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QUESTÕES DE EMPRESARIAL

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I – Histórico e princípios do Direito Empresarial
1. Cite as três fases de desenvolvimento do Direito Empresarial. 
A primeira fase do Direito Empresarial, com nomenclatura de Direito Comercial, surge propriamente na Baixa Idade Média. É nesse momento de aumento da segurança com o fim das invasões que se observa o renascimento urbano e, com ele, o surgimento de feiras medievais. Identifica-se aqui o surgimento de um regime jurídico específico para a disciplina das relações mercantis.
A segunda fase surge com a Revolução Francesa, por meio da qual extinguiu as corporações de ofício (Lei Chapelier, sob o fundamento de que representavam o sistema de castas contrário à igualdade de todos os cidadãos), o que tornava difícil a identificação da figura do comerciante para a definição do âmbito de incidência do direito comercial.
A terceira fase, chamada por alguns de fase subjetiva moderna: o direito comercial como direito da empresa. Sua base é a adoção da teoria da empresa. Ao adotar a teoria da empresa, o direito comercial não mais se limita a regular alguns atos, mas alcança toda uma forma de exercício da atividade econômica, a forma empresarial. Qualquer atividade econômica assim exercida estará submetida à disciplina do direito comercial (empresarial).
2. Identifique a fase atual do Direito Empresarial. Quando ela surgiu?
Segundo Waldirio Bulgarelli, “nos dias que correm, transmudou-se (o direito comercial) de mero regulador dos comerciantes e dos atos de comércio, passando a atender à atividade, sob a forma de empresa, que é o atual fulcro do direito comercial”. Portanto, pode-se perceber que o Direito Empresarial está em sua terceira fase, haja vista que essa teoria teve sua efetiva inserção no ordenamento brasileiro com o advento da Lei 10.406/02 (novo Código Civil), o qual derrogou a primeira parte do Código Comercial de 1850 que tratava dos atos de comércio, inserindo o Brasil na terceira fase de formação do Direito de Empresa.
3. Explique da livre concorrência e da Função Social da Empresa. Indique a fundamentação desses princípios na Constituição de 1988.
A livre concorrência está expressamente elencada no art. 170 da CF/1988 como princípio geral da atividade econômica (inciso IV), e existem basicamente duas formas pelas quais o Estado se propõe a concretizar esse princípio: coibição das práticas de concorrência desleal, inclusive tipificando-as como crimes, e repressão ao abuso de poder econômico, caracterizando-os como infração contra a ordem econômica
Quando se fala em função social da empresa faz-se referência à atividade empresarial em si, que decorre do uso dos chamados bens de produção pelos empresários. Como a propriedade (ou o poder de controle) desses bens está sujeita ao cumprimento de uma função social, nos termos do art. 5., inciso XXIII, da CF/1988, o exercício da empresa (atividade econômica organizada) também deve cumprir uma função social específica.
O direito empresarial, como direito da empresa, disciplina o exercício da atividade econômica organizada, razão pela qual, em primeiro lugar, deve-se levar em consideração o tratamento constitucional da ordem econômica. A matéria está tratada no art. 170, da Constituição de 1988:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
[...]
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
[..]
O parágrafo único do art. 170 também garante a livre-iniciativa, ao estabelecer que “é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independente. Portanto, a livre-iniciativa é o princípio fundamental do Direito Empresarial. 
4. Quanto ao princípio da livre iniciativa, determine seu conceito. Esse princípio é admitido de forma absoluta? 
Fábio Ulhoa Coelho, o princípio da livre iniciativa se desdobra em quatro condições fundamentais para o funcionamento eficiente do modo de produção capitalista: (i) imprescindibilidade da empresa privada para que a sociedade tenha acesso aos bens e serviços de que necessita para sobreviver; (ii) busca do lucro como principal motivação dos empresários; (iii) necessidade jurídica de proteção do investimento privado; (iv) reconhecimento da empresa privada como polo gerador de empregos e de riquezas para a sociedade.
Esse princípio não é admitido de forma absoluta, uma vez que ele se esbarra em outros princípios constitucionais, como o da dignidade da pessoa humana, por exemplo. 
II – Empresário (gênero)
1. Conforme a teoria da empresa, quem pode ser considerado empresário no Direito Brasileiro? Indique o fundamento legal.
O conceito de empresário é estabelecido no art. 966 do Código Civil, o qual determina que “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”.
