ressaltar sem desconsiderar o restante da equipe, que o supervisor 
escolar deve ser inovador, ousado, criativo e, sobretudo um profissional de educação 
comprometido com seu grupo de trabalho. 
 
a comunidade educativa pretende lhe dar na linha da proposta pedagógica. 
 
 
 
40 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
UNIDADE 8. UM NOVO OLHAR SOBRE O SUPERVISOR 
ESCOLAR 
 
PROJETO DE LEI N° 290/2003 
Deputado Nelson Härter 
Regulamenta o exercício da profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, 
e dá outras providências. Regulamenta o exercício da profissão de Supervisor 
Educacional, ou Supervisor Escolar, e dá outras providências. 
 
Art. .1º. – A profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, regula-se por 
esta lei. 
 
Art. 2º – O Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, tem como objetivo de trabalho 
articular crítica e construtivamente o processo educacional motivando a discussão 
coletiva da Comunidade Escolar acerca da inovação da prática educativa a fim de 
garantir o ingresso, a permanência e o sucesso dos alunos, através de currículos 
que atendam às reais necessidades da clientela escolar, atuando no âmbito dos 
sistemas educacionais Federal, Estadual e Municipal, em seus diferentes níveis e 
modalidades de ensino e em instituições públicas e privadas. 
 
Art. 3º – O exercício da profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, é 
exclusivo dos portadores de diploma de curso superior, devidamente registrado pela 
Universidade formadora e/ou por Universidade indicada pelo Conselho Nacional de 
Educação, nas seguintes modalidades; 
I – de licenciatura plena em Pedagogia, habilitação em Supervisão Educacional, ou 
Supervisão Escolar; 
II – de pós-graduação em Supervisão Educacional, ou Supervisão Escolar; 
III – emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, congêneres, 
devidamente revalidado e registrado como equivalente ao diploma mencionado nos 
incisos I e II, na forma da legislação em vigor. 
 
Art. 4º – São atribuições do Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, a 
coordenação do processo de construção coletiva e execução da Proposta 
Pedagógica, dos Planos de Estudo e dos Regimentos Escolares, além das seguintes: 
41 
 
 
 
Práticas Pedagógicas do Supervisor Escolar 
I – investigar, diagnosticar, planejar, implementar e avaliar o currículo em 
integração com outros profissionais da Educação e integrantes da Comunidade; 
II – supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos 
legalmente; 
III – velar pelo cumprimento do plano de trabalho dos docentes nos estabelecimentos 
de ensino; 
IV – assegurar processo de avaliação da aprendizagem escolar e a recuperação dos 
alunos com menor rendimento, em colaboração com todos os segmentos da Comunidade 
Escolar, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade de ensino; 
V – promover atividades de estudo e pesquisa na área educacional, estimulando o 
espírito de investigação e a criatividade dos profissionais da educação; 
VI – emitir parecer concernente à Supervisão Educacional; 
VII – planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional. 
VIII – propiciar condições para a formação permanente dos educadores em serviço; 
IX – promover ações que objetivem a articulação dos educadores com as famílias e a 
comunidade, criando processos de

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