2. Conforme o Código Civil de 2002, não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores. Há exceção a essa previsão?
O parágrafo único do artigo 966 do CC determina que: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Nesse caso, verifica-se que, a pessoa exerça profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, e se o exercício da profissão constituir elemento de empresa, ela será considerada empresário.
3. Quais são os elementos caracterizadores da atividade empresarial?
Os requisitos para caracterizar a empresa (atividade como empresarial) são: (a) a atividade econômica de produção de bens e serviços; (b) organização; (c) o profissionalismo no desempenho da atividade produtiva.
4. Cite os agentes econômicos excluídos do conceito de empresário.
Profissionais intelectuais: natureza científica, literária ou artística; Sociedade simples; Exercente de atividade rural; Sociedade cooperativa.
III – Empresário individual
1. Cite os dois requisitos necessários para que uma pessoa física possa ser considerada empresário individual.
Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Portanto, o Código Civil exige dois requisitos para ser empresário individual que são: o sujeito não pode ter impedimentos legais e; o sujeito deve ter capacidade civil plena.
2. O empresário individual incapaz poderá exercer atividade de empresa?
Não, mas se a pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
3. O empresário individual casado necessita de outorga conjugal para realizar a alienação de bens integrantes do patrimônio da empresa? Indique o fundamento legal.
O art. 978, do Código Civil aduz que o empresário poderá alienar ou gravar de ônus real, sem a outorga conjugal, em qualquer regime de bens, os imóveis destinados à atividade empresarial. O referido dispositivo é objetivo ao indicar que, apenas os bens que o empresário afeta para sua atividade, estão livres da vênia do outro consorte.
IV – EIRELI 
1. Indique a natureza jurídica da EIRELI conforme doutrina majoritária. 
De acordo com o entendimento majoritário, tanto que foi aprovado o Enunciado 3, da I Jornada de Direito Comercial, com o seguinte teor: “A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI não é sociedade unipessoal, mas um novo ente, distinto da pessoa do empresário e da sociedade empresária”.
2. Sobre o capital mínimo da EIRELI, qual é o seu valor. Por qual motivo o legislador fez essa exigência.
Para a constituição de EIRELI, exige-se um capital social mínimo de cem vezeso valor do maior salário mínimo vigente no Brasil. Assim, se o objetivo é incentivar as pequenas e médias empresas e estimular a formalização de negócios empresariais, logo, o sistema é excludente para a grande maioria dos agentes econômicos brasileiros, porque impõe de imediato um custo elevado ao exigir esse valor para a formação do capital social. Portanto, a norma criou um entrave à sua constituição ao romper com a tradição nacional que não exige valor mínimo. 
O legislador fez uma opção entre duas hipóteses: (i) liberalizar o valor do capital social e correr o risco da criação excessiva de EIRELI(s) sem que tivessem capacidade efetiva de desenvolver suas atividades econômicas; (ii) estabelecer um valor mínimo e promover um controle a priori para a constituição dessa nova figura jurídica.
3. O titular da EIRELI pode ser pessoa jurídica? A pessoa natural pode constituir mais de uma EIRELI? 
Segundo disposto no item 1.2.5 do Anexo V da instrução normativa DREI 38, pode ser titular de EIRELI, desde que não haja impedimento legal: a) maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que estiver em pleno gozo da capacidade civil; b) menor emancipado; c) pessoa jurídica nacional ou estrangeira.
A regra do § 2.º do art. 980-A do CC, determina que “a pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade”.
4. A titularidade da EIRELI e a sua administração devem ser exercida pela mesma pessoa?
A EIRELI poderá ser administrada pelo titular e/ou por não titular. O administrador não titular considerar-se-á investido no cargo mediante aposição de sua assinatura no ato constitutivo em que foi nomeado.
V – Sociedade Empresária 
1. Diferencia Sociedade Simples da Sociedade Empresária.
A principal diferença entre Sociedade Simples da Sociedade Empresária é o fato de como exercem a sua atividade econômica: Na sociedade simples é por meio dos sócios e na sociedade empresária é feito por meio da empresa como um todo.
2. A cooperativa é considerada sociedade simples ou sociedade empresária. Indique o fundamento legal. 
As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, constituídas sempre na modalidade de sociedade simples, jamais empresária, independente do seu objeto, conforme determinam Lei 5.774/71, artigos 3º. e 4º.; CC, art.982, parágrafo único.

